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Avicultura familiar une gerações e impulsiona novos investimentos em São Paulo

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Uma decisão familiar transformou a rotina de Flávio Biglia e seus dois filhos. Natural de Campinas (SP) e com carreira consolidada no Direito, ele decidiu investir na avicultura familiar após conhecer de perto o funcionamento de um aviário no interior paulista. A ideia inicial era adquirir uma fazenda com seringueira, mas um contato com um produtor amigo mudou o rumo da história.

“O modelo de negócio me chamou atenção: pouco uso de mão de obra, alta tecnologia e retorno interessante. Foi aí que tudo começou”, conta Flávio.

Com o aval da empresa integradora, a JBS/Seara, e apoio de uma construtora especializada, o projeto saiu do papel. Em março de 2024 começaram as obras dos primeiros dois aviários — e o primeiro alojamento aconteceu apenas quatro dias antes da visita da equipe de reportagem do Interligados – Vida no Campo

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Do escritório para o campo: filhos assumem o protagonismo

A grande virada veio com a decisão de envolver os filhos, ambos com experiência internacional.

“Se não fosse por eles, eu não teria começado. Hoje tenho 60 anos e quero desacelerar. A ideia é que eles toquem o projeto com autonomia”, explica.

Avicultura familiar transforma rotina de família em SP | Canal Rural

Com entusiasmo e espírito empreendedor, os irmãos acompanham de perto cada detalhe da produção, da construção ao manejo, e já planejam o futuro: mais dois aviários devem ser finalizados até setembro de 2025. E há espaço para crescer: a propriedade tem potencial para novos núcleos.

Tecnologia, retorno e sucessão como pilares da nova fase

A família escolheu uma estrutura moderna e totalmente automatizada. O uso de sensores, controle remoto por Wi-Fi e ambientes climatizados permite uma gestão eficiente e menos dependente de mão de obra intensiva. Isso, segundo eles, favorece a sucessão familiar no campo.

“Antes, muitos jovens saíam da zona rural. Hoje, com tecnologia e estrutura, querem ficar e empreender”, destaca a filha, Flávia Biglia.

A parceria com a JBS também foi decisiva para iniciar o investimento com segurança. A empresa oferece suporte técnico, insumos, acompanhamento semanal e orientação constante aos produtores.

“Mesmo sem experiência, conseguimos começar com confiança. A empresa esteve presente desde o início. Isso faz toda a diferença”, diz Flávio.

Visão de futuro e propósito na produção de alimentos

O sentimento de pertencimento ao campo e o orgulho de produzir alimentos são combustíveis para os próximos passos. A família se reconhece como parte do agronegócio brasileiro e já se vê contribuindo com uma cadeia essencial: a produção de proteína acessível e de qualidade.

“Saber que estamos ajudando a colocar alimento na mesa das pessoas é gratificante. Esse primeiro lote vai nos ensinar muito — e queremos aprender sempre mais”, afirma a filha.

Para quem pensa em investir na avicultura, Flávio é direto:

“Entre. Pesquise, participe de feiras, converse com produtores e vá atrás de boas parcerias. Vale a pena. O retorno é real e o campo pode surpreender.”

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Congresso de Agronomia: produtividade com sustentabilidade

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A engenharia agrônoma e toda a cadeira produtiva do agro brasileiro volta o foco para Maceió, Alagoas, a partir deste dia 14 de outubro, para difundir conhecimento, inovação e experiências que pretendem moldar o futuro da agronomia no Brasil. Em sua trigésima quarta edição, o Congresso Brasileiro de Agronomia – CBA 2025 – tem como tema Produtividade com Sustentabilidade.

Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), através da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra) realiza o evento com 6 salas temáticas simultâneas, mais de 65 palestras e painéis, mais de 300 trabalhos científicos apresentados, 130 palestrantes especialistas entre eles, Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e embaixador da FAO para o cooperativismo, falando sobre o tema: O Engenheiro Agrônomo do Futuro, e Aldo Rebelo, ex-ministro, que falará sobre “A Importância do Engenheiro Agrônomo para a Segurança Alimentar”.

Entre os temas também figuram os debates, trabalhos e exposições do evento a nanotecnologia e robótica para agricultura sustentável, startups e inovação no campo, agronomia como protagonista da transição energética, políticas públicas, e muito mais.  

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Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.

A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Critérios territoriais e impacto no campo

Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.

Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.

“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.

Endividamento e burocracia

Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.

Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.

Pedido de revisão

A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.

Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.

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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

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O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.

Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.

O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.

Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.

O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.

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