Sustentabilidade
Inovação em bioinsumos será tema de workshop promovido pela ANPII Bio em evento prévio ao Biocontrol & Biostimulants LATAM 2025 – MAIS SOJA

Inovação e sustentabilidade caminham juntas na transformação da agricultura – e os bioinsumos são o elo fundamental que une esses dois conceitos, contribuindo para práticas agrícolas mais eficientes, responsáveis e com menor impacto ambiental, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Atualmente, o Brasil já é protagonista global neste segmento, respondendo por 11,3% do consumo mundial de bioinsumos, em um mercado que deve crescer 60% até o fim da década. Em um contexto de expansão e inovação, a ANPII Bio (Associação Nacional de Promoção e Inovação da Indústria de Biológicos), em parceria com a New Ag International, promove no dia 28 de julho, em Campinas (SP), o Workshop Inovação em Bioinsumos, evento prévio ao Biocontrol & Biostimulants LATAM 2025. A programação reunirá especialistas, empresas e representantes governamentais para debater avanços como RNAi na agricultura, formulações inovadoras, controle biológico com drones e tecnologias para mitigar as emissões de carbono provenientes da pecuária.
O workshop será dividido em dois painéis temáticos, Produtos Inovadores e Tecnologias Inovadoras, com palestras conduzidas por pesquisadores e representantes da indústria, seguidas de mesas-redondas. A abertura e a mediação das discussões no período da manhã serão conduzidas por Júlia Emanuela de Souza, diretora de Relações Institucionais da ANPII Bio, que destaca a relevância do evento para o setor. “Queremos, por meio do workshop, trazer uma amostra do que há de mais avançado no setor de bioinsumos, com abordagens que vão além do campo e alcançam os desafios da sustentabilidade, tecnologia e inovação industrial. Reuniremos pesquisadores, empresas e representantes governamentais para discutir caminhos concretos de transformação”, afirma Julia.
No período da tarde, como forma de reforçar a importância do diálogo entre governo, ciência e setor produtivo em um contexto decisivo para o fortalecimento do setor de bioinsumos, a mediação do painel será feita por Valéria Martins, coordenadora-geral de Bioeconomia e Recursos Genéticos, gestora da Rede de Inovação em Bioinsumos e presidente do Conselho Estratégico do Programa Nacional de Bioinsumos, todos vinculados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). “Participar do evento é uma forma de reafirmar nosso compromisso com a inovação em bioinsumos. Esse é um espaço valioso evento para que todos os elos da cadeia construam, juntos, uma agricultura mais sustentável e conectada com os desafios do presente”, declara.
A iniciativa ocorre em meio a avanços significativos no segmento. Com um mercado estimado em R$ 5,7 bilhões na última safra e projeção de crescimento de até 60% até o fim da década, os bioinsumos industriais se consolidam como uma das principais frentes de inovação da agricultura brasileira. A recente aprovação da Lei dos Bioinsumos (Lei nº 15.070/2024), ao estabelecer um novo marco legal para o setor, contribui para ampliar o acesso às tecnologias, fomentar o empreendedorismo e atrair novos investimentos. “A regulamentação inteligente de bioinsumos é a alavanca para fortalecer ainda mais o Brasil como líder global em soluções sustentáveis para a agricultura, estimulando inovações com potencial de gerar diferencial competitivo para o país e impacto real no campo e no clima”, comenta Júlia, da ANPII Bio.
Além da realização do workshop, a entidade participa da programação oficial do Biocontrol & Bioestimulants LATAM 2025 apoiando o estande da Secretaria de Inovação do MAPA, onde serão apresentados as principais ações e resultados da Rede de Inovação em Bioinsumos e do Programa Nacional de Bioinsumos. O espaço também contará com atividades voltadas à conexão entre empresas, pesquisadores e desenvolvedores de tecnologias biológicas. “Nesta edição, vários palestrantes integram a Rede de Inovação do MAPA, mostrando que o esforço e diálogo conjuntos estão gerando frutos concretos. O papel do Ministério da Agricultura é justamente esse: conectar, articular e criar as condições para que a inovação na agropecuária floresça”, reitera Valéria Martins.
