Sustentabilidade
Tecnologia, propósito e o novo jeito de liderar no agronegócio – MAIS SOJA

Por Camilo Ramos*
Vivemos um novo tempo no agronegócio. Um momento em que a inovação deixou de ser tendência e se tornou pré-requisito, e que a tecnologia não é mais diferencial, mas ferramenta essencial. Nesse cenário, a liderança também precisou evoluir. Comandar hoje demanda mais do que conhecimento técnico ou capacidade de gestão, exige visão, escuta, coerência e, principalmente, propósito.
Ao longo da minha trajetória, aprendi que cargo não define o líder. A responsabilidade, sim. Estar à frente de uma organização ou de um time não é sobre status, é sobre compromisso com pessoas, com resultados sustentáveis e com um legado que vá além de números. Quando se começa a trabalhar muito cedo, ainda criança, ajudando no comércio da família, ali se aprende que trabalho tem valor, mesmo quando não tem holofote. As tarefas são na verdade, sementes de uma liderança que se constrói todos os dias, mesmo longe dos cargos de chefia.
É importante ter aquela inquietação de entender o todo, de buscar sempre o “por quê” por trás do “como”. Isso nos faz crescer em cada função, propor melhorias, desafiar o óbvio e, muitas vezes, enxergar soluções onde antes havia apenas rotina. É essa mentalidade de aprendizado contínuo que deve nortear qualquer líder hoje.
Tecnologia é meio, não fim
Muito se fala sobre transformação digital no campo, e com razão. A presença de tecnologias como inteligência artificial, sensoriamento remoto, conectividade no campo e sistemas de predição mudaram a forma como se produz, como se planeja e como se decide. Mas é preciso ter um entendimento claro: tecnologia não substitui sensibilidade, nem propósito. Ela amplia capacidades, qualifica decisões e potencializa resultados, mas sempre a serviço de algo maior.
Vivemos um momento em que dados são abundantes, mas discernimento continua raro. Liderar neste contexto exige responsabilidade para fazer da inovação uma alavanca de valor, e não apenas uma corrida por performance vazia. A tecnologia que realmente transforma é aquela que respeita o tempo do produtor, dialoga com a realidade do campo e entrega soluções tangíveis.
Hoje, uma mesma equipe pode reunir três ou até quatro gerações distintas. Cada uma com repertório, expectativas e ritmos diferentes. Esse convívio, quando bem conduzido, é uma riqueza. Quando ignorado, é um risco. Liderar nesse contexto não é sobre impor um modelo único. É sobre ter clareza de direção e flexibilidade de condução. Os mais experientes trazem solidez. Os mais jovens, velocidade. Cabe ao líder criar pontes entre esses mundos e deixar claro que, embora haja espaço para a escuta, é necessário convergência em torno da estratégia.
A liderança, portanto, exige hoje muito mais escuta ativa, adaptação de linguagem e construção de confiança do que fórmulas prontas.
Propósito é o que sustenta
Resultados vêm, mas vão. Tecnologias mudam, processos evoluem, cenários se transformam, mas, o que permanece e sustenta é o propósito. Ter clareza sobre o porquê fazemos o que fazemos é o que orienta as decisões difíceis, dá sentido ao esforço e humaniza a jornada.
O propósito é o que transforma colaboradores em times, fornecedores em parceiros e clientes em relações de confiança. É o que ajuda a tomar decisões mesmo quando o cenário está desafiador, e é o que garante que, mesmo com todas as mudanças, os princípios não se percam.
O agronegócio é, por natureza, um setor de resiliência de quem planta sem garantias, colhe com trabalho e reinveste com esperança. Nesse contexto, a liderança não pode ser estática, nem burocrática. Ela precisa ser viva, conectada ao presente e comprometida com o futuro.
Liderar, hoje, é mais do que conduzir equipes ou entregar resultados. É gerar valor com responsabilidade, tomar decisões com propósito e transformar desafios em caminhos. E isso só é possível quando se lidera com verdade. Enquanto estiver nesta jornada, sigo com o compromisso de aprender, desaprender e reaprender sempre. Porque liderar, no agro ou em qualquer outro setor, é um processo, nunca um ponto final.
*Mestre em Administração, CEO do Grupo Piccin
Fonte: Assessoria de Imprensa Grupo Piccin
Sustentabilidade
ClimaCast – RTC traz atualizações climáticas – MAIS SOJA

Acompanhar as projeções climáticas é essencial para posicionar práticas e estratégias de manejo em culturas agrícolas. De acordo com a atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC, os próximos dias devem ser marcados por volumes expressivos de chuvas no Rio Grande do Sul, especialmente a região Noroeste do estado.
Com relação aos fenômenos climatológicos ENSO (El Niño e La Niña), até então, os prognósticos climáticos indicam um resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, demonstrando uma tendência da ocorrência de La Niña, caso continue a queda da temperatura do Pacífico Equatorial.
Figura 1. Probabilidade da ocorrência dos fenômenos ENSO.
De acordo com modelos climatológicos, a maior probabilidade do resfriamento do Pacífico Equatorial tem indicando uma tendência de ocorrência do La Nina, mesmo que, de baixa intensidade e curta duração (figura 2).
Figura 2. Probabilidade de ocorrência dos fenômenos ENSO por diferentes modelos climatológicos.

