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Soja brasileira sofrerá impacto do tarifaço? Consultor responde

Nesta semana, os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 50% sobre uma série de produtos brasileiros. O Soja Brasil conversou com Bené Romano, consultor em agronegócio, que explicou que ficaram de fora da lista itens como suco de laranja, castanha-do-pará e celulose. Por outro lado, produtos como café, carnes, pescados e soja serão diretamente afetados pela medida, o que pode gerar impactos no setor. Saiba mais:
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A sobretaxa, de acordo com Bené, compromete a competitividade do Brasil em relação a outros países exportadores, especialmente no caso da soja, principal componente da ração animal. Como as carnes também estão incluídas na lista de produtos taxados, o consultor alerta para um possível efeito em cadeia: a redução no consumo de soja pode gerar uma sobreoferta interna, já que o Brasil é o maior produtor mundial da commodity. Diante desse cenário, o país deverá buscar novos parceiros comerciais para escoar sua produção.
A decisão do governo norte-americano também afeta o ritmo de comercialização da safra brasileira. O cenário futuro ainda é incerto, com diversos contratos de exportação ainda em fase de negociação. Para ele, há espaço para novas tratativas e oportunidades para outros produtos do agronegócio brasileiro. O consultor reforça a importância de conduzir esse debate com racionalidade, deixando de lado o viés político.
Impacto nos prêmios dos portos
A repercussão foi imediata nos prêmios pagos nos portos brasileiros. Em Paranaguá, os prêmios subiram 46% em apenas um dia após o anúncio das tarifas. Nos portos de Santos e Rio Grande, os valores chegaram a 1 dólar por bushel, superando os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago.
Agro Mato Grosso
Nível de rio em MT fica abaixo do esperado e bate recorde histórico com 1,13 metro de profundidade

Segundo a análise, o esperado era 3 metros de profundidade para esta época do ano.
O nível do Rio Vermelho, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, bateu um recorde histórico e está 1,87 metro abaixo do esperado para essa época do ano, segundo uma medição feita pela Defesa Civil, nessa quinta-feira (31), quando o rio bateu 1,13 metro de profundidade. Segundo a análise, o esperado era 3 metros.
Em outubro do ano passado, quando o nível também estava abaixo do esperado, a profundidade da água era de 1,20 metro.
De acordo com um relatório técnico elaborado pela Superintendência de Averbação e Cartografia, da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo de Rondonópolis, desde 2023, o Rio Vermelho tem batido recorde por apresentar níveis cada vez mais baixos, especialmente durante a época de estiagem, entre junho e setembro.
No levantamento, consta que a recuperação do nível do rio, nesta época do ano, é lenta devido ao ritmo na retomada das chuvas. Além disso, o levantamento aponta que o volume da água que escoa no curso do rio tem reduzido nos últimos anos.
Segundo o superintendente municipal de averbação e cartografia, Ricardo Amorim, a sustentabilidade e comunidades locais estão sendo impactadas diretamente com o nível baixo da água, já que o Rio Vermelho é responsável por abastecer aproximadamente 50% do município.
Conforme o relatório, entre as causas da escassez está:
- 🚣🏻♀️redução da vazão, quando o volume de água do rio diminui;
- ☀️período de estiagem prolongada;
- 🚿uso intensivo para irrigação agrícola;
- ⛲exploração inadequada de aquíferos;
- 🌳falta de proteção adequada das áreas de nascentes e matas ciliares;
- 🌪️impactos das mudanças climáticas.
Além disso, a pesquisa reforça que, com a redução do nível do rio, é importante que ações urgentes sejam adotadas pelos órgãos municipais, estaduais e federais, assim como a colaboração da população, para que os índices de segurança hídrica, ambiental e econômica mudem e se tornem positivos.
Com isso, o superintendente Ricardo informou que a Prefeitura de Rondonópolis está planejando a adoção de medidas sustentáveis. O relatório recomenda reflorestamento e recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens do rio. Além de projetos que contribuam para a proteção das nascentes e áreas de recarga da bacia hidrográfica.
Entre outras medidas recomendadas estão a implantação de planos de contingência para estiagens e cheias, campanhas públicas para conscientização e economia no uso doméstico e industrial, incentivo a tecnologias de reuso e eficiência hídrica na agricultura e ainda pesquisa e implantação de fontes alternativas para reduzir a dependência do Rio Vermelho.
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Mercado de soja deve seguir travado ao longo do dia, aponta consultoria

