Business
Indicadores do etanol são os maiores da safra 25/26

Impulsionados pela oferta restrita no mercado spot paulista, os preços dos etanóis atingiram, na última semana, o maior patamar nominal da safra 2025/26. Isso é o que apontam os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Entre 8 e 12 de dezembro, o Indicador do hidratado Cepea/Esalq para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,9092/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,83% no comparativo ao período anterior. Trata-se da nona semana consecutiva de aumento. Para o anidro, o Indicador Cepea/Esalq subiu 0,39%, a R$ 3,3256/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), o oitavo avanço semanal seguido.
De acordo com o instituto, os vendedores seguem com baixo interesse de realizar novos negócios, sem pressa para finalizar seus estoques, que continuam pequenos. Além disso, ao longo da semana passada, chuvas em boas proporções em regiões de São Paulo levaram outras usinas a encerrarem a moagem da safra 2025/26.
Do lado da demanda, pesquisadores explicam que muitos compradores indicam ter bons volumes para as próximas semanas. Assim, o interesse seguiu pontual, com distribuidoras focadas no encerramento do ano com estoques mais enxutos.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
Açúcar oscila com força no spot paulista
O Indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal branco (Icumsa 130 a 180) do estado de São Paulo registrou volatilidade expressiva ao longo da semana passada. Segundo o instituto a amplitude foi de aproximadamente 3 Reais por saca de 50 kg entre o piso e o teto.
No balanço de 8 a 12 de dezembro, a média do Indicador foi de R$ 110,30/sc, alta de 2,09% frente à do período anterior. Segundo o instituto, a demanda esteve mais ativa no spot paulista, com empacotadores e indústrias buscando açúcar de qualidade superior, especialmente o Icumsa 150, devido aos estoques reduzidos.
Do lado da oferta, pesquisadores explicam que agentes de usinas estiveram firmes nos preços, contrariando expectativas de maior disponibilidade. Diversas unidades têm reduzido sua participação no spot, uma vez que parcela significativa da produção já está comprometida com contratos de exportação e de abastecimento interno.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
O post Indicadores do etanol são os maiores da safra 25/26 apareceu primeiro em Canal Rural.
Business
STF mantém benefícios fiscais para defensivos agrícolas

O Supremo Tribunal Federal decidiu manter a validade das regras que concedem benefícios fiscais aos defensivos agrícolas. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (18), por maioria de votos.
Os ministros analisaram ações que questionavam a constitucionalidade do regime tributário aplicado a esses produtos. O julgamento envolveu normas que tratam da cobrança do ICMS e de dispositivos da Constituição.
Por 8 votos a 2, a Corte concluiu que as regras seguem válidas. Com isso, permanece o modelo de tributação diferenciado adotado pelos estados para a comercialização dos defensivos.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
O que estava em julgamento no STF
O STF analisou duas ações apresentadas pelos partidos PV e PSOL. As legendas contestaram o Convênio nº 100, de 1997, do Conselho Nacional de Política Fazendária, o Confaz, e a Emenda Constitucional nº 132, de 2023.
O convênio autorizou os estados a adotar um regime especial de tributação para defensivos agrícolas. A principal medida foi a redução de 60% nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, incidente sobre esses produtos.
Já a emenda constitucional manteve a possibilidade de tratamento tributário diferenciado no novo sistema de impostos sobre o consumo. As ações alegavam que esses benefícios violariam princípios constitucionais.
Ao julgar o caso, a maioria dos ministros entendeu que a concessão de incentivos fiscais não caracteriza inconstitucionalidade. Para o STF, a política tributária adotada se insere na esfera de competência dos estados e do legislador.
Entendimento da Corte e votos
Votaram pela improcedência das ações os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Também acompanharam esse entendimento Gilmar Mendes, Nunes Marques, André Mendonça e Flávio Dino.
Para a maioria, não cabe ao Judiciário substituir escolhas feitas no âmbito da política fiscal. O entendimento foi de que os benefícios fazem parte da estrutura tributária vigente.
Os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia divergiram. Eles consideraram que a concessão de incentivos fiscais aos defensivos agrícolas poderia contrariar princípios constitucionais ligados à proteção ambiental e à saúde.
Com a decisão, permanece válida a redução do ICMS sobre esses produtos. O julgamento encerra a discussão no Supremo sobre a constitucionalidade das normas questionadas.
O post STF mantém benefícios fiscais para defensivos agrícolas apareceu primeiro em Canal Rural.
Business
Safra de azeite em Minas Gerais deve bater recorde histórico em 2026

