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Sustentabilidade

Aprosoja/MS debate endividamento de produtores rurais de Mato Grosso do Sul – MAIS SOJA

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No dia 1º de julho, o presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, os diretores Fábio Caminha e Paulo Stefanello, o gerente institucional, Tauan Almeida, lideranças, representates do poder público, e produtores rurais do Estado participam de audiência pública, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Organizada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara Federal, a audiência pública discutirá a securitização das dívidas dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul. O debate, solicitado pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), será realizado a partir das 14 horas, no plenário 6.

 “O endividamento dos produtores rurais em Mato Grosso do Sul é alarmante e exige medidas urgentes para garantir a sustentabilidade do setor agropecuário”, alerta Nogueira.

Dados do Serasa citados pelo parlamentar demonstram que o número de pedidos de recuperação judicial cresceu mais de 600% no estado. “Além disso, a cada dez solicitações de recuperação judicial em território nacional, quatro são provenientes de Mato Grosso do Sul ou de Mato Grosso”, compara.

Essa situação, segundo Nogueira, é piorada por fatores como a seca e a variação nos preços dos produtos agrícolas, que afetam a saúde financeira dos produtores. “Muitos produtores já atingiram o limite de sua capacidade financeira ou de crédito, tornando a renegociação de dívidas uma necessidade premente.”

 Para o presidente Jorge Michelc, nos últimos trinta anos, o agronegócio brasileiro passou por uma verdadeira revolução. “Saímos de uma produção de grãos de cerca de 60 milhões de toneladas, em meados da década de 1990, para mais de 310 milhões em 2024. O Brasil passou a ser um dos líderes mundiais em exportação de soja, milho, carnes, algodão e etanol. E tudo isso sem jamais parar. Mesmo em tempos de crise, seca, pandemia, inflação, ou câmbio instável, o agro não falhou. Como sempre enfatiza o  deputado Rodolfo Nogueira, o agro segurou e segura este país.  Mas a pergunta que precisamos fazer é: a que custo? Quem financiou esse crescimento? Quem bancou os insumos, os juros, os riscos e a insegurança de políticas que mudam a cada governo?”

A expectativa da audiência pública é  propor soluções concretas à crise no campo.

“A securitização das dívidas do campo, implementada a partir da segunda metade dos anos 90, foi vendida como a solução. Mas, na prática, ela serviu apenas para empurrar o problema para frente. Muitos produtores, sem orientação técnica ou jurídica, foram inseridos em programas que apenas alongaram dívidas impagáveis. A geração que alavancou o agro é a mesma que hoje amarga inadimplência, restrições de crédito e o estigma de ser devedor, não porque deixou de produzir, mas porque não teve políticas públicas justas”, finaliza Jorge

Fonte: Crislaine Oliveira, com informações da Câmara dos Deputados



 

FONTE

Autor:Crislaine Oliveira/Aprosoja MS

Site: Aprosoja MS

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Rastreabilidade de agrotóxicos no Brasil: oportunidade ou custo extra? – MAIS SOJA

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Por Roberto Araújo é membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), engenheiro agrônomo, mestre em agronegócios pela EESP/FGV-SP. Atuou na indústria por 34 anos, professor MBA no Instituto Futurum e consultor

No início de junho, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 805/2025, instituindo o Programa Nacional de Rastreabilidade de Produtos Agrotóxicos e Afins (PNRA). A iniciativa gerou desconfortos no agro, não pelo conceito da rastreabilidade — reconhecida como instrumento de transparência e segurança —, mas pela forma atropelada com que o Mapa conduziu o processo, em desacordo com princípios de boa governança regulatória, participação social e razoabilidade econômica. Essa condução motivou três Projetos de Decreto Legislativo no Congresso Nacional, que visam suspender a medida.

A rastreabilidade é capaz de ampliar a segurança, otimizar a logística, gerar confiança nos mercados e elevar padrões de sustentabilidade. Contudo, seu sucesso depende de conhecimento técnico, análise econômica e amplo diálogo para engajar os atores envolvidos, o que, até aqui, não se verifica no PNRA.

