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Sustentabilidade

Bactéria da Caatinga vira insumo natural para proteger plantações da seca – MAIS SOJA

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Uma bactéria isolada de solos áridos do Ceará acaba de virar o ingrediente principal de uma nova tecnologia contra a seca que promete melhorar o desempenho das lavouras brasileiras. Batizado de Hydratus, o inoculante desenvolvido pela Embrapa Milho e Sorgo (MG) em parceria com a empresa Bioma já tem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária para uso na cultura da soja e vem sendo testado para aplicação em outras culturas.

Produzido com a bactéria Bacillus subtilis, o Hydratus foi formulado para proteger as plantas em condições de escassez hídrica e ainda estimular seu crescimento. Ele também é capaz de melhorar o desempenho de lavouras irrigadas. Estudos em áreas comerciais mostraram aumento de até 7,7 sacas por hectare na produção de milho e 4,8 sacas por hectare em lavouras de soja tratadas com o bioproduto.

O diferencial do Hydratus está na seleção e concentração elevada de células de Bacillus, aliada a uma formulação inovadora com agentes protetores que favorecem a sobrevivência da bactéria no solo e prolongam a meia-vida do produto na prateleira.

Lançamento no Congresso da Andav

O lançamento do Hydratus acontecerá no dia 5 de agosto durante o Congresso da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) Andav, no Transamérica ExpoCenter, em São Paulo. O evento acontece de 5 a 7 de agosto e reunirá especialistas e líderes do setor de agronegócios.

Transamérica ExpoCenter: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo (SP).

O Hydratus é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento dentro do projeto “Seleção e caracterização de microrganismos para mitigação dos efeitos da seca e promoção do crescimento de plantas”, coordenado pela pesquisadora Eliane Aparecida Gomes junto com a equipe da Embrapa (veja quadro abaixo).

Nos testes em laboratório, o microrganismo mostrou potencial de produção de fitohormônios, que alteram a morfologia e aumentam o tamanho das raízes, mecanismos fundamentais para adaptação à seca. É por esse motivo que as plantas acabam crescendo mais e apresentando desenvolvimento mais robusto com a aplicação do produto.

Testes de campo, em diferentes condições de solo e clima, mostraram que a inoculação da estirpe B. subtilis 1A11 incrementou a produção de soja e milho em 4,8 e 7,7 sacas por hectare, respectivamente, na média de 30 áreas comerciais. Esses trabalhos foram conduzidos pela equipe de desenvolvimento de produtos da empresa Bioma, sob coordenação de seu diretor de pesquisa, Artur Soares, e pelo pesquisador Geraldo Magela de Almeida Cançado da Embrapa Agricultura Digital (SP).

O lançamento do Hydratus ocorre em um momento importante. O cenário atual de mudanças climáticas tem afetado a intensidade e regularidade das chuvas, levando a flutuações na temperatura e aumentando a incidência de secas, fatores que interferem na produtividade agrícola. “A seca afeta a disponibilidade e o transporte de nutrientes do solo para as raízes, induz o aparecimento de radicais livres que, em altas concentrações, causam danos a várias estruturas celulares, além inibir o crescimento das plantas”, conta a cientista da Embrapa.

Pesquisa começou em 2017 e apostou na biodiversidade brasileira

A ideia original da pesquisa, iniciada há oito anos, na Embrapa Milho e Sorgo (MG) foi explorar a diversidade brasileira de microrganismos visando isolar, identificar e caracterizar microrganismos capazes de contribuir para aumentar a adaptação de plantas a períodos intermitentes de déficit hídrico e, ao mesmo tempo, atuar como promotores de crescimento de plantas.

Em 2017, foram coletadas as amostras de solo em regiões áridas do Ceará. Das 414 estirpes bacterianas isoladas, 28 demonstraram capacidade de sobreviver em meio de cultura com baixa disponibilidade de água. Entre elas, a estirpe 1A11 foi eficiente na produção de exopolissacarídeos (EPS). “Os EPS são polímeros extracelulares de carboidratos complexos que auxiliam na adesão celular, proteção contra estresses ambientais e interações com o ambiente, formando uma camada de proteção ao redor das células, reduzindo a perda de água pelas plantas”, explica Eliane Gomes.

