Sustentabilidade
Chicago/CBOT: Milho fechou em alta com suporte da soja – MAIS SOJA

Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 11/08/2025
FECHAMENTOS DO DIA 11/08
Chicago: A cotação de setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em alta de 0,59% ou US$ 2,25 cents/bushel, a US$ 385,00. A cotação para dezembro, fechou em alta de 0,55% ou US$ 2,25 cents/bushel, a US$ 407,75.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. As cotações do cereal subiram na esteira da forte alta da soja, com o mercado otimista, esperado mais vendas de
grãos para a China depois do post de Trump, pedindo a China que “quadruplique” as suas compras de soja americana. O bom relatório de vendas 16,13% maior que o da semana anterior e acima da média esperada pelo mercado deram o suporte necessário, como fator
próprio para a alta.
No entanto, os operadores vão olhar com bastante atenção dois dados do relatório WASDE, do USDA, nesta terça-feira, o volume total da safra e as exportações. Ambos mexem diretamente nos estoques finais. O que tiver o maior ajuste pode direcionar os preços na semana.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou em alta com recuperação do dólar e Chicago
Os principais contratos de milho encerraram de forma mista nesta segunda-feira. Os contratos do milho na B3 fecharam em alta, com exceção de dezembro 25 que fechou em leve queda. Chicago e o dólar se recuperaram no dia e deram suporte para a correção positiva na B3. O encarecimento do frete e a sustentação dos preços no interior estão dando suporte para o preço do físico.
O Cepea apontou nesta segunda-feira que “Os preços do milho seguem em queda, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, além da produção recorde da segunda safra brasileira, o baixo ritmo das exportações e a retração de compradores domésticos mantêm as cotações do cereal pressionadas. Apesar da ocorrência de geadas e/ou pragas em partes das regiões produtoras, pesquisadores explicam que, até o momento, as expectativas são de produção interna elevada, devido ao aumento da área e à melhora na produtividade. Atentos à intensificação da colheita, consumidores brasileiros aguardam novas desvalorizações e, com isso, priorizam o recebimento dos lotes negociados antecipadamente, ainda conforme o Centro de Pesquisas.”
OS FECHAMENTOS DO DIA 11/08
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam com variações mistas no dia: o vencimento de setembro/25 foi de R$ 65,30, apresentando alta de R$ 0,11 no dia e queda de R$ 1,28 na semana; o vencimento de novembro/25 foi de R$ 67,58, com baixa de R$ 0,05 no dia e recuo de R$ 1,83 na semana; o contrato de janeiro/26 fechou a R$ 70,56, com alta de R$ 0,34 no dia e perda de R$ 2,24 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
ALTA DA SOJA (altista)
O milho fechou em leve alta em Chicago, após completar sua terceira semana consecutiva de quedas na sexta-feira e atingir mínimas históricas para a maioria dos contratos ativos. Os ganhos se devem à alta da soja e às proteções dos investidores após a recente liquidação de contratos.
USDA PODE ANUNCIAR SAFRA RECORDE (baixista)
No entanto, o limite para os ganhos foi imposto pela possibilidade de o USDA, em seu relatório mensal de amanhã, projetar uma safra recorde nos EUA em torno de 406 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, o mercado estava sob pressão com a entrada de novos grãos do Brasil no circuito de negociação, na reta final da colheita de safrinha.
EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)
O relatório semanal de inspeção de embarques dos Estados Unidos forneceu suporte, onde o USDA registrou hoje embarques de milho totalizando 1.491.962 toneladas, acima das 1.284.746 toneladas do relatório anterior e da faixa estimada pelos operadores, entre 1 e 1,4 milhão de toneladas.
EUA-ESTÁGIO DAS LAVOURAS DE MILHO
O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, o estágio fenológico das lavouras de milho nos Estados Unidos. As plantas desenvolvendo espigas estão em 94%, ante 88% da semana passada, 93% do ano anterior e abaixo dos 95% da média histórica.
As espigas criando massa está em 58%, ante 42% da semana passada, 58% do ano anterior e 58% da média histórica. O milho em maturação está em 14%, ante 6% da semana anterior, 16% do ano passado e 13% da média histórica.
EUA-CONDIÇÕES DAS LAVOURAS DE MILHO
O USDA informou uma leve piora qualidade das lavouras americanas. 72% das lavouras estão em condições boas/excelentes, ante 73% da semana anterior e 67% do ano passado. 21% em condições regulares, ante 20% da semana passada e 23% do ano ant rior. 7% em pobres/muito pobres, ante 7% da semana anterior e 10% do ano passado.
BRASIL-CONAB-COLHEITA SEGUE ATRASADA
Segundo a Conab, até o dia 09/08 o produtor brasileiro colheu 83,7% da 2ª safra de milho, ante 75,2% da semana anterior. Os trabalhos seguem atrasados em relação aos 94,7% do ano anterior e 84,3% da média de cinco anos.
Fonte: T&F Agroeconômica

