Sustentabilidade
Mercado de defensivos recua na safra 2024/25, mas área tratada bate recorde – MAIS SOJA

O mercado de defensivos agrícolas para a soja movimentou US$ 9,45 bilhões na safra 2024/25, queda de 4,3% frente aos US$ 9,87 bilhões do ciclo anterior, segundo levantamento FarmTrak Soja, da Kynetec Brasil. Em contrapartida, a área potencial tratada (PAT) cresceu 12% e superou 1,4 bilhão de hectares, um novo recorde.
De acordo com o especialista da Kynetec, Cristiano Limberger, o recuo no faturamento foi influenciado pela desvalorização de 7,7% do real frente ao dólar e pela redução média de 8% nos preços dos produtos. O avanço na PAT reflete maior adoção de tecnologias, favorecida por condições climáticas mais adequadas, especialmente no cerrado.
Os fungicidas foliares mantiveram a liderança, com 40% do mercado (US$ 3,82 bilhões), alta de 3% sobre 2023/24. Dentro do segmento, produtos “premium” representaram 64% das vendas. Inseticidas foliares responderam por 23,6% (US$ 2,23 bilhões), queda de 9%, com destaque para o controle de percevejos (54% do total). Os herbicidas ficaram com 23% (US$ 2,18 bilhões), ante 25% no ciclo anterior, liderados por glifosatos para dessecação e pré-emergência (43%).
Tratamento de sementes manteve participação de 6% (US$ 558 milhões) e nematicidas avançaram para 2,6% (US$ 250 milhões), com adesão subindo de 31% para 36% da área cultivada. Adjuvantes e inoculantes somaram 4,4% (US$ 418 milhões).
Biotecnologias
A área cultivada nas regiões pesquisadas foi de 46,3 milhões de hectares (+5,2%). A participação de variedades Bt de segunda geração, tolerantes a lagartas, dobrou para 24% da área total, frente a 11% na safra anterior.
Mato Grosso segue como principal produtor (28%), seguido por Rio Grande do Sul (14,3%), Paraná (12,7%) e Goiás (11%). O conjunto “bamatopipa” respondeu por mais de 15% do plantio, com crescimento de 9%, acima da média nacional.
O levantamento foi realizado com mais de 3,7 mil agricultores nas principais regiões produtoras do país.
As informações são da assessoria de imprensa da Kynetec.
Fonte: Safras & Mercado
Sustentabilidade
Após cair por ampla oferta, Chicago segue dólar fraco e fecha em alta no milho – MAIS SOJA

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços altos. O mercado chegou a cair no início do dia, em linha com o quadro fundamental de ampla oferta, mas a fraqueza do dólar frente a outras moedas reverteu este cenário. Além disso, compras por parte de fundos especuladores associadas a fatores técnicos também contribuíram para os ganhos.
Na sessão, os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com alta de 0,54%, ou 2,25 centavos, cotados a US$ 4,13 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2026 fecharam com avanço de 2,00 centavos, ou 0,46%, cotados a US$ 4,29 1/4 por bushel.
Fonte: Pedro Diniz Carneiro – Safras News
Sustentabilidade
Intervalo entre a dessecação e a semeadura: qual o tempo ideal? – MAIS SOJA

O controle das plantas daninhas na pré-semeadura das culturas agrícolas é crucial para reduzir a matocompetição inicial, e assim reduzir a interferência das espécies daninhas no desenvolvimento inicial das lavouras. Dentre as estratégias de manejo disponíveis para isso, destacam-se a dessecação pré-semeadura, por meio do emprego de herbicidas químicos.
A dessecação pré-semeadura, ou dessecação antecipada, pode ser compreendida como a aplicação de herbicidas químicos com o objetivo de eliminar plantas daninhas antes da instalação da cultura principal. Além do controle de plantas espontâneas, essa prática também é amplamente utilizada no manejo de culturas de cobertura, favorecendo a formação de um ambiente mais limpo e uniforme para a semeadura e o estabelecimento da cultura sucessora.
Em situações mais complexas, caracterizadas por altas infestações de plantas daninhas e/ou por populações em estádios mais avançados de desenvolvimento, pode ser necessário realizar aplicações sequenciais de herbicidas na pré-semeadura para alcançar um controle eficaz. A escolha do produto deve considerar as espécies presentes, já que diferentes herbicidas apresentam espectros de controle distintos. Além disso, é fundamental avaliar o efeito residual da molécula utilizada, garantindo que não haja interferência negativa na germinação e no desenvolvimento inicial da cultura sucessora.
Figura 1. Plantas de buva remanescentes da dessecação pré-semeadura.
Determinados herbicidas utilizados na dessecação pré-semeadura da soja podem exercer influência negativa sobre o desenvolvimento das plântulas, caso as recomendações de manejo quanto ao intervalo entre pulverização e semeadura não sejam respeitadas. Esse efeito é oriundo da residualidade do herbicida no solo, fato popularmente conhecido como carryover. O carryover é o efeito residual prolongado no solo, que consiste na persistência do produto em níveis que podem prejudicar o desenvolvimento de culturas subsequentes.
O herbicida 2,4-D por exemplo, apresenta elevado potencial em causar danos á soja, caso seja indevidamente manejado na dessecação pré-semeadura (figura 2). Para mitigar os danos, recomenda-se que o intervalo entre a aplicação do 2,4-D e a semeadura da soja não seja inferior a 7-10 dias. Tais recomendações são importantes, para proporcionar um controle eficiente das plantas daninhas, sem causar danos a cultura da soja (Martin et al., 2022).
Figura 2. Injuria durante a emergência da cultura da soja. Sintomas de fitotoxidade por mimetizadores de auxina 2,4-D, Dicamba, Garlon, Tordon, etc. (Folhas deformadas).

