Agro Mato Grosso
Show Safra MT 2026 começa a ser construído no campo muito antes da feira abrir os portões

O Show Safra MT 2026, que será realizado de 23 a 27 de março do próximo ano, começa a ser construído muito antes da abertura oficial dos portões. No parque tecnológico da Fundação Rio Verde, em Lucas do Rio Verde, o trabalho já está em andamento o plantio dos espaços que apresentam as culturas, com planejamento antecipado, decisões técnicas criteriosas e um cronograma agrícola que respeita cada etapa do cultivo, assegurando que a feira entregue resultados reais e alinhados à realidade do produtor rural.
Segundo o coordenador de campo da Fundação Rio Verde, Rafael Prevedello, o planejamento das áreas demonstrativas se inicia logo após o encerramento da edição anterior. “O planejamento começa bem antes do evento. Logo após o Show Safra 2025, a gente já inicia todo o preparo de solo e toma um cuidado especial com as áreas pós-feira, para que elas possam receber o novo cultivo que será instalado para a próxima edição”, explica.
Planejamento que atravessa o ano agrícola
O plantio das áreas do Show Safra MT 2026 já começou e seguirá até próximo à realização da feira. Prevedello destaca que a definição das culturas acontece com antecedência e leva em consideração a demanda das empresas expositoras, além das necessidades estratégicas da região. “A gente define previamente quais culturas serão implantadas de acordo com o interesse das empresas que estarão expondo. Trabalhamos com soja, milho, algodão e outras culturas estratégicas, sempre pensando no que faz sentido para o produtor da região”, afirma.
O respeito ao calendário agrícola é um dos pilares desse processo. No caso do algodão, por exemplo, o plantio só ocorre após o encerramento do vazio sanitário. “A gente respeita rigorosamente o calendário. O algodão será plantado a partir da semana que vem, após o fim do vazio sanitário, que se encerra no dia 14 e permite o plantio a partir do dia 15 de dezembro”, detalha Prevedello.
Já no caso da soja, o plantio segue o período recomendado, com exceções pontuais. “Sempre tentamos plantar dentro do calendário agrícola. Quando há alguma exceção, isso só acontece mediante solicitação especial e com todo o cuidado técnico”, completa.
Campo como vitrine de tecnologia e manejo real
Mais do que expor produtos, o Show Safra MT tem como missão apresentar sistemas produtivos completos. As áreas demonstrativas são conduzidas com rigor técnico, seguindo protocolos detalhados definidos por cada empresa expositora. “O nosso objetivo é que o produtor consiga visualizar no campo as diferenças entre materiais genéticos, tecnologias e manejo das culturas, seja na nutrição de plantas, no controle de pragas, doenças ou plantas daninhas”, pontua o coordenador.
Prevedello reforça que todo o manejo é pensado para refletir a realidade das propriedades rurais. “Desde o preparo do solo, passando pelo plantio, adubação, aplicações e condução das culturas, tudo é feito para mostrar um resultado real, comparativo e aplicável pelo produtor. A ideia não é só mostrar produtos, mas sistemas que sejam sustentáveis, eficientes e que o produtor possa implementar na sua propriedade”, enfatiza.
Muito além de uma feira de máquinas
Embora a presença de máquinas e implementos seja fundamental, o Show Safra MT se diferencia por priorizar as culturas agrícolas. Para Prevedello, essa escolha é estratégica. “Diferente de outras feiras que expõem basicamente máquinas, a gente sempre teve como princípio priorizar as culturas. Isso dá outra cara para a feira, faz com que o produtor se sinta mais em casa”, afirma.
Ele destaca ainda que o evento também aproxima o público urbano da realidade do campo. “Mesmo quem não é da área consegue visualizar tudo o que está sendo produzido na região, entender o que gera valor, o que garante o sucesso econômico do município, da região e, consequentemente, do país”, avalia.
