Sustentabilidade
Drones são eficientes para o controle da cigarrinha-do-milho? – MAIS SOJA

As cigarrinhas-do-milho (Dalbulus maidis e Leptodelphax maculigera) são os principais vetores responsáveis pela transmissão dos enfezamentos na cultura do milho. Essas doenças, causadas por microrganismos fitopatogênicos, prejudicam o crescimento das plantas, reduzindo significativamente a produtividade da lavoura. Em situações severas, os enfezamentos podem até inviabilizar economicamente o cultivo.
Figura 1. Cigarrinhas Dalbulus maidis e Leptodelphax maculigera.
A cigarrinha apresenta um curto ciclo de vida, o período de ovo a adulto varia normalmente entre 15 a 27 dias dependendo das condições ambientais. Já o ciclo total de vida, normalmente é inferior a 80 dias, variando normalmente entre 51 a 77 dias. Embora com um curto ciclo de vida, a praga apresenta alta capacidade reprodutiva, cada fêmea pode depositar de 400 a 600 ovos, além disso, sob condições adequadas, a cigarrinha-do-milho pode ter mais de duas gerações durante o período de cultivo do milho (Ávila et al., 2022).
Esse curto ciclo de vida atrelado a alta prolificidade da praga torna necessário intervenções frequentes de manejo para um controle eficiente da praga, com intervalos entre aplicação de inseticidas de 5 a 7 dias, especialmente durante o período crítico do milho a ocorrência da cigarrinha, período esse que se estende de VE a V5.
Considerando a necessidade da reentrada frequente em lavouras de milho para o controle químico da cigarrinha-do-milho, condições ambientais como a umidade elevada do solo podem ser um empecilho para a pulverização, especialmente se tratando de pulverizações terrestres, dificultando a entrada de máquinas na lavoura e o controle efetivo da praga, prejudicando o posicionamento dos inseticidas quanto ao momento de aplicação.
Em cenárias como esse, aplicações aéreas tem-se mostrado importantes para o manejo da cigarrinha-do-milho. Além dos tradicionais aviões agrícolas, os drones tem ganhado espaço e participação no manejo fitossanitário das lavouras, possibilitando a entrada para a pulverização das áreas, mesmo sob condições consideradas inadequadas de umidade do solo para a pulverização terrestre.
Drones são eficientes para o controle da cigarrinha-do-milho?
Com relação ao manejo de doenças, estudos demonstram que as pulverizações via drone são eficazes para o controle de doenças fungicidas como a ferrugem-asiática da soja, demonstrando inclusive, maior capacidade de distribuir defensivos no terço inferior da planta (Soares et al., 2023). E para o controle de insetos como a cigarrinha-do-milho?
Analisando a eficiência da aplicação de inseticida químico (acefato) via pulverização com drone no controle da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), Bortolotto et al. (2025) constataram que o uso do drone agrícola para aplicação de inseticidas no manejo da cigarrinha-do-milho demonstrou ser uma tecnologia eficaz na fase inicial de desenvolvimento da cultura (Figuras 2 e 3) e também quando o milho atingiu maior porte (Figura 4).
Figura 2. Eficácia de controle (%) de cigarrinha-do-milho em diferentes dias e métodos de aplicação. DAA = dias após a aplicação.

Figura 3. Eficácia de controle (%) de cigarrinha-do-milho em diferentes dias e métodos de aplicação. DAA = dias após a aplicação

Figura 4. Eficácia de controle (%) de cigarrinha-do-milho em diferentes métodos de aplicação. DAA = dias após a aplicação.

De acordo com Bortolotto et al. (2025), a aplicação com drone apresentou qualidade semelhante à aplicação com pulverizador costal, sendo portanto eficiente para o manejo da cigarrinha do milho como método de pulverização. Resultados similares demonstrando a eficiência dos drones no controle de pragas também foram observados por outros autores, especialmente para a cultura da soja, fato que demonstra a aptidão do drone como meio de pulverização para o manejo de pragas.
Contudo, é importante destacar que drones operam com volumes de calda consideravelmente menores, o que demanda atenção redobrada às condições climáticas e ambientais no momento da pulverização. Dessa forma, o uso dessa tecnologia requer criterioso planejamento e monitoramento das condições de aplicação, a fim de garantir eficiência e minimizar riscos de perdas ou deriva.
Confira o trabalho completo desenvolvido por Bortolotto e colaboradores (2025) clicando aqui!
Referências:
BORTOLOTTO, O. C. et al. USO DE DRONE AGRÍCOLA NO MANEJO DA CIGARRINHA DO MILHO. Revista Caderno Pedagógico, 2025. Disponível em: < https://ojs.studiespublicacoes.com.br/ojs/index.php/cadped/article/view/15540/8696 >, acesso em: 13/08/2025.
FERREIRA, K. R. et al. FIRST RECORD OF THE AFRICAN SPECIES Leptodelphax maculigera (Stål, 1859) (Hemiptera: Delphacidae) IN BRAZIL. Research Square, 2023. Disponível em: < https://www.researchsquare.com/article/rs-2818951/v1 >, acesso em: 13/08/2025.
SOARES, R. M. et al. COBERTURA E DEPÓSITO DE FUNGICIDA PULVERIZADO COM DRONE NA CULTURA DA SOJA. Embrapa, 2023. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/377489959_COBERTURA_E_DEPOSITO_DE_FUNGICIDA_PULVERIZADO_COM_DRONE_NA_CULTURA_DA_SOJA_COVERAGE_AND_DEPOSIT_OF_FUNGICIDE_SPRAYED_WITH_DRONE_IN_SOYBEAN_CULTURE >, acesso em: 13/08/2025.
Sustentabilidade
Previsão do tempo de 13/out a 28/out de 2025 para a Metade Sul do RS – MAIS SOJA

