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Sustentabilidade

Agronegócio segue atento às investidas dos EUA sobre a China – MAIS SOJA

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Por Marcelo Sá – jornalista/editor literário 

Americanos tentam avançar sobre mercado crucial para o Brasil

Em meio à guerra tarifária que sacode o mundo há meses, quando Donald Trump anunciou a primeira leva de tarifas para uma série de países, produtores brasileiros estão atentos à pressão do mandatário republicano para que os chineses intensifiquem importações de commodities americanas, com destaque para a soja. Isso pode impactar sensivelmente a relação comercial entre Brasil e o país asiático, que compra a maior parte das exportações do grão brasileiro.

Em 10 de agosto, quatro dias depois de entrar em vigor nos EUA o tarifaço de 50% sobre produtos importados do Brasil, Trump pediu publicamente à China que “quadruplicasse rapidamente” suas compras de soja dos americanos. A declaração foi feita ainda a dois dias de expirar o prazo acordado entre Washington e Pequim da suspensão de uma escalada sem precedentes de barreiras tarifárias recíprocas anunciadas pelos dois países. Uma nova postergação foi pactuada até 10 de novembro.

De acordo com estudiosos do mercado e dados do próprio Departamento de Agricultura (USDA), os Estados Unidos não têm a capacidade de quadruplicar suas exportações de soja para a China, mas a declaração de Trump sugere que o comércio do grão pode ser incluído nas tratativas com o país asiático. Uma possibilidade seria a China estabelecer uma cota isenta de tarifas para a soja importada dos Estados Unidos, o que pode ser considerado positivo também para Pequim, por reduzir a dependência da importação da commodity de um único fornecedor – o Brasil.

O problema para o Brasil é que o país também é dependente da China no sentido inverso. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apontam que 73,4% do volume de soja exportada pelo país em 2024 tiveram como destino o mercado chinês. De todo o dinheiro o que o Brasil fatura vendendo variados produtos ao mundo inteiro, 9% vem do comércio de soja com a China. De acordo com os dados oficiais chineses, os EUA historicamente atenderam a maior parte da demanda do país asiático por soja até 2012 e, a partir do ano seguinte, o Brasil passou a superar as exportações americanas.

Essa troca gradual levou os produtores americanos de soja buscar apoio do governo federal, que ainda no primeiro mandato de Trump tentou nivelar a disparidade com o Brasil, mas sem sucesso. Já em sua segunda passagem pela presidência, Trump apostou na retórica inflamada e em tarifas mais altas, que foram retribuídas por Pequim. Dessa forma, a soja brasileira segue mais barata, de qualidade consolidada e deve bater novo recorde de colheita em 2025.

Conforme levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as vendas para a China em julho fizeram as exportações brasileiras de soja alcançarem um recorde histórico para o mês, somando 12,25 milhões de toneladas. No acumulado de janeiro a julho de 2025, o Brasil já exportou 77,2 milhões de toneladas da oleaginosa, marca inédita para o período e que consolida o país como principal fornecedor global. Desse total, 57,9 milhões de toneladas foram embarcadas para a China.

Em contrapartida, o país asiático ainda não comprou nada da safra de soja 2025/2026 dos EUA. A maioria das compras de soja americana pela China é feita entre setembro e janeiro, enquanto o Brasil assume o suprimento da demanda a partir do primeiro trimestre, após a colheita da primeira safra do grão.

Nova investigação americana acende alerta para produtores e autoridades

Enquanto isso, numa outra frente de preocupação para produtores rurais e autoridades do Brasil, o governo dos Estados Unidos quer investigar o interesse estratégico da China no setor agrícola brasileiro e os impactos de “investimentos ou do controle” chinês na cadeia de suprimentos, no mercado global e na segurança alimentar. A informação, revelada pelo jornal Valor Econômico, consta da proposta legislativa para o ano fiscal de 2026 – que, para os americanos, começa no dia 1º de outubro de 2025.