A pesquisadora conta que alguns microrganismos evoluíram, adaptaram ou desenvolveram naturalmente mecanismos de tolerância à escassez hídrica. “Diferentes exemplos de bactérias tolerantes à seca já foram descritos na literatura. Neste projeto, essas bactérias de solos foram isoladas de áreas sob baixa precipitação e selecionadas aquelas que apresentaram mecanismos de tolerância à seca em laboratório”, detalha Gomes.

A cientista conta que também foi avaliada a eficiência dessas bactérias em se associar as plantas. Nessas análises, o isolado de B. subtilis 1A11 apresentou os melhores resultados em associação com as plantas em condições de menor disponibilidade de água.

A etapa seguinte, conduzida pela pesquisadora Sylvia Morais de Sousa Tinoco foi a avaliação da associação da bactéria com as raízes das plantas, por meio da inoculação em sementes de milho. As plantas foram cultivadas em condições de hidroponia, sob estresse osmótico induzido. Os resultados indicaram que a inoculação com a B. subtilis resultou em aumento significativo do comprimento das raízes e da atividade fotossintética além de maior acúmulo de biomassa.

Outro trabalho importante para o desenvolvimento do produto foi o sequenciamento genômico da estirpe, coordenado por Ubiraci Gomes de Paula Lana. Com ele, confirmou-se a identificação taxonômica da bactéria e foi possível encontrar genes associados à promoção de crescimento de plantas, à resposta a estresse oxidativo e osmótico, além da produção de compostos voláteis, que podem promover o aumento de tolerância à seca em plantas.

Por meio de um acordo de cooperação técnica, em 2021 a cepa foi transferida da Embrapa para a Bioma, que desenvolveu a formulação ideal para compor o inoculante. A empresa submeteu o produto a testes de campo em larga escala e deu o nome comercial de Hydratus.

“Essa tecnologia chega como um grande suporte para os agricultores que lidam com os desafios crescentes das mudanças climáticas”, afirma o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia em exercício da Embrapa Milho e Sorgo, Alexandre Ferreira da Silva. “Com um olhar atento ao estresse hídrico, uma realidade que impacta cada vez mais as lavouras, essa inovação promete otimizar a produtividade e tornar a agricultura ainda mais sustentável. É uma contribuição que vai além das fazendas, conectando-se diretamente às discussões mundiais sobre como tornar nossa produção agrícola mais resiliente frente ao cenário de mudanças climáticas e garantir a alimentação de todos”, frisa o gestor da Embrapa.

“Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que a média anual de chuvas aumentou em algumas partes do País, enquanto em outras regiões estão caminhando na direção oposta. Nesse contexto, o Hydratus reduz os efeitos negativos da escassez de água sobre as plantas, ou seja, mantém a produtividade mesmo em condições ambientais desfavoráveis, quando não chove ou quando chove além do esperado”, frisa o diretor de Pesquisa da Bioma, Artur Soares, que também chama a atenção para a sustentabilidade promovida pelo bioinsumo: “o Hydratus aumenta a eficácia do uso da água na propriedade”.

Bioinsumos – O protagonismo do Brasil na COP 30

O Brasil está consolidado entre os líderes mundiais em produção de bioinsumos agrícolas, estratégicos para o agronegócio. A Embrapa desenvolve e promove pesquisas e transferência de tecnologias e conhecimentos que contribuem para adaptar as boas práticas agropecuárias, aumentando a sustentabilidade e garantindo a segurança alimentar e nutricional. Essas tecnologias serão destacadas e apresentadas a outros países pela Embrapa durante os eventos da Jornada Pelo Clima na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA).

O Programa Nacional de Bioinsumos, bem como o Conselho Estratégico do Programa Nacional de Bioinsumos, foram instituídos pelo Decreto No 10.375, de 26 de maio de 2020. O objetivo é, sobretudo, reduzir a dependência de insumos importados e alavancar, de forma sustentável, o uso do potencial da biodiversidade do Brasil.