A olivicultura mineira prepara-se para a colheita de azeite, que começa na virada do ano em algumas regiões. A expectativa para 2026 é considerada uma das melhores da história do setor, impulsionada por condições climáticas muito favoráveis registradas ao longo de 2025.
A projeção é de que a safra de 2026 supere a colheita do ano anterior, marcada por 60 mil litros do óleo, um número aquém do esperado em função das más condições climáticas de 2024.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
Agora, as oliveiras já estão carregadas e o desenvolvimento uniforme dos frutos acendem a expectativa de um desempenho mais próximo ao recorde da Serra da Mantiqueira, registrado em 2024, quando a produção alcançou cerca de 150 mil litros de azeite extravirgem.
“2025 foi um ano excelente. As condições climáticas foram extremamente favoráveis: horas de frio, chuva no momento certo, florada intensa. As plantas estão muito carregadas, e a expectativa é de uma safra muito superior à do ano passado. Ainda não sabemos se vamos bater o recorde de 2024, mas vamos superar 2025 com certeza”, afirmou o coordenador da Câmara e presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira, Moacir Batista Nascimento.
Início da colheita
Em algumas áreas da Mantiqueira, já é possível observar frutos maduros a partir da segunda quinzena de janeiro. O pico ocorre em fevereiro, estendendo-se até março e, nas altitudes mais elevadas, chega a avançar até abril.
“Os produtores já estão se preparando. Logo na virada do ano tudo precisa estar pronto para o início da colheita e para os lagares começarem a receber as azeitonas”, explicou o pesquisador de azeites da Epamig, Pedro Moura.
Minas Gerais reúne aproximadamente 150 olivicultores, podendo chegar a 200 quando considerados produtores do Sudeste. Cerca de 65% estão na Serra da Mantiqueira, na região sul do estado, local de altitude elevada e temperaturas frias, condições essenciais para a floração da oliveira.

Desafios de custo e produção
Ao contrário do Rio Grande do Sul, que lidera o país com grandes propriedades e áreas planas, Minas Gerais tem produção pulverizada em pequenos e médios olivais, em terrenos inclinados e de difícil mecanização. Isso eleva o custo de produção e explica porque o azeite artesanal mineiro chega ao mercado entre R$ 80 e R$ 120 a garrafa de 250 ml.
Ainda assim, o valor agregado acompanha a qualidade, como destacou Nascimento: “Nosso custo é maior porque quase tudo é manual. Mas o padrão de qualidade é altíssimo”.
O Brasil consome cerca de 100 milhões de litros de azeite por ano, mas produz menos de 1%. Ainda que a produção nacional tenha peso pequeno no preço da prateleira, o mercado de azeites artesanais mineiros cresce, impulsionado por qualidade, origem e turismo gastronômico.
O post Safra de azeite em Minas Gerais deve bater recorde histórico em 2026 apareceu primeiro em Canal Rural.
Business
Tecnologia boa é a que gera renda com sustentabilidade, diz pesquisador da Embrapa

A tecnologia no agronegócio só faz sentido quando gera retorno econômico sem abrir mão da sustentabilidade ambiental e do benefício social. Essa é a avaliação do pesquisador da Embrapa Cerrados, Paulo Campos Christo Fernandes, ao analisar os debates da COP30 e o papel da ciência brasileira na agricultura tropical.
Segundo ele, a conferência foi uma oportunidade para mostrar ao mundo que o agro brasileiro já trabalha há décadas com soluções sustentáveis baseadas em ciência. “A COP foi uma iniciativa muito interessante, com certeza trouxe muito a agregar ao agronegócio brasileiro, porque na verdade no agronegócio brasileiro a gente luta muito pela sustentabilidade dele”, afirma em entrevista ao programa Direto ao Ponto.
Paulo destaca que a Embrapa e o setor produtivo puderam apresentar tecnologias consolidadas, sempre associando produtividade e responsabilidade ambiental. “Porque a tecnologia boa não é tecnologia que gera dinheiro. Tecnologia boa é aquela que gera dinheiro com sustentabilidade”, reforça.
Tecnologia que equilibra produção e ambiente
Para o pesquisador, pensar apenas no meio ambiente ou apenas no lucro não resolve os desafios do campo. “Ou a tecnologia só pensando no meio ambiente também não resolve, ela tem que ter uma viabilidade econômica”, explica. Nesse equilíbrio, ele ressalta que o fator humano também é central. “A gente busca uma balança, um equilíbrio entre o ambiental, o produtivo, o ser humano no meio, né? O ser humano é importante nisso aí”.
Um exemplo citado é a inoculação microbiana da soja, tecnologia amplamente adotada no Brasil, mas ainda pouco conhecida fora do meio rural. “Ela é simplesmente uma bactéria que fixa nitrogênio que vem do ar e ao mesmo tempo evita o uso de, por exemplo, ureia que é um derivado do petróleo”, detalha.
Além do ganho ambiental, Paulo chama atenção para o impacto econômico direto. “Você consegue reduzir custos na produção”, afirma. De acordo com ele, o balanço social da Embrapa mostrou uma redução de custos de R$ 25 bilhões em um único ano, usando a ureia como indicador. “Olha que interessante essa tecnologia. Ela tem um aspecto econômico imenso, ela tem um aspecto ambiental imenso e ela tem uma adoção também imensa”.

