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Produtores em Mato Grosso correm contra o tempo no plantio da soja para garantir o milho

A temporada da soja começou em Mato Grosso. Contudo, o clima ainda segue indefinido e os custos elevados trazem cautela ao produtor. E é justamente a necessidade de garantir espaço para o milho que aumenta a apreensão para que a semeadura aconteça dentro da janela ideal.
No município de Nova Ubiratã, o produtor Nathan Belusso acompanha de perto a movimentação da semeadura da soja na propriedade da família. A expectativa por lá é cultivar 2,5 mil hectares com a oleaginosa. Mas, por enquanto, as plantadeiras trabalham apenas nas áreas irrigadas, que somam 1,2 mil hectares.
Segundo Nathan, a propriedade no médio-norte de Mato Grosso já conta com uma área entre 600 e 700 hectares plantados com a soja. A ideia é concluir nos próximos dias 100% da área irrigada e aguardar a chuva em volume adequado para poder entrar no sequeiro.
“Com isso, conseguimos antecipar a colheita da soja, o plantio e a colheita do milho, além de escalonar o feijão na terceira safra. Por isso, o planejamento da soja já considera o calendário até agosto e setembro do ano que vem”, diz ao projeto Mais Milho do Canal Rural Mato Grosso.
Garantia de janela favorável para o milho
Em Sorriso, maior produtor de milho do país, o plantio da soja também já começou. Porém, embaixo dos pivôs. A estratégia é abrir uma janela mais favorável para o milho, que deve ocupar cerca de 480 mil hectares no próximo ciclo, conforme o Sindicato Rural de Sorriso.
“A área de sequeiro ainda não iniciou o plantio. Estamos aguardando as previsões se confirmarem para chuvas a partir da segunda quinzena de setembro. O ano passado nós tivemos um atraso significativo aqui na semeadura. Iniciamos a partir do dia 15 de outubro. Esse ano a expectativa é que comece um pouco mais cedo”, diz Diego Damiani, presidente do Sindicato Rural do município.
As projeções para Sorriso em termos de produtividade média na soja são de algo em torno de 58 sacas por hectare, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O que eleva a cautela na hora de entrar com as máquinas em áreas de sequeiro, diante do custo de produção.
“O custo está com a margem reduzida. Então nós precisamos de uma cultura de segunda, até de terceira safra, para conseguirmos rodar os negócios. Se essa chuva vier mais cedo e a gente conseguir implementar a cultura da soja um pouco mais cedo do que o ano passado, já influência na janela do milho positivamente para o produtor conseguir fazer o giro das duas safras”, salienta Diogo.

Comercialização ainda é tímida
Nas vendas futuras, o avanço da comercialização do milho ainda é tímido. De acordo com o Imea, apenas 15,51% da safra de milho 2025/26 foi negociada até o momento. O número é maior que os 9,82% da safra 2024/25 neste período do ano passado, entretanto abaixo da média dos últimos cinco anos, de 22,69%. É justamente essa necessidade de garantir espaço para o milho na próxima safra aumenta a apreensão do setor para que a soja seja plantada dentro da janela ideal.
“É claro que o produtor tem que ter cautela até porque o custo de semeadura e de semente é muito alto. Porém, por outro lado, há um desafio perante o plantio de milho que precisa ser em uma janela mais apertada, ou seja, o produtor precisa plantar rápido a soja para também poder plantar o milho e colher dentro de uma janela garantindo produtividade e rentabilidade. E esse ano se espera que tenha La Niña, o que acaba sendo melhor em termos de chuva, porém pode haver irregularidades aqui no Centro-Oeste ou seja instabilidade e aí tem o risco”, frisa o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Lucas Costa Beber.
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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.
Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.
O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.
Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.
O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.
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Amaggi e Inpasa encerram parceria que criava joint-venture em Mato Grosso

