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Micro e pequenas empresas de SP poderão vender produtos no Uruguai e na Argentina

Micro e pequenas empresas de todo o estado de São Paulo, que atuam nos setores de alimentos e bebidas e máquinas e equipamentos e queiram comercializar seus produtos no Uruguai e na Argentina, já podem se inscrever para participar da 2º Missão São Paulo Exporta, que acontece entre 24 e 28 de novembro. O prazo de inscrições termina no dia 19 de setembro.
A missão é uma ação conjunta entre a InvestSP, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Sebrae-SP. O objetivo da iniciativa é ampliar as exportações e criar oportunidades de negócios para empresas paulistas no exterior.
Só no ano passado, o estado vendeu para Uruguai e Argentina mais de US$ 7 bilhões em mercadorias. Para incentivar novos negócios com os dois países, a missão contará com:
- Rodadas de negócios com possíveis clientes e parceiros;
- Seminário para que os empreendedores possam conhecer melhor os mercados uruguaio e argentino;
- Visitas técnicas para entender as características de cada país e suporte para que as empresas consigam apresentar seus produtos em espanhol.
A diretoria de Relações Internacionais e Comércio Exterior da InvestSP, Julia Saluh, destaca que São Paulo é referência na indústria e no agronegócio, o que faz com que as empresas paulistas sejam competitivas em qualquer mercado.
“Queremos usar o conhecimento da nossa equipe técnica e a experiência das quase 100 missões realizadas nos últimos três anos para preparar o pequeno negócio, abrir portas e promover a geração de negócios, emprego e renda no estado”, afirma.
A InvestSP também conta com um programa gratuito de capacitação para exportação, o Exporta SP, que já formou mais de mil empresas de micro, pequeno e médio porte, produtores rurais e startups, para que acessem o mercado externo.
Julia destaca que a agência ainda mantém uma rede de escritórios internacionais, com unidades na América do Norte, na Europa, na Ásia e no Oriente Médio, que dão suporte aos empreendedores paulistas que atuam ou pretendem atuar nesses mercados.
Para saber mais sobre regulamento, critérios de seleção e investimento, clique aqui. Já para se inscrever na missão, basta acessar este link.
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Preços do boi gordo seguem em alta na maioria das regiões

O mercado físico do boi gordo voltou a registrar alta em grande parte das regiões produtoras ao longo desta semana. Estados como Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Minas Gerais apresentaram valorização consistente, reduzindo o diferencial de base entre os mercados.
Apesar de especulações sobre a China e o uso do Fluazuron, ainda não há informações concretas. As autoridades chinesas não divulgaram resultados da investigação iniciada no final do ano passado sobre o impacto das importações de carne na produção local, afirmou Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado.
Preços médios da arroba do boi gordo
- São Paulo: R$ 324,58 (a prazo)
- Goiás: R$ 320,54
- Minas Gerais: R$ 315,29
- Mato Grosso do Sul: R$ 327,50
- Mato Grosso: R$ 308,31
Mercado atacadista
O mercado atacadista registrou preços em predominante acomodação nesta quarta-feira (12). Apesar disso, o ambiente de negócios sugere potencial de valorização no curto prazo, impulsionado pelo aumento do consumo no fim de ano, com o pagamento do décimo terceiro salário, criação de postos temporários e confraternizações típicas do período.
- Quarto traseiro: R$ 25,00/kg
- Ponta de agulha: R$ 17,75/kg
- Quarto dianteiro: R$ 18,75/kg
Câmbio
O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,35%, negociado a R$ 5,2921 para venda e R$ 5,2901 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,2661 e R$ 5,3021.
O fechamento positivo do mercado físico do boi gordo e a acomodação dos preços no atacado indicam uma perspectiva de valorização nos próximos dias, alinhada à alta demanda típica do fim de ano.
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Estiagem e replantio colocam rentabilidade no médio-norte de Mato Grosso no limite

