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Cotações do milho seguem firmes em São Paulo

Embora as negociações envolvendo milho sejam pontuais no spot nacional, os preços do cereal seguem firmes. Isso é o que mostram os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O Indicador Esalq/BM&FBovespa, atravessou agosto variando de R$ 63 a R$ 64/saca de 60 kg. No campo, a colheita da segunda safra se aproxima da reta final, enquanto a semeadura da primeira temporada já se iniciou no Sul do país.
De acordo com o centro de pesquisas, os vendedores seguem limitando a oferta, com alguns apostando em valorizações, fundamentados na reta final da colheita e no fato de os grãos estarem sendo devidamente armazenados em partes das regiões.
Do lado da demanda, compradores que necessitam de lotes para o curto prazo esbarram na pedida mais elevada dos vendedores, uma vez que os demais consumidores do grão vêm recebendo lotes negociados antecipadamente e usando os estoques.
Estes compradores apostam na queda dos preços ao longo das próximas semanas, uma vez que a produção elevada tende a resultar em estoques altos. Além disso, o ritmo de exportação está enfraquecido nesta temporada.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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Custo e altitude são alguns dos desafios para novos plantios de floresta

O planejamento é fundamental para quem deseja investir em floresta plantada. A atividade, de longo prazo, exige que o produtor atrele o investimento ao consumo para evitar uma nova onda de sobre oferta no mercado. É o que explica Haroldo Klein, diretor da Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta).
Segundo ele, a produtividade no estado já alcança patamares que permitem retorno ao produtor. “Hoje já se fala em 350 metros, 400 metros estéreos por hectare, que são produtividades que pagam o custo da floresta e te dá uma remuneração”, diz em entrevista ao programa Direto ao Ponto desta semana.
Mas os custos iniciais seguem elevados e exigem planejamento. “O produtor que mete a mão na massa vai ter um investimento aí de R$ 12 mil, R$ 13 mil por hectare. Na terceirização vai de R$ 15 mil a R$ 16 mil. Tudo isso onera”, explica.
Klein ressalta que “para investir em floresta, como é uma atividade de longo prazo, há necessidade de ter um atrelamento com o consumo, uma ligação muito próxima para não ter de novo essa sobre oferta”.
Ele defende o Programa de Suprimento Sustentável (PSS), no qual as indústrias contratam o fornecimento com antecedência. Segundo o especialista, isso proporciona mais segurança para o produtor.
Escalonamento de plantio é a melhor estratégia
Um dos grandes desafios para os produtores é o alto investimento inicial, concentrado principalmente nos dois primeiros anos. Haroldo Klein sugere que a melhor estratégia é fazer plantios menores, escalonados, para que a floresta atinja o ponto de colheita em anos diferentes.
“A solução seria você fazer plantios menores, você formar uma floresta. Daí você vai ter no futuro receitas também intercaladas”, pontua.
Essa abordagem não apenas reduz o desembolso financeiro, mas também otimiza o uso de maquinário e o tempo das operações, que são concentradas em um período curto no ano.
Produtividade e altitude: pontos de atenção
A produtividade de uma floresta plantada depende diretamente da tecnologia empregada no campo. O diretor da Arefloresta explica que as expectativas atuais de produtividade no setor são bem mais altas do que no passado.
“Produtividade hoje ela se fala no mínimo. Inicialmente quando eu comecei a gente atingia 150 metros estéreos por hectare e estávamos contentes. Hoje já se fala em 350 metros, 400 metros estéreos por hectare”, diz Klein.
Ele ressalta, no entanto, que a altitude é um fator crítico, especialmente em Mato Grosso. Áreas com altitudes mais baixas, de 150 a 200 metros, são mais suscetíveis ao déficit hídrico e apresentam problemas para o plantio.
“A altitude tem um impacto violento na produtividade. A melhor altitude aqui em Mato Grosso é de 600 metros para cima. Aí produz mesmo, é garantia. Nós temos poucas espécies, poucos clones adaptados para essa condição de altitude”, finaliza.
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Ministério regulamenta pedidos de registro de novos defensivos agrícolas

