Sustentabilidade
Construção da Produtividade: técnica de manejo integrado pode elevar produtividade da soja em mais de 7 sacas por hectare, demonstra estudo recente – MAIS SOJA

Maior cultura agrícola do Brasil em volume e área, a soja deve alcançar 169,6 milhões de toneladas na safra 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que representa um aumento de 14,8% em relação ao ciclo anterior. Apesar de sua relevância econômica e da contribuição direta para o PIB do agronegócio, a oleaginosa pode enfrentar perdas expressivas de produtividade por conta de doenças de solo causadas por fungos e ataques de nematoides, condições climáticas adversas e manejo inadequado da lavoura.
Nesse cenário, ganha relevância o conceito da Construção da Produtividade, técnica proposta pela Agrocete – multinacional brasileira especializada em fisiologia e nutrição vegetal, tecnologia de aplicação e bioinsumos –, que entende resultados consistentes não como frutos de ações isoladas, mas de um manejo integrado que vai desde o preparo da área de plantio até a colheita.
Resultados de estudos recentes reforçam a eficácia da prática: no Instituto Goiano de Agricultura (IGA), em Montividiu (GO), a prática elevou a produtividade em até 14,15%, resultando em mais 7,76 sacas por hectare, em comparação à área testemunha. Já em Arapoti (PR), os testes registraram um incremento ainda maior, de até 26,5% e 14,8 sacas por hectare, confirmando ganhos expressivos quando o manejo é aplicado de forma completa ao longo do ciclo da soja.
A Construção da Produtividade foi estruturada pela Agrocete a partir de mais de 330 estudos científicos, feitos em parceria com 90 instituições de pesquisa. O intuito é promover o equilíbrio do ambiente agrícola, maximizando os recursos disponíveis e os resultados no campo.
Para isso, é preciso combinar uma série de práticas que se complementam, seguindo três eixos principais: Plantio, Vigor e Enraizamento; Arranque e Força no Crescimento; e Tecnologia de Aplicação. “Em vez de buscar soluções pontuais diante de problemas já instalados, o manejo integrado antecipa as necessidades da lavoura e cria condições para que a planta expresse todo o seu potencial produtivo desde o início do ciclo.
Isso significa agir de forma preventiva, fortalecendo cada etapa do desenvolvimento para reduzir riscos e aproveitar ao máximo os recursos investidos. O portfólio da Agrocete, com cerca de 70 produtos, desempenha um papel central nessa estratégia, oferecendo soluções para cada etapa, todas compatíveis entre si”, pontua Andrea de Figueiredo Giroldo, diretora de marketing e desenvolvimento técnico da Agrocete.
O primeiro pilar, Plantio, Vigor e Enraizamento, é visto como a principal fase para que as demais também alcancem sucesso e gerem resultados expressivos em produtividade. Nesse momento, são utilizadas soluções biológicas para tratamento de sementes e aplicação no sulco, reforços nutricionais e compostos orgânicos benéficos, que promovem enraizamento vigoroso, fixação de nitrogênio, maior tolerância ao estresse e controle biológico de pragas e doenças de solo.
Depois, a etapa Arranque e Força no Crescimento sustenta o desenvolvimento robusto e saudável das plantas, essencial para o acúmulo de energia e assimilados que, posteriormente, serão convertidos em grãos. Nesse estágio, o manejo combina estímulos fisiológicos, reforços nutricionais e proteção biológica, formando plantas mais ramificadas, fortes e resistentes a estresses bióticos e abióticos. Por fim, o terceiro eixo, Tecnologia de Aplicação, assegura que todas as soluções biológicas, nutricionais e fisiológicas, tenham eficácia no campo, potencializando também a ação dos defensivos agrícolas. A aplicação correta de adjuvantes é determinante, pois mesmo os melhores insumos podem não render todo o seu potencial sem a técnica de aplicação adequada.