A Amaggi e a Inpasa anunciaram nesta terça-feira (14) o fim da formação de uma joint-venture voltada para a produção de etanol de milho em Mato Grosso. A parceria previa a implantação de três plantas fabris no estado, das quais a primeira seria erguida em Rondonópolis com previsão de investimento na ordem de R$ 2,5 bilhões.
A criação da joint-venture entre as duas empresas havia sido anunciada em 29 de agosto deste ano durante reunião com o prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira, conforme destacado pelo Canal Rural Mato Grosso na época.
Além de Rondonópolis, haviam estudos para a implantação de unidade fabril em Campo Novo do Parecis e Querência.
As plantas teriam capacidade inicial para processar aproximadamente dois milhões de toneladas de milho cada.
Em nota encaminhada nesta terça-feira (14), a Amaggi e a Inpasa afirmam que o encerramento das tratativas para a formação da joint-venture foi uma decisão tomada “após ambas as empresas concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e à governança do projeto, optando por seguir caminhos próprios neste momento”.
Confira nota na íntegra:
A AMAGGI e a Inpasa informam aos públicos de interesse e ao mercado em geral que, de comum acordo, decidiram encerrar as tratativas para a formação de uma joint-venture voltada à produção de etanol de milho.
A decisão foi tomada após ambas as empresas concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e à governança do projeto, optando por seguir caminhos próprios neste momento. O processo foi conduzido de forma transparente, colaborativa e com total alinhamento aos princípios de boa governança corporativa.
As companhias reafirmam o respeito e admiração mútua, e permanecerão abertas a avaliar futuras oportunidades de cooperação em áreas de interesse comum.
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Efapi expõe potência econômica e cultural de SC

A Efapi do Brasil 2025, em Chapecó, Santa Catarina, espera um público de 500 mil pessoas de 10 a 19 de outubro. A organizadora da feira multissetorial, a prefeitura da cidade, estima movimentar R$ 800 milhões em negócios fechados e prospectados.
O evento também registrou um crescimento de expositores de 25% este ano, totalizando 625 unidades em 45 mil metros quadrados. Entre as atrações estão o Salão do Imóvel, Salão do Automóvel, Feira do Comércio, Artesanato, Exposição de Máquinas Pesadas e Máquinas Agrícolas, Parque de Diversões, Rodeio Country, Exposição Nacional da Raça Angus, Etapa Nacional do Gado Jersey, Etapa Nacional do Gado Holandês, Pavilhão da Piscicultura e 22 shows musicais nacionais.
Autoridades locais, estaduais e nacionais prestigiaram a abertura da Efapi do Brasil, realizada no dia 10 de outubro. Na ocasião o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, lembrou dos pioneiros que criaram a Efapi, entre eles Valmor Lunardi, que dá nome ao Parque de Exposições. “Nunca deixem de sonhar e empreender. Este parque foi sonhado pelos pioneiros. Eles e muitos que nos sucederam ajudaram a transformar essa cidade na capital do turismo de negócios. Tivemos um crescimento de 130% no turismo no último ano. Somos o maior polo mundial da indústria da transformação. Mesmo com dificuldades em logística, como da BR-282, exportamos para o mundo. Aqui geramos emprego que atraem migrantes e imigrantes”, disse Rodrigues.
O presidente da Aurora, Neivor Canton, falou em nome dos patrocinadores. “A Efapi tornou-se um patrimônio imaterial de Chapecó e região. Ela exibe nossas potencialidades e cultura. Em seu caráter multissetorial permite a integração de vários atores da economia. Ela é referência para o Brasil e países do Mercosul”, disse Canton.
O presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, falou em nome do legislativo estadual: “O Oeste é muito bem representado. E se somos um estado desenvolvimento devemos muito ao Oeste se Santa Catarina. É um momento de reconhecer tudo o que o Oeste representa para o nosso estado”, disse Garcia. Também esteve presente o governador do estado, Jorginho Mello, entre outras autoridades.
Serviço:
Efapi do Brasil 2025
Parque de Exposições Valmor Ernesto Lunardi - Chapecó – SC
10 a 19 de outubro
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