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Importação chinesa de milho cai 95% em julho

As importações chinesas de milho somaram 60 mil toneladas em julho de 2025, o que representa uma queda de cerca de 94,9% na comparação com julho do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês). Em valores, as importações no mês passado totalizaram US$ 14,02 milhões. De janeiro a julho, a China importou 840 mil toneladas de milho, recuo de 93% na comparação anual.
As compras chinesas de trigo alcançaram 410 mil toneladas no mês passado, volume 48,3% inferior ao registrado em julho de 2024. O valor importado no sétimo mês de 2025 corresponde a US$ 129,22 milhões. No acumulado do ano, de janeiro a julho, as compras somaram 2,37 milhões de toneladas, baixa de 76,4% ante igual período do ano passado.
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Segundo o Gacc, a China importou 11,67 milhões de toneladas de soja em julho, avanço de 18,4% ante igual mês do ano anterior. No total, as compras custaram US$ 5,126 bilhões. No acumulado dos sete meses completos do ano, as importações somaram 61,04 milhões de toneladas, ganho de 4,6% em comparação com o volume registrado em igual período do ano anterior.
Em relação ao óleo de soja, foram registradas importações de 60 mil toneladas em julho, segundo relatório do Gacc, avanço de cerca de 264% ante o volume de julho do ano passado. Contudo, no acumulado do ano, os chineses compraram 100 mil toneladas do derivado, queda de 41,7% ante o registrado no ano anterior.
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As compras chinesas de óleo de palma, por sua vez, atingiram 180 mil toneladas em julho de 2025, volume 46,8% menor do que o importado um ano antes. Entretanto, no acumulado do ano, as importações somaram 1,25 milhão de toneladas, diminuição de 19,4% ante igual período do ano passado.
A China importou 50 mil toneladas de algodão no mês passado, recuo de 73,2% ante igual período de 2024. De janeiro a julho, o volume importado pelo país asiático foi de 520 mil toneladas, baixa de 74,2% em comparação com o ano anterior.
De lácteos, 240 mil toneladas foram importadas pela China no sétimo mês do ano, 5,2% a mais que o volume comprado em julho de 2024. Em sete meses, as importações foram de 1,62 milhão de toneladas, aumento de 5,6% na comparação anual.
As compras chinesas de açúcar somaram 740 mil toneladas no mês passado, avanço de 76,4% ante o importado em julho de 2024, segundo o Gacc. No acumulado do ano, o volume importado subiu 4%, para 1,78 milhão de toneladas.
As compras de fertilizantes foram de 680 mil toneladas em julho de 2025, 19,9% abaixo das importações de julho do ano passado. Nos sete primeiros meses deste ano, as importações chinesas somaram 7,62 milhões de toneladas, queda de 5% ante igual período de 2024.
De carne bovina e miúdos, as compras chinesas totalizaram 250 mil toneladas em julho, 15,6% a mais que o registrado no mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, foram relatadas importações de 1,57 milhão de toneladas, recuo de 6,2% ante igual período do ano passado.
Por fim, de carne suína, os chineses importaram 90 mil toneladas no sétimo mês do ano, recuo de 0,6% na comparação com o ano passado. Entre janeiro e julho, as importações tiveram crescimento de 4,1%, somando 630 mil toneladas.
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Preços da soja no Brasil baixam com queda em Chicago; veja cotações de hoje

O mercado brasileiro de soja encerrou esta quarta-feira (10) com poucos negócios efetivados. O referencial externo em Chicago ficou em queda e, no Brasil, o recuo mais forte do dólar adicionou pressão sobre os preços em reais, reforçando o tom negativo.
Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Thiago Oleto, a liquidez permaneceu reduzida. Ele destaca que a combinação de câmbio mais fraco e Chicago em baixa comprimiu a atratividade de venda, levando muitos produtores e ofertantes a adotarem postura mais cautelosa.
“Minas Gerais foi o estado que teve uma saída mais expressiva de lotes, enquanto nos portos os negócios foram pontuais, sem grande relevância”, acrescenta.