A estiagem prolongada e o atraso no plantio colocam em risco a rentabilidade da safra de soja no médio-norte de Mato Grosso. Com chuvas irregulares, lavouras sofrem para se desenvolver e produtores já contabilizam perdas, enquanto enfrentam altos custos e um cenário de apreensão.
O verde que cobre Mato Grosso nesta safra não tem o mesmo vigor de anos anteriores. Em Ipiranga do Norte, o agricultor Daniel Augusto Rizzi cultiva 920 hectares de soja, mas observa uma lavoura debilitada.
“Tivemos talhões que ficaram até 20 dias sem chuva. Foram os que mais sofreram para germinar e crescer. Teve bastante perda de plantas, o estande ficou mais fraco e, com certeza, vai ter quebra na safra em torno de 15% a 20%”, afirma.
Segundo ele, o maior problema é a incerteza: “Esse sol vem judiando dela [planta]. Cada dia que passa sem umidade é um dia perdido. A planta vai florar e colocar vagem em tamanho indesejado, e cada dia perdido é uma produtividade a menos que vamos ter”.
O presidente do Sindicato Rural de Ipiranga do Norte, Eder Ferreira Bueno, confirma o desafio climático. “Esse ano está sendo muito desafiador para o produtor rural. Tem chovido em algumas microrregiões, mas com muitos veranicos no meio. Chove, você planta, nasce, e depois vem um veranico de 10, 12, até 20 dias em algumas regiões. O produtor tem sofrido bastante com isso”, relata ao Canal Rural Mato Grosso.
Ele destaca que, além da seca, há aumento na incidência de pragas: “Com essa seca, vem muita lagarta, muita praga que se prolifera. No final, tudo isso tem um resultado negativo para a produção. Eu acredito que o prejuízo vai ser enorme. A quebra de safra vai ser grande, não só em Ipiranga, mas em várias áreas do estado que estão há até 30 dias sem chuva”.
Clima instável também preocupa em Sorriso
Em Sorriso, maior produtor de soja de Mato Grosso, o cenário se repete. O plantio segue atrasado e as chuvas irregulares comprometem o desenvolvimento das lavouras.
“Já temos uma quebra acentuada. A princípio, estimamos uma perda de 8 a 10 sacas por hectare”, afirma Diogo Damiani, presidente do Sindicato Rural do município. “A gente aguarda que venha uma chuva generalizada para garantir um bom desenvolvimento da cultura”, completa.
Damiani explica que a janela de plantio da oleaginosa se estendeu além do esperado em Sorriso. “Ainda não conseguimos finalizar. Faltam 2% da área. Em outros anos, já teríamos terminado. Em setembro, tínhamos 50% da área semeada, bem avançado com relação aos outros anos. Mas quando entramos em outubro, a coisa virou do avesso. A chuva foi embora. Recebemos poucos volumes e, quando vieram, foram em pancadas, não chuvas generalizadas. Isso prejudicou muito o andamento da semeadura”.
Entre Sorriso e Gaúcha do Norte, o agricultor Adalberto Grando cultiva 2,7 mil hectares de soja e enfrenta o mesmo desafio. “Tem região que passou outubro com apenas 12 milímetros de chuva. Plantamos na última semana e 30% da lavoura ainda não saiu do chão. O calor forte e a falta de chuva comprometem o estande”, descreve à reportagem do Canal Rural Mato Grosso.
Com custos elevados e juros altos, a rentabilidade da safra está no limite. “O custo deste ano é um dos maiores que já tivemos, comparável ao início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Na época tínhamos juro de 10%, 11%. Hoje estamos falando de um juro de 18%. Se o clima não colaborar, vai ser um ano muito complicado. A receita para 2026 está no limite, não pode ter erro”, alerta Grando.
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Atlas revela potencial estratégico de estoque de carbono na Bacia do Alto Paraguai

O Pantanal mato-grossense acaba de ganhar um novo destaque científico. Um estudo inédito sobre o estoque de carbono em formações vegetais da Bacia do Alto Paraguai (BAP) mapeou, com alta precisão, o potencial de fixação de carbono na porção norte da bacia — área que abrange o bioma Pantanal nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O levantamento foi realizado pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), pela Embrapa Gado de Corte e pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). O resultado é o Atlas do Estoque de Carbono em Formações Vegetais da Bacia do Alto Paraguai – Mato Grosso (Carbopan), que catalogou e caracterizou as diferentes fitofisionomias da região a partir de imagens de satélite, análises em campo e mapeamento.
Dados inéditos e importância ambiental
A pesquisa utilizou imagens do satélite Landsat e ferramentas avançadas de sensoriamento remoto e geoprocessamento para estimar a quantidade de carbono fixado em vegetações nativas e áreas alteradas. Foram analisadas 59 localidades da BAP, com destaque para municípios como Poconé, que apresentou índice médio de 33,42 toneladas por hectare, e Barão de Melgaço, com 28,78 toneladas por hectare.
Os resultados reforçam o papel estratégico do Pantanal nas discussões globais sobre clima e posicionam o bioma como ativo ambiental relevante, capaz de contribuir para as metas brasileiras de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Para o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi, o estudo também evidencia como a pecuária faz parte dessa dinâmica ambiental. “Dos cinco biomas que o Brasil tem, o Pantanal é o que menos tem vegetação aérea, mas mesmo assim se mostrou com um grande número de fixação de carbono. Com um número bastante expressivo”.
Ele lembra que o trabalho ainda vai avançar na contabilização do carbono no solo, etapa que deve reforçar a importância da bovinocultura no equilíbrio ecológico. “A gente sabe que é importante e essa questão da atividade da bovinocultura que faz esse ciclo, que muitas vezes alguns pesquisadores não levam em conta, em que a vegetação cresce, o bovino então consome essa vegetação, faz com que ela brote novamente e mais carbono seja sequestrado. Então, isso tudo tem que ser colocado nessa equação”.
Segundo Manzi, a intenção é aprofundar as pesquisas para demonstrar de forma científica o papel da atividade como parte da solução ambiental. “A gente quer aprofundar nessas pesquisas para mostrar que a bovinocultura cada vez mais faz muito mais da solução, do que fazer parte do problema”.

Pecuária e crédito de carbono
O presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Junior, reforça que os resultados comprovam a sustentabilidade da pecuária pantaneira e o potencial de geração de valor por meio do crédito de carbono. “Está comprovado cada vez mais que o nosso boi é verde, independente do que você faça. Nosso boi tem sustentabilidade, a pecuária mato-grossense é uma pecuária que dá orgulho de fazer”.
Ele destaca, porém, que é preciso criar mecanismos que estimulem a permanência do produtor e do gado no Pantanal. “A gente tem essa preocupação. Como fixar o homem e o gado lá dentro? Ajudando com o crédito de carbono. Quer dizer, se tivesse um crédito de carbono para estimular esse produtor a continuar lá, seria muito melhor”.
Para Oswaldo, o equilíbrio entre produtividade e conservação é o caminho para manter viva a essência da região. “A pecuária talvez sobreviveria sem o Pantanal, sem o gado do Pantanal, mas o Pantanal não sobrevive sem o gado. A função nossa é preservar com cuidado, deixar o gado lá”.
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