Segunda (13/10): O ciclone está se afastando do RS, mas ainda mantém sol entre nuvens em parte da Metade Sul e rajadas de vento ainda mais fortes, principalmente na Metade Sul. Há baixo risco para chuva fraca no Sul do Estado. As temperaturas máximas devem oscilar entre 22 e 24°C.
Terça (14/10) e quarta (15/10): Predomínio do tempo seco e ensolarado em todas as regiões. As temperaturas terão gradual elevação, devendo as máximas ficar na faixa dos 23 a 26°C na terça e dos 25 a 29°C na quarta.
Quinta (16/10), sexta (17/10) e sábado (18/10): Ao longo da quinta, áreas de instabilidade começam a avançar pelo Norte/Noroeste do Estado, trazendo o retorno da chuva. Pelo atual prognóstico, a chuva não deverá avançar muito para a Metade Sul, o que é uma ótima notícia para os orizicultores.
A partir de domingo, dia 19 de outubro, o tempo seco predominará sobre todo o Estado. Na maior parte da Metade Sul, essa condição se estenderá até dia 28. A exceção será em parte da Zona Sul, onde deverá chover a partir do dia 26, devido à uma frente fria que estará com lento deslocamento sobre o Uruguai.
A partir do dia 22 de outubro, as temperaturas deverão ter expressivo aumento, ultrapassando os 30°C. Com a condição de tempo mais seco, o solo secará mais rápido. Logo é um ponto de atenção para quem está, ou estará, semeando arroz.
O acumulado de chuva para 15 dias é baixo na Metade Sul, entre 5 e 20 mm. Já para a Metade Norte, os acumulados são mais elevados e estão variando entre 30 e 60 mm.
Fonte: IRGA
Sustentabilidade
RS: Semeadura de Arroz no Estado avança de forma gradual – MAIS SOJA

O relatório divulgado pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), do Instituto Rio Grandense do Arroz aponta que o Estado do Rio Grande do Sul, até o momento apresenta 167.319 hectares de arroz semeados, 18,19% da intenção de 920.081 hectares.
A Região da Zona Sul, em que a intenção é de 156.546 hectares, é a que mais se destaca, com 101.353 ha semeados, o que representa 64,74%, os bons índices se devem as melhores condições de solo devido ao menor volume de chuvas.
Com apenas, 3,68% de semeadura, a Região da Fronteira Oeste é a que mais preocupa, uma vez que, com a intenção de 271.828 hectares, representa a região com maior área cultivada com arroz no Estado, e estando apenas, com 10.016 hectares já semeados. A expectativa é que ainda até o final do mês, os índices aumentem conforme melhores condições climáticas, caso contrário, irá representar um impacto significativo para o setor orizícola.
Na Região da Campanha, em que a intenção é de 135.635 hectare, já foram semeados 6.221 ha, o que representa 4,59%. Já na Região Central, a porcentagem é de 6,49%, ou seja, 7.836 hectares dos 120.716 ha intencionais.
Outra Região que apresenta ritmo gradual, é na Planície Costeira Interna, em que são 28.679 ha, 20,42% da intenção de semeadura de 140.469 hectares. E por fim, os dados da Planície Costeira Externa, apontam 13.214 ha já semeados, ou seja, 13,93%, da intenção de semeadura, de 94.887 hectares.
O Gerente da DATER, Luiz Fernando Siqueira, explica que o mês de outubro é o recomendado para a semeadura do arroz, e que a pausa nas recorrentes precipitações pode ser um cenário que auxilie no aumento dos números e avanço da semeadura. “Estamos apreensivos acompanhando os trabalhos, que na última semana avançou quase nada, a espera é que nos próximos dias se abra uma boa janela e que as regiões consigam semear em maior quantidade de área, principalmente, regiões com grandes percentuais de área semeada no Estado”, destaca Luiz.
Fonte: IRGA
Sustentabilidade
Delegação da Namíbia realiza visita técnica ao IRGA – MAIS SOJA

Na terça-feira, 7 de outubro de 2025, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) recebeu uma delegação da Namíbia em uma visita técnica voltada ao conhecimento sobre o processamento, beneficiamento e empacotamento do arroz no Rio Grande do Sul. A comitiva contou com representantes do Ministério da Agricultura e da Embaixada da Namíbia, interessados em conhecer as cultivares desenvolvidas pelo Instituto, os sistemas de irrigação e o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de sementes.
A programação iniciou na Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, onde a missão foi recepcionada pelo secretário Edivilson Brum e teve reunião conduzida pelo secretário adjunto, Márcio Madalena. Também participaram do encontro Caio Effrom, diretor do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA); Paulo Roberto da Silva, diretor do Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos; Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal (DDV); e Claudio Cava Corrêa, diretor administrativo do Irga.
Durante a reunião, os representantes namibianos puderam conhecer mais sobre a importância do Rio Grande do Sul na produção de arroz. O estado é responsável por mais de 70% da produção nacional, sendo referência em tecnologia, produtividade e sustentabilidade na lavoura orizícola.
Na sequência, os visitantes participaram de um almoço com a diretoria do Irga e, no período da tarde, visitaram a Estação Experimental do Instituto, em Cachoeirinha, onde acompanharam de perto as práticas e tecnologias aplicadas ao cultivo do arroz. A atividade reforçou o interesse da Namíbia em estreitar laços de cooperação técnica com o estado e aprender com a experiência gaúcha no setor orizícola.
As informações são do Irga.
Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News
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