 A equipe de desenvolvimento do Hydratus é composta pelos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, Eliane Aparecida Gomes, coordenadora, Christiane Abreu de Oliveira Paiva, Flávia Cristina dos Santos, Ivanildo Evódio Marriel, Maycon Campos Oliveira, Paulo César Magalhães, Sylvia Morais de Sousa e Ubiraci G. P. Lana, e pelo pesquisador da Embrapa Agricultura Digital Geraldo Cançado.

A bactéria contra a seca que veio do mandacaru

O Hydratus é mais um bioinsumo baseado em uma bactéria da Caatinga voltado à tolerância à seca. Em 2021, a Embrapa Meio Ambiente (SP) isolou do mandacaru, cacto símbolo do Bioma, a rizobactéria Bacillus aryabhattai e a utilizou como princípio ativo do Auras, bioinsumo capaz de promover o crescimento das plantas mesmo em condições de seca. O Auras foi o primeiro produto desse tipo registrado no Brasil (leia aqui essa história).

Fonte: Sandra Brito/Embrapa Milho e Sorgo



 

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Cultivares de soja – Adaptabilidade e Estabilidade. – MAIS SOJA

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Atualmente, o aumento da produtividade agrícola pode ser atribuído a três fatores principais: o desenvolvimento de cultivares mais produtivas, as alterações ambientais resultantes das mudanças climáticas e as melhorias nas práticas de manejo adotadas pelos produtores.

Esses fatores refletem os três componentes fundamentais da produtividade: o genético (cultivar), o ambiental (condições específicas de local e ano de cultivo) e o manejo, cuja interação é conhecida como G×A×M (Genótipo × Ambiente × Manejo). Essa interação explica por que o desempenho de uma mesma cultivar pode variar significativamente entre diferentes ambientes de cultivo, tornando necessário avaliá-la em uma ampla gama de condições.

Uma análise conduzida pela Equipe FieldCrops em 854 lavouras, ao longo de cinco safras e envolvendo 86 cultivares registradas entre 2008 e 2019 no Brasil, identificou um ganho médio anual de produtividade de 41 kg ha⁻¹, atribuído ao melhoramento genético (Winck et al., 2023) (Figura 1).

Resultados semelhantes, com ganhos de aproximadamente 40 kg ha⁻¹ ano⁻¹, foram observados em estudos com dados de 1965 a 2011 no Brasil (Todeschini et al., 2019). Nos Estados Unidos, o ganho genético estimado foi de cerca de 29 kg ha⁻¹ ano⁻¹ (Specht et al., 2014).

Figura 1. Ganho genético estimado pelas produtividades de 854 lavouras e o ano de lançamento das cultivares de soja utilizadas.
Adaptado de: Winck et al. (2023).

As cultivares de soja diferem quanto à adaptabilidade e estabilidade (Figura 2). A adaptabilidade de uma cultivar é definida como a capacidade de um genótipo responder vantajosamente ao seu ambiente. Dizer que uma cultivar possui alta adaptabilidade, diz respeito à responsividade dela conforme as melhorias no ambiente e manejo. Cultivares com alta adaptabilidade, se aproximam do potencial produtivo em ambiente favorável, porém, quando cultivadas em locais desfavoráveis, a redução de produtividade pode ser alta (Eberhart & Russell, 1966).

Já o conceito de estabilidade está relacionado com a previsibilidade de comportamento em diferentes ambientes. Cultivares com alta estabilidade apresentam uma menor variação da produtividade quando cultivadas em diferentes condições ambientais, ou seja, uma cultivar é considerada estável se a produtividade é relativamente constante em diferentes ambientes. (Figura 2).

Figura 2. Relação entre o potencial produtivo (%) e o ambiente favorável ou desfavorável de acordo com a adaptabilidade e estabilidade da cultura de soja, as quais são representadas na figura pela cultivar A e B, respectivamente.
Cortesia de: Salvador Foloni – Embrapa Soja.


Referências Bibliográficas.

EBERHART, S. A.; RUSSELL, W. A. Stability parameters for comparing varieties. Crop Science, v.6, p.36‑40, 1966. Disponível em: < https://acsess.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.2135/cropsci1966.0011183x000600010011x >, acesso: 24/07/2025.