Reforçando essa articulação entre os diferentes elos do ecossistema, a ANPII Bio ainda organiza, fora da programação oficial do evento, uma visita técnica a uma unidade fabril de bioinsumos, com o objetivo de apresentar, na prática, a realidade da indústria nacional e seu potencial de inovação. A iniciativa reunirá representantes de instituições estratégicas como IBMA (International Biocontrol Manufacturers Association), CNI (Confederação Nacional da Indústria), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e o próprio MAPA. Allan Marciano, gerente de assuntos regulatórios LATAM na Lallemand Plant Care, empresa que sediará a visita, destaca que essas iniciativas contribuem para aumentar a agilidade, qualidade, segurança e inovação no setor. “Esta visita reforça que a cooperação é o caminho para o sucesso, promovendo uma agricultura cada vez mais responsável e eficiente”.
Biocontrol & Biostimulants LATAM 2025 — A conferência e exposição Biocontrol & Biostimulants LATAM 2025 será realizada nos dias 29 e 30 de julho, no Royal Palm Hall, em Campinas (SP). Organizado anualmente pela New Ag International, o evento reunirá profissionais e lideranças toda a América Latina, bem como representantes da América do Norte, Europa e Ásia.
Além de workshops prévios ao evento principal, no dia 28, a programação principal tem como foco, por meio de palestras técnicas, painéis sobre políticas públicas, rodadas de negócios e apresentação de cases, abordar as soluções sustentáveis e tecnológicas para o manejo biológico de culturas — como é o caso dos bioinoculantes, biodefensivos e bioestimulantes — fortalecendo, assim, a promoção do debate técnico, a construção de consensos institucionais e a visibilidade do potencial econômico e ambiental dos bioinsumos.
“O setor vive um momento único. Eventos como este ajudam a consolidar o Brasil como referência internacional, ao mesmo tempo em que impulsionam o amadurecimento regulatório e a atração de investimentos estratégicos”, finaliza a porta-voz da ANPII Bio.
Serviço
Workshop Inovação em Bioinsumos
Data: 28 de julho de 2025 (segunda-feira)
Local: Royal Palm Hall, R. Monsenhor Luís Fernandes de Abreu, 311, Jardim do Lago Continuação, Campinas (SP)
Programação:
Painel 1 – Produtos Inovadores
10h30 – Tecnologia de RNAi na agricultura: uma realidade brasileira – Henrique Marques de Souza (Unicamp)
10h50 – Bioinsumos para extensão da vida útil de frutas e flores – Junio Cota (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG)
11h10 – Bioinsumos Avançados, Gestão de Metano e Sustentabilidade Climática – Joyce Doria (Universidade Federal de Lavras – UFLA)
11h30 – Mesa-redonda com os palestrantes (mediação institucional ANPII Bio)
Painel 2 – Tecnologias Inovadoras
13h30 – Controle Biológico de Precisão Usando Drones – Fernando Nicodemos (NCB Sistemas Embarcados)
13h50 – Avanços em Formulações de Biológicos – Juliana Siqueira (Croda)
14h10 – Mesa-redonda com os palestrantes (mediação institucional MAPA)
Programação completa: https://informaconnect.com/biocontrol-latam/br/agenda/1/
Biocontrol & Biostimulants LATAM 2025
Data: 29 e 30 de julho de 2025 (terça e quarta-feira)
Local: Royal Palm Hall, R. Monsenhor Luís Fernandes de Abreu, 311, Jardim do Lago Continuação, Campinas (SP)
Mais informações: https://informaconnect.com/biocontrol-latam
Sobre a ANPII Bio:
Fundada em 1990, a ANPII Bio sempre teve como missão promover a fixação biológica de nitrogênio e promoção de crescimento vegetal como tecnologias estratégicas para uma agricultura sustentável. Com o tempo, a entidade evoluiu e, em 2024, se alinhando à dinâmica natural do mercado, ampliou o seu escopo e passou a atender também outras categorias de bioinsumos, em meio a um cenário de crescimento no uso, produção e exportação desses produtos, solidificando o Brasil como um dos principais mercados globais de insumos biológicos.
