Sustentabilidade
Análise Mensal do Mercado do Milho – MAIS SOJA

Os preços do milho acumularam mais um mês de queda no mercado brasileiro em junho, refletindo sobretudo as boas condições climáticas durante o desenvolvimento da segunda safra do cereal no Brasil que reforçam as expectativas de produção volumosa na temporada 2024/25.
Além da perspectiva de oferta elevada, as limitações na capacidade de armazenamento e a pressão exercida por compradores também explicam o movimento de baixa dos preços do milho. As desvalorizações externas e do dólar reforçaram as quedas internas, à medida que reduzem a paridade de exportação.
Apenas no final do mês que os recuos foram limitados pontualmente em algumas regiões pelo atraso na colheita da segunda safra – chuvas interromperam as atividades de campo.
PREÇOS – O Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 3% no acumulado de junho, fechando a R$ 67,02/saca de 60 kg no dia 30. A média mensal cedeu expressivos 7% em relação a maio, para o menor patamar do ano, em termos nominais. Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, o cereal se desvalorizou 8,1% no mercado de balcão (ao produtor) e 6,5% no de lotes (negociação entre empresas) também no acumulado de junho. A médias mensais ficaram 8,2% e 7,8% inferiores às de maio, respectivamente.
Já na B3, o primeiro vencimento subiu sobretudo no final de junho, quando as chuvas interromperam o avanço da colheita nas regiões produtoras de segunda safra. O contrato Jul/25 avançou 1%, fechando a R$ 63,44/sc de 60 kg no dia 30.
EXPORTAÇÕES – Os embarques brasileiros de milho voltam a se aproximar do volume exportado no mesmo período de 2024. Dados da Secex mostram que, na parcial de junho (14 dias úteis), foram enviadas 69,52 mil toneladas do cereal, ante as 69,93 mil toneladas de junho/24. Já os preços, influenciados pelas quedas internacionais e pela desvalorização do dólar, recuaram em junho. Em Paranaguá (PR), houve baixa de 3,9% no acumulado do mês; no mesmo período, o dólar se desvalorizou 5%, cotado a R$ 5,43.
ESTIMATIVAS – Dados divulgados em junho pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam produção brasileira da safra 2024/25 em 128,25 milhões de toneladas, 1,37 milhão de toneladas a mais que o indicado na estimativa de maio. O reajuste ocorreu sobretudo devido à maior produção da segunda safra, que deve registrar boa produtividade por conta do clima favorável.
Especificamente para a segunda safra, são projetadas 101 milhões de toneladas, acima das 99,8 milhões de toneladas estimadas em maio, 12% superior à produção da safra anterior e ainda a segunda maior da série história da Conab. Para a primeira safra, a melhora na produtividade elevou a produção para 24,82 milhões de toneladas, 8% acima da anterior. Já a terceira safra apresenta queda de 2,4%, para 2,42 milhões de toneladas, decorrente da redução de 5% na produtividade.
Quanto ao consumo interno, a Conab praticamente manteve a estimativa em 89,39 milhões de toneladas. Os números de exportações e importações também foram mantidos, em respectivos 34 milhões de toneladas e em 1,7 milhão de toneladas. Caso as projeções se concretizem, o Brasil teria, ao final de janeiro de 2026, estoque de passagem de 8,41 milhões de toneladas, acima das 1,84 milhão da safra passada, mas abaixo das 9,19 milhões de toneladas da média dos últimos cinco anos.
Também em relatório divulgado em junho, o USDA manteve as produções brasileira e argentina para a safra 2025/26 em respectivos 131 milhões e 53 milhões de toneladas; para os Estados Unidos, a colheita é estimada em 401,84 milhões de toneladas, um recorde. Com isso, o volume mundial da temporada é projetado pelo USDA em 1,26 bilhão de toneladas, estável frente ao apontado em maio. O consumo é calculado em 1,27 bilhão de toneladas. No entanto, o estoque global caiu de 277,84 milhões de toneladas em maio para 275,23 milhões de toneladas em junho, devido à redução dos estoques norte-americanos.
CAMPO – A colheita da segunda safra avançou por todos os estados produtores em junho, chegando à média nacional 17% até o dia 28, mas ainda abaixo dos 28,2% registrados no mesmo período de 2024, segundo a C No Paraná, a Seab/Deral mostra que 16% da área havia sido colhida até 30 de junho, forte atraso de 37 pontos percentuais em relação há um ano. A Seab/Deral apontou a área do estado em 2,76 milhões de hectares (aumento anual de 9%) e produção de 16,53 milhões de toneladas (27% maior que em2023/24).
O Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) indica que 27%foram colhidos até o dia 27 de junho, atraso de 35 p.p. em relação à temporada anterior. Já para Mato Grosso do Sul, a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) aponta que 4,3% da área estadual havia sido colhida até o dia 20 de junho. Quanto à safra verão, a colheita somava 95,4% da área nacional até o dia 28de junho, segundo a Conab, acima dos 95% da média dos últimos cinco anos.
INTERNACIONAL – Os vencimentos seguiram acumulando quedas em junho, pressionados pelo avanço da colheita brasileira, que pode aumentar a oferta no mercado global, e por previsões indicando produção elevada nos Estados Unidos.
Com isso, os contratos Jul/25 e Set/25 recuaram 5,3% e 3,3% entre 30 de maio e 30 de junho, encerrando o intervalo a US$ 4,205/bushel (US$165,54/t) e a US$ 4,0925/bushel (US$ 161,11/t), nesta ordem.
Quanto às lavouras norte-americanas, o USDA aponta que, até o dia 30 de junho, 73% apresentavam boas condições, em linha com as 70% do mesmo período de 2024. Na Argentina, relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires mostra que a colheita chegou a 55,3% da área nacional até o dia 25.
Confira o Agromensal do Milho de Junho/2025 completo, clicando aqui!
Fonte: Cepea
Autor:AGROMENSAIS JUNHO/2025
Site: CEPEA
Sustentabilidade
Comercialização da safrinha 2025 de milho atinge 37,4% no Centro-Sul do Brasil, diz Safras – MAIS SOJA

A comercialização da safrinha 2025 de milho no Centro-Sul do Brasil atinge 37,4% da produção prevista de 99,782 milhões de toneladas, segundo levantamento de Safras & Mercado. Em julho do ano passado, o volume negociado da safrinha 2024 estava um pouco mais atrasado, atingindo 34,3% da produção colhida de 85,891 milhões de toneladas de milho. A média de comercialização para o período nos últimos cinco anos é de 40,9%.
A comercialização de milho safrinha atinge 26,7% no Paraná, 7,4% em São Paulo, 37,8% em Mato Grosso do Sul, 28,1% em Goiás/Distrito Federal, 7,8% em Minas Gerais e 47,9% em Mato Grosso.
No Matopiba, a comercialização da safrinha 2025 atinge 36,2% da produção esperada de 8,142 milhões de toneladas. Em julho do ano passado, o volume negociado da safrinha 2024 estava mais lento, atingindo 30% da produção colhida de 7,049 milhões de toneladas de milho. Já a média de comercialização para o período nos últimos cinco anos é de 40,7%.
A comercialização atinge 35,7% na Bahia, 34,1% no Maranhão, 30,6% no Piauí e 42,3% no Tocantins.
Fonte: Arno Baasch / Safras News
Sustentabilidade
Cúpula dos BRICS no Rio de Janeiro: avanços para o agronegócio – MAIS SOJA

Por Marcelo Sá – jornalista/editor e produtor literário
Brasil preside o bloco em 2025
Entre os dias 4 e 7 de julho, o Rio de Janeiro sedia a reunião de cúpula dos BRICS, com a presença de chefes de Estado e de governo. Também integram o bloco Rússia, Índia, China, África do Sul, Indonésia, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. O encontro ocorre num momento em que o país preside o grupo, e também assume o comando temporário do Mercosul. Cabe lembrar que o Brasil já presidiu o G20 no ano passado e será o anfitrião da COP 30 em Belém, no próximo mês de novembro.
O protagonismo do país em eventos dessa natureza é sempre muito importante para o agronegócio, pois permite um intercâmbio mais imediato e direto com representantes de demais nações, tanto na prospecção de novos mercados ou pelo fortalecimento de laços comerciais já estabelecidos. Isso acontece especialmente nos grupos de trabalho que, ao longo de meses, realizam encontros, revisando protocolos e metas comuns que servirão de base para uma declaração final.