O Ministério da Agricultura regulamentou o recebimento de pedidos de registros de novos defensivos agrícolas. A partir de 15 de setembro de 2025, as empresas que pretendem pleitear o registro de agrotóxicos deverão protocolar seus novos processos de registros exclusivamente junto ao Ministério da Agricultura por meio de sistema eletrônico, conforme ato da Secretaria de Defesa Agropecuária da pasta, publicado no Diário Oficial da União.
O ato ocorre no âmbito da regulamentação da Lei 14.785/2023, conhecida como novo marco legal dos defensivos agrícolas, que estabelece a competência do protocolo e distribuição das solicitações de registro de agrotóxicos ao Ministério da Agricultura.
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Após o recebimento dos pedidos de registro de novos produtos, o ministério deve distribuir os processos para análise dos órgãos competentes – à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com a portaria, os protocolos de registros de produtos pleiteados a partir de 15 de setembro juntamente à Anvisa e Ibama não serão considerados.
A lei que regulamenta o registro, controle e fiscalização de defensivos agrícolas estabelece que o peticionamento para registro dos produtos deve ser centralizado no Ministério da Agricultura, que coordena a fila de protocolos. Mas a análise sobre os produtos permanece de forma tripartite, sendo compartilhada pelos órgãos de defesa agropecuária, de meio ambiente e saúde pública.
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Incêndios desafiam produtores e colocam em risco lavouras e reservas em MT

O fogo voltou a assombrar o Vale do Araguaia. Em Canarana, no leste de Mato Grosso, produtores rurais enfrentam dias de apreensão diante dos incêndios que avançam sobre lavouras, reservas e pastagens, em um cenário de estiagem prolongada e baixa umidade. O prejuízo é milionário, mas a maior perda é imensurável: o risco à principal riqueza da região, o agro.
Desde maio, a chuva não aparece. A vegetação seca e os ventos fortes criam o ambiente perfeito para que o fogo se espalhe rapidamente. O secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Canarana, Gildomar Avrella, resumiu a preocupação ao Patrulheiro Agro desta semana.
“Nós temos muito capim, muita palhada de milho. É combustível pronto para queimar. Precisamos nos antecipar, nos organizar, porque o agro é o pilar da nossa economia. É ele que gera riqueza e sustento para nossa população”, explica.
Para os agricultores, além das lavouras, o que está em jogo é o solo. Cada palmo de terra cultivada foi construído ao longo de décadas, com investimento em fertilidade e manejo. O produtor da região Marcos da Rosa lamenta o risco de ver esse trabalho reduzido a cinzas.
“O fogo pode levar tudo de uma hora para outra. Mesmo quando estamos tentando apagar, o vento espalha de novo. E quando entra numa reserva, os troncos ficam queimando por dias. É preciso estar alerta o tempo todo”, pontua.
Segundo a Secretaria de Agricultura, só entre maio e julho, Canarana registrou 22 ocorrências de incêndios, seis dentro da cidade e 16 em áreas rurais. Muitos dos focos começam às margens das rodovias. O presidente do Sindicato Rural de Canarana, Lino Costa, reforça a necessidade de conscientização da população.
“Uma bituca de cigarro, um vidro deixado no acostamento ou até mesmo o reflexo do sol em objetos jogados na estrada podem causar um incêndio. O prejuízo é imenso. Por isso pedimos mais limpeza nas margens das rodovias e embaixo das redes de energia”, destaca.
A situação levou a Prefeitura a decretar emergência no último 13 de agosto, medida que vale por 120 dias e garante apoio logístico e legal aos produtores. Caminhões-pipa, brigadistas e relatórios técnicos passam a reforçar o combate.
Apesar da gravidade, há sinais de esperança. Dados do Inpe mostram que, entre janeiro e julho deste ano, Mato Grosso registrou 4.555 focos de incêndios, uma queda de 40% em relação a 2024. Ainda assim, em Canarana, onde o agro é mais que economia, é identidade, o alerta segue ligado.
“O fogo não é culpa do produtor. Muitas vezes vem de fora, de cabos de energia ou escapamentos de caminhões. Nosso papel é cuidar, proteger e antecipar ações. Porque cuidar da terra é cuidar de toda a população de Canarana”, conclui o secretário Gildomar Avrella.
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