SPECHT, J. E. et al. Soybean, Yield gains in major U.S. field crops. CSSA special publication 33. Madison, WI. p. 311-356, 2014. Disponível em: < https://acsess.onlinelibrary.wiley.com/doi/book/10.2135/cssaspecpub33 >, acesso: 21/07/2025.

TAGLIAPIETRA, E. L. et al. Ecofisiologia da soja: visando altas produtividades. Santa Maria, ed. 2, 2022.

TODESCHINI, M. H. et al. Soybean genetic progress in South Brazil: physiological, phenological and agronomic traits. Euphytica, v. 215, n. 7, p. 1-12, 2019. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/333888795_Soybean_genetic_progress_in_South_Brazil_physiological_phenological_and_agronomic_traits >, acesso: 21/07/2025.

WINCK, J. E. M. et al. Decomposition of yield gap of soybean in environment × genetics × management in Southern Brazil. European Journal of Agronomy, v. 145, p. 126795, 2023. Disponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1161030123000631 >, acesso: 21/07/2025.

WINCK, J. E. M., et al. Ecofisiologia da soja: visando altas produtividades. Santa Maria, ed. 3, 2025.



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Trump assina decreto que eleva tarifas de exportação do Brasil para 50%

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Agora é oficial: o Brasil possui a tarifa mais cara do mundo entre os parceiros comerciais dos Estados Unidos.

O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) o decreto que impõe a tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros. Somada à sobretaxa de 10% anunciada anteriormente, o total, agora, passa para 50%.

Na prática, trata-se da antecipação do anúncio oficial do prazo, visto que as medidas entrariam em vigor apenas na sexta-feira (1º de agosto), mas, agora, passam a valer após sete dias da publicação do decreto, ou seja, em 6 de agosto.

O anúncio atinge em cheio os principais produtos exportados pelo Brasil ao mercado norte-americano, casos de café, frutas, carne e cacau.

Contudo, um anexo do comunicado publicado na Casa Branca isenta de aumento de tarifas as castanhas e o suco de laranja do Brasil, além de aviões e minérios.

Confira na íntegra o comunicado da Casa Branca

Enfrentando uma emergência nacional

Como Presidente dos Estados Unidos, meu dever mais elevado é proteger a segurança nacional, a política externa e a economia deste país. Políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos. Membros do Governo do Brasil tomaram medidas que interferem na economia dos Estados Unidos, infringem os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos, violam os direitos humanos e minam o interesse dos Estados Unidos em proteger seus cidadãos e empresas. Membros do Governo do Brasil também estão perseguindo politicamente um ex-presidente brasileiro, o que está contribuindo para o colapso deliberado do Estado de Direito no Brasil, para a intimidação politicamente motivada naquele país e para abusos de direitos humanos.

Recentemente, membros do Governo do Brasil tomaram medidas sem precedentes que prejudicam e ameaçam a economia dos Estados Unidos, conflitam e ameaçam a política dos Estados Unidos de promover a liberdade de expressão e eleições livres e justas no país e no exterior, e violam direitos humanos fundamentais. De fato, certas autoridades brasileiras emitiram ordens para obrigar plataformas online dos Estados Unidos a censurar contas ou conteúdo de cidadãos americanos, quando tais contas ou conteúdo forem protegidos pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos nos Estados Unidos; bloquear a capacidade de cidadãos americanos arrecadarem fundos em suas plataformas; alterar suas políticas de moderação de conteúdo, práticas de execução ou algoritmos de maneiras que possam resultar na censura do conteúdo e das contas de pessoas dos Estados Unidos; e fornecer dados de usuários de contas pertencentes a pessoas dos Estados Unidos, facilitando o direcionamento de críticos políticos nos Estados Unidos.