Resultados em campo
Dois estudos recentes, realizados durante a safra 2024/2025, validam os benefícios da prática. Em cada estudo, foram testadas diferentes combinações de produtos da linha GRAP, que abrange fertilizantes foliares com diferentes funções, adjuvantes, inoculantes para fixação biológica de nitrogênio, bioestimulantes, bionematicidas, biofungicidas e produtos biológicos multifuncionais capazes de promover crescimento, solubilizar fósforo e contribuir para o manejo integrado da lavoura.
“Além do aumento da produtividade, em um dos estudos registramos resultados como mais número e peso de vagens, mais grãos por planta e estrutura de planta capaz de sustentar carga maior. No outro, em que o foco era avaliar a eficácia dos produtos contra nematoides e outros patógenos do solo, observamos maior peso de mil grãos, controle de doenças de final de ciclo e redução desses organismos no solo e nas raízes”, explica Luis Felipe Dresch, gerente de desenvolvimento técnico e de mercado (DTM) da Agrocete.
Em Arapoti (PR), na Fazenda Mutuca – reconhecida por seu papel no desenvolvimento do Plantio Direto na Palha –, foram testados quatro tipos de manejo: área testemunha; padrão da fazenda, com uso de insumos concorrentes; aplicação de soluções da linha GRAP no sulco do plantio; e manejo completo, com diferentes produtos da linha ao longo do ciclo. O manejo completo superou a testemunha em 14,8 sacas por hectare (+26,5%) e o padrão da fazenda em 3,46 sacas por hectare (+4,9%), refletindo também em um ganho de 8,35% no retorno econômico. Além disso, as soluções aplicadas em conjunto durante todo o ciclo produtivo promoveram melhorias significativas na estrutura e na qualidade das plantas: as vagens ficaram mais pesadas (+46% e +60% frente à testemunha e ao padrão, respectivamente), com mais vagens (+7,4% e +12,1%) e mais grãos por planta (+8,8% e +7,8%). A estrutura da planta também foi beneficiada, com maior diâmetro de haste (+8,9% e +14,9%) e mais ramos laterais (+21,4% e +25,9%), indicando maior capacidade de sustentar a carga positiva.
O segundo estudo, conduzido na área experimental do Instituto Goiano de Agricultura (IGA), em Montividiu (GO), avaliou seis estratégias de manejo, que foram desde a área testemunha até diferentes combinações com os defensivos biológicos da linha GRAP da Agrocete – BIOSTAT (bionematicida) e BeesTRIC (biofungicida) –, aplicados no tratamento de sementes, no sulco de plantio e em estágios vegetativos da soja, além de um tratamento com produto concorrente. As estratégias testaram os biológicos isoladamente ou em combinação, com o objetivo de potencializar a proteção contra nematoides e doenças de solo e fortalecer o vigor das plantas ao longo do ciclo.
Na soja, a presença de nematoides e outros patógenos é um desafio constante: além de danificar diretamente as raízes, eles também criam condições favoráveis para o desenvolvimento de outras doenças, alteram a microbiota do solo e diminuem a longevidade das plantas, impactando diretamente a produtividade. Anteriormente, o controle era feito por meio de nematicidas químicos, mas o uso constante e aumento das doses pode criar resistência. “Introduzir produtos biológicos, como fungos e bactérias benéficas, aliados a soluções nutricionais que estimulam o crescimento radicular, reduz os dados e controla a população dessas pragas de forma natural, sem comprometer a saúde do solo. É um movimento estratégico e preventivo que, em vez de reagir aos problemas, protege a planta diariamente, acompanhando seu crescimento e desenvolvimento”, ressalta Dresch.
