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Sustentabilidade

Uso dos pré-emergentes: sistema aplique-plante e plante-aplique – MAIS SOJA

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Os herbicidas pré-emergentes atuam diretamente sobre o banco de sementes do solo, impedindo que sementes em processo de germinação completem sua emergência. Com isso, reduzem de forma significativa os fluxos de emergência das plantas daninhas. Essa supressão inicial proporciona um ambiente mais favorável para o estabelecimento da cultura, livre da matocompetição nas fases iniciais. Além disso, contribui para a redução da população infestante e para uma emergência mais uniforme das plantas remanescentes, facilitando o manejo e melhorando a eficiência do controle de plantas daninhas na pós-emergência.

Em função do mecanismo de ação e da forma como atuam, os herbicidas pré-emergentes devem ser empregados após o controle das populações adultas das plantas daninhas (dessecação pré-semeadura). Em alguns casos em que há a necessidade da aplicação sequencial de herbicidas para o controle de altas infestações de plantas daninhas, é possível associar herbicidas pré-emergentes a herbicidas pós-emergentes na segunda aplicação da dessecação sequencial.

A dessecação sequencial consiste na realização de duas aplicações complementares de herbicidas com o objetivo de assegurar um controle mais eficiente das plantas daninhas antes da semeadura. A primeira aplicação envolve o uso de herbicidas sistêmicos, realizada entre 10 e 30 dias antes da semeadura, conforme as condições climáticas e o nível de infestação da área. A segunda aplicação ocorre de dois a três dias antes da semeadura, utilizando herbicidas de contato. Nesse momento, pode-se associar ou não a produtos com efeito residual (herbicidas pré-emergentes). Essa estratégia permite eliminar plantas daninhas remanescentes, reduzindo a matocompetição inicial e favorecendo o estabelecimento uniforme da cultura (Rizzardi, 2019).

Figura 1. Plantas remanescentes da dessecação pré-semeadura.
Modalidades de uso dos herbicidas pré-emergentes

Basicamente, há duas modalidades de aplicação dos herbicidas pré-emergentes na cultura da soja, a modalidade aplique-plante e a modalidade plante-aplique. Ambas as formas de aplicação apresentam vantagens de limitações. A maioria das moléculas e formulações modernas dos herbicidas pré-emergentes possibilita o manejo em ambas as modalidades, contudo, definir a modalidade de aplicação deve levar em consideração critérios técnicos, econômicos e operacionais, visando aumentar a performance dos herbicidas e reduzir os efeitos de fitotoxicidade na cultura agrícola.



Aplique-plante

Talvez a modalidade mais adotada para a aplicação dos herbicidas pré-emergentes, o aplique-plante consiste na aplicação do herbicida pré-emergente, isolado ou associado a outros herbicidas, antes da semeadura da cultura. Essa modalidade possibilita um maior ganho operacional, concentração as pulverizações, e em alguns casos ainda pode maximizar o controle das plantas daninhas remanescentes pelo sinergismo entre os herbicidas utilizados nessa pulverização.

Em contrapartida, o revolvimento do solo e da palhada na superfície durante o processo de semeadura, expõe uma camada não protegida pela aplicação do pré-emergente (figura 2). Sob condições adequadas de umidade, temperatura e luminosidade, novos fluxos de emergência de plantas daninhas podem ser observados próximo a linha de semeadura, resultando em uma matocompetição direta com a cultura.

Figura 2. Revolvimento parcial do solo e palhada em função da semeadura da soja.

Plante-aplique

Na modalidade plante-aplique, o herbicida pré-emergente é aplicado após a semeadura da cultura. Como principal vantagem, podemos destacar o maior controle dos fluxos de emergência, especialmente na linha de semeadura (figura 2). Contudo, esse método exige maior cautela e perícia. A aplicação do herbicida pré-emergente deve ser realizada imediatamente após a semeadura da cultura, não sendo recomendada a pulverização de herbicidas residuais após as sementes iniciarem o processo de germinação.