Por exemplo, o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abusou de sua autoridade judicial para atingir oponentes políticos, proteger aliados corruptos e suprimir dissidências, muitas vezes em coordenação com outras autoridades brasileiras. O Ministro de Moraes autorizou batidas policiais, prisões e congelamentos de contas bancárias com motivação política. Ele também autorizou o confisco de passaportes, prendeu indivíduos sem julgamento por postagens em redes sociais, abriu investigações criminais sem precedentes, inclusive contra cidadãos dos Estados Unidos por seu discurso constitucionalmente protegido nos Estados Unidos, e emitiu ordens secretas a empresas de mídia social dos Estados Unidos para censurar milhares de postagens e remover dezenas de críticos políticos, incluindo cidadãos dos Estados Unidos, de suas plataformas por discursos lícitos em solo americano. Quando os Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos se recusaram a cumprir suas exigências ilegais de censura, o Ministro de Moraes impôs multas substanciais aos Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos, ordenou a suspensão de empresas dos Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos no Brasil e ameaçou executivos de empresas dos Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos com processo criminal. De fato, o Juiz de Moraes está atualmente supervisionando o processo criminal movido pelo Governo Brasileiro contra um residente dos Estados Unidos por discurso proferido em solo americano.

Essas ações judiciais, tomadas sob o pretexto de combater “desinformação”, “notícias falsas” ou conteúdo “antidemocrático” ou “de ódio”, colocam em risco a economia dos Estados Unidos ao coagir, de forma tirânica e arbitrária, empresas americanas a censurar discursos políticos, entregar dados sensíveis de usuários americanos ou alterar suas políticas de moderação de conteúdo sob pena de multas extraordinárias, processo criminal, congelamento de bens ou exclusão completa do mercado brasileiro. Essas ações também inibem e limitam a expressão nos Estados Unidos, violam os direitos humanos e minam o interesse dos Estados Unidos em proteger seus cidadãos e empresas no país e no exterior.

Autoridades brasileiras também estão processando o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O Governo Brasileiro acusou Bolsonaro injustamente de múltiplos crimes relacionados ao segundo turno de sua eleição em 2022, e o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, equivocadamente, que Bolsonaro deve ser julgado por essas acusações criminais injustificadas. A perseguição política, por meio de processos forjados, ameaça o desenvolvimento ordenado das instituições políticas, administrativas e econômicas do Brasil, inclusive minando a capacidade do Brasil de realizar uma eleição presidencial livre e justa em 2026. O tratamento dado pelo Governo Brasileiro ao ex-presidente Bolsonaro também contribui para o colapso deliberado do Estado de Direito no Brasil, para a intimidação politicamente motivada no país e para abusos de direitos humanos.

Considero que as ações sem precedentes tomadas pelo Governo do Brasil violaram os direitos de liberdade de expressão de cidadãos dos Estados Unidos, interferiram na economia dos Estados Unidos ao coagir os Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos a censurar cidadãos dos Estados Unidos por discursos protegidos pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, sob pena de multas extraordinárias, processo criminal, congelamento de bens ou exclusão completa do mercado brasileiro, subverteram o interesse dos Estados Unidos em proteger seus cidadãos e empresas, minaram o Estado de Direito no Brasil e colocaram em risco o desenvolvimento ordenado das instituições políticas, administrativas e econômicas do Brasil. As políticas, práticas e ações do Governo do Brasil são repugnantes aos valores morais e políticos de sociedades democráticas e livres e conflitam com a política dos Estados Unidos de promover governos democráticos em todo o mundo, o princípio da liberdade de expressão e eleições livres e justas, o Estado de Direito e o respeito aos direitos humanos.

AGORA, PORTANTO, eu, DONALD J. TRUMP, Presidente dos Estados Unidos da América, considero que o escopo e a gravidade das recentes políticas, práticas e ações do Governo do Brasil constituem uma ameaça incomum e extraordinária, cuja origem, total ou substancialmente, se dá fora dos Estados Unidos, à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos e, por meio deste, declaro emergência nacional em relação a essa ameaça.

Para lidar com a emergência nacional declarada nesta ordem, determino que é necessário e apropriado impor uma alíquota adicional ad valorem de 40% sobre certos produtos do Brasil, conforme detalhado abaixo. A meu ver, esta ação é necessária e apropriada para lidar com a emergência nacional declarada nesta ordem. Estou tomando as medidas nesta ordem apenas com o propósito de lidar com a emergência nacional declarada nesta ordem e não para qualquer outro propósito.

