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Sustentabilidade

Análise Mensal do Mercado do Trigo – MAIS SOJA

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À medida que a colheita da nova safra de trigo avança no Brasil e a disponibilidade interna do grão aumenta, a pressão sobre os preços se intensifica. Além desse cenário, no final de setembro, as desvalorizações externa e do dólar acabaram reforçando o movimento de queda na cotação interna.

A suspensão temporária das retenciones (taxas de exportação) na Argentina levou compradores a reduzir ainda mais suas ofertas, forçando vendedores a aceitar valores menores. O governo argentino havia anunciado, em 22 de setembro, a eliminação temporária das taxas para diversos produtos agrícolas – entre eles trigo, milho, soja, girassol, cevada e sorgo. O decreto teria validade até 31 de outubro ou até que as exportações atingissem US$ 7 bilhões. Contudo, já em 24 de setembro, a meta foi alcançada e a medida, revogada, segundo informou a Bolsa de Rosário.

Em setembro, a média do trigo no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.259,39/tonelada, baixas de 2,5% frente à de agosto/25 e de 9,4% sobre a de setembro/24, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI), sendo também a menor desde janeiro/25. No Paraná, a média foi de R$ 1.346,92/t, recuo mensal de 6% e anual 10,8%, e o patamar mais baixo, em termos reais, desde abril/24. Em São Paulo, a média de setembro foi de R$ 1.255,13/t, quedas de 12,3% frente à de agosto e de 19,5% em relação à de setembro/24, e a menor desde outubro/23. Em Santa Catarina, a média foi de R$ 1.358,61/t, retrações de 5,2% e 11,3% – a média mais baixa desde outubro/23. O dólar teve média de R$ 5,368 em setembro, 1,44% inferior à de agosto/25.

SAFRA BRASILEIRA 2025 – No relatório de setembro/25, a Conab reduziu a estimativa de produção brasileira, refletindo a menor área cultivada. A safra foi projetada em 7,536 milhões de toneladas, 3,5% abaixo da apontada em agosto e 4,5% menor que em 2024 – o menor volume desde 2020. A área deve somar 2,449 milhões de hectares, 3,8% inferior ao relatório anterior e 19,9% abaixo da observada em 2024. O ligeiro aumento de 0,3% na produtividade (para 3,077 t/ha) não compensa a retração da área.

O consumo interno permanece praticamente estável, em 11,81 milhões de toneladas (de agosto/25 a julho/26). Com isso, a necessidade de importações deve chegar a 6,4 milhões de toneladas, levemente abaixo das 6,8 milhões de toneladas do ciclo anterior. Já as exportações foram projetadas em 2 milhões de toneladas, contra 1,96 milhão no período passado. Os estoques finais devem atingir 1,49 milhão de toneladas em julho/26, o maior volume desde 2020.

Ainda segundo a Conab, até 27 de setembro, a colheita de trigo no Brasil totalizava 26,2% da área cultivada. Dentre os estados, a colheita representava 100% da área de Minas Gerais, 98% em Goiás, 100% em Mato Grosso do Sul, 60% em São Paulo, 30% na Bahia e 41% no Paraná. No Paraná, a Seab/Deral indicava, até o dia 29, que 53% da safra foi colhida, sendo que 90% das lavouras estão em boas condições; 9%, em médias; e apenas 1% está em condição ruim – o melhor desempenho para o período em 10 anos.

No Rio Grande do Sul, a Emater/RS relatou, em 25 de setembro, evolução satisfatória das lavouras, com manejo fitossanitário preventivo. Até essa data, 5% das áreas estavam em maturação; 35%, em enchimento de grãos; 35%, em floração; e 25%, em desenvolvimento vegetativo.

OFERTA E DEMANDA MUNDIAL – Em termos globais, o USDA estima a produção mundial em 816,2 milhões de toneladas em 2025/26, 1,2% acima da previsão de agosto e 1,9% maior que a safra anterior, impulsionada pelas revisões positivas para União Europeia, Rússia, Canadá, Austrália, Ucrânia e Cazaquistão. Mesmo com a menor área desde 2022/23, o volume segue em patamar recorde.