A legislação, aprovada anualmente, descreve a previsão orçamentária para os órgãos de inteligência dos Estados Unidos, como a Agência Central de Inteligência (CIA) e a Agência de Segurança Nacional (NSA). Com 280 páginas, o projeto de lei para o próximo ano cita o Brasil na seção 514 do subtítulo B, que trata especificamente da China. A proposta foi apresentada pelo senador republicano pelo estado do Arkansas Tom Cotton, correligionário do presidente americano, Donald Trump, no último dia 17. Na mesma data, o texto foi aprovado pela Comissão de Inteligência do Senado e encaminhado para votação no plenário da Casa.

Caso aprovado e sancionado posteriormente por Trump, o escopo da investigação deve incluir, entre outros pontos, supostas práticas desleais aos EUA por parte de Brasil e China em sua relação comercial, e até que ponto o presidente Xi Jiping e outras autoridades do país tem envolvimento direto no setor agrícola brasileiro, bem como empresas chinesas que atuem ou investem no agronegócio daqui.

Essa possível investigação pode se juntar a outra já existente, aberta pelo próprio presidente Trump quando anunciou o tarifaço de 50%, por meio do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), sobre ações, políticas e práticas brasileiras consideradas “irrazoáveis” ou “discriminatórias” e que “pesam ou restringem o comércio americano”. As orientações para investigar também a Rua 25 de Março em São Paulo, além do Pix, chamaram a atenção e contribuíram para escalar as tensões entre os dois países.

Com informações complementares do Ministério da Agricultura, da Fazenda e da Administração Geral de Alfândegas da China

Fonte: SNA



 

FONTE

Autor:Marcelo Sá – Sociedade Nacional de Agricultura

Site: SNA

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Sustentabilidade

ClimaCast – RTC traz atualizações climáticas – MAIS SOJA

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Acompanhar as projeções climáticas é essencial para posicionar práticas e estratégias de manejo em culturas agrícolas. De acordo com a atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC, os próximos dias devem ser marcados por volumes expressivos de chuvas no Rio Grande do Sul, especialmente a região Noroeste do estado.

Com relação aos fenômenos climatológicos ENSO (El Niño e La Niña), até então, os prognósticos climáticos indicam um resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, demonstrando uma tendência da ocorrência de La Niña, caso continue a queda da temperatura do Pacífico Equatorial.

Figura 1. Probabilidade da ocorrência dos fenômenos ENSO.
Fonte: IRI (2025)

De acordo com modelos climatológicos, a maior probabilidade do resfriamento do Pacífico Equatorial tem indicando uma tendência de ocorrência do La Nina, mesmo que, de baixa intensidade e curta duração (figura 2).

Figura 2. Probabilidade de ocorrência dos fenômenos ENSO por diferentes modelos climatológicos.
Fonte: IRI (2025)

Caso as projeções se concretizem, o esperado é uma La Niña de baixa intensidade, mas que ainda assim possa impactar o volume de chuvas no Rio Grande do Sul, fato que demanda maior cuidado no posicionamento das culturas de verão. Contudo, conforme destacado por Sentelhas, a presença do La Niña não significa a ausência de chuvas, apenas a redução do volume acumulado para o período no Rio Grande do Sul (anomalia negativa).

Confira abaixo as atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC.


Confira as atualizações do canal Rede Técnica Cooperativa – RTC, clique aqui e inscreva-se agora no canal


Referências:

IRI. PREVISÃO ENSO. Columbia Climate School: International Research Institute For Climate And Society, 2025. Disponível em: < https://iri.columbia.edu/our-expertise/climate/forecasts/enso/current/ >, acesso em: 16/10/2025.

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Sustentabilidade

Plantio de arroz no Rio Grande do Sul chega a 38,05% – Irga – MAIS SOJA

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A semeadura do arroz no Rio Grande do Sul já alcança 38,05% da área prevista para a Safra 2025/2026, segundo dados atualizados dela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do IRGA. Até o momento, foram semeados 350.126,4 ha dos 920.081 hectares de intenção total no Estado.