O Grupo de Trabalho da Agricultura dos BRICS iniciou suas atividades em fevereiro, entre debates presenciais e remotos, que contaram com representantes da iniciativa privada. Do lado brasileiro, a coordenação ficou a cargo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), juntamente com representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Sob o tema “Cooperando para um mundo inclusivo e sustentável”, os participantes discutiram ações para o enfrentamento de desafios como mudanças climáticas, degradação do solo, práticas agrícolas sustentáveis, incremento do comércio, desigualdade econômica e volatilidade dos preços dos alimentos. Cabe lembrar que o bloco responde por 30% das terras agrícolas mundiais, sendo responsável por grande parte das exportações de produtos como carnes, arroz, soja, trigo e milho. Em 2024, o Brasil exportou US$ 165 bilhões em produtos agropecuários, sendo 41% para os países membros do BRICS.
O grupo também representa 50% da população mundial, cerca de 4 bilhões de pessoas; 30% da pesca extrativa e 70% da produção aquícola; 80% da produção mundial de alimentos por valor, com mais da metade das 550 milhões de propriedades agrícolas familiares do planeta; 25% do PIB global, com uma participação crescente no comércio internacional. Os debates do grupo de trabalho buscaram fortalecer da cooperação agrícola global, promovendo sistemas alimentares resilientes e avançando em soluções sustentáveis que beneficiarão milhões de pessoas, especialmente em países em desenvolvimento.
Objetivos comuns e protagonismo em diversas frentes
Isso se refletiu no conteúdo da Declaração Ministerial, espécie de resumo das intenções e consensos obtidos nos encontros. Ocorrida em abril, reuniu os representantes dos ministérios de agricultura dos países do bloco, entre outras autoridades, encerrando aquela etapa. O objetivo é que o conteúdo do documento seja incorporado ao Plano de Ação 2025-2028, apresentado justamente durante a Cúpula de Líderes do BRICS.
Entre os principais compromissos assumidos na Declaração Ministerial, destacam-se:
– Promover maior participação dos alimentos aquáticos nas dietas, como forma de garantir segurança alimentar e nutricional;
– Priorizar o desenvolvimento econômico e a inclusão de pescadores e aquicultores artesanais e de pequena escala;
– Preservar os modos de vida das comunidades tradicionais, reconhecendo suas práticas como “patrimônio cultural do BRICS”;
– Incentivar o uso de embarcações energeticamente eficientes e acesso a equipamentos produtivos que aumentem a competitividade e segurança no trabalho.
Na esteira do que foi alcançado com o G20 em 2024, e na expectativa da COP 30, passando pelo comando do Mercosul, a cúpula dos BRICS é de suma importância para o Brasil, que vem apostando seu cacife geopolítico no grupo em anos recentes. No caso da agropecuária, é mais uma oportunidade promissora, aproveitando o bom momento do setor, que obteve vitórias estratégicas esse ano: a abertura de novos mercados asiáticos para a proteína animal brasileira (Japão e Vietnã), além da Declaração de País Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, outorgada pela Organização Mundial de Saúde Animal, no mês passado, em Paris.
Com informações dos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores.
Fonte: SNA
Sustentabilidade
Previsão do tempo de 07/jul a 22/jul de 2025 para a Metade Sul do RS – MAIS SOJA

Por Jossana Ceolin Cera, Consultora Técnica do Irga Meteorologista
Segunda (07/07): Céu aberto, com sol entre poucas nuvens. As temperaturas seguirão agradáveis à tarde, com máximas na casa dos 17 a 20°C. Entre a tarde e noite, a nebulosidade aumenta na Metade Oeste, devido à aproximação de uma frente fria, que poderá causar chuva fraca no Oeste, apenas.
Terça (08/07): A frente fria ainda deverá manter alguma nebulosidade na parte Leste do Estado, com expectativa de chuva para o setor Nordeste, incluindo a região metropolitana. As temperaturas mínimas devem ficar entre 8 e 12°C e as máximas entre 18 e 21°C.
Não há previsão de chuvas para os dias seguintes (de 09 a 19 de julho). Os dias serão de céu limpo, ou com sol entre nuvens. As temperaturas estarão em gradual elevação, devendo chegar aos 25-27°C nos dias 17, 18 e 19 de julho.
A chuva deverá retornar ao RS nos dias 20 e 21 de julho, com a passagem de uma frente fria. Em princípio, os acumulados serão baixos, entre 5 e 20 mm/dia.
Fonte: Irga
Autor:Instituto Rio Grandense do Arroz
Site: Irga
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