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Sustentabilidade

Análise Mensal do Mercado da Soja – MAIS SOJA

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Em setembro, a disputa pelo óleo de soja esteve mais acirrada, já que indústrias de biodiesel ampliaram as compras no mercado interno. Esse segmento, em muitos casos, tem maior poder de negociação do que as indústrias alimentícias, por contar com vantagens tributárias em determinadas operações, como a isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Esse cenário diminuiu o volume ofertado e impulsionou as cotações do óleo de soja no Brasil. Levantamento do Cepea mostra que o derivado posto na região de São Paulo, com 12% de ICMS, se valorizou expressivos 6% de agosto para setembro e 14,6% de setembro/24 a setembro/25, alcançando R$ 7.493,80/t no último mês – esta é a maior média desde novembro de 2022, em termos reais (IGP-DI, de agosto), período em que as cotações estavam acima de R$ 8.000/tonelada.

Diante disso, de forma inédita, a participação do óleo de soja na margem de lucro da indústria esmagadora (o “crush margin”) alcançou o recorde, calculado pelo Cepea acima de 50% do dia 24 ao dia 30 de setembro, enquanto o farelo foi calculado na casa de 49% – a cada tonelada de soja esmagada, em média, 78% equivalem ao farelo e apenas 19%, ao óleo. Como comparação, a participação média do farelo no ano passado foi de 62,2% e a do óleo, de 37,8%, considerando-se como base os preços da soja em grão, do óleo e do farelo no estado de São Paulo.

Os preços do farelo de soja também estiveram, no balanço de setembro, firmes. Alguns consumidores retomaram as aquisições, sustentados pela demanda dos setores de aves e suínos. No entanto, uma outra parte manteve cautela, aguardando maior oferta com a intensificação do esmagamento para atender à procura por óleo. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do farelo subiram 0,8% entre agosto e setembro; já no comparativo anual, observa-se significativa queda real de 23,7%.

Ressalta-se que as valorizações do óleo e do farelo de soja foram interrompidas no final de setembro – no dia 22, o governo argentino anunciou a eliminação temporária das retenciones para alguns produtos agrícolas – como complexo soja, milho, trigo, girassol, cevada e sorgo. A última vez que o país havia zerado as alíquotas do complexo soja foi em março de 2002. O decreto teria validade até 31 de outubro ou até que as exportações atingissem a cota de US$ 7 bilhões. Contudo, já em 24 de setembro, o governo argentino informou ter alcançado o limite em apenas três dias, revogando a suspensão, segundo a Bolsa de Rosário.

SOJA – Já os preços da soja cederam em setembro, refletindo a entrada da safra 2025/26 dos Estados Unidos, o início do cultivo no Brasil (sobretudo no estado do Paraná) e a desvalorização cambial (R$/US$). Por outro lado, a firme demanda por óleo de soja limitou as baixas da matéria-prima.

Parte dos agentes, no intuito de garantir margem com o atual preço da soja (mesmo com a recente baixa, o valor médio da oleaginosa em setembro foi o segundo maior do ano, em termos reais) e de liquidar parte do remanescente da safra 2024/25, optou por comercializar volumes com entregas no spot em até sete dias, mas com prazo de pagamento atípico, de mais de 100 dias após a entrega.

Esses agentes mostraram interesse em aproveitar oportunidade de negócios, uma vez que a queda da taxa de juros nos Estados Unidos (de 0,25 ponto percentual) e a estabilidade na taxa de juros no Brasil (que está no maior nível desde 2006) podem atrair dólar para o mercado brasileiro e reduzir a taxa cambial – e, consequentemente, diminuir a paridade de exportação no último trimestre deste ano.

Os Indicadores CEPEA/ESALQ – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja caíram respectivos 1,2% e 0,8%, entre as médias de agosto e de setembro, a R$ 138,77/saca de 60 kg e a R$ 133,02/sc de 60 kg, em setembro. No comparativo anual, as quedas foram de 2,7% e de 4,5%, em termos reais. O dólar se desvalorizou 1,4% entre os dois últimos meses e 3,1% em um ano, cotado a R$ 5,37 em setembro, a menor desde maio/24.

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, entre agosto e setembro, os preços da oleaginosa ficaram estáveis no mercado de balcão (valor pago ao produtor) e caíram 0,2% no de lotes (negociações entre empresas). No comparativo anual, houve baixas de 2,4% no balcão e de 1,7% no de lotes.

CAMPO – A semeadura da safra 2025/26 iniciou no Brasil, enquanto os Estados Unidos começaram a colher a nova safra, com agentes acompanhando as condições climáticas.

No Brasil, a Conab indica que a semeadura de soja foi iniciada no Paraná, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e em Santa Catarina. O Paraná é o estado com avanço mais significativo, favorecido pelas chuvas no começo de setembro. Segundo o Deral/Seab, dos 5,7 milhões de hectares destinados à soja no estado, 26% haviam sido semeados até 30 de setembro. Entre as regiões, destacam-se Toledo (93%), Cascavel (68%), Campo Mourão (50%), Umuarama (44%) e Pato Branco (31%). Municípios como Francisco Beltrão, Guarapuava, Apucarana, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Laranjeiras do Sul e Ponta Grossa também iniciaram a semeadura no último mês.

