Aprosoja MT
Sema começa plantio do segundo lote do programa Todos pelo Araguaia; mais de 400 hectares serão recuperados

Lançado nesta quinta-feira (23), o segundo lote contempla propriedades rurais localizadas em Pontal do Araguaia, Barra do Garças, Guiratinga e Torixoreu
Vinte e uma propriedades rurais serão contempladas com o segundo lote do programa “Todos pelo Araguaia”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e parceiros. Lançado nesta quinta-feira (23.10), o segundo lote prevê a recuperação de 420 hectares de áreas degradadas em propriedades rurais localizadas nos municípios de Pontal do Araguaia, Barra do Garças, Guiratinga e Torixoréu.
Durante a ação de plantio inaugural deste lote, a secretária de Estado de Meio Ambiente em Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, enfatizou a relevância do programa. “Aqui materializamos o que do ponto de vista do ideal poderíamos pensar para a implementação do Código Florestal. Por meio de uma construção coletiva, conseguimos conectar essa obrigação com soluções que possam apoiar o produtor rural”, destacou a secretária.
Proprietário da fazenda onde ocorreu o plantio inaugural, Clemens Barbosa de Novaes Júnior ressaltou que o Todos pelo Araguaia beneficia não apenas a propriedade, mas o meio ambiente de uma forma geral. Segundo ele, a restauração vai ocorrer em áreas que contornam o Rio Araguaia.
Também contemplada com o programa, a produtora rural Silnete Souza conta que aderiu à iniciativa de forma voluntária e que busca assegurar a recuperação de uma nascente em sua propriedade.
Também participaram do dispositivo de honra da solenidade de lançamento, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Barra do Garças, José Bispo; a presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Araguaia, Cristiane Vasconcelos; a coordenadora Geral de Apoio à Regularização Ambiental Rural do Serviço Florestal Brasileiro e coordenadora do Projeto Regulariza Rural, Marcela Eberius Mendonça; o coordenador de Projetos & Negócios, Especialista Sênior em Cooperação Técnica Internacional, Heithel Silva; a secretária adjunta de Gestão Ambiental da Sema, Luciane Bertinatto; o diretor do Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI), Richard Smith; e a secretária adjunta de Licenciamento Ambiental e de Recursos Hídricos, Lilian Ferreira.
Adesão
Para aderir ao programa Todos pelo Araguaia, o proprietário assina um termo de compromisso. As etapas do projeto incluem planejamento, plantio, manutenção, monitoramento, concessão do selo. Entre os benefícios da adesão, estão a recuperação da área degradada, valorização da propriedade, aumento da produtividade e apoio técnico especializado.
O proprietário da área recebe ainda o Selo Defensor do Araguaia, criado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, como reconhecimento pela contribuição à restauração ambiental.
Histórico
Implementado em agosto do ano passado, o primeiro lote do programa “Todos pelo Araguaia” recuperou 212 hectares. A ação é executada em 12 municípios mato-grossenses: Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, Araguainha, Barra do Garças, General Carneiro, Guiratinga, Pontal do Araguaia, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Tesouro, Torixoréu.
Entre as iniciativas implementadas pelo programa estão projetos de reflorestamento das margens dos rios, implementação de técnicas de manejo sustentável do solo e da água, campanhas educativas voltadas à sensibilização da população sobre a importância da conservação ambiental e o fomento de práticas agrícolas sustentáveis que harmonizem a produção econômica com a preservação dos ecossistemas.
Agro Mato Grosso
Aprosoja MT reforça diálogo com BNDES e defende novas estruturas de financiamento

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) se reuniu nesta quarta-feira (22.10) com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em uma fazenda em Nova Ubiratã. A oportunidade serviu para que os representantes pudessem conhecer de perto a realidade do setor produtivo do estado, bem como os desafios enfrentados.
Durante a visita, o diretor financeiro da Aprosoja MT, Nathan Belusso, ressaltou a importância do diálogo entre os produtores e a instituição financeira.
“Hoje pudemos conversar um pouco com os representantes do BNDES para mostrar um pouquinho a realidade do produtor, quais são as necessidades de investimentos, gargalos, para que eles entendam realmente a realidade do produtor a campo e onde está a perspectiva de crescimento, para que com isso eles consigam ajudar na criação de créditos com uma acessibilidade maior e mais uma desburocratização do acesso ao crédito ao produtor também.
Ele ainda destacou que a entidade tem trabalhado de forma contínua para tornar o crédito rural mais acessível e compatível com a realidade do campo.
“Um dos principais trabalhos que a Aprosoja MT tem buscado é justamente a desburocratização desse acesso ao crédito, e mostrar essa realidade aos representantes, aos técnicos do BNDES, é extremamente importante para que eles entendam, realmente, onde estão os gargalos do produtor e, consequentemente, nos ajudem a formar ferramentas para facilitar o acesso a esses recursos e, ajudar a agricultura, a mato-grossense, a brasileira, a continuar crescendo”, disse ao relatar a atuação da Aprosoja MT frente aos desafios crescentes com o aumento dos custos de produção, a alta dos juros e a falta de linhas de crédito adequadas à realidade do campo.