Preços médios da saca de soja
- Passo Fundo (RS): recuou de R$ 135,50 para R$ 135
- Santa Rosa (RS): baixou de R$ 136,50 para R$ 136
- Porto de Rio Grande (RS): foi de R$ 142 para R$ 141
- Cascavel (PR): diminuiu de R$ 136 para R$ 135
- Porto de Paranaguá (PR): retração de R$ 141,50 para R$ 140,50
- Rondonópolis (MT): decresceu de R$ 129 para R$ 128
- Dourados (MS): passou de R$ 128 para R$ 127
- Rio Verde (GO): foi de R$ 127 para R$ 126
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja recuaram na sessão desta quarta-feira na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).
À espera do relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a fraca demanda chinesa pela soja americana voltou a pesar sobre as cotações.
Os agentes buscaram, mais uma vez, posicionar suas carteiras, aguardando os números que serão divulgados na sexta (12), às 13h.
A expectativa é que o USDA indique corte na projeção de safra dos Estados Unidos em 2025/26. Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra americana em 2025/26 deverá ficar em 4,273 bilhões de bushels, contra 4,292 bilhões previstos em agosto.
Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 293 milhões de bushels para 2025/26, contra 290 milhões projetados em agosto. Para 2024/25, a aposta é de um corte, passando dos 330 milhões indicados em julho para 327 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 125,6 milhões de toneladas. Em agosto, o número ficou em 125,2 milhões.
Segundo o mercado, a indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 125,4 milhões de toneladas, contra 124,9 milhões projetados em agosto.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 6,00 centavos de dólar, ou 0,58%, a US$ 10,25 1/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,44 3/4 por bushel, com baixa de 5,75 centavos ou 0,54%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 3,20 ou 1,10%, a US$ 285,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 51,01 centavos de dólar, com ganho de 0,53 centavo ou 1,04%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,54%, sendo negociado a R$ 5,4063 para venda e a R$ 5,4043 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3985 e a máxima de R$ 5,4395.
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Com supersafras no Brasil e nos EUA, soja e milho devem iniciar ciclo de baixa

A combinação de safras recordes nos Estados Unidos e no Brasil, somada a um real valorizado e a incertezas na demanda chinesa, dão sinais de um ciclo de baixa aos preços das commodities agrícolas, em especial soja e milho.
A afirmação é do consultor Agribusiness na FlowInvest Eduardo Anastácio Jr. Ele lembra que, no Brasil, a soja CIF Paranaguá segue em torno de R$ 140 por saca, praticamente no mesmo nível do ano passado. “Esse aparente equilíbrio, no entanto, esconde pressões estruturais”, adverte.
Isso porque o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em seu último relatório, projeta que a safra 2025/26 norte-americana da oleaginosa seja de 116,8 milhões de toneladas, ao passo que o ciclo do cereal deve atingir o recorde de 425 milhões de toneladas.
Demanda chinesa
O órgão aponta, ainda, que os estoques finais de milho devem alcançar 53,8 milhões de toneladas, o maior patamar em cinco anos. Assim, com a colheita norte-americana ganhando força nas próximas semanas, a demanda ganha papel de destaque.
Neste cenário, os holofotes se dirigem à China. “Tradicionalmente, cerca de três quartos da soja exportada no mundo têm como destino o país asiático. Em 2024, suas importações ficaram em 112 milhões de toneladas, e a projeção para 2025 é de 106,5 milhões de toneladas, segundo o USDA”, destaca Anastácio Jr.
A redução do apetite chinês se deve à diminuição de seu rebanho suíno e às tensões comerciais com Washington.
“Até o momento, Pequim concentrou suas compras no Brasil e na Argentina, deixando de adquirir volumes significativos dos Estados Unidos. Esse movimento tem ajudado a sustentar os preços locais, mas caso se prolongue, pode levar os Estados Unidos a acumular excedentes capazes de pressionar os contratos futuros na Bolsa de Chicago”, considera o consultor da FlowInvest.
De acordo com ele, o milho sofre menos influência direta da China, já que suas importações variam de quatro a 23 milhões de toneladas, dependendo da produção local. “Contudo, o impacto indireto de uma safra farta nos Estados Unidos e da falta de demanda chinesa pode intensificar a pressão global”, salienta.