Os resultados do estudo do IGA confirmam a eficácia do manejo integrado. A combinação de BIOSTAT e BeesTRIC, aplicados no sulco e complementados pelo BeesTRIC nos estágios vegetativos V4 e V5, elevou a produtividade de 47,8 para 54,57 sacas por hectare, um aumento de 14,15% (+7,76 sc/ha). O peso de mil grãos também subiu em 3,9%, de 162 g para 168,4 g. As doenças de final de ciclo (DFCs), como crestamento foliar e mancha-parda, tiveram menor impacto quando os produtos foram aplicados, com destaque para o BeesTRIC no tratamento de sementes, que reduziu a severidade das DFCs em 57,4% aos 60 dias após a emergência. O BIOSTAT, aplicado no tratamento de sementes, mostrou eficiência contra a população de Helicotylenchus spp., com redução 49% no solo aos 45 dias e de 36% aos 75 dias. O efeito permaneceu significativo até o final do ciclo, sendo o único tratamento com eficácia relevante nesse período.
“Os patógenos de solo estão interligados e essa presença conjunta aumenta significativamente os problemas radiculares e a severidade das doenças. Para controlar esses efeitos de forma eficiente, é fundamental adotar um manejo que combine diferentes soluções biológicas e nutricionais, atuando de maneira preventiva e estratégica ao longo de todo o ciclo da soja. Integrar o manejo significa, por exemplo, utilizar um bionematicida junto a um biofungicida, reduzindo nematoides e fungos no solo, potencializando o efeito de controle e permitindo que a cultura se sobressaia”, explica Weder Nunes Ferreira Junior, pesquisador em fitopatologia e nematologia do Instituto Goiano de Agricultura (IGA).
No entanto, ele afirma que é preciso entender a dinâmica de cada tecnologia, para posicioná-las corretamente quanto a dose, forma de aplicação e combinação com outras soluções. “Temos observado um avanço significativo na questão de compatibilidade entre produtos, não apenas sobre um microrganismo inibir o outro, mas sobre como combiná-los potencializa o efeito de controle. No estudo, observamos que o biofungicida tem efeito nematicida e o bionematicida também apresenta grande efeito de controle para nematoides. Com o manejo integrado, conseguimos aumentar a eficácia de controle e o incremento de produtividade. Quando aplicamos novamente o biofungicida no quarto estágio vegetativo, esse efeito foi ainda maior, pois esses microrganismos também atuam como bioestimulantes e promotores de crescimento, além de reduzirem manchas foliares e doenças de solo a partir desse estágio”, complementa o pesquisador.
Sustentabilidade e manejo integrado
A Construção da Produtividade não busca apenas produzir mais, mas produzir melhor e de forma duradoura. Ao preservar a microbiota do solo, reduzir a dependência exclusiva de defensivos químicos e posicionar biológicos e nutrientes de forma estratégica, o manejo se torna mais seguro para aplicadores e para o meio ambiente, além de aumentar a resiliência do sistema produtivo. Em um setor que precisa ampliar a oferta de alimentos sem expandir a fronteira agrícola, ganhos de eficiência por hectare representam a estratégia mais responsável, unindo retorno econômico e práticas sustentáveis.
Nesse contexto, a Agrocete tem investido constantemente em soluções que promovem uma agricultura equilibrada, reunindo ciência, prática e tecnologia. Hoje, quase metade dos produtos da empresa é classificada como sustentável e, em 2024, essas soluções representaram 76% das vendas no Brasil. O portfólio inclui fertilizantes especiais, inoculantes biológicos e biodefensivos, com destaque para bioinsumos voltados à nutrição, estímulo ao crescimento e controle de pragas e doenças, além de produtos formulados com matérias-primas orgânicas ou capazes de reduzir o uso de defensivos químicos, tornando a lavoura mais eficiente e resiliente.