Figura 3. Ilustração do processo de germinação da semente de soja, culminando com o desenvolvimento de plântula normal.
Fonte: Krzyzanowski et al. (2024)

Nesse sentido, a modalidade plante-aplique exige maior cautela, conhecimento e planejamento, uma vez que a logística da aplicação do herbicida deve estar alinhada ao processo de semeadura. Além disso, há um maior cuidado com o posicionamento do herbicida pré-emergente quanto a dose e condições para aplicação, uma vez que o aumento equivocado da dose bem como a aplicação do herbicida sob condições adversas, pode causar efeitos fitotóxicos á soja, além de reduzir a eficácia do herbicida.

Pulverizações seguidas por chuvas torrenciais podem acentuar os sintomas de fitotoxicidade pelo herbicida pré-emergente, especialmente se tratando de sementes mal cobertas. Sobretudo, estudos demonstram que, especialmente se tratando de espécies daninhas de difícil controle como o caruru (Amaranthus spp.), a modalidade plante-aplique  proporciona um melhor controle das populações daninhas em comparação a modalidade aplique-plante (Pedroso et al., 2020),

Vale destacar que independente da modalidade de aplicação dos herbicidas pré-emergentes, as condições climáticas e ambientais devem ser consideradas, uma vez que a performance dos pré-emergentes é altamente condicionada às condições de clima e ambiente no momento da aplicação.

Referências:

KRZYZANOWSKI, F. C. et al. AVALIAÇÃO DE PLÂNTULAS DE SOJA NO TESTE DE GERMINAÇÃO. Embrapa Soja, Comunicado Técnico, n. 113, 2024. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1165567/1/Com-Tec-113.pdf >, acesso em: 20/10/2025.

PEDROSO, R. M. et al. PRE-EMERGENT HERBICIDE APPLICATION PERFORMED AFTER CROP SOWING FAVORS PIGWEED (Amaranthus spp.) AND WHITE-EYE (Richardia brasiliensis) CONTROL IN SOYBEANS. Revista Brasileira de Herbicidas, 2020. Disponível em: < https://www.weedcontroljournal.org/wp-content/uploads/articles_xml/2236-1065-rbh-S2236-10652020000190010048500472/2236-1065-rbh-S2236-10652020000190010048500472.pdf >, acesso em: 20/10/2025.

RIZZARDI, M. A. DESSECAÇÃO PRÉ-SEMEADURA. Up. Herb, 2019. Disponível em: < https://www.upherb.com.br/int/dessecacao-pre-semeadura#:~:text=A%20desseca%C3%A7%C3%A3o%20sequencial%20compreende%20a,antes%20da%20semeadura%20da%20cultura. >, acesso em: 20/10/2025.

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Sustentabilidade

Semeadura de soja ultrapassa 60% em MT; estado está entre os mais adiantados

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O plantio da safra 2025/26 de soja em Mato Grosso atingiu 60,05% da área estimada, conforme boletim divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), com dados de 24 de outubro. Na semana anterior, o índice era de 43,57%. No mesmo período do ano passado, o avanço era de 55,73%.

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Dados da Conab

No Brasil, o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o plantio da soja alcançou 21,7% da área total prevista até 18 de outubro, frente a 11,1% na semana anterior. Na comparação anual, o ritmo está 23,3% mais acelerado.

Segundo a Conab, São Paulo lidera o plantio, com 40% da área semeada, seguido por Mato Grosso (39,8%), Paraná (39%), Mato Grosso do Sul (34%), Tocantins (7%), Bahia (6%), Minas Gerais (6%), Goiás (5%) e Santa Catarina (3%).

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Sustentabilidade

Chicago fecha em queda na soja por realização de lucros, mas otimismo de acordo limita perdas – MAIS SOJA

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Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos para grão e óleo, e cotações mais altas para farelo. O mercado foi pressionado por um movimento de realização de lucros frente ao final de semana, Mas as perdas para o grão foram limitadas pelo otimismo em relação ao acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. Os presidentes dos dois países se encontram em Coreia do Sul na próxima semana. Na semana, a posição novembro/25 do grão ainda acumulou ganhos de 2,18%.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro de 2025 fecharam com baixa de 3,00 centavos de dólar por bushel ou 0,28%, a US$ 10,41 3/4 por bushel. A posição janeiro de 2026 teve cotação de US$ 10,60  por bushel, recuo de 1,75 centavo de dólar por bushel ou 0,16%.