É preciso perguntar: faltam mecanismos no Brasil para controlar agrotóxicos e proteger a saúde pública, o meio ambiente e o consumidor? A resposta é não. O país possui leis rigorosas sobre fabricação, distribuição, comercialização, uso e destinação das embalagens de agrotóxicos. A aquisição desses produtos só ocorre mediante receita agronômica assinada por profissional habilitado e acompanhada de nota fiscal. Há ainda programas consolidados, como o PARA (Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos), da Anvisa, e o PNCRC/Vegetal, do próprio Mapa.

Esses programas indicam que os alimentos consumidos no Brasil são seguros e apresentam níveis de resíduos abaixo dos limites estabelecidos. Segundo a Embrapa, a agropecuária brasileira abastece cerca de 800 milhões de pessoas, ou 10% da população mundial. Além de atender o mercado interno, o país exporta seus excedentes para mais de 200 países, sem restrições que coloquem em dúvida a qualidade dos produtos brasileiros.

No caso da água potável, o monitoramento é realizado pelo Sisagua, do Ministério da Saúde. Os dados mostram que, na quase totalidade das amostras coletadas semestralmente nos municípios, os resíduos de agrotóxicos permanecem abaixo dos valores máximos permitidos, assegurando a qualidade da água para consumo humano.

Outro exemplo é a destinação das embalagens dos agrotóxicos. O Brasil lidera o recolhimento mundial, com índice de 94%. Desde 2002, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) já retirou mais de 820 mil toneladas de embalagens da natureza. Em 2024, foram mais de 68 mil toneladas destinadas de forma ambientalmente correta. Importante destacar que o instituto faz a rastreabilidade em toda a sua cadeia de custódia, promovendo a economia circular.

Isso mostra que o Brasil dispõe de bons instrumentos regulatórios e mecanismos eficazes para garantir segurança do alimento, proteção ambiental e saúde pública. Ainda assim, há espaço para aprimorar processos, sobretudo com a digitalização e o avanço tecnológico.

Se for bem implementada, a rastreabilidade agregará valor ao agro, elevando os padrões de segurança e sustentabilidade, facilitando recalls, otimizando a logística e promovendo a imagem do Brasil nos mercados internacionais. Países como Argentina, Estados Unidos, França, Holanda e Turquia já desenvolvem projetos de rastreabilidade de pesticidas, baseados nos padrões da GS1, entidade global que define códigos e sistemas de identificação e rastreabilidade em cadeias de suprimento.

Entretanto, o Brasil possui características próprias, como suas dimensões continentais, importa a maior parte dos agrotóxicos que utiliza e tem uma agricultura tropical e diversificada. Hoje, existem mais de 3.400 distribuidores e 1.200 cooperativas agrícolas, espalhados por cerca de 1.400 municípios, atendendo a mais de 2 milhões de estabelecimentos agropecuários. Implantar um sistema que registre a movimentação física e o fluxo de informações de agrotóxicos exigirá investimentos elevados, infraestrutura robusta e plena integração entre União, estados, empresas e agricultores.

A solução proposta pelo Mapa para o PNRA, baseada no Brasil-ID/Rastro-ID e no uso de RFID (Identificação por Radiofrequência), é tecnológica, mas também onerosa. O RFID tem vantagens inegáveis, sobretudo na leitura rápida e simultânea de grandes volumes, sem necessidade de contato visual direto. Porém, para embalagens unitárias de agrotóxicos, tecnologias como Data Matrix ou QR Code são muito mais econômicas, atendem a necessidade e podem ser facilmente lidas por fiscais e operadores logísticos. O RFID pode custar até 40 vezes mais que códigos bidimensionais, o que pode inviabilizar sua adoção em larga escala no agro.