A Região que mais se aproxima do encerramento da semeadura, é a Zona Sul, que já registra 83,25% da área semeada, ou seja, 130.323,4 hectares. O avanço expressivo é resultado da eficiência dos produtores e das condições climáticas favoráveis registradas nas últimas semanas.

Outro destaque, é o avanço no desempenho da Região da Fronteira Oeste, maior área cultivada com arroz do estado, que vinha com menores índices e na última semana, evoluiu de 3,68% para 34,39%, registrando 93.477 hectares semeados. Um aumento significativo, e de grande importância para os produtores da região que vinham enfrentando longos períodos com chuvas intensas, prejudicando diretamente a qualidade do solo.

Na região da Campanha, os dados indicam 39.639 hectares semeadas, o que representa, 29,22% da intenção. Já na Região Central, são 13,99%, ou seja, 16.886 hectares. O relatório atualizado informa ainda, que na Região da Planície Costeira Interna, os hectares semeados representam 34,85% da intenção, ou seja, 48.950 ha, enquanto na Região da Planície Costeira Externa, são 20.851 hectares, representando 21,97% da intenção de semeadura de arroz.

O Gerente da Dater, Luiz Fernando Siqueira comenta a importância dos dados atualizados, “era uma expectativa muito grande a evolução da semeadura na Fronteira Oeste, considerando a importância da região para o setor, e ficamos satisfeitos em ver que a janela permitiu o trabalho no campo. Ainda temos números a serem alcançados e que irão guiar como será o cenário da safra. Seguimos acompanhando os produtores e em seguida, veremos a conclusão de semeadura na primeira região, na Zona Sul”, pontua Luiz.

As informações são do Irga.

Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News



 

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Produção brasileira de trigo 25/26 é revisada para cima e deve alcançar 7,5 milhões de toneladas – MAIS SOJA

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A estimativa para a produção de trigo na safra 2025/26 no Brasil foi revisada para cima e agora é projetada em 7,5 milhões de toneladas, um avanço de 2% em relação ao levantamento anterior, segundo a StoneX, empresa global de serviços financeiros.

De acordo com o consultor em Gerenciamento de Riscos da companhia, Jonathan Pinheiro, o novo número reflete uma melhora na produtividade dos estados do Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde a produção foi elevada para 3,3 milhões de toneladas. “As condições climáticas têm sido favoráveis, com boa umidade nas lavouras gaúchas, o que tem impulsionado o desempenho da safra na região”, afirma o consultor.

Na região Sudeste, embora tenha havido um pequeno corte nas projeções para o estado de São Paulo, em função de um clima mais seco, as perspectivas gerais seguem positivas para a produção no estado.

Com o avanço da colheita nas próximas semanas, a expectativa é que a safra se consolide com um volume semelhante ao registrado no ciclo 2024/25, mesmo diante de uma redução significativa da área plantada em relação ao ano anterior.

No balanço de oferta e demanda, a única alteração relevante foi o reajuste na produção, que impactou diretamente os estoques finais, agora estimados em 528,8 mil toneladas. Ainda assim, o mercado segue atento aos efeitos da taxa de câmbio sobre as operações comerciais.

“A tendência dos últimos meses foi de valorização do real, o que prejudica as exportações brasileiras de trigo. Contudo, mais recentemente, a moeda voltou a se desvalorizar frente ao dólar, o que tende a favorecer a competitividade nacional. Além disso, dependendo do ritmo das exportações, as importações também podem ser influenciadas, diante da necessidade de garantir o abastecimento interno do cereal”, conclui Pinheiro.

Sobre a StoneX 

A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado. Também atua em banco de câmbio, inteligência de mercado, corretagem, mercado de capitais de dívida, fusões e aquisições, investimentos, trading e ESG – consultoria de soluções sustentáveis.

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Fonte: Assessoria de Imprensa StoneX



 



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