Ambiente de aprendizagem e geração de negócios
Para a Fundação Rio Verde, o Show Safra MT é a extensão de um trabalho contínuo de pesquisa realizado ao longo do ano. “A gente está na fundação o ano todo desenvolvendo pesquisa. Durante o Show Safra, abrimos as portas para que produtores e expositores possam vir buscar tecnologias, seja em cultivos ou equipamentos”, ressalta Prevedello.
Esse ambiente de aprendizagem também se reflete na geração de negócios e no fortalecimento das parcerias com as empresas expositoras.
Parceria consolidada e portfólio renovado
Entre os expositores, a NK Sementes acompanha de perto a evolução do evento. O franqueado Gabriel Cassol destaca a relação próxima com a Fundação Rio Verde. “A nossa relação com a Fundação Rio Verde é muito boa. Existe uma proximidade grande e a gente acompanha de perto a evolução tanto da pesquisa quanto do próprio Show Safra”, afirma.
Para o Show Safra MT 2026, a NK leva ao campo um portfólio renovado. “O foco da NK este ano é mostrar um pouco do nosso portfólio renovado, com três híbridos de milho e soja, materiais que vêm para transformar as lavouras no campo”, destaca Cassol.
Ele também chama atenção para a constante melhoria da infraestrutura do parque e das inovações incorporadas à feira. “Todo ano a gente percebe a evolução do Show Safra, tanto na parte estrutural, com melhorias em energia elétrica, abastecimento de água, ruas e plots muito bem cuidados, quanto na inovação, com iniciativas como o Show Safra Connect e o Show Safra Aéreo”, pontua.
Segundo Cassol, esse conjunto de ações fortalece a experiência do produtor e valoriza o expositor. “Tudo isso engrandece cada vez mais a feira, traz mais produtores para dentro do parque e, consequentemente, para dentro do estande do expositor. Essa parceria com a Fundação Rio Verde é fundamental para esse crescimento”, conclui.
Agro Mato Grosso
Polícia Militar apreende máquinas utilizadas em extração ilegal de madeiras em zona rural

Militares se deslocaram até uma área conhecida como Rancho Fundo em Colniza
Equipes do Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental do 8º Comando Regional apreenderam dois tratores, uma escavadeira hidráulica e diversas toras de madeiras extraídas de maneira irregular, em uma propriedade rural localizada no município de Colniza (1.048 km de Cuiabá).
Durante desdobramento da Operação Flora Hot Spot 2025, as equipes, com apoio da Força Tática, receberam informações de agentes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) sobre uma possível extração irregular de madeira, em uma área conhecida como Rancho Fundo, na última segunda-feira (15).
Diante da denúncia, os policiais militares reforçaram o policiamento por toda área e identificaram o condutor de uma escavadeira, que ao perceber aproximação dos militares, correu para uma região de mata. Em buscas pelo local, os militares localizaram uma área devastada com outros dois tratores.
As equipes constataram que houve desmatamento irregular em uma área de 4,0605 hectares. Os equipamentos apreendidos foram conduzidos ao pátio da Secretaria de Infraestrutura de Colniza.
As equipes constataram que houve desmatamento ilegal em uma área de aproximadamente 4.065 hectares. Os equipamentos apreendidos foram encaminhados ao pátio da Secretaria de Infraestrutura de Colniza.
Agro Mato Grosso
INDEA conclui vazio sanitário do algodão no “Nortão” com fiscalização reforçada por drones e notificações

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA) encerrou, no domingo (14), o período do vazio sanitário do algodão na Região 2, que compreende o “Nortão” mato-grossense, incluindo municípios como Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. A ação, regulamentada pela Instrução Normativa nº 3 de 2024, mobilizou todo o corpo técnico do instituto para inspecionar as áreas que cultivaram o produto na safra 2024/25, com o objetivo de eliminar qualquer planta remanescente, considerada de alto risco fitossanitário.