Indicadores e comprovação científica
O pesquisador explica que o grande desafio da Embrapa é encontrar indicadores confiáveis para medir os impactos das tecnologias. “O maior desafio que nós temos no balanço social da Embrapa é a busca dos indicadores”, relata ao programa do Canal Rural Mato Grosso. Segundo ele, alguns são mais fáceis de mensurar, como os ligados à fixação biológica do nitrogênio, enquanto outros exigem metodologias mais complexas.
Na agricultura familiar, por exemplo, a mensuração pode ser mais difícil, mas não impossível. “Difícil não significa impossível”, frisa. Para medir o impacto social, a Embrapa utiliza metodologias como o Ambitec, que considera a percepção de produtores e extensionistas sobre os efeitos das tecnologias no dia a dia.
Paulo também destaca que muitas inovações atendem tanto grandes quanto pequenos produtores. “A gente concluiu que 70% das tecnologias geradas na nossa unidade se adaptavam a ambos os segmentos”. Para ele, separar rigidamente esses perfis pode ser um erro. “Na verdade, tem uma metodologia que se adapta de uma forma a um grande produtor, e de outra forma ela se adapta a um produtor menor”.
Inovação contínua no campo
Ao falar de inovação, o pesquisador reforça que a ciência não nasce apenas no laboratório. De acordo com ele, há uma troca constante entre campo e pesquisa, em que o sistema produtivo gera dados que retornam à ciência.
Paulo cita ainda tecnologias que ganharam relevância em momentos críticos, como a fixação biológica do nitrogênio e o uso de remineralizadores diante da alta dos fertilizantes. “São inovações que elas surgem, elas estão girando no campo e em alguns determinados momentos específicos, a adoção dela aumenta de forma abrupta”, observa.
Na avaliação dele, esse dinamismo explica por que o Brasil se tornou referência mundial em agricultura tropical. “O brasileiro, e o agronegócio brasileiro, ele é muito aberto à inovação, ele é muito dinâmico”, conclui.
+Confira mais entrevistas do programa Direto ao Ponto
+Confira outras entrevistas do Programa Direto ao Ponto em nossa playlist no YouTube
Clique aqui, entre em nosso canal no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.
O post Tecnologia boa é a que gera renda com sustentabilidade, diz pesquisador da Embrapa apareceu primeiro em Canal Rural Mato Grosso.
Sustentabilidade24 horas agoUSDA estima produção de arroz do Brasil em 11,176 mi de t em casca para 25/26 – MAIS SOJA
Business23 horas agoMato Grosso sanciona lei que cria política estadual de sustentabilidade da pecuária
Sustentabilidade23 horas agoPlantio da safra 2025/26 de soja atinge 95% da área no Piauí – Aprosoja – MAIS SOJA
Business22 horas agoEndividamento e juros altos desafiarão mercado de máquinas agrícolas em 2026
Sustentabilidade11 horas agoSoja/RS: Semeadura foi reestabelecida e se encontra em fase final na maior parte das áreas – MAIS SOJA
Sustentabilidade12 horas agoMilho/RS: Cenário das lavouras é heterogêneo devido a irregularidade das precipitações no Estado – MAIS SOJA
Sustentabilidade10 horas agoParaná: vazio sanitário e manejo responsável reforçam a proteção da soja na safra 2025/2026 – MAIS SOJA
Sustentabilidade14 horas agoCepea/Abiove: Avanço da agroindústria gera nova revisão positiva no PIB da cadeia da soja e do biodiesel no 3º tri – MAIS SOJA