Reforçando esse movimento, a multinacional brasileira, com sede em Ponta Grossa (PR), anunciou um investimento de R$ 11 milhões na construção de uma nova planta dedicada à produção de biodefensivos, já em andamento. Além disso, a empresa destinará 5% do faturamento anual em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e prevê o lançamento de oito novos produtos biológicos até 2027, desenvolvidos internamente ou em parceria com empresas de biotecnologia. “Com a nova planta, os lançamentos previstos e o investimento contínuo em P&D, ampliamos nossa capacidade de oferecer produtos biológicos cada vez mais inovadores e sustentáveis, atendendo às demandas do mercado de forma consistente”, finaliza Andrea de Figueiredo Giroldo, diretora de marketing e desenvolvimento técnico da Agrocete.
Sobre a Agrocete:
Fundada em 1980, e completando 45 anos em 2025, a Agrocete é uma multinacional brasileira, com sede em Ponta Grossa (PR) e unidades nos Estados Unidos, México e Paraguai, com referência internacional na área de adjuvantes, fisiológicos, biológicos e nutrição.
A Agrocete tem uma das maiores e mais avançadas plantas fabris de inoculantes biológicos do mundo e é certificada pela ISO 9001, de gestão e qualidade, e pela ISO 14001, de gestão ambiental. Também é reconhecida pelo selo Together for Sustainability, iniciativa global que certifica empresas com uma indústria química segura e comprometida com o meio ambiente.
A empresa é pioneira na produção de fertilizantes especiais e inoculantes no Brasil e se destaca pela inovação e modernidade tecnológica, do laboratório ao campo. Prova disso, é a implantação de uma unidade para o desenvolvimento, validação e testagem de produtos inovadores, como os biológicos de controle e biofertilizantes, e da Universidade Agrocete, para capacitação dos colaboradores da empresa.
Para mais informações, acesse: www.agrocete.com.br
Fonte: Assessoria de imprensa Agrocete
Sustentabilidade
Projeções climáticas para o Brasil para os meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2025 – MAIS SOJA

ANÁLISE CLIMÁTICA DE SETEMBRO
Em setembro de 2025, os maiores acumulados de chuva ocorreram no oeste da Região Norte e em parte da Região Sul, com volumes que ultrapassaram 120 mm, contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas. Já no interior da Região Nordeste e parte central do país, menores acumulados de chuvas foram observados, reduzindo os níveis de umidade do solo.
Na Região Norte, os maiores volumes de chuva foram superiores a 150 mm sobre o sudoeste e sul do Amazonas e no oeste do Acre. Volumes entre 40 mm e 100 mm, ocorreram em grande parte do Amazonas, norte de Rondônia, além do sul de Roraima e do Pará. Já o norte de Roraima, Amapá, norte do Pará, Tocantins e sul de Rondônia apresentaram volumes abaixo de 40 mm e em algumas localidades não houve registro de chuva, reduzindo a umidade do solo nestas áreas.
Na Região Nordeste, diversas áreas do interior tiveram acumulados de chuva abaixo de 50 mm, reduzindo os níveis de umidade do solo, principalmente na parte centro-oeste da Bahia, Piauí, Ceará, oeste dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, além do leste do Maranhão. Volumes mais significativos ocorreram na costa leste, desde o litoral do Rio Grande do Norte até o nordeste da Bahia, com volumes acima dos 50 mm. De forma geral, as condições foram favoráveis para a maturação e colheita do milho terceira safra na região do Sealba.
Em grande parte da Região Centro-Oeste, os volumes de chuva ficaram abaixo de 30 mm, restringindo os cultivos de sequeiro. Por outro lado, no centro de Goiás, sul de Mato Grosso do Sul e noroeste de Mato Grosso, os totais de chuva ultrapassaram 50 mm, contribuindo para a elevação dos níveis de umidade no solo e a semeadura da soja.
Na Região Sudeste, os acumulados de chuva ficaram abaixo de 40 mm, com exceção do Espírito Santo, Rio de Janeiro e leste de São Paulo, onde algumas localidades apresentaram volumes acima dos 50 mm. Contudo, o cenário na região seguiu com umidade no solo insuficiente para a semeadura dos cultivos não irrigados, na maior parte de São Paulo e Minas Gerais.