Nos Estados Unidos, o clima seco favoreceu as primeiras áreas colhidas. Segundo o USDA, até 28 de setembro, 19% da área total de 32,5 milhões de hectares havia sido colhida – abaixo dos 24% de um ano antes, mas em linha com a média dos últimos cinco anos.

Confira o Agromensal setembro/25 da Soja completo, clicando aqui!

Fonte: Cepea



 

FONTE

Autor:AGROMENSAIS SETEMBRO/2025

Site: CEPEA

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Sustentabilidade

Line-up aponta importação de 7,220 mi de t de fertilizantes em outubro – Williams – MAIS SOJA

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De acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil, foi agendada a importação de 7,220 milhões de toneladas de fertilizantes no período de 1º a 13 de outubro.

Pelo porto de Santos (SP) deve ser desembarcada a maior parte (2,062 milhões de toneladas). Depois aparece o porto de Paranaguá (PR), com 1,764 milhão de toneladas.

O relatório da agência leva em conta as embarcações já ancoradas, as que estão em largo esperando atracação e ainda as com previsão de chegada até o dia 20 de dezembro de 2025.

Fonte: Rodrigo Ramos / Safras News



 

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Sustentabilidade

Projeções climáticas para o Brasil para os meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2025 – MAIS SOJA

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ANÁLISE CLIMÁTICA DE SETEMBRO

Em setembro de 2025, os maiores acumulados de chuva ocorreram no oeste da Região Norte e em parte da Região Sul, com volumes que ultrapassaram 120 mm, contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas. Já no interior da Região Nordeste e parte central do país, menores acumulados de chuvas foram observados, reduzindo os níveis de umidade do solo.

Na Região Norte, os maiores volumes de chuva foram superiores a 150 mm sobre o sudoeste e sul do Amazonas e no oeste do Acre. Volumes entre 40 mm e 100 mm, ocorreram em grande parte do Amazonas, norte de Rondônia, além do sul de Roraima e do Pará. Já o norte de Roraima, Amapá, norte do Pará, Tocantins e sul de Rondônia apresentaram volumes abaixo de 40 mm e em algumas localidades não houve registro de chuva, reduzindo a umidade do solo nestas áreas.

Na Região Nordeste, diversas áreas do interior tiveram acumulados de chuva abaixo de 50 mm, reduzindo os níveis de umidade do solo, principalmente na parte centro-oeste da Bahia, Piauí, Ceará, oeste dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, além do leste do Maranhão. Volumes mais significativos ocorreram na costa leste, desde o litoral do Rio Grande do Norte até o nordeste da Bahia, com volumes acima dos 50 mm. De forma geral, as condições foram favoráveis para a maturação e colheita do milho terceira safra na região do Sealba.

Em grande parte da Região Centro-Oeste, os volumes de chuva ficaram abaixo de 30 mm, restringindo os cultivos de sequeiro. Por outro lado, no centro de Goiás, sul de Mato Grosso do Sul e noroeste de Mato Grosso, os totais de chuva ultrapassaram 50 mm, contribuindo para a elevação dos níveis de umidade no solo e a semeadura da soja.

Na Região Sudeste, os acumulados de chuva ficaram abaixo de 40 mm, com exceção do Espírito Santo, Rio de Janeiro e leste de São Paulo, onde algumas localidades apresentaram volumes acima dos 50 mm. Contudo, o cenário na região seguiu com umidade no solo insuficiente para a semeadura dos cultivos não irrigados, na maior parte de São Paulo e Minas Gerais.

Na Região Sul, os volumes de chuva foram acima de 150 mm no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina. Na maior parte do Paraná e centro-leste de Santa Catarina, os acumulados variaram entre 40 mm e 100 mm, exceto no extremo-norte do Paraná, onde as chuvas foram mais escassas. No geral, os volumes de chuva garantiram níveis de armazenamento de água no solo satisfatórios, favorecendo o manejo e o desenvolvimento das lavouras.

Em setembro, as temperaturas máximas foram acima de 30 °C nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, além do oeste da Região Sudeste e norte do Paraná. Em áreas da costa da Região Sudeste e na maior parte da Região Sul, os valores permaneceram abaixo de 28 °C. Quanto às temperaturas mínimas, os valores superaram os 22 °C na Região Norte, centro-norte da Região Nordeste e parte de Mato Grosso. Já no leste da Região Centro-Oeste, sul da Bahia, além das regiões Sul e Sudeste, as temperaturas foram inferiores a 20 °C. Ressalta-se que, no primeiro decêndio de setembro, foram registradas temperaturas mais baixas em algumas localidades do Rio Grande do Sul, com valores inferiores a 1,5 °C, com episódios de geadas de fraca intensidade, como por exemplo no município de São Luiz Gonzaga (RS), nos dias 3 e 8 de setembro.

CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIAS

Na figura abaixo, observa-se a anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) entre os dias 16 e 30 de setembro de 2025. Nesse período, registraram-se valores entre -1 °C e -2 °C ao longo da faixa longitudinal, compreendida entre 120°W e a linha de data, indicando a área de maior resfriamento das águas. Em contraste, nas proximidades da costa oeste da América do Sul, as temperaturas permaneceram ligeiramente acima da média. Ao analisar especificamente as anomalias médias diárias de TSM na região do Niño 3.4 (delimitada entre 170°W e 120°W), verificaram-se valores variando entre -1 °C e -0,5 °C durante setembro. Esse comportamento indica um resfriamento significativo da região, configurando uma condição inicial para a formação do fenômeno La Niña no Pacífico Equatorial, caracterizado por desvios de TSM inferiores a -0,5 °C.

A análise do modelo de previsão do ENOS (El Niño – Oscilação Sul), realizada pelo Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI), indica o início do fenômeno La Niña, durante o trimestre outubro, novembro e dezembro de 2025, com probabilidade de 60% e persistência destas condições no próximo trimestre (novembro, dezembro e janeiro de 2025/26), com probabilidade de 59%.

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2025

As previsões climáticas para os próximos três meses, de acordo com o modelo do Inmet, são apresentadas na figura abaixo. O modelo indica a ocorrência de chuvas próximas ou acima da média em áreas do norte da Região Norte, oeste da Região Nordeste, leste da Região Centro-Oeste e centro-norte da Região Sudeste. Nas demais localidades, são previstas chuvas abaixo da média, especialmente na divisa entre o sudoeste do Pará e nordeste de Mato Grosso, bem como em grande parte da Região Sul. Ressalta-se que as chuvas devem apresentar maior irregularidade na parte central do país, com retorno gradual, sobretudo em novembro, favorecendo a recomposição da disponibilidade hídrica nesses locais.

Analisando separadamente cada região do país, a previsão indica chuvas acima da média no Amapá, Roraima, leste e noroeste do Pará, centro do Amazonas e sul de Tocantins. Nas demais áreas, são previstas chuvas próximas ou abaixo da média, com destaque para o sudoeste do Pará. Embora o armazenamento de água no solo ainda se mantenha elevado na porção norte da região, e a parte sul com baixos níveis de umidade do solo, este padrão deve se inverter a partir de novembro.

Na Região Nordeste, a previsão indica chuvas acima da média no centrooeste da região e redução dos volumes na faixa leste, especialmente entre novembro e dezembro. Os níveis de umidade do solo tendem a se recuperar ao longo de dezembro, principalmente no sul do Maranhão e do Piauí, além das porções oeste e sul da Bahia.

Em grande parte das Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o modelo do Inmet indica o retorno gradual das chuvas, com volumes próximos e acima da média, exceto em áreas do centro-leste de Mato Grosso, São Paulo, como na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde as chuvas podem ficar abaixo da média. Este cenário favorece a elevação dos níveis de umidade do solo ao longo dos próximos meses.

Em grande parte da Região Sul, são previstas chuvas abaixo da média, enquanto que a porção mais a leste, são previstas chuvas próximas ou acima da média. No geral, os níveis de umidade do solo não deverão sofrer grande redução nos próximos meses, exceto na região centro-sul do Rio Grande do Sul, onde o armazenamento poderá ser mais baixo.

Quanto às temperaturas, elas devem permanecer próximas ou acima da média histórica no centro-norte do país, com temperaturas acima de 25°C. Nas Regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem superar os 28 °C. Em parte da Região Sudeste e Região Sul, as temperaturas devem ser mais amenas, com valores menores que 22 °C.

Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do site do Inmet (https://portal. inmet.gov.br).

Confira o Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos/Safra 2025/26 1° Levantamento completo, clicando aqui!

Fonte: CONAB



 

FONTE

Autor:Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2025/2026 – 1° Levantamento

Site: Conab

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Plantio de soja 25/26 atinge 11,1% da área no Brasil, aponta Conab

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O plantio da safra 2025/26 de soja no Brasil alcançou 11,1% da área total prevista, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 11 de outubro.

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Na semana anterior, a semeadura estava em 8,2%. No mesmo período do ano passado, os trabalhos atingiram 9,1% da área. Apesar do avanço em relação a 2024, o ritmo atual segue abaixo da média dos últimos cinco anos para a data, que é de 16,9%.

Plantio de soja pelo Brasil

O estado do Paraná lidera os trabalhos, com 31% da área já semeada. No Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso alcança 18,9% e o Mato Grosso do Sul chega a 14%, enquanto Goiás registra 2%. Em Minas Gerais, o avanço é de 2,7% e, em São Paulo, de 4%. A Bahia soma 4% e o Tocantins 2%. Já em Santa Catarina, o plantio atinge 2% da área estimada.

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