Segundo o engenheiro agrônomo Leandro Oltramari, do INDEA de Lucas do Rio Verde, a fiscalização deste ano teve uma particularidade climática a superar. “As chuvas demoraram para engrenar e demorou para fechar a linha da soja. Isso propiciou o surgimento das chamadas tigueras – plantas de algodão voluntárias, oriundas de caroços de sementes que permanecem no solo”, explicou.
Tecnologia a favor da sanidade
Para uma fiscalização mais eficaz e menos invasiva, o INDEA adotou uma ferramenta de precisão: drones. “Foi bastante importante na inspeção de drenos e de lavouras próximas a áreas de mato, pois não podemos, sob hipótese alguma, danificar a lavoura de soja do produtor”, destacou Oltramari. A tecnologia permitiu identificar focos de plantas de algodão em meio à soja em desenvolvimento.
Notificação e destruição manual
Quando foram constatadas irregularidades, o procedimento padrão foi acionado: notificação ao produtor com prazo determinado para a destruição das plantas. “Demos um prazo para o produtor realizar a destruição. Como a soja estava bastante adiantada, a forma mais prática e que causa menos dano é a capina manual. O uso de herbicida, principalmente em fase de florescimento, poderia reduzir a produtividade da soja”, detalhou o agrônomo.
A eliminação dessas plantas é crucial, pois cada uma serve como fonte de inóculo para o bicudo-do-algodoeiro (a principal praga da cultura) e para outras doenças. “O objetivo é que a lavoura de soja tenha zero presença de plantas de algodão”, reforçou Oltramari.
Fiscalização retornará para verificação
O trabalho do INDEA não terminou com a notificação. As equipes retornarão a campo para verificar se a destruição foi efetuada. “Se, na volta desse prazo, constatarmos novamente a presença, pode gerar uma autuação”, alertou o profissional. A medida visa assegurar que o período de semeadura do algodão, que se inicia agora e se intensifica em janeiro, encontre o ambiente mais limpo possível. “Quanto menos presença de algodão tiguera, melhor. O produtor não é notificado e ainda economiza em defensivos na próxima safra”, completou.
Algodão: cultura de alto custo, mas de destaque mundial
Oltramari também ressaltou a importância econômica da cultura para Mato Grosso. “Em nível estadual, estamos com mais de 1,2 milhão de hectares de algodão, que gera muitos empregos. Estamos nas melhores regiões do mundo para o cultivo, com as melhores condições climáticas”, afirmou. Ele reconheceu que se trata de um cultivo de custo elevado, mas com boa rentabilidade quando realizado de forma planejada e com rigor sanitário.
O trabalho do INDEA durante o vazio sanitário é, portanto, um pilar fundamental para proteger esse patrimônio econômico, garantindo a saúde das lavouras e a sustentabilidade da cotonicultura no estado.
Agro Mato Grosso
MT Clima e Mercado registra irregularidade climática e pressão de pragas no Leste de MT

O 12º episódio da série segue percorrendo a região e acompanhando o andamento da safra 2025/26
O 12º episódio da quarta temporada da série Mato Grosso Clima e Mercado, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), segue percorrendo a região leste do estado e, nesta terça-feira (16.12), acompanhou o andamento da safra 2025/26 nos municípios de São José do Xingu e Porto Alegre do Norte. Ao longo do trajeto, produtores rurais relataram plantio irregular, incidência antecipada de pragas e preocupação com a armazenagem e a logística da produção.
No município de Porto Alegre do Norte, o produtor rural Guilherme Resende Cruvinel avaliou que, embora o plantio tenha iniciado em setembro, a ocorrência de veranicos nas primeiras semanas comprometeu o desenvolvimento das lavouras. Segundo ele, mesmo com o esforço para aproveitar os períodos de umidade, as chuvas irregulares afetaram o potencial produtivo da soja.