O mercado brasileiro de soja deve manter o ritmo lento nesta sexta-feira (1º), diante da forte queda do dólar e da fraqueza nas cotações da Bolsa de Chicago. Segundo a consultoria Safras & Mercado, o cenário externo segue desfavorável à oleaginosa, com dados econômicos dos Estados Unidos abaixo do esperado e pouca demanda internacional. A expectativa é de um dia travado nos negócios, tanto no interior quanto nos portos.
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Na última quinta-feira (31), o dólar ainda sustentava parte dos preços no Brasil, mas com a reversão da moeda nesta manhã, a tendência é de maior cautela por parte dos compradores. Mesmo com prêmios firmes nos terminais de exportação, a queda da moeda norte-americana deve pesar no sentimento do mercado. Em Chicago, os contratos seguem pressionados por um quadro fundamental negativo, com clima favorável nos EUA e fraca demanda chinesa.
De acordo com o analista Rafael Silveira, o mesmo com melhora nas ofertas de compra no interior do país, o avanço nas pedidas dos produtores mantém o spread desfavorável às negociações. “Há um impasse. A indústria precisa da soja, mas os produtores estão reticentes em vender neste patamar de preços”, afirma.
A expectativa, segundo Silveira, é que agosto siga com poucos negócios, já que as melhores condições de comercialização devem se concentrar a partir de setembro. A janela de exportação para o mês já está mais estreita, com muitas cargas antecipadas. Nos portos, os preços ainda apresentam sustentação pontual, como em Rio Grande (RS), onde a saca subiu para R$ 139,00.
Enquanto isso, o dólar comercial recua 1,08%, a R$ 5,5394, e o contrato novembro/25 em Chicago cede 0,15%, cotado a US$ 9,87 ¾ por bushel. Os agentes do mercado devem acompanhar com atenção a divulgação dos dados de evolução das lavouras do Mato Grosso pelo Imea, prevista para às 16h, além dos indicadores financeiros internacionais.
Agro Mato Grosso
Conheça a história de Ademir Fisher, o produtor que nasceu para cultivar em MT

Em Lucas do Rio Verde, o produtor transformou sua herança familiar em missão de vida, dedicando-se por décadas à terra que sempre acreditou ser seu destino
A história de Ademir Fisher começa no Rio Grande do Sul, no município de Carazinho. Porém, foi em Mato Grosso, na cidade de Lucas do Rio Verde, que ele e sua esposa, Clair Ivone Rossetto Fischer, encontraram o solo onde fincaram suas raízes e, mesmo com diversos desafios no início, transformaram sonhos em um lar frutífero e acolhedor.
Ademir conta que o gosto pela agricultura é uma herança de seu pai, Carlos Eugênio Fischer, que também era agricultor na cidade de Victor Graeff, no Rio Grande do Sul.
Assim, ser agricultor estava em seu sangue, e mesmo que em determinado momento tenha considerado seguir carreira na área da saúde, a natureza o chamava, e seu sonho persistiu.
“Então eu sou assim, de descendência, de origem da terra, sempre vivi na terra. Minha tendência sempre foi plantar. Era um desejo meu desde criança. Às vezes a preguiça, a ansiedade, me empurravam para um caminho que podia me desvirtuar da agricultura, mas não me desvirtuaram. Porque, nos seis meses depois que voltei do passeio, eu já queria ser agricultor de novo”, conta o produtor.
Ainda no quinto ano da faculdade, Ademir já colocava em prática seus conhecimentos, atuando como técnico agrícola e atendendo à região sudoeste do Paraná. Seu profissionalismo o levou a compartilhar seu saber internacionalmente, palestrando na Argentina e no Paraguai em três idiomas: português, espanhol e alemão.
Ele se casou ao fim da sua formação em Agronomia, começou a sentir que a rotina de viagens o fazia sentir falta da família e decidiu mudar sua vida. Na época, seu sogro, também agricultor, havia se mudado para Mato Grosso e o ajudou nesse período de transição.
“Já estou há mais de 40 anos aqui em Mato Grosso, então já tenho um bom caminho andado. Meu sogro já estava aqui e tinha em mãos a análise do solo. Se colocássemos o que a terra precisava, colheríamos bem, desde que a chuva não faltasse. E assim foi. Decidi vir para cá e essa foi a minha sorte”, relata Ademir.
O início não foi fácil. A distância até mercados e médicos era longa, havia poucos funcionários, e o trabalho exigia muito esforço braçal. Mas Ademir nunca pensou em desistir.
“Para viver da terra e aguentar o que a gente aguenta, de segunda a segunda, se for preciso levantar às 3h30 da manhã, voltar para casa entre 10h e 11h da noite, cansado, dormir e começar tudo de novo, isso tem que estar dentro da pessoa. É nato”, acredita o agricultor.
Ademir e Clair tiveram dois filhos que seguiram caminhos diferentes, mas que lhes dão muito orgulho. A mais velha, Luana Fischer, hoje com 43 anos, é pesquisadora. O mais novo, Ademir Fisher Junior, de 41 anos, seguiu os passos do pai, se tornou engenheiro agrônomo e hoje faz todo o trabalho operacional da fazenda.
A trajetória de Ademir Fisher é marcada por coragem, amor à terra e dedicação à família. Sua história inspira não apenas pela resistência diante das dificuldades, mas pela maneira como escolheu viver com propósito e cultivar esperança em solo novo. Construiu um lar, um legado e uma história que seguirá brotando nos corações de quem ama a vida no campo.
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