Na Região Sul, os volumes de chuva foram acima de 150 mm no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina. Na maior parte do Paraná e centro-leste de Santa Catarina, os acumulados variaram entre 40 mm e 100 mm, exceto no extremo-norte do Paraná, onde as chuvas foram mais escassas. No geral, os volumes de chuva garantiram níveis de armazenamento de água no solo satisfatórios, favorecendo o manejo e o desenvolvimento das lavouras.
Em setembro, as temperaturas máximas foram acima de 30 °C nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, além do oeste da Região Sudeste e norte do Paraná. Em áreas da costa da Região Sudeste e na maior parte da Região Sul, os valores permaneceram abaixo de 28 °C. Quanto às temperaturas mínimas, os valores superaram os 22 °C na Região Norte, centro-norte da Região Nordeste e parte de Mato Grosso. Já no leste da Região Centro-Oeste, sul da Bahia, além das regiões Sul e Sudeste, as temperaturas foram inferiores a 20 °C. Ressalta-se que, no primeiro decêndio de setembro, foram registradas temperaturas mais baixas em algumas localidades do Rio Grande do Sul, com valores inferiores a 1,5 °C, com episódios de geadas de fraca intensidade, como por exemplo no município de São Luiz Gonzaga (RS), nos dias 3 e 8 de setembro.
CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIAS
Na figura abaixo, observa-se a anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) entre os dias 16 e 30 de setembro de 2025. Nesse período, registraram-se valores entre -1 °C e -2 °C ao longo da faixa longitudinal, compreendida entre 120°W e a linha de data, indicando a área de maior resfriamento das águas. Em contraste, nas proximidades da costa oeste da América do Sul, as temperaturas permaneceram ligeiramente acima da média. Ao analisar especificamente as anomalias médias diárias de TSM na região do Niño 3.4 (delimitada entre 170°W e 120°W), verificaram-se valores variando entre -1 °C e -0,5 °C durante setembro. Esse comportamento indica um resfriamento significativo da região, configurando uma condição inicial para a formação do fenômeno La Niña no Pacífico Equatorial, caracterizado por desvios de TSM inferiores a -0,5 °C.
A análise do modelo de previsão do ENOS (El Niño – Oscilação Sul), realizada pelo Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI), indica o início do fenômeno La Niña, durante o trimestre outubro, novembro e dezembro de 2025, com probabilidade de 60% e persistência destas condições no próximo trimestre (novembro, dezembro e janeiro de 2025/26), com probabilidade de 59%.
PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2025
As previsões climáticas para os próximos três meses, de acordo com o modelo do Inmet, são apresentadas na figura abaixo. O modelo indica a ocorrência de chuvas próximas ou acima da média em áreas do norte da Região Norte, oeste da Região Nordeste, leste da Região Centro-Oeste e centro-norte da Região Sudeste. Nas demais localidades, são previstas chuvas abaixo da média, especialmente na divisa entre o sudoeste do Pará e nordeste de Mato Grosso, bem como em grande parte da Região Sul. Ressalta-se que as chuvas devem apresentar maior irregularidade na parte central do país, com retorno gradual, sobretudo em novembro, favorecendo a recomposição da disponibilidade hídrica nesses locais.
Analisando separadamente cada região do país, a previsão indica chuvas acima da média no Amapá, Roraima, leste e noroeste do Pará, centro do Amazonas e sul de Tocantins. Nas demais áreas, são previstas chuvas próximas ou abaixo da média, com destaque para o sudoeste do Pará. Embora o armazenamento de água no solo ainda se mantenha elevado na porção norte da região, e a parte sul com baixos níveis de umidade do solo, este padrão deve se inverter a partir de novembro.
Na Região Nordeste, a previsão indica chuvas acima da média no centrooeste da região e redução dos volumes na faixa leste, especialmente entre novembro e dezembro. Os níveis de umidade do solo tendem a se recuperar ao longo de dezembro, principalmente no sul do Maranhão e do Piauí, além das porções oeste e sul da Bahia.