A ANPII Bio, primeira associação representativa de insumos biológicos no Brasil, vem desempenhando um papel crucial na construção de uma legislação moderna e segura junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e outros órgãos reguladores. Isso permite que o setor produtivo ofereça produtos eficientes e inovadores, com biotecnologia de ponta aplicada à agricultura sustentável.
Em parceria com a Embrapa e outras instituições de pesquisa, a ANPII Bio viabilizou estudos que diversificaram e expandiram o setor, com mais de 150 empresas desenvolvendo e comercializando bioinsumos que beneficiam agricultores, o meio ambiente e a sociedade. A presença da ANPII Bio em eventos científicos, feiras agrícolas e espaços de discussão, juntamente com seu programa gratuito de EAD, tem promovido maior entendimento e conhecimento sobre a tecnologia dos biológicos e seus benefícios para a agronomia, agricultura e economia do Brasil.
Atualmente, a ANPII Bio conta com 54 empresas associadas. A entidade também integra diversos fóruns relevantes de impacto ao desenvolvimento do setor no Brasil. Muito já foi feito e há muito o que se fazer para que os insumos biológicos estejam ainda mais presentes na agricultura brasileira e mundial e contribuam para a sustentabilidade da produção agrícola.
Para mais informações, acesse: www.anpiibio.org.br
Fonte: Assessoria de Imprensa ANPII BIO
Sustentabilidade
Robô usa luz para diagnóstico precoce de doença em algodão e soja – MAIS SOJA

Um sistema robótico autônomo, que opera à noite, batizado de LumiBot, é capaz de gerar dados que permitem a construção de modelos para fazer o diagnóstico precoce de nematoides em plantas de algodão e soja antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Desenvolvido pela Embrapa Instrumentação (SP) em parceria com a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), de Mato Grosso, o LumiBot emite luz ultravioleta-visível sobre as plantas e analisa a fluorescência capturada nas imagens das folhas, com câmeras científicas.
A cotonicultura e a sojicultura têm enorme relevância econômica para o País, com previsão de recorde de safra no período 2025/26, com 4,09 milhões de toneladas de pluma e 177,67 milhões de toneladas de grãos de soja, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, as duas culturas enfrentam a ameaça do parasita microscópico de 0,3 a 3 milímetros de comprimento.
Taxas de acerto acima de 80%
O robô é um protótipo, mas já registra resultados promissores no diagnóstico de infecção por nematoides em experimentos realizados em casa de vegetação, com cerca de sete mil imagens coletadas em três anos de pesquisa.
“Conseguimos gerar dados e modelos com taxas de acerto acima de 80%, além de diferenciar as doenças do estresse hídrico”, conta a pesquisadora Débora Milori, coordenadora do estudo e do Laboratório Nacional de Agrofotônica (Lanaf).
A próxima etapa do estudo será o desenvolvimento de um equipamento para operação em campo, como, por exemplo, adaptar o aparato óptico em um veículo agrícola do tipo pulverizador gafanhoto ou veículo rover.
Apresentação do robô durante o Siagro
O LumiBot será apresentado no Simpósio Nacional de Instrumentação Agropecuária (Siagro), que será realizado de 14 a 16 de outubro, no Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão (Lanapre), localizado no Campo Experimental em Automação Agropecuária, da Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP).
Menos químicos na lavoura
De acordo com a pesquisadora, o método convencional de controle de nematoides baseia-se na aplicação de nenematicidas aplicados no solo ou nas sementes, antes do plantio. Esses produtos agem reduzindo a população de nematoides próximos às raízes. Entretanto, essa aplicação tem custo elevado, pode causar impacto ambiental e a eficácia é variável dependendo das condições do solo. Outras estratégias de controle são através do controle biológico, rotação de culturas e o desenvolvimento de cultivares resistentes.