Nos subprodutos, a posição dezembro de 2025 do farelo fechou com ganho de US$ 1,80 ou 0,61%, a US$ 294,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro de 2025 fecharam a 50,27 centavos de dólar por libra-peso, retração de 0,60 centavo ou 1,17%.

Fonte: Rodrigo Ramos  / Agência Safras News



 

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Com vantagens para a pecuária, silo-bolsa ganha espaço na estocagem de silagem no país – MAIS SOJA

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Consolidado no armazenamento de grãos, o silo-bolsa vem ganhando espaço na estocagem de silagem, especialmente entre produtores de leite e pecuaristas que operam com confinamento de gado em diferentes partes do país. Atenta a essa tendência, a Pacifil Brasil – empresa de Sapiranga (RS) e referência nacional em soluções de armazenamento agrícola – aposta na expansão para esse mercado, com alto potencial de crescimento. Na comparação com os modelos convencionais de silo-trincheira e silo de superfície, o silo-bolsa tem se destacado por benefícios como o impacto na redução de perdas e na conservação da qualidade da silagem.

Fabricado com polietileno (PE), matéria-prima produzida pela Braskem no Polo Petroquímico de Triunfo, o silo-bolsa é um túnel flexível de alta tecnologia. Além de ser acessível às propriedades rurais de diferentes portes, ser de fácil instalação, exigir baixo investimento, permitir a separação de lotes e ser totalmente reciclável, a solução preserva a silagem armazenada por até 24 meses, por meio de um sistema de embolsamento e compactação que isola o alimento do contato com o oxigênio, garantindo a conservação da matéria verde e a qualidade nutricional ao rebanho.

A performance do silo-bolsa para o estoque de silagem ficou comprovada em estudo de desempenho realizado pela Pacifil Brasil em parceria com a Braskem. Dentro de uma mesma propriedade no Rio Grande do Sul, foram comparados os sistemas de silo trincheira e de superfície com o silo-bolsa. Avaliaram-se os processos de colheita da silagem de milho, passando pelo enchimento e compactação dos silos, e período de armazenagem, extração e fornecimento. Ao final do ciclo, constatou-se que os modelos de silo-trincheira e de superfície apresentaram uma perda de, no mínimo, 15% de silagem, enquanto que com o silo-bolsa este percentual caiu próximo de zero. Com a redução de desperdício na alimentação animal, houve incremento no lucro da propriedade a partir da utilização do silo-bolsa.

“A pecuária de leite e de confinamento exige uma estratégia bem definida por parte do produtor que precisa ter alimento de qualidade o ano todo para oferecer ao rebanho. Diante disso, o silo-bolsa tem se mostrado muito eficiente aos desafios enfrentados pelas propriedades”, destaca o gestor comercial em nível nacional da Pacifil, Harti Lenhardt, que acompanhou a expedição Confina Brasil, da Scot Consultoria, que passou por 12 estados brasileiros nos últimos meses. Segundo Lenhardt, os produtores rurais têm se mostrado muito abertos a receber informações sobre as novas tecnologias envolvendo o estoque de silagem.

A adesão ao silo-bolsa se destaca em diferentes regiões do país. No Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, a solução tem sido uma ferramenta de alta viabilidade para armazenamento de silagem em propriedades leiteiras, diante dos impactos positivos na alimentação das vacas e no consequente volume de leite ordenhado. Já no Centro-Oeste brasileiro, em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, o silo-bolsa é alternativa em propriedades de confinamento e semiconfinamento de gado de corte, com alta tendência de crescimento.

Sobre a Pacifil Brasil

A Pacifil Brasil investe em tecnologias de ponta e infraestrutura moderna para a fabricação de silos-bolsa para grãos e silagem, que atendem às necessidades do agronegócio brasileiro e de mais de 20 países. As matérias-primas utilizadas pela Pacifil são de alta qualidade, fornecidas pela Braskem, garantindo resistência e durabilidade aos produtos. Desde 2009, a empresa e a petroquímica trabalham juntas no desenvolvimento de resinas termoplásticas visando o aprimoramento da performance dos silos-bolsa. Com uma equipe de especialistas, a Pacifil mantém rigorosos padrões de excelência, assegurando soluções eficazes, seguras e confiáveis para o armazenamento agrícola.

Fonte: Assessoria de Imprensa Pacific Brasil 



 

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