A Aprosoja MT defende políticas de crédito de longo prazo, com taxas justas e previsibilidade, capazes de assegurar sustentabilidade econômica ao produtor e segurança alimentar ao país. Um dos temas centrais abordados no encontro foi o gargalo da armazenagem em Mato Grosso, um dos principais entraves logísticos enfrentados a cada safra.
Representando o BNDES, Rafael Mazzeo avaliou positivamente a visita e ressaltou a importância de compreender as demandas locais.
“Foi uma visita muito produtiva, bem importante. Eu acredito que poder estar aqui, colocar o pé na terra, ver a realidade dos produtores, ver tanto a parte boa, as conquistas até aqui, a infraestrutura que se desenvolveu na região, uma região de alta produtividade aqui do estado, e também ver os desafios que sempre permanecem, a infraestrutura que sempre vai ter alguma coisa para acrescentar, produtores que sempre tem algo também para melhorar a produção e resolver os desafios, além de nos colocarmos à disposição para ajudar e para ter o desenvolvimento aqui para a região”, disse.
Para a Aprosoja MT o diálogo com instituições, como o BNDES, é essencial para construir caminhos que viabilizem investimentos que cheguem efetivamente às propriedades rurais, gerando mais competitividade e equilíbrio financeiro ao setor. A entidade destaca que a industrialização é um passo importante, mas que deve caminhar junto com o fortalecimento do produtor, elo central da cadeia produtiva.
Agro Mato Grosso
Com apoio da Aprosoja MT, 6º Encontro Mulheres do Agro reúne mais de 400 participantes em Lucas do Rio Verde

Evento organizado pelo Comitê Mulher Agro Detalhes celebrou o protagonismo feminino no campo e contou com palestra da jornalista Kellen Severo
Nesta sexta-feira (10.10), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) participou do 6º Encontro de Mulheres do Agro, realizado em Lucas do Rio Verde. O evento, promovido pelo Comitê Mulher Agro Detalhes, do Sindicato Rural, reuniu mais de 400 mulheres ligadas ao agronegócio.
Durante o evento, a delegada coordenadora do núcleo da Aprosoja MT de Lucas do Rio Verde, Taisa Botton, destacou o papel estratégico que a mulher ocupa dentro e fora da porteira. Além disso, enfatizou o incentivo que a entidade faz por essa participação, não apenas na formação de lideranças entre produtoras rurais, mas também dentro do seu próprio quadro de colaboradores, que hoje é composto majoritariamente por mulheres. “A Aprosoja MT é uma importante patrocinadora, não apenas desse evento, sobretudo dentro do agronegócio em que a mulher está atuando não apenas nas decisões, mas em todo o setor e estratégias, dentro da gestão e efetivamente no campo. Para nós é extremamente importante estar em eventos como esse, que valorizam e expõem a nossa força dentro do campo e fora dele”, afirma Taisa.
O destaque da programação foi a palestra da jornalista e especialista em agronegócio Kellen Severo, com o tema “Mulheres no Agro: Ousadia para Crescer”, que exaltou a relevância da participação feminina e o crescimento do setor. “Vir para Mato Grosso é sempre um grande privilégio, porque a cada nova visita eu vejo as transformações acontecendo. Já na chegada, um aeroporto completamente renovado, duplicações de rodovias, investimentos enormes em etanol de milho. É o agro futuro, o agro pujante acontecendo que a gente vê na prática. Não há nada melhor do que o exemplo e a realidade para mostrar essa revolução que o setor traz e por onde ele passa, e Mato Grosso é um exemplo disso. A medida que esse setor cresce, crescem também os desafios, por isso a importância de associações como a Aprosoja MT e de eventos como esse, com 400 mulheres juntas para aprender, evoluir e trocar. Estou muito honrada por estar aqui”, ressalta Kellen.
A produtora rural e presidente do Comitê Mulher Agro Detalhes, Denise Hasse, também destacou a importância do apoio da entidade para o fortalecimento da rede de mulheres do agro. “É um prazer receber aqui a Aprosoja MT, ter mais um ano a entidade sendo a nossa patrocinadora, acreditando na nossa missão, no nosso propósito de trazer o protagonismo, a força da mulher dentro do seu negócio. E esse evento faz parte de toda essa nossa missão, fortalecer a mulher, fazer ela se conectar, aprender, se divertir, e também levar para o seu negócio informações sobre economia, agronegócio e o futuro que vem por aí”, aponta.
O apoio e participação da Aprosoja Mato Grosso no 6º Encontro Mulheres do Agro reforça o compromisso da associação com a valorização da mulher no campo, promovendo debates, formações e conexões que contribuem para um agro mais forte, inovador e representativo.