“Uma alternativa mais eficiente e econômica seria o monitoramento da área plantada, com a aplicação de estratégias de controle apenas nas regiões efetivamente infestadas. No entanto, ainda não existem equipamentos comerciais capazes de detectar precocemente a presença da doença nas plantas. Nesse contexto, o uso de técnicas fotônicas surge como uma solução promissora”, declara a coordenadora do estudo.
Para o consultor Comdeagro, Sérgio Dutra, o diagnóstico precoce de doenças é fundamental para que os agricultores possam agir rapidamente e de forma localizada. “Com isso, evita-se o uso excessivo de defensivos químicos e a redução do impacto ambiental, um avanço importante para a agricultura de precisão no Brasil. É possível ainda melhorar a qualidade da fibra e garantir maior rentabilidade para o produtor”, garante o especialista.
Como funciona a tecnologia para detecção de doenças
O LumiBot leva embarcado a técnica fotônica de Imagem de Fluorescência Induzida por LED (diodo emissor de luz). A LIFI, na sigla em inglês, é uma técnica não destrutiva que permite uma aquisição rápida de dados de processos fisiológicos da planta por meio de uma imagem. “A imagem obtida resulta da excitação das folhas com luz ultravioleta-visível, que induz compostos moleculares, como a clorofila e alguns metabólitos secundários, a emitirem luz por meio do processo de fluorescência”, explica Milori.
robô coleta os dados, que são processados por algoritmos treinados para reconhecer padrões em imagens, a partir dos quais são construídos modelos associados a doenças específicas.
A captura das imagens, realizada em apenas sete segundos e de forma simultânea à iluminação, ocorre em ambiente escuro para evitar a atividade fotossintética da planta e eliminar interferências de outras fontes de luz no sinal de fluorescência registrado pelas câmeras.
O robô se desloca por meio de trilhos presos no piso entre as fileiras dos pés de algodão, avaliando as folhas com um feixe de luz de alta intensidade. De acordo com Débora Milori, a técnica indica diferentes tipos de estresse bióticos (fungos, bactérias e vírus) ou abióticos, como deficiências nutricionais e falta de água, por exemplo.
“As imagens captadas pela câmera em cada posição da amostra são gravadas em um dispositivo externo (SSD) portátil, onde ficam armazenadas e disponíveis para análise. Cada amostra recebe uma identificação única, explica o pós-doutorando Tiago Santiago.
Ele é responsável pela análise de dados, das imagens e pelo treinamento de modelos de aprendizado de máquina. A equipe é composta por estudantes de diferentes áreas do conhecimento e por atuações distintas dentro do projeto.
Vinícius Rufino é graduando em engenharia física e atua na instrumentação e análise de dados, Julieth Onofre, doutora em Física, cuida da área da instrumentação óptica, Gabriel Lupetti, graduando em biotecnologia e responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento dos nematoides, a inoculação e processamento das espécies vegetais, Kaique Pereira, biólogo responsável pela manutenção das plantas, a inoculação e contagem de nematoides.
Prova de conceito
O LumiBot tem o suporte da Embrapii Itech-Agro (Integração de Tecnologias Habilitadoras no Agronegócio) da Embrapa Instrumentação, que busca desenvolver o protótipo do equipamento para minimizar custos e alavancar a cadeia produtiva da soja e do algodão. A Embrapii é uma organização social que conecta empresas e instituições de pesquisa para desenvolver inovações, como o LumiBot.
O projeto envolveu o desenvolvimento de uma prova de conceito para diagnóstico precoce de doenças com técnicas fotônicas em sistemas produtivos de algodão, em parceria com a Comdeagro.
O projeto físico e de automação foi desenhado em parceria entre a Embrapa Instrumentação e a empresa Equitron Automação, de São Carlos (SP), sob medida para o funcionamento na casa de vegetação.