Em grande parte das Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o modelo do Inmet indica o retorno gradual das chuvas, com volumes próximos e acima da média, exceto em áreas do centro-leste de Mato Grosso, São Paulo, como na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde as chuvas podem ficar abaixo da média. Este cenário favorece a elevação dos níveis de umidade do solo ao longo dos próximos meses.
Em grande parte da Região Sul, são previstas chuvas abaixo da média, enquanto que a porção mais a leste, são previstas chuvas próximas ou acima da média. No geral, os níveis de umidade do solo não deverão sofrer grande redução nos próximos meses, exceto na região centro-sul do Rio Grande do Sul, onde o armazenamento poderá ser mais baixo.
Quanto às temperaturas, elas devem permanecer próximas ou acima da média histórica no centro-norte do país, com temperaturas acima de 25°C. Nas Regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem superar os 28 °C. Em parte da Região Sudeste e Região Sul, as temperaturas devem ser mais amenas, com valores menores que 22 °C.
Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do site do Inmet (https://portal. inmet.gov.br).
Confira o Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos/Safra 2025/26 1° Levantamento completo, clicando aqui!
Fonte: CONAB
Autor:Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2025/2026 – 1° Levantamento
Site: Conab
Sustentabilidade
Plantio de soja 25/26 atinge 11,1% da área no Brasil, aponta Conab

O plantio da safra 2025/26 de soja no Brasil alcançou 11,1% da área total prevista, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 11 de outubro.
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Na semana anterior, a semeadura estava em 8,2%. No mesmo período do ano passado, os trabalhos atingiram 9,1% da área. Apesar do avanço em relação a 2024, o ritmo atual segue abaixo da média dos últimos cinco anos para a data, que é de 16,9%.
Plantio de soja pelo Brasil
O estado do Paraná lidera os trabalhos, com 31% da área já semeada. No Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso alcança 18,9% e o Mato Grosso do Sul chega a 14%, enquanto Goiás registra 2%. Em Minas Gerais, o avanço é de 2,7% e, em São Paulo, de 4%. A Bahia soma 4% e o Tocantins 2%. Já em Santa Catarina, o plantio atinge 2% da área estimada.
Sustentabilidade
IPCF de setembro recua 7%: fertilizantes mais acessíveis impulsionam poder de compra – MAIS SOJA

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de setembro fechou em 1,19, representando uma queda de quase 7% em relação ao mês anterior. Essa variação indica que os fertilizantes se tornaram mais acessíveis para o produtor rural, já que quanto menor o índice, maior é o poder de compra em relação aos insumos. O movimento acompanha o cenário agrícola do período, marcado pelo encerramento da colheita da safrinha e o início do plantio da soja, além de uma leve retração do dólar, de aproximadamente 1,5%, cujo impacto sobre o índice foi limitado.
A principal contribuição para essa queda veio da retração nos preços dos fertilizantes, com destaque para os nitrogenados. A ureia, por exemplo, apresentou uma variação negativa de 10%, sendo o destaque entre os principais insumos. Outros produtos também registraram queda, como o Monoamônio Fosfato (-3%), o Superfosfato Simples (-5%) e o Cloreto de Potássio (-1%). Essa redução está diretamente relacionada ao período de entressafra, quando a demanda por fertilizantes naturalmente diminui. A expectativa é de que os preços voltem a subir no quarto trimestre, impulsionados pela retomada da demanda, especialmente para entregas da segunda safra.
Do lado das commodities, houve uma alta média de 3% nos preços, com destaque para a soja (1%), o milho (3%) e a cana-de-açúcar (3%). A única exceção foi o algodão, que registrou queda de 3%, mas sem impacto significativo na média geral. O mercado também foi influenciado por eventos externos, como a suspensão e posterior retomada das retenciones na Argentina — impostos sobre exportação — que contribuíram para as variações observadas.