Agro Mato Grosso
Entre a terra e o coração, a trajetória de Mário Antunes Basílio é repleta de fé, sacrifício e amor à família

O produtor deixou Santa Catarina aos 25 anos para enfrentar o desconhecido e hoje celebra com orgulho a continuidade do legado no campo ao lado dos filhos e netos
No começo, Mário conciliava a rotina na fazenda com a atuação na empresa de construção civil da família de Eliane. A rotina era exaustiva e o tempo em família, escasso. Sua ausência foi sentida em casa, como um calendário que se marcava em silêncio. “Sei que minha esposa sofreu bem mais. Eu viajava muito para atender as obras e na época fazia mais de 100 mil quilômetros por ano. Em uma semana eu fiscalizava com o avião e na outra semana ia por terra providenciar os materiais que precisava, então era muito corrido e teve um fato que marcou muito. Um dia cheguei em casa e vi o calendário com vários dias marcados com ‘x’, perguntei para a Eliane o que era aquilo e ela me respondeu: ‘são os domingos que você não ficou em casa’”, lembra Mário.
A fase de adaptação não foi fácil, principalmente para sua esposa Eliane e não foi apenas pelo clima. Nascida e criada próxima da família, ela precisou enfrentar a dor da distância e da solidão em uma terra ainda por desbravar. “Foi um desafio muito grande, nunca havia saído de perto da minha mãe. Eu morava praticamente no mesmo lote da minha sogra, que também foi uma mãe para mim, e aqui éramos só nós dois e a pequena”, conta a produtora.
Eliane esteve ao lado de Mário desde o início, ajudando na gestão financeira e pessoal da fazenda, além de cuidar dos filhos em meio a todas as adversidades. Em uma ocasião, recebeu uma lição do pai que carrega até hoje. “Teve um dia que o Mário chegou em casa, ele e meu pai, e o monza que nós tínhamos na época estava carregado. Eu estava com a pequenininha e a hora que ele entrou no portão eu disse ‘vamos embora, eu aqui não fico mais um dia’, então meu pai olhou para mim e disse: ‘Minha filha, quem volta de ré é caranguejo’. Foi então que olhei para o meu pai e lembrei toda a dificuldade que eles passaram na vida e aquelas palavras firmaram meu pé aqui”, salienta.
Em 1995, o casal deixou a construção civil para se dedicar integralmente à fazenda. Hoje, trabalham com integração lavoura-pecuária, produzindo soja, milho, arroz, gergelim e criando gado. Os três filhos, Fabrícia, Mário Júnior e André, seguem o caminho dos pais e também estão à frente da gestão da propriedade, trazendo inovação e consolidando o legado familiar.
Mesmo diante de tudo isso, Mário não se vê em outro lugar. “Eu me alegro porque é a primeira profissão. Desde que o Senhor criou o céu e a terra, o agricultor está lá, e não existiria ninguém sem o agricultor que produz alimentos. Quantos domingos que minha família ficou sozinha e eu correndo por aí ao ponto de marcarem a minha ausência? Minha esposa sempre me deu apoio, me acompanhou e se fosse sozinho, eu não teria conseguido. Produzir alimento é um privilégio. Eu sinto orgulho de ser produtor rural, mas de coração mesmo, se tivesse que escolher essa profissão entre tantas outras, eu escolheria essa novamente, com todas as dificuldades, com os acertos, os erros, mas eu escolheria ser produtor de alimentos”, afirma o agricultor.
A história de Mário e Eliane é, acima de tudo, uma lição de perseverança. De quem enfrentou o novo sem garantias, apostou na terra, guiou os filhos no exemplo e colheu muito mais que lavouras bem-sucedidas, mas uma família forte e unida. Hoje, aos 67 anos, Mário Basílio olha para a fazenda e vê mais que produção, vê um pedaço de história plantada com amor, regada com fé e sustentada pela força de uma família que nunca desistiu.
Vitória Kehl Araujo
Sustentabilidade8 horas agoSafra paulista de trigo deve ultrapassar 400 mil toneladas em 2025 – MAIS SOJA
Sustentabilidade24 horas agoAprosoja MT participa de audiência sobre concessão da Energisa e reforça cobrança por melhorias no campo – MAIS SOJA
Featured10 horas agoEstado e prefeituras inauguram espaço de atendimento e informações turísticas em VG
Sustentabilidade10 horas agoRastreabilidade da soja ganha espaço em debate sobre a transição sustentável da pecuária – MAIS SOJA
Business9 horas agoPlantio de soja em MG avança lentamente, aponta Emater
Sustentabilidade11 horas agoAnálise Ceema: Cotação do trigo se manteve ao redor de US$5,00/bushel em boa parte da semana – MAIS SOJA
Business7 horas ago‘Produtor que cumpre a lei não pode ser responsabilizado por crimes ambientais’
Business9 horas agoMariangela Hungria recebe prêmio mundial da alimentação nos EUA
















