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Tecnologia embarcada ganha espaço em transporte do agronegócio em MT

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De acordo com Anfavea, 60% dos produtores brasileiros já enxergam a tecnologia embarcada como um fator vital em suas operações
O uso de tecnologias embarcadas no transporte agrícola tem apresentado avanços significativos em indicadores de precisão, segurança e conectividade, resultando em previsões positivas para o desenvolvimento de maquinário para o setor no próximo ano, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).

Esse avanço tem se materializado com a consolidação de rotogramas inteligentes e sistemas de navegação offline, capazes de mapear trajetos no interior de fazendas com base em imagens de drones ou georreferenciamento proprietário — etapas planejadas previamente na logística e transmitidas automaticamente ao veículo, sem depender de conexão ou intervenção manual durante o percurso.
De acordo com dados da pesquisa SAE Brasil Caminhos da Tecnologia no Agronegócio, da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 60% dos produtores brasileiros já enxergam a tecnologia embarcada como um fator vital em suas operações, enquanto a indústria carrega 38% desta percepção. Entre os agricultores, o uso da tecnologia embarcada está em terceiro lugar em nível de importância de temas para fabricantes, à frente de aspectos tradicionais como serviços de pós-venda e custos de aquisição.

Para Braulio de Carvalho, CEO da Maxtrack, companhia mineira que trabalha no desenvolvimento de tecnologias para transportes de passageiros há mais de 25 anos, o uso destes dispositivos de monitoramento será cada vez mais demandado, considerando as particularidades do cenário rural.
Na visão do especialista, a importância da tecnologia embarcada se torna evidente ao permitir que o motorista receba instruções em tempo real, alertas de desvios, orientação por voz e textos, além de cálculos automáticos de velocidade segura em curvas sinuosas, que são recursos essenciais para evitar tombamentos, otimizar consumo de combustível e reduzir quilometragem desnecessária.

“Até pouco tempo atrás, os motoristas ficavam vulneráveis em regiões mais rurais, diante da precariedade de sinalização física e falta de conexão, que os deixavam desorientados. Dessa forma, o desenvolvimento de novas tecnologias colabora para que esses desafios sejam superados, pois o processamento de dados de forma embarcada, com o apoio de I.A, não demanda ação de motoristas enquanto dirige, por exemplo”, explica.

Copiloto automatizado
Os dispositivos têm se comportado como um copiloto automatizado dentro dos veículos, detectando também comportamentos dos motoristas, prevenindo fraudes em cargas, monitorando consumo de combustível e potenciais falhas mecânicas, por meio do processamento de dados e análise em tempo real. “Esse salto tecnológico coloca as operações agropecuárias numa nova era, em que dados, inteligência artificial e conectividade convergem para tornar o transporte mais seguro, eficiente e sustentável”, reforça Braulio.
Outros fatores também seguem colaborando para a adesão acelerada de dispositivos em caminhões e tratores. A correção de sinal GPS por satélite, por exemplo, passou a garantir uma precisão centimétrica, permitindo que implementos agrícolas sigam na lavoura exatamente pelo mesmo traço, reduzindo desperdício de insumos, diesel, horas de operação e mão de obra. Além disso, soluções que centralizam o monitoramento de diferentes maquinários, a partir da coleta de dados em tempo real, agendamento de manutenção e relatórios operacionais, contribuem para uma maior previsibilidade das operações e redução de interrupções produtivas.
Neste contexto, empresas especializadas no desenvolvimento dos computadores embarcados, como a Maxtrack, já reportam resultados expressivos desde a adequação de frotas em parceria com grandes operadores até o uso constante dessa navegação inteligente para transportes agropecuários. “Em um setor competitivo, que responde a demandas globais, a tecnologia embarcada no agro não é apenas uma vantagem competitiva, mas um fator imprescindível para manter a produtividade e a segurança nas estradas em todo o Brasil”, conclui Braulio.

Sobre a Maxtrack
Com 25 anos de mercado, a Maxtrack é referência em tecnologia para rastreamento de alto valor agregado na América Latina. Atua nas verticais de transporte de passageiros e transporte e logística de cargas. Oferece soluções tecnológicas de monitoramento e inteligência de dados de ponta a ponta, desde o planejamento e fabricação do hardware com foco na inteligência do negócio e no tratamento dos dados coletados, transformando-os em valor de diferentes maneiras para o cliente. Hoje a empresa é a maior produtora de rastreadores da América Latina, responsável pela inteligência e eficiência logística de grandes empresas e monitorando em tempo real mais de 3 milhões de veículos em vários países do mundo e mais de 20 mil pessoas em plantas conectadas de clientes. A Maxtrack conta com filiais em Beijing e Hong Kong focadas em desenvolvimento de novas tecnologias, logística e suprimentos, que colocam a companhia à frente no setor brasileiro, com um olhar diferenciado para a criação de equipamentos e sistemas que atendam às necessidades dos clientes mais exigentes. Saiba mais em: https://www.maxtrack.com.br/

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Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.

A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Critérios territoriais e impacto no campo

Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.

Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.

“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.

Endividamento e burocracia

Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.

Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.

Pedido de revisão

A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.

Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.

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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

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O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.

Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.

O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.

Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.

O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.

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Amaggi e Inpasa encerram parceria que criava joint-venture em Mato Grosso

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A Amaggi e a Inpasa anunciaram nesta terça-feira (14) o fim da formação de uma joint-venture voltada para a produção de etanol de milho em Mato Grosso. A parceria previa a implantação de três plantas fabris no estado, das quais a primeira seria erguida em Rondonópolis com previsão de investimento na ordem de R$ 2,5 bilhões.

A criação da joint-venture entre as duas empresas havia sido anunciada em 29 de agosto deste ano durante reunião com o prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira, conforme destacado pelo Canal Rural Mato Grosso na época.

Além de Rondonópolis, haviam estudos para a implantação de unidade fabril em Campo Novo do Parecis e Querência.

As plantas teriam capacidade inicial para processar aproximadamente dois milhões de toneladas de milho cada.

Em nota encaminhada nesta terça-feira (14), a Amaggi e a Inpasa afirmam que o encerramento das tratativas para a formação da joint-venture foi uma decisão tomada “após ambas as empresas concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e à governança do projeto, optando por seguir caminhos próprios neste momento”.

Confira nota na íntegra:

A AMAGGI e a Inpasa informam aos públicos de interesse e ao mercado em geral que, de comum acordo, decidiram encerrar as tratativas para a formação de uma joint-venture voltada à produção de etanol de milho.

A decisão foi tomada após ambas as empresas concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e à governança do projeto, optando por seguir caminhos próprios neste momento. O processo foi conduzido de forma transparente, colaborativa e com total alinhamento aos princípios de boa governança corporativa.

As companhias reafirmam o respeito e admiração mútua, e permanecerão abertas a avaliar futuras oportunidades de cooperação em áreas de interesse comum.


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