O consumo foi estimado em 814,56 milhões de toneladas, alta de 0,6% frente ao relatório de agosto e 0,7% superior ao da temporada passada, com destaque para maior demanda da União Europeia, da Rússia, do Brasil, da Indonésia e do Canadá. Os estoques finais foram elevados em 1,5% em relação a agosto e em 0,6% frente à safra 2024/25, alcançando 264,06 milhões de toneladas. No comércio internacional, a projeção é de 215,176 milhões de toneladas, 0,5% acima da estimativa de agosto e 5,3% maior que a temporada passada.

DERIVADOS DE TRIGO – A demanda por derivados de trigo segue estável, mas o avanço da colheita pressiona moinhos a reduzirem os preços. De agosto para setembro, a média do farelo recuou 5,2% (granel) e 1,88% (ensacado). As cotações médias das farinhas caíram 2,8% (massas frescas), 2,7% (massas em geral), 2% (bolacha salgada), 3,2% (bolacha doce), 2,29% (panificação) e 1,64% (pré-mistura).

IMPORTAÇÕES – De acordo com dados da Secex, 568,98 mil toneladas de trigo foram importadas em setembro/25, com 87,3% desse total vindo somente da Argentina, 7%, do Paraguai e 5,8%, do Canadá. O preço médio foi de US$ 230,09/t, que, em Reais, seria de R$ 1.235,12/t – com dólar médio de R$ 5,368. Esse é o menor valor médio registrado desde novembro/20. Até setembro/25, as importações acumularam 5,249 milhões de toneladas, 2% acima do verificado no mesmo período de 2024 (5,147 milhões de toneladas).

MERCADO EXTERNO – A expectativa de ampla oferta global seguiu pressionando as cotações externas. Em setembro, o primeiro vencimento do Soft Red Winter registrou média de US$ 5,1462/bushel (US$ 189,09/t), 1,1% acima da de agosto/25, mas 9,8% abaixo da de setembro/24. Para o Hard Winter, a média está em US$ 5,0048/bushel (US$ 183,89/t), quedas de 0,9% no comparativo mensal e 13,2% no anual.

Nos Estados Unidos, até 29 de setembro, o trigo de inverno registrava 34% da área semeada, sendo que 4% estão emergindo. Foi finalizada a colheita de trigo primavera na última semana de setembro, conforme apontam dados do USDA.

Na Argentina, a média dos preços FOB divulgados pelo Ministério da Agroindústria ficou em US$ 226,64/t em setembro, quedas de 2,6% frente a agosto/25 e de 12% em relação a setembro/24 e a mais baixa desde novembro/24.

Confira o Agromensal setembro/2025 do Trigo completo, clicando aqui!

Fonte: Cepea



 

FONTE

Autor:AGROMENSAIS SETEMBRO/2025

Site: CEPEA

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Sustentabilidade

Line-up aponta importação de 7,220 mi de t de fertilizantes em outubro – Williams – MAIS SOJA

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De acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil, foi agendada a importação de 7,220 milhões de toneladas de fertilizantes no período de 1º a 13 de outubro.

Pelo porto de Santos (SP) deve ser desembarcada a maior parte (2,062 milhões de toneladas). Depois aparece o porto de Paranaguá (PR), com 1,764 milhão de toneladas.

O relatório da agência leva em conta as embarcações já ancoradas, as que estão em largo esperando atracação e ainda as com previsão de chegada até o dia 20 de dezembro de 2025.

Fonte: Rodrigo Ramos / Safras News



 

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Sustentabilidade

Projeções climáticas para o Brasil para os meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2025 – MAIS SOJA

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ANÁLISE CLIMÁTICA DE SETEMBRO

Em setembro de 2025, os maiores acumulados de chuva ocorreram no oeste da Região Norte e em parte da Região Sul, com volumes que ultrapassaram 120 mm, contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas. Já no interior da Região Nordeste e parte central do país, menores acumulados de chuvas foram observados, reduzindo os níveis de umidade do solo.