A fotônica é um ramo da física que estuda aplicações da luz, sua geração, manipulação e detecção. As técnicas são largamente aplicadas em várias áreas por sua sensibilidade, precisão e alto potencial de portabilidade.
Os nematoides
Nematoides são vermes microscópicos abundantes no solo, água doce e salgada e muitas vezes são parasitas de animais, insetos e também de plantas, segundo a Embrapa. Eles atacam as raízes, diminuindo a absorção de água e nutrientes, o que resulta em redução do crescimento da planta e perdas de produtividade.
O experimento para diagnóstico da praga está sendo conduzido com 400 plantas em vasos em casa de vegetação, separadas em quatro grupos de 100 – controle, estresse hídrico, inoculadas com o nematoide Aphelenchoides besseyi, e inoculadas com o nematóide Rotylenchulus reniformis, espécies mais comuns encontradas nas lavouras.
Segundo Kaique Pereira, o nematoide Rotylenchulus reniformis causa o comprometimento das plantas, reduzindo os rendimentos da plantação, sendo frequente em regiões tropicais e subtropicais do país, enquanto a Aphelenchoides besseyi é responsável pelos sintomas de haste verde, retenção foliar e deforma tecidos da planta, comum em ambientes quentes e úmidos, fatores essenciais para seu desenvolvimento.
“Os nematóides são um problema muito sério dentro do cultivo do algodão e resulta em muitas perdas para os agricultores, principalmente para o Estado do Mato Grosso”, diz Sérgio Dutra, consultor da Comdeagro.
O pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Rafael Galbieri, diz que não se sabe ao certo quanto da produtividade está sendo perdida em função dos nematoides em Mato Grosso.
“O fato é que existem localidades onde há perdas expressivas e outras onde o problema é menor. Há relatos de perdas de 50% a 60% em casos extremos, com média de até 10% a 12% em determinadas regiões. Estima-se uma perda anual superior a 4 bilhões de reais na cultura do algodoeiro em função de problemas relacionados a nematoides. Existem vários exemplos de áreas de produção que se tornaram inviáveis pela infestação desses parasitas”, relata o doutor em agricultura tropical.
Com a soja não é diferente. O prejuízo é de R$ 27,7 bilhões, de acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), Syngenta e consultoria Agroconsult.
“Geralmente, as perdas mais expressivas associadas aos nematoides são observadas em culturas como soja e algodão. No entanto, já é possível constatar que esses patógenos afetam a produtividade de praticamente todas as culturas agrícolas do País, muitas vezes de forma ainda mais acentuada do que nas grandes culturas”, afirma a presidente da SBN, Andressa Cristina Zamboni Machado.
Segundo ela, o Brasil abriga diversas espécies de nematoides altamente agressivas, disseminadas amplamente por todas as regiões agrícolas e responsáveis por extensas perdas econômicas no agronegócio. “Entretanto, esses organismos nem sempre são corretamente diagnosticados ou manejados, o que agrava ainda mais seus efeitos sobre a produção”, conta.
Fotos: Wilson Aiello
Fonte: Joana Silva – Embrapa Instrumentação
Autor:Joana Silva – Embrapa Instrumentação
Site: Embrapa
Sustentabilidade
Soja está entre os principais produtos exportados do agro paulista em setembro

O agronegócio paulista registrou superávit de US$ 16,81 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, resultado de exportações que somaram US$ 21,15 bilhões e importações de US$ 4,34 bilhões.
O setor respondeu por 40,3% do total exportado pelo estado e por 6,6% das importações no período, segundo levantamento da Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
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Soja como destaque
Entre os principais grupos exportadores, o complexo soja teve participação de 9,9% nas vendas externas do agro paulista, movimentando US$ 2,10 bilhões, sendo 80,8% referentes à soja em grão e 14% ao farelo.
Apesar da relevância, o grupo apresentou leve queda de 0,8% em relação ao mesmo período de 2024, reflexo das oscilações de preços e volumes no mercado internacional.