Sustentabilidade
Algodão/Cepea: Exportações brasileiras da pluma seguem intensas – MAIS SOJA

As exportações brasileiras de algodão estão intensas. Em outubro, o volume embarcado foi o maior para o mês e o segundo maior de 2025 (abaixo apenas do de janeiro). Segundo pesquisadores do Cepea, as vendas externas têm sido favorecidas pelos avanços do beneficiamento e do escoamento do amplo excedente interno e pelo preço mais atrativo que o praticado no spot nacional.
Na parcial de 2025 (até a primeira semana de novembro), a quantidade exportada pelo Brasil (de 2,326 milhões de toneladas) já está acima do volume escoado nos 12 meses de anos anteriores, com exceção de 2024, quando chegou em 2,77 milhões de toneladas foram embarcadas – dados da Secex. No entanto, pesquisadores do Cepea indicam que, considerando-se o intenso ritmo diário das exportações nacionais neste mês de novembro, é muito provável que o volume total a ser escoado em 2025 supere o do ano passado, se configurando como um novo recorde anual.
Fonte: Cepea
Autor:Cepea
Site: CEPEA
Sustentabilidade
Produtores rurais têm direito à suspensão de dívidas em caso de perda de safra, reafirma decisão judicial do TJRS – MAIS SOJA

Produtores rurais que enfrentam frustração de safra ou prejuízos climáticos comprovados têm respaldo legal para suspender as cobranças, a apreensão de maquinário agrícola e manter o nome limpo do produtor até a análise definitiva do processo judicial. A interpretação foi reafirmada pela Justiça em uma decisão concedida recentemente (04/11), que determinou a suspensão imediata da cobrança de um financiamento agrícola e a exclusão do produtor dos cadastros de inadimplentes, evitando apreensões ou penhoras durante o processo.
Para o advogado Rafael Caferati, especialista em Direito Agrário e do Agronegócio, Direito Bancário e Direito Securitário, o caso é emblemático e traz um retorno da segurança jurídica para todo o setor: “A decisão reconhece que o produtor não pode ser penalizado quando há perdas comprovadas na produção. A lei garante o direito de prorrogar a dívida rural nesses casos e os bancos têm a obrigação de respeitar esse direito, mas é importante que alguns requisitos sejam preenchidos”, explica Caferati.
No processo em questão, o produtor apresentou laudos agronômicos que comprovaram as perdas e havia feito pedido administrativo de prorrogação, negado pelo banco antes do ajuizamento da ação. A Justiça acolheu os argumentos do produtor rural e garantiu a tranquilidade para continuar a produção enquanto o mérito é analisado.
Segundo Caferati, decisões como essa representam um importante recado para o sistema financeiro e um alento para quem vive do agro: “O produtor precisa de estabilidade para produzir e honrar seus compromissos. Quando as instituições financeiras e cooperativas deixam de considerar as condições climáticas e produtivas, a Justiça se torna o único caminho para restabelecer o equilíbrio contratual”, afirma.
O advogado reforça que cada caso deve ser analisado individualmente, com base em documentos técnicos e na legislação rural vigente.“Nosso escritório segue à disposição para avaliar situações semelhantes e garantir que os direitos dos produtores estejam bem informados e sejam respeitados, especialmente diante das instabilidades climáticas que afetam o agronegócio brasileiro”, conclui Caferati.
Nota: Rafael Caferati é advogado especialista em Direito Agrário, Bancário, Securitário e Consumidor, com atuação no escritório Jobim Advogados.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Sustentabilidade
Até 2030, soluções de uso da terra podem responder por 20% a 30% da mitigação climática no Brasil, aponta estudo – MAIS SOJA