Na Região Norte, os maiores volumes de chuva foram superiores a 150 mm sobre o sudoeste e sul do Amazonas e no oeste do Acre. Volumes entre 40 mm e 100 mm, ocorreram em grande parte do Amazonas, norte de Rondônia, além do sul de Roraima e do Pará. Já o norte de Roraima, Amapá, norte do Pará, Tocantins e sul de Rondônia apresentaram volumes abaixo de 40 mm e em algumas localidades não houve registro de chuva, reduzindo a umidade do solo nestas áreas.

Na Região Nordeste, diversas áreas do interior tiveram acumulados de chuva abaixo de 50 mm, reduzindo os níveis de umidade do solo, principalmente na parte centro-oeste da Bahia, Piauí, Ceará, oeste dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, além do leste do Maranhão. Volumes mais significativos ocorreram na costa leste, desde o litoral do Rio Grande do Norte até o nordeste da Bahia, com volumes acima dos 50 mm. De forma geral, as condições foram favoráveis para a maturação e colheita do milho terceira safra na região do Sealba.

Em grande parte da Região Centro-Oeste, os volumes de chuva ficaram abaixo de 30 mm, restringindo os cultivos de sequeiro. Por outro lado, no centro de Goiás, sul de Mato Grosso do Sul e noroeste de Mato Grosso, os totais de chuva ultrapassaram 50 mm, contribuindo para a elevação dos níveis de umidade no solo e a semeadura da soja.

Na Região Sudeste, os acumulados de chuva ficaram abaixo de 40 mm, com exceção do Espírito Santo, Rio de Janeiro e leste de São Paulo, onde algumas localidades apresentaram volumes acima dos 50 mm. Contudo, o cenário na região seguiu com umidade no solo insuficiente para a semeadura dos cultivos não irrigados, na maior parte de São Paulo e Minas Gerais.

Na Região Sul, os volumes de chuva foram acima de 150 mm no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina. Na maior parte do Paraná e centro-leste de Santa Catarina, os acumulados variaram entre 40 mm e 100 mm, exceto no extremo-norte do Paraná, onde as chuvas foram mais escassas. No geral, os volumes de chuva garantiram níveis de armazenamento de água no solo satisfatórios, favorecendo o manejo e o desenvolvimento das lavouras.

Em setembro, as temperaturas máximas foram acima de 30 °C nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, além do oeste da Região Sudeste e norte do Paraná. Em áreas da costa da Região Sudeste e na maior parte da Região Sul, os valores permaneceram abaixo de 28 °C. Quanto às temperaturas mínimas, os valores superaram os 22 °C na Região Norte, centro-norte da Região Nordeste e parte de Mato Grosso. Já no leste da Região Centro-Oeste, sul da Bahia, além das regiões Sul e Sudeste, as temperaturas foram inferiores a 20 °C. Ressalta-se que, no primeiro decêndio de setembro, foram registradas temperaturas mais baixas em algumas localidades do Rio Grande do Sul, com valores inferiores a 1,5 °C, com episódios de geadas de fraca intensidade, como por exemplo no município de São Luiz Gonzaga (RS), nos dias 3 e 8 de setembro.

CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIAS

Na figura abaixo, observa-se a anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) entre os dias 16 e 30 de setembro de 2025. Nesse período, registraram-se valores entre -1 °C e -2 °C ao longo da faixa longitudinal, compreendida entre 120°W e a linha de data, indicando a área de maior resfriamento das águas. Em contraste, nas proximidades da costa oeste da América do Sul, as temperaturas permaneceram ligeiramente acima da média. Ao analisar especificamente as anomalias médias diárias de TSM na região do Niño 3.4 (delimitada entre 170°W e 120°W), verificaram-se valores variando entre -1 °C e -0,5 °C durante setembro. Esse comportamento indica um resfriamento significativo da região, configurando uma condição inicial para a formação do fenômeno La Niña no Pacífico Equatorial, caracterizado por desvios de TSM inferiores a -0,5 °C.