de fitotoxicidade em soja. Para evitar esse efeito, deve-se seguir as orientações quanto a dose, condições climáticas e ambientais para pulverização e época de aplicação, especialmente no sistema plante-aplique, em que esses herbicidas são aplicados após a semeadura da soja.
Embora o intervalo entre a dessecação pré-semeadura e a semeadura varie conforme o herbicida utilizado e a dose aplicada, de acordo com Hermani (2021), recomenda-se realizar a dessecação pré-semeadura da soja pelo menos de 15 a 20 dias antes da semeadura. Esse período permite que as plantas daninhas alcancem o estágio ideal para um controle eficiente, potencializando a eficácia do herbicida e reduzindo a competição inicial com a cultura.
Contudo, é fundamental destacar que cada herbicida possui um intervalo de segurança específico que deve ser rigorosamente respeitado entre a aplicação e a semeadura. Para algumas moléculas, como Mesotrione, Atrazina e Iodosulfuron, esse intervalo pode ser significativamente maior, chegando a até 90 dias, a fim de evitar fitotoxicidade e garantir o estabelecimento adequado da soja. Logo, o tempo ideal entre a dessecação e a semeadura varia de acordo com o(s) herbicida(s) utilizado(s).
Tabela 1. Intervalo entre a aplicação de herbicidas e a semeadura das culturas do milho, trigo, soja e feijão.
Tabela 2. Intervalo entre a aplicação de herbicidas e a semeadura das culturas do milho, trigo, soja e feijão.
Nesse contexto, posicionar adequadamente os herbicidas no manejo pré-semeadura é determinante não só para um controle eficiente das plantas daninhas, como também para evitar a fitotoxicidade oriunda dos herbicidas. Além disso, deve-se atentar para o histórico de aplicações de herbicidas nas áreas agrícolas, considerando a residualidade dos herbicidas utilizados no programa de manejo e as culturas sucessoras, evitando o cultivo de culturas sensíveis após a aplicação de herbicidas de longa residualidade. Sendo assim, deve-se sempre seguir as orientações técnicas presente na bula do herbicida e as orientações de manejo para a cultura.
Referências:
HERMANI, L. C. SISTEMA PLANTIO DIRETO: SUBSISTEMA SOJA. Embrapa, 2021. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/agencia-de-informacao-tecnologica/tematicas/sistema-plantio-direto/agrossistemas/sistema-santanna/producao/subsistema-soja?_ga=2.52221152.813319080.1701776449-1900144807.1687386007 >, acesso em: 13/10/2025.
MARTIN, T. N. et al. INDICAÇÕES TÉCNICAS PARA A CULTURA DA SOJA NO RIO GRANDE DO SUL E EM SANTA CATARINA, SAFRAS 2022/2023 E 2023/2024. 43° Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul. Editora GR, Santa Maria – RS, 2022. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1lKQ3TVyZpKwIuWd9VbFHAyhDRKn0itT0/view >, acesso em: 13/10/2025.
WERLE, R.; OLIVEIRA, M. C. Chave para Identificação de Injúrias Causadas por Herbicidas. University of Wisconsin-Madison UW-Extension, WiscWeeds, 2018. Disponível em: < https://maxweeds.rbind.io/pt/post/chave_id-herbicida/2018-herb-pt.pdf >, acesso em: 13/10/2025.
Sustentabilidade
Chuvas em MT? Sojicultores aguardam precipitações para avançar no plantio

Os produtores de Querência, no leste de Mato Grosso, iniciaram, nesta semana, o plantio da safra 2025/26 de soja. Agora, a expectativa é que o ritmo dos trabalhos avance rapidamente na região.
Segundo o Sindicato Rural do município, cerca de 10% da área estimada em 450 mil hectares já foi plantada após o retorno das chuvas irregulares.
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De acordo com o presidente do Sindicato, Osmar Frizo, o plantio de soja está com um atraso de cinco dias em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, com a previsão de novas precipitações a partir do dia 20, a expectativa é de que os produtores consigam compensar a lentidão.
Se as condições climáticas permanecerem favoráveis, Frizo acredita que a região poderá registrar um rendimento médio próximo ao obtido em 2024/25, de 3.900 quilos por hectare.
Plantio de soja em MT
Um levantamento da consultoria Safras & Mercado indica que o plantio da safra 2025/26 em Mato Grosso deve alcançar 12,83 milhões de hectares, um aumento de 1,7% frente aos 12,62 milhões de hectares cultivados na temporada passada.
Até sexta-feira (19), o avanço era de 1% da área no estado. No mesmo período do ano passado, o plantio ainda não havia começado, enquanto a média dos últimos cinco anos para a data é de 1,3%.
Produção esperada
A produção esperada de soja no estado é de 49,787 milhões de toneladas em 2025/26, uma queda de 2,1% em relação às 50,855 milhões de toneladas da safra 2024/25. O rendimento médio projetado é de 3.900 quilos por hectare, abaixo dos 4.050 quilos por hectare colhidos na temporada anterior.
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