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Plano Safra pode impulsionar crédito, mecanização e lucro para produtor de soja, diz comentarista

Nesta segunda-feira (30), o governo federal finalmente divulgou o lançamento do Plano Safra 2025/2026, com foco no fortalecimento da agricultura familiar, que contará com R$ 89 bilhões em recursos. A nova edição do programa contempla uma série de políticas públicas voltadas, também, diretamente ao produtor de soja, como crédito rural, compras governamentais, seguro agrícola, assistência técnica e garantia de preços mínimos.
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Desse total, R$ 78,2 bilhões serão destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), valor 3% superior ao disponibilizado na safra passada. O plano também mantém condições atrativas de financiamento, com juros de 3% ao ano para alimentos da cesta básica e de 2% para produtos agroecológicos ou orgânicos. Entre as novidades, estão linhas específicas para adaptação às mudanças climáticas, conectividade no campo, acessibilidade e incentivo à produção sustentável e mecanização, esta última, por meio do programa Mais Alimentos.
Já na agricultura empresarial, o Plano Safra prevê R$ 516,2 bilhões em recursos, alta nominal de 1,5% frente aos R$ 508,6 bilhões da safra 2024/2025. Apesar do aumento, o valor não representa ganho real diante da inflação acumulada de 5,32% no período. Ainda assim, o governo destaca a ampliação dos recursos com juros equalizados, que subiram de R$ 92,8 bilhões para R$ 113,8 bilhões, totalizando R$ 189 bilhões quando somadas as demais linhas controladas.
O plano contempla operações de custeio, comercialização e investimento para médios e grandes produtores, e traz mudanças importantes. Uma delas é a exigência de observância ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) como critério para concessão de crédito, reforçando a segurança da produção. Também foram ampliados os limites do programa de armazenagem e criadas medidas que incentivam práticas sustentáveis e a modernização do setor.
Para o comentarista Miguel Daoud, do Canal Rural, o Plano Safra tem um papel estratégico, especialmente para os pequenos produtores de soja que integram o cultivo com outras culturas, como feijão e milho. “O produtor de soja também pode se enquadrar no Pronaf, dependendo do porte da propriedade. Isso permite o acesso a crédito com juros mais baixos e a possibilidade de adquirir tratores e implementos agrícolas, o que garante condições mínimas para alcançar rentabilidade, mesmo em pequena escala”, afirma.
Para Daoud, a principal contribuição do plano está em viabilizar o acesso à tecnologia e à infraestrutura no campo. “Se o pequeno produtor tem acesso à mecanização e aos insumos certos, ele consegue produzir com mais eficiência e ampliar sua margem de lucro, mesmo enfrentando um cenário econômico desafiador”, conclui.
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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.
Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.
O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.
Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.
O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.
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Amaggi e Inpasa encerram parceria que criava joint-venture em Mato Grosso

A Amaggi e a Inpasa anunciaram nesta terça-feira (14) o fim da formação de uma joint-venture voltada para a produção de etanol de milho em Mato Grosso. A parceria previa a implantação de três plantas fabris no estado, das quais a primeira seria erguida em Rondonópolis com previsão de investimento na ordem de R$ 2,5 bilhões.
A criação da joint-venture entre as duas empresas havia sido anunciada em 29 de agosto deste ano durante reunião com o prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira, conforme destacado pelo Canal Rural Mato Grosso na época.
Além de Rondonópolis, haviam estudos para a implantação de unidade fabril em Campo Novo do Parecis e Querência.
As plantas teriam capacidade inicial para processar aproximadamente dois milhões de toneladas de milho cada.
Em nota encaminhada nesta terça-feira (14), a Amaggi e a Inpasa afirmam que o encerramento das tratativas para a formação da joint-venture foi uma decisão tomada “após ambas as empresas concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e à governança do projeto, optando por seguir caminhos próprios neste momento”.
Confira nota na íntegra:
A AMAGGI e a Inpasa informam aos públicos de interesse e ao mercado em geral que, de comum acordo, decidiram encerrar as tratativas para a formação de uma joint-venture voltada à produção de etanol de milho.
A decisão foi tomada após ambas as empresas concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e à governança do projeto, optando por seguir caminhos próprios neste momento. O processo foi conduzido de forma transparente, colaborativa e com total alinhamento aos princípios de boa governança corporativa.
As companhias reafirmam o respeito e admiração mútua, e permanecerão abertas a avaliar futuras oportunidades de cooperação em áreas de interesse comum.
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Efapi expõe potência econômica e cultural de SC

A Efapi do Brasil 2025, em Chapecó, Santa Catarina, espera um público de 500 mil pessoas de 10 a 19 de outubro. A organizadora da feira multissetorial, a prefeitura da cidade, estima movimentar R$ 800 milhões em negócios fechados e prospectados.
O evento também registrou um crescimento de expositores de 25% este ano, totalizando 625 unidades em 45 mil metros quadrados. Entre as atrações estão o Salão do Imóvel, Salão do Automóvel, Feira do Comércio, Artesanato, Exposição de Máquinas Pesadas e Máquinas Agrícolas, Parque de Diversões, Rodeio Country, Exposição Nacional da Raça Angus, Etapa Nacional do Gado Jersey, Etapa Nacional do Gado Holandês, Pavilhão da Piscicultura e 22 shows musicais nacionais.
Autoridades locais, estaduais e nacionais prestigiaram a abertura da Efapi do Brasil, realizada no dia 10 de outubro. Na ocasião o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, lembrou dos pioneiros que criaram a Efapi, entre eles Valmor Lunardi, que dá nome ao Parque de Exposições. “Nunca deixem de sonhar e empreender. Este parque foi sonhado pelos pioneiros. Eles e muitos que nos sucederam ajudaram a transformar essa cidade na capital do turismo de negócios. Tivemos um crescimento de 130% no turismo no último ano. Somos o maior polo mundial da indústria da transformação. Mesmo com dificuldades em logística, como da BR-282, exportamos para o mundo. Aqui geramos emprego que atraem migrantes e imigrantes”, disse Rodrigues.
O presidente da Aurora, Neivor Canton, falou em nome dos patrocinadores. “A Efapi tornou-se um patrimônio imaterial de Chapecó e região. Ela exibe nossas potencialidades e cultura. Em seu caráter multissetorial permite a integração de vários atores da economia. Ela é referência para o Brasil e países do Mercosul”, disse Canton.
O presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, falou em nome do legislativo estadual: “O Oeste é muito bem representado. E se somos um estado desenvolvimento devemos muito ao Oeste se Santa Catarina. É um momento de reconhecer tudo o que o Oeste representa para o nosso estado”, disse Garcia. Também esteve presente o governador do estado, Jorginho Mello, entre outras autoridades.
Serviço:
Efapi do Brasil 2025
Parque de Exposições Valmor Ernesto Lunardi - Chapecó – SC
10 a 19 de outubro
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