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Adesão a atrativo alimentar para mariposas, que reduz ataques de lagartas, mais do que dobra no país no último ano – MAIS SOJA

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No ciclo 2024-25 a adesão ao atrativo alimentar Chamariz®, da AgBiTech Brasil, avançou para acima de 350 mil hectares tratados. Esse número representa mais do que o dobro das vendas da safra anterior, segundo informa a companhia. Para a temporada 2025-26, a expectativa da AgBiTech é a de manter o forte ritmo de crescimento na comercialização da tecnologia, conforme destaca o diretor de marketing, Pedro Marcellino.

Descrita como uma ferramenta de controle comportamental de lagartas, Chamariz®, segundo o executivo, ganhou a adesão de grandes grupos produtores pela eficácia comprovada na eliminação de mariposas que dão origem aos principais lepidópteros dos cultivos brasileiros: Helicoverpa spp, o complexo de Spodopteras e espécies como Chrysodeixis includens Rachiplusia nu, entre outros.

Marcellino destaca ainda que o atrativo alimentar Chamariz® foi desenvolvido na Austrália com base no concento “atrai e mata”. “O sucesso no Brasil se explica pelo fato de o país apresentar elevada favorabilidade ao avanço das principais mariposas”, ele assinala. “A solução conta com amplo espectro de controle ante o desafio crescente, crítico, de infestações de lagartas no país, além de auxiliar o agricultor a fomentar produtividade e rentabilidade.”

Conforme o diretor da AgBiTech, nas últimas safras o produtor brasileiro passou a buscar novas ferramentas na contenção de lagartas, principalmente face ao aumento constante da pressão dessas pragas e também da maior dificuldade em controlá-las, em virtude de casos de quebra de resistência de biotecnologias e desenvolvimento da resistência de lagartas a inseticidas.

“Apuramos que Chamariz® tem sido percebido pelo produtor como uma ferramenta complementar, capaz de transferir bons resultados ao manejo de lagartas, à medida que reduz em grande escala a incidência dos lepidópteros nas lavouras”, diz Marcellino. “De maneira inteligente, o agricultor percebeu que controlar às pragas na forma adulta constitui uma alternativa estratégica.”

Indicadores robustos a campo

Para o pesquisador da AgBiTech Brasil e responsável pelo desenvolvimento de Chamariz® no país, Daniel Caixeta, trata-se de uma tecnologia disruptiva, promissora. “É capaz de resolver o problema de produtores de algodão, soja e milho diante da ação de lagartas”, ele ressalta. “O controle das mariposas por meio da tecnologia, combinada a um inseticida, impede que fêmeas coloquem ovos e gerem novas lagartas”, exemplifica Caixeta.

Resultados de controle de mariposas transferidos pela tecnologia de Chamariz® tracionaram as adesões à solução, “porque são robustos, além de superiores a outros atrativos encontrados do mercado”, avalia Daniel Caixeta. O pesquisador liderou estudos em áreas de soja nas quais foram capturadas, por exemplo, mais de 20 mil mariposas por hectare. “Pelo menos dez mil eram fêmeas. Se considerarmos que as mariposas colocam até 1,5 mil ovos, teríamos, potencialmente, em torno de 15 milhões de lagartas por hectare.”

Segundo Caixeta, aplicações seriadas de Chamariz® reduziram 87% da incidência de lagartas em algodão, “com redução de 70% nos danos às estruturas reprodutivas da pluma, na comparação ao talhão em que o atrativo alimentar não foi utilizado”, ele revela. “Há hoje armadilhas com Chamariz® em todas as regiões agrícolas, principalmente onde a pressão de lagartas é desafiadora. Se houver mariposas na área, Chamariz® as põe no chão.”

Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e pesquisadores e desenvolve soluções altamente eficazes para manejo de pragas agrícolas. Controlada pelo fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP), a AgBiTech fabrica toda a sua linha de produtos na mais moderna unidade produtora de baculovírus do mundo, em Dallas (Texas, EUA).  www.agbitech.com.br

Fonte: Assessoria de Imprensa AGBITECH



 

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