Caso as projeções se concretizem, o esperado é uma La Niña de baixa intensidade, mas que ainda assim possa impactar o volume de chuvas no Rio Grande do Sul, fato que demanda maior cuidado no posicionamento das culturas de verão. Contudo, conforme destacado por Sentelhas, a presença do La Niña não significa a ausência de chuvas, apenas a redução do volume acumulado para o período no Rio Grande do Sul (anomalia negativa).
Confira abaixo as atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC.
Confira as atualizações do canal Rede Técnica Cooperativa – RTC, clique aqui e inscreva-se agora no canal
Referências:
IRI. PREVISÃO ENSO. Columbia Climate School: International Research Institute For Climate And Society, 2025. Disponível em: < https://iri.columbia.edu/our-expertise/climate/forecasts/enso/current/ >, acesso em: 16/10/2025.
Sustentabilidade
Plantio de arroz no Rio Grande do Sul chega a 38,05% – Irga – MAIS SOJA

A semeadura do arroz no Rio Grande do Sul já alcança 38,05% da área prevista para a Safra 2025/2026, segundo dados atualizados dela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do IRGA. Até o momento, foram semeados 350.126,4 ha dos 920.081 hectares de intenção total no Estado.
A Região que mais se aproxima do encerramento da semeadura, é a Zona Sul, que já registra 83,25% da área semeada, ou seja, 130.323,4 hectares. O avanço expressivo é resultado da eficiência dos produtores e das condições climáticas favoráveis registradas nas últimas semanas.
Outro destaque, é o avanço no desempenho da Região da Fronteira Oeste, maior área cultivada com arroz do estado, que vinha com menores índices e na última semana, evoluiu de 3,68% para 34,39%, registrando 93.477 hectares semeados. Um aumento significativo, e de grande importância para os produtores da região que vinham enfrentando longos períodos com chuvas intensas, prejudicando diretamente a qualidade do solo.
Na região da Campanha, os dados indicam 39.639 hectares semeadas, o que representa, 29,22% da intenção. Já na Região Central, são 13,99%, ou seja, 16.886 hectares. O relatório atualizado informa ainda, que na Região da Planície Costeira Interna, os hectares semeados representam 34,85% da intenção, ou seja, 48.950 ha, enquanto na Região da Planície Costeira Externa, são 20.851 hectares, representando 21,97% da intenção de semeadura de arroz.
O Gerente da Dater, Luiz Fernando Siqueira comenta a importância dos dados atualizados, “era uma expectativa muito grande a evolução da semeadura na Fronteira Oeste, considerando a importância da região para o setor, e ficamos satisfeitos em ver que a janela permitiu o trabalho no campo. Ainda temos números a serem alcançados e que irão guiar como será o cenário da safra. Seguimos acompanhando os produtores e em seguida, veremos a conclusão de semeadura na primeira região, na Zona Sul”, pontua Luiz.
As informações são do Irga.
Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News
Sustentabilidade
Produção brasileira de trigo 25/26 é revisada para cima e deve alcançar 7,5 milhões de toneladas – MAIS SOJA

A estimativa para a produção de trigo na safra 2025/26 no Brasil foi revisada para cima e agora é projetada em 7,5 milhões de toneladas, um avanço de 2% em relação ao levantamento anterior, segundo a StoneX, empresa global de serviços financeiros.
De acordo com o consultor em Gerenciamento de Riscos da companhia, Jonathan Pinheiro, o novo número reflete uma melhora na produtividade dos estados do Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde a produção foi elevada para 3,3 milhões de toneladas. “As condições climáticas têm sido favoráveis, com boa umidade nas lavouras gaúchas, o que tem impulsionado o desempenho da safra na região”, afirma o consultor.
Na região Sudeste, embora tenha havido um pequeno corte nas projeções para o estado de São Paulo, em função de um clima mais seco, as perspectivas gerais seguem positivas para a produção no estado.
Com o avanço da colheita nas próximas semanas, a expectativa é que a safra se consolide com um volume semelhante ao registrado no ciclo 2024/25, mesmo diante de uma redução significativa da área plantada em relação ao ano anterior.
No balanço de oferta e demanda, a única alteração relevante foi o reajuste na produção, que impactou diretamente os estoques finais, agora estimados em 528,8 mil toneladas. Ainda assim, o mercado segue atento aos efeitos da taxa de câmbio sobre as operações comerciais.
“A tendência dos últimos meses foi de valorização do real, o que prejudica as exportações brasileiras de trigo. Contudo, mais recentemente, a moeda voltou a se desvalorizar frente ao dólar, o que tende a favorecer a competitividade nacional. Além disso, dependendo do ritmo das exportações, as importações também podem ser influenciadas, diante da necessidade de garantir o abastecimento interno do cereal”, conclui Pinheiro.
Sobre a StoneX
A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado. Também atua em banco de câmbio, inteligência de mercado, corretagem, mercado de capitais de dívida, fusões e aquisições, investimentos, trading e ESG – consultoria de soluções sustentáveis.
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Fonte: Assessoria de Imprensa StoneX
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