A análise do modelo de previsão do ENOS (El Niño – Oscilação Sul), realizada pelo Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI), indica o início do fenômeno La Niña, durante o trimestre outubro, novembro e dezembro de 2025, com probabilidade de 60% e persistência destas condições no próximo trimestre (novembro, dezembro e janeiro de 2025/26), com probabilidade de 59%.

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2025

As previsões climáticas para os próximos três meses, de acordo com o modelo do Inmet, são apresentadas na figura abaixo. O modelo indica a ocorrência de chuvas próximas ou acima da média em áreas do norte da Região Norte, oeste da Região Nordeste, leste da Região Centro-Oeste e centro-norte da Região Sudeste. Nas demais localidades, são previstas chuvas abaixo da média, especialmente na divisa entre o sudoeste do Pará e nordeste de Mato Grosso, bem como em grande parte da Região Sul. Ressalta-se que as chuvas devem apresentar maior irregularidade na parte central do país, com retorno gradual, sobretudo em novembro, favorecendo a recomposição da disponibilidade hídrica nesses locais.

Analisando separadamente cada região do país, a previsão indica chuvas acima da média no Amapá, Roraima, leste e noroeste do Pará, centro do Amazonas e sul de Tocantins. Nas demais áreas, são previstas chuvas próximas ou abaixo da média, com destaque para o sudoeste do Pará. Embora o armazenamento de água no solo ainda se mantenha elevado na porção norte da região, e a parte sul com baixos níveis de umidade do solo, este padrão deve se inverter a partir de novembro.

Na Região Nordeste, a previsão indica chuvas acima da média no centrooeste da região e redução dos volumes na faixa leste, especialmente entre novembro e dezembro. Os níveis de umidade do solo tendem a se recuperar ao longo de dezembro, principalmente no sul do Maranhão e do Piauí, além das porções oeste e sul da Bahia.

Em grande parte das Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o modelo do Inmet indica o retorno gradual das chuvas, com volumes próximos e acima da média, exceto em áreas do centro-leste de Mato Grosso, São Paulo, como na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde as chuvas podem ficar abaixo da média. Este cenário favorece a elevação dos níveis de umidade do solo ao longo dos próximos meses.

Em grande parte da Região Sul, são previstas chuvas abaixo da média, enquanto que a porção mais a leste, são previstas chuvas próximas ou acima da média. No geral, os níveis de umidade do solo não deverão sofrer grande redução nos próximos meses, exceto na região centro-sul do Rio Grande do Sul, onde o armazenamento poderá ser mais baixo.

Quanto às temperaturas, elas devem permanecer próximas ou acima da média histórica no centro-norte do país, com temperaturas acima de 25°C. Nas Regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem superar os 28 °C. Em parte da Região Sudeste e Região Sul, as temperaturas devem ser mais amenas, com valores menores que 22 °C.

Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do site do Inmet (https://portal. inmet.gov.br).

Confira o Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos/Safra 2025/26 1° Levantamento completo, clicando aqui!

Fonte: CONAB



 

FONTE

Autor:Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2025/2026 – 1° Levantamento

Site: Conab

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Plantio de soja 25/26 atinge 11,1% da área no Brasil, aponta Conab

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O plantio da safra 2025/26 de soja no Brasil alcançou 11,1% da área total prevista, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 11 de outubro.

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Na semana anterior, a semeadura estava em 8,2%. No mesmo período do ano passado, os trabalhos atingiram 9,1% da área. Apesar do avanço em relação a 2024, o ritmo atual segue abaixo da média dos últimos cinco anos para a data, que é de 16,9%.

Plantio de soja pelo Brasil

O estado do Paraná lidera os trabalhos, com 31% da área já semeada. No Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso alcança 18,9% e o Mato Grosso do Sul chega a 14%, enquanto Goiás registra 2%. Em Minas Gerais, o avanço é de 2,7% e, em São Paulo, de 4%. A Bahia soma 4% e o Tocantins 2%. Já em Santa Catarina, o plantio atinge 2% da área estimada.

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