“Nós tivemos bastante chuvas irregulares no início. Então logo depois a gente ficou muitos dias sem chuva e sem umidade. Quando tínhamos as condições de umidade ideais para plantio, plantamos praticamente 24 horas seguidas. Tivemos veranicos, principalmente nessas primeiras semanas de plantio. Nas primeiras sojas a gente não consegue determinar a perda produtiva, apenas durante a colheita. Mas com certeza interferiu um pouco”, avaliou Guilherme.
Além dos impactos climáticos, o Guilherme Cruvinel também destacou a preocupação dos produtores da região com a estrutura de armazenagem e o escoamento da produção. “A nossa realidade não diverge muitos dos produtores aqui da nossa região. Tivemos um plantio rápido para aproveitar a umidade e com certeza teremos problemas na colheita. Nós estamos à mercê também do clima, porque vai ter muito volume para ser colhido. É um risco, pois a nossa fábrica fica a céu aberto. A região ainda tem um gargalo de armazéns, o que vai dificultar e será uma preocupação na hora da colheita”, pontuou.
O delegado coordenador e produtor rural do Núcleo Araguaia Xingu, Reginaldo Brunetta, observou que o clima mais seco tem favorecido o surgimento precoce de pragas, principalmente em áreas plantadas mais cedo. “Tivemos incidência de pragas, nós estamos tendo uma incidência mais cedo esse ano de mosca-branca e percevejo, principalmente nessas áreas plantadas mais cedo na propriedade. Nos outros talhões há regularidade, apenas a entrada de moscas-brancas um pouco mais cedo”, observou.
Já no município de São José do Xingu, o produtor rural Douglas Michels explicou que a irregularidade das chuvas no início da cultura refletiu diretamente no estande das lavouras, exigindo replantio em parte da área. “Esse ano as chuvas foram bem irregulares. Até hoje ainda estão meio instáveis, então tem talhão que tem duzentos milímetros a mais que o outro, então são chuvas bem desparelhas e isso refletiu no plantio. Foi um clima bem incerto, tivemos algumas áreas de replantio e alguns problemas de estande também. Em torno de 400 hectares de replantio foi realizado em minha propriedade”, relatou.
O produtor também também ressaltou a incidência de pragas como um dos principais desafios em sua propriedade ao longo da safra. “Tivemos problema com o pé de galinha, que é um problema que vem aumentando cada dia mais. E hoje a nossa maior preocupação é em relação à mosca-branca. Está aparecendo bastante e a tendência é que a partir de agora, com o começo da colheita, ela vai se concentrar nas sojas plantadas posteriormente. Então vamos ter problemas com cerca de 50% da área com a mosca branca e percevejo”, destacou.
A série MT Clima e Mercado segue acompanhando a safra 2025/26 na região leste de Mato Grosso, passando nesta quarta-feira (17.12) pelos municípios de Querência, Água Boa e Nova Xavantina para registrar as condições das lavouras e os principais desafios enfrentados pelos produtores em diferentes regiões do estado.
Sustentabilidade13 horas agoRelação de troca para fertilizantes recua nos últimos dois meses, mas Brasil segue exposto à volatilidade internacional – MAIS SOJA
Sustentabilidade12 horas agoUSDA estima produção de arroz do Brasil em 11,176 mi de t em casca para 25/26 – MAIS SOJA
Sustentabilidade11 horas agoPlantio da safra 2025/26 de soja atinge 95% da área no Piauí – Aprosoja – MAIS SOJA
Business11 horas agoMato Grosso sanciona lei que cria política estadual de sustentabilidade da pecuária
Business11 horas agoEndividamento e juros altos desafiarão mercado de máquinas agrícolas em 2026
Sustentabilidade10 horas agoInvestimento agrícola cresce 26% em Mato Grosso do Sul – MAIS SOJA
Sustentabilidade10 horas agoAprosoja PI sinaliza melhora nas lavouras de soja do estado
Business7 horas agoSem estrada, sem progresso: o gargalo logístico que sufoca o agro em Mato Grosso
