Além do custo das etiquetas, há toda a infraestrutura tecnológica e adaptações nas linhas de envase, importadores e em outros pontos de captura e registro de eventos. Para o PNRA funcionar, será necessário um sistema de TI capaz de processar centenas de milhões de registros, integrar-se com outros sistemas governamentais, além de garantir segurança cibernética e respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Esses investimentos podem facilmente ultrapassar dezenas de milhões de reais, sem contar custos anuais de manutenção e treinamento de equipes — valores elevados para um governo que já enfrenta restrições orçamentárias, especialmente na Secretaria de Defesa Agropecuária e nos estados.

A dificuldade em regulamentar a Lei nº 14.785, sancionada em dezembro de 2023, expõe essas limitações do Mapa, que até o momento não desenvolveu o Sistema Unificado de Cadastro e Utilização de Agrotóxicos, destinado a integrar dados de receituários agronômicos, produtores, importadores, exportadores e órgãos de fiscalização. A nova lei estabeleceu prazo de até dezembro de 2024 para a implementação do Sistema Unificado de Informação, Petição e Avaliação Eletrônica (SISPA), que irá conectar Mapa, Anvisa e Ibama. Até o momento, os sistemas não têm previsão para lançamento.

Embora a rastreabilidade seja desejável e possa gerar ganhos reais para a sustentabilidade do agro, a forma como o governo está conduzindo o PNRA preocupa. Avançar na rastreabilidade é positivo, mas não pode significar custos desnecessários ou sobreposição de exigências que onerem a cadeia produtiva.

O agro brasileiro tem compromisso com a modernização. Mas, para que o PNRA seja bem-sucedido, precisa ser fruto de um compromisso setorial e planejamento realista. Implementar rastreabilidade em um país com a complexidade do Brasil é uma jornada longa, que pode levar mais de uma década. Se não for bem conduzido, corremos o risco de transformar a oportunidade de aumentar a competitividade do agro em mais um fator de insegurança regulatória, burocracia e custo extra para o setor produtivo.

Sobre o CCAS

O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo (SP), com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.

O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.

Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.

A agricultura, por sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. Não podemos deixar de lembrar que a evolução da civilização só foi possível devido à agricultura. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa, assim como a larga experiência dos agricultores, seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: Link. Acompanhe também o CCAS nas redes sociais: Facebook,  Instagram, LinkedIn

Fonte: Assessoria de Imprensa CCAS



 



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Brasil precisa fortalecer produção de fertilizantes e reduzir dependência externa, alerta especialista da Terraplant – MAIS SOJA

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A recente instabilidade no fornecimento global de fertilizantes reacendeu um alerta para o agronegócio brasileiro: a urgente necessidade de reduzir a dependência de insumos importados. Com cerca de 85% da ureia utilizada no país sendo adquirida no exterior, qualquer perturbação no mercado internacional impacta diretamente nos preços do mercado nacional.

Para Alex Becker, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Terraplant Fertilizantes, o momento é estratégico para o fortalecimento da produção local de insumos. “O produtor pode até pagar ‘caro’ pela ureia, mas o pior cenário é não ter o produto disponível no momento de plantar. Sem nitrogênio, não há produtividade viável”, destaca o especialista, que também é Mestre e Doutor em Manejo e Conservação do Solo e da Água.

A ureia é essencial para culturas como soja, milho, trigo e café, por exemplo. Sua ausência compromete processos vitais da planta, como a síntese de proteínas, formação de clorofila e desenvolvimento vegetativo. O Brasil, por depender fortemente de fornecedores internacionais, fica vulnerável a crises logísticas e variações de preço, principalmente em períodos críticos, como o pré-safra.

Nesse contexto, a Terraplant, com sede em Chapecó (SC), se consolida como uma alternativa nacional robusta. Há mais de 23 anos, a empresa desenvolve fertilizantes orgânicos e organominerais a partir da compostagem de camas de aves, oferecendo soluções sustentáveis e adaptadas às necessidades dos solos do Brasil. Seus produtos — como MinerPlant e MinerOxi+ — incorporam ureia de forma eficiente, garantindo nutrição adequada às culturas e promovendo maior estabilidade ao produtor.