Oferta brasileira
Em momentos de excesso de estoque, é comum um ajuste do lado da oferta, mas isso não tem ocorrido. Pelo menos no que se refere à soja: de acordo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2025/26 de soja deve alcançar 175 milhões de toneladas, frente às 169 milhões do ciclo anterior.
Anastácio Jr. lembra que o câmbio é outro fator de peso. “Como as commodities são precificadas em dólar, a conversão para o real impacta diretamente a rentabilidade do produtor. O real está na faixa de R$ 5,40, após se valorizar cerca de 12% em 2025, sustentado pelo fluxo de capital estrangeiro atraído por uma Selic em 15% ao ano. Essa valorização reduz o ganho dos exportadores, mesmo em um cenário de preços internacionais estáveis”, alerta.
De acordo com ele, a próxima janela de oportunidade para valorização pode vir do clima no Brasil, entre setembro e o final do ano.
“Eventos climáticos adversos poderiam reduzir a produção e sustentar as cotações. No entanto, se a safra se desenvolver sem grandes problemas, a tendência é de pressão contínua: a expansão da oferta neutraliza qualquer aumento de consumo estimulado por preços mais baixos.”
O consultor destaca que no cenário macroeconômico também não há sinais de mudança relevante. “O governo segue sem indicar cortes de gastos capazes de abrir espaço para uma queda mais acentuada nos juros, o que poderia levar a uma desvalorização do real”, pondera.
De modo geral, soja e milho enfrentam um cenário de abundância de produção, incerteza na demanda chinesa e moeda doméstica valorizada. Anastácio Jr. reforça que a única variável de curto prazo capaz de alterar essa equação é o clima. “Até lá, produtores e investidores devem se preparar para um mercado pressionado, sem muito espaço para valorização”, conclui.
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Agricultura de precisão cresce na América Latina com novas tecnologias para o produtor

Um dos softwares que vem ganhando destaque é o AgroCAD® da empresa Tecgraf Agro
A agricultura de precisão vem ganhando destaque no Brasil e em toda a América Latina, impulsionada pela necessidade de aumentar a eficiência no campo e reduzir desperdícios. As previsões de mercado indicam que o setor deve crescer mundialmente acima de 12% ao ano até 2030, movimentando bilhões de dólares e tornando-se peça-chave para um agro mais sustentável e produtivo.
A expansão se deve ao avanço de tecnologias como sensores, drones e softwares agrícolas que permitem planejar e executar atividades de maneira mais precisa. Além de elevar a produtividade, essas ferramentas contribuem diretamente para a sustentabilidade, reduzindo o uso de insumos e preservando recursos naturais.
E é em cenários como esse que o AgroCAD® se apresenta como solução estratégica para produtores rurais. O software permite projetar linhas de plantio, programar manobras de tratores com piloto automático, mapear talhões e antecipar riscos no campo. De forma prática ele ajuda a garantir mais segurança nas operações e otimiza o tempo e insumos.
“O Civil 3D é o programa que o AgroCAD utiliza como plataforma. Ele foi criado, originalmente, para projetos de topografia urbana, como estradas, loteamentos e infraestrutura em geral. O que nós fizemos foi adaptar esses recursos poderosíssimos para direcioná-los à agricultura.” conta João Camelini, um dos desenvolvedores do software.
“A importância desse direcionamento é viabilizar projetos para a agricultura. Já parou para pensar que ninguém constrói uma casa sem ter um mínimo de planejamento? Antes de colocar o primeiro tijolo, as pessoas fazem todo o projeto, calculam custos, prazos, riscos, senão toda obra seria um caos completo. A mesma ideia vale para agricultura, que antigamente era mais intuitiva, transmitida sem grandes avanços entre as gerações, mas hoje em dia é pura técnica, com evolução muito rápida. Quem não aderir ao planejamento no escritório estará com os dias contados, não terá a menor condição de competir no mercado e será engolido pela concorrência”, completa Camelini.
Com o crescimento acelerado da digitalização do campo, a expectativa é que soluções como o AgroCAD® estejam cada vez mais presentes não apenas no Brasil, mas em países latino-americanos, fortalecendo o Brasil como referência em inovação agrícola.
Fontes: Grand View Research (2024); Market Data Forecast (2024); IMARC Group (2024).
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