Liderança do setor sucroalcooleiro
O complexo sucroalcooleiro segue como líder da pauta, responsável por 29,9% das exportações do agro paulista, com destaque para o açúcar, que representou 92,1% do total do grupo, e o etanol, com 7,9%.
Carnes
Na sequência aparecem as carnes, que responderam por 14,9% das vendas externas, totalizando US$ 3,15 bilhões, com a carne bovina representando 84,9% desse montante.
Produtos florestais
Os produtos florestais somaram 10,5% das exportações, alcançando US$ 2,21 bilhões, dos quais 54,5% foram de celulose e 36,4% de papel. Já o setor de sucos respondeu por 10,2%, totalizando US$ 2,15 bilhões, sendo 97,7% referentes ao suco de laranja.
Esses cinco grupos juntos representaram 75,4% do total exportado pelo agronegócio paulista. O café aparece em seguida, com 6,4% de participação, equivalente a US$ 1,35 bilhão.
Oscilações nas exportações
As variações em relação ao mesmo período do ano passado mostram crescimento das exportações de café (+43,4%), carnes (+26,3%) e sucos (+4,6%), enquanto o complexo sucroalcooleiro (-33,6%), produtos florestais (-5,6%) e o complexo soja (-0,8%) apresentaram retração.
China, UE e EUA como principais destinos
A China segue como principal destino das exportações paulistas, absorvendo 24,2% do total, com destaque para a compra de soja, carnes, açúcar e produtos florestais. Em seguida aparece a União Europeia, com 14,4% de participação, e os Estados Unidos, com 12,7%.
No caso americano, as exportações totalizaram US$ 2,69 bilhões no acumulado até setembro, um crescimento de 13% frente ao mesmo período de 2024.
Impacto do tarifaço nos EUA
O avanço nas vendas ocorreu até julho, mas o tarifaço de 50% imposto em agosto pelos EUA derrubou as exportações em agosto e setembro, com quedas de 14,2% e 32,7%.
O setor de sucos, fora da taxação, manteve a liderança, enquanto carnes, café e produtos florestais sentiram mais os impactos. Parte dos embarques foi redirecionada para China, México e Argentina, segundo a Apta.
São Paulo no cenário nacional
No cenário nacional, São Paulo segue como destaque do agronegócio, responsável por 16,7% das exportações brasileiras do setor, ocupando a segunda posição no ranking, atrás apenas de Mato Grosso, com 17,4%, e à frente de Minas Gerais, que respondeu por 11,5% das vendas externas.
Sustentabilidade
Chicago fecha em alta no trigo, com dólar fraco e consolidando recuperação técnica – MAIS SOJA

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou a sessão desta terça-feira com preços mais altos. Após atingir os menores patamares de preço desde 2020 no pregão anterior, o mercado consolidou um movimento de recuperação técnica. A correção recebeu suporte da desvalorização do dólar frente a outras moedas correntes, fator que aumenta a competitividade do cereal norte-americano.
As cotações haviam recuado para o nível mais baixo em cinco anos diante da ampla oferta global. A Rússia, principal exportadora mundial de trigo, acelerou seus embarques nos últimos meses após um início de temporada mais lento, enquanto a pressão das colheitas em outras regiões produtoras segue crescente.
Além disso, os investidores também reagiram as inspeções de exportação norte-americana de trigo, que chegaram a 444.138 toneladas na semana encerrada no dia 9 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Na semana anterior, as inspeções de exportação de trigo haviam atingido 548.223 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 380.134 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de junho, as inspeções somam 10.664.546 toneladas, contra 9.029.415 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
Os contratos com entrega em dezembro fecharam cotados a US$ 5,00 1/4 por bushels, alta de 3,50 centavo de dólar, ou 0,70%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em março de 2026 encerraram a US$ 5,16 3/4 por bushel, avanço de 3,50 centavos por dólar, ou 0,68%, em relação ao fechamento anterior.
Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News
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