“A produção nacional precisa ser encarada como uma questão estratégica. Não se trata apenas de preço, mas de segurança produtiva e soberania agrícola. Investir em fertilizantes brasileiros é garantir continuidade na lavoura, mesmo diante de turbulências globais”, afirma Becker.

Além de reduzir a exposição do país a choques internacionais, o fortalecimento da indústria nacional de fertilizantes impulsiona também a inovação em sustentabilidade.

“A Terraplant se destaca nesse cenário ao investir em soluções baseadas na agricultura regenerativa, utilizando recursos internos de fontes renováveis — como a compostagem de camas de aves — em vez de depender exclusivamente de insumos químicos finitos. Essa abordagem não apenas garante maior autonomia ao produtor, mas também favorece a saúde do solo e o equilíbrio dos ecossistemas agrícolas a longo prazo”, destaca Lianara Maseto Terribile, Diretora Estratégica Terraplant.

Sobre a Terraplant: Instagram, LinkedIn

Fonte: Assessoria de Imprensa Terraplant



 

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Preços de soja em véspera de feriado: caíram ou subiram?

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O mercado brasileiro de soja apresentou preços mistos nesta terça-feira (8), com ritmo lento de negócios. De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, houve algumas negociações pontuais nos portos, mas voltadas para entrega futura. Os melhores preços foram verificados para agosto e setembro, mas sem grande volume reportado.

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No mercado interno, as negociações seguiram travadas, com os preços no interior ainda muito acima da paridade de exportação, o que, segundo Silveira, reflete uma postura mais firme do produtor rural em relação ao basis local.

Soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): caiu de R$ 130,00 para R$ 129,00
  • Santa Rosa (RS): caiu de R$ 131,00 para R$ 130,00
  • Rio Grande (RS): manteve em R$ 135,00
  • Cascavel (PR): subiu de R$ 130,00 para R$ 131,00
  • Paranaguá (PR): manteve em R$ 134,00
  • Rondonópolis (MT): manteve em R$ 117,00
  • Dourados (MS): subiu de R$ 118,00 para R$ 119,00
  • Rio Verde (GO): caiu de R$ 118,00 para R$ 117,00

Soja em Chicago

Em Chicago, os contratos futuros da soja encerraram o dia em baixa, pressionados pelo clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos e pelas incertezas sobre a política tarifária do país.

A boa perspectiva de safra nos EUA adiciona oferta a um mercado já abastecido pelo Brasil, enquanto a possibilidade de retaliações comerciais por parte de importadores gera cautela nos negócios.

USDA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve divulgar nesta sexta-feira (11) seu novo relatório mensal, com expectativas de leve corte na produção de soja dos EUA em 2025/26. No entanto, os estoques devem ser revisados para cima.

A estimativa para a safra norte-americana deve cair de 4,340 bilhões para 4,331 bilhões de bushels. Para os estoques de passagem, o número para 2025/26 deve subir de 295 para 304 milhões de bushels, enquanto o número de 2024/25 pode avançar de 350 para 358 milhões.

No cenário global, o mercado aposta em estoques finais de 124,3 milhões de toneladas em 2024/25 e 125,5 milhões para 2025/26. A estimativa para a safra brasileira deve subir de 169 para 169,4 milhões de toneladas, e a da Argentina de 49 para 49,2 milhões.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 10,25 centavos (0,99%) a US$ 10,21 1/4 por bushel. A posição novembro caiu 3,25 centavos (0,31%), a US$ 10,17 1/2. No farelo, a posição agosto caiu US$ 1,50 (0,55%), a US$ 270,70 por tonelada. O óleo com vencimento em agosto subiu 0,17 centavo (0,31%), a 54,11 centavos de dólar por libra-peso.

Câmbio

No câmbio, o dólar comercial fechou em baixa de 0,61%, cotado a R$ 5,4449 na venda e R$ 5,4429 na compra. A moeda oscilou entre R$ 5,4354 e R$ 5,4784 ao longo do dia.

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