Além dos fatores conjunturais que influenciaram o IPCF, o mercado agrícola exige atenção em três frentes importantes. A primeira é a presença crescente de fertilizantes fosfatados de baixa solubilidade, que apesar de parecerem mais baratos, esses produtos podem comprometer a absorção de nutrientes pelas plantas e reduzir a produtividade, gerando prejuízos agronômicos e econômicos. A segunda frente é a escassez de crédito rural, que tem dificultado o acesso a financiamentos, especialmente após as restrições no Plano Safra e o aumento da taxa Selic. Esse cenário afeta diretamente o ritmo das vendas e o planejamento da safra, exigindo maior colaboração entre os elos da cadeia e instituições financeiras.
Ao mesmo tempo, observa-se um movimento crescente de antecipação nas compras de insumos para a safra de verão 2026. Relações de troca mais favoráveis e soluções como antecipação de recebíveis têm viabilizado essa estratégia, permitindo ao produtor garantir melhores condições comerciais e mitigar riscos diante da volatilidade do mercado.
O cenário segue com atenção voltada ao início do plantio da soja no Brasil, etapa estratégica para o calendário agrícola nacional. A demanda chinesa, por sua vez, tem apresentado oscilações significativas, gerando incertezas no mercado global. Ainda assim, o Brasil mantém sua posição como principal fornecedor de soja para a China, o que continua sendo um fator relevante para sustentar o aquecimento do mercado interno e reforçar a competitividade do agronegócio brasileiro.
Entendendo o IPCF
O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. A metodologia consiste na comparação em relação à base de 2017, indicando que quanto menor a relação mais favorável o índice e melhor a relação de troca. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.
Metodologia
*A fonte para o cálculo dos preços dos fertilizantes no porto brasileiro é a CRU, empresa de consultoria internacional. Já os preços das commodities são apurados pela média do mercado brasileiro, em dólar, calculados com base nas publicações feitas pela Agência Estado e CEPEA.
**O índice de preços de fertilizantes inclui os valores de MAP, SSP, Ureia e KCL ponderados pelas participações respectivas de seu uso no país. Já o das commodities inclui soja, milho, açúcar, etanol e algodão, ponderado pelo consumo de fertilizantes.
***O índice é também ponderado pelo câmbio, considerado 70% dos fertilizantes (custo) e 85% das commodities (receita).
****Culturas analisadas: soja, milho, açúcar, etanol (cana-de-açúcar) e algodão.
*****Dados referentes a setembro/2025
Sobre a Mosaic
Com a missão de ajudar o mundo a produzir os alimentos de que precisa, a Mosaic atua da mina ao campo buscando solucionar desafios de maneira diferente, refletindo seu espírito inovador reconhecido mundialmente. A empresa entrega cerca de 27,2 milhões de toneladas de fertilizantes ao ano para 40 países, sendo uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados. Sua produção se dá com base em conhecimentos sólidos, adquiridos a partir de evidências científicas que garantem a eficácia de seus produtos. Opera na mineração, produção, importação, comercialização e distribuição de fertilizantes, incluindo bioinsumos, para aplicação em diversas culturas agrícolas, ingredientes para nutrição animal e produtos industriais. No Brasil, está presente em mais de dez estados, tendo presença também no Paraguai, com profissionais que trabalham diariamente comprometidos com a ética. Em outubro de 2024 a empresa completou duas décadas de compromisso em ajudar a alimentar uma população global cada vez maior, promovendo, para isso, ações que visam transformar a produtividade do campo e a realidade dos locais onde atua, de forma segura, sustentável e inclusiva. Para mais informações, visite www.mosaicco.com.br. Siga-nos no Facebook, Instagram e LinkedIn e acompanhe também nossos canais de conteúdo Nutrição de Safras e NutriMosaic.
Fonte: Assessoria de Imprensa Mosaic
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