A transição climática é um imperativo ambiental que representa, principalmente, um desafio econômico e institucional de grande escala. Devido a seu perfil climático singular, o Brasil tem o potencial de se tornar o principal fornecedor de soluções baseadas na natureza, contribuindo de forma desproporcional para o combate às mudanças climáticas até 2030, ressalta um estudo da consultoria estratégica global Bain & Company em parceria com o BNDES.
Apesar de sua matriz energética predominantemente renovável e um capital natural estratégico para soluções climáticas de relevância global, o país demanda investimentos massivos estimados entre R$ 1 trilhão e R$ 1,2 trilhão até 2030 para atingir seus compromissos relacionados à transição para uma economia de baixo carbono, indica a pesquisa.
Cerca de um terço desse capital, por volta de R$ 400 bilhões, seriam necessários para destravar soluções baseadas na natureza. De acordo com o IPCC, as soluções baseadas no uso da terra e manejo do solo podem contribuir com 20% a 30% das ações de mitigação e adaptação até o final desta década.
“Devido ao volume de investimentos necessários, é impraticável pensar que o setor público dará conta de tudo. Por outro lado, a disposição do mercado em financiar soluções de transição climática ainda é limitada, especialmente em setores emergentes ou com maior complexidade técnica. Esse desinteresse reflete uma equação risco-retorno ainda desbalanceada para grande parte das soluções climáticas. Para resolver isso, será preciso fortalecer no Brasil quatro pilares fundamentais: padronização de normas, tecnologia, cadeia de valor e fomento institucional”, detalha Daniela Carbinato, sócia e líder da prática de sustentabilidade da Bain na América do Sul.
A análise da Bain identificou 15 soluções-chave para a descarbonização, categorizadas em quatro arquétipos de maturidade: rotas tecnológicas concorrentes, soluções emergentes, cadeias nascentes e mercados em desenvolvimento. Cada arquétipo apresenta desafios específicos para mobilização de capital, alinhamento regulatório e consolidação de cadeias produtivas. A complexidade para transpor esses entraves vai além da dimensão financeira e exige uma combinação de ações técnicas, institucionais e de mercado, adaptadas à realidade de cada solução – não há uma resposta única que sirva para todos os contextos.
O estudo aponta que, para superar esses desafios, existem três elementos-chave:
- Desenvolvimento de instrumentos financeiros calibrados por arquétipo: no caso de rotas tecnológicas concorrentes, é fundamental priorizar subsídios e grants para pesquisa e desenvolvimento, além de mecanismos como seguros e garantias que mitiguem os riscos dos primeiros projetos. Nesse cenário, contratos de compra e o envolvimento de empresas já estabelecidas também exercem um papel importante ao sinalizar demanda futura e reduzir incertezas. Já para soluções emergentes, que exigem grande volume de capital, destacam-se o uso de equity catalítico e dívida concessional para absorver riscos mais intensos, junto a mandatos de demanda que ofereçam maior previsibilidade de receita. Quando se trata de cadeias produtivas nascentes, a combinação de dívida concessional, equity estratégico e contratos de offtake de longo prazo pode viabilizar a integração da cadeia, promovendo redução de custos e aumento de escala. Por fim, nos mercados em desenvolvimento, instrumentos como garantias, dívida concessional e contratos de offtake são essenciais para mitigar riscos de demanda e viabilizar a restauração ecológica, especialmente em um contexto no qual o mercado de carbono ainda é predominantemente voluntário.
- Aprofundamento do modelo de Hub Climático: é essencial consolidar plataformas nacionais que facilitem a conexão entre projetos climáticos e capital comercial, promovendo padronização, validação técnica e replicabilidade de projetos-piloto. Além de mobilizar recursos financeiros, essas plataformas têm um papel essencialmente catalisador, ao gerar repertórios de financiamento robustos, reduzir o risco percebido pelos investidores e criar referências comparativas para avaliação de desempenho ambiental e econômico, em consonância com práticas internacionais de blended finance e mecanismos de descarbonização setorial.
- Coordenação público-privada para acelerar a agenda climática do Brasil: combater as mudanças climáticas e posicionar o Brasil como protagonista nessa agenda significa promover um novo paradigma tecnológico-produtivo que reconstrua as bases do crescimento e do desenvolvimento socioeconômico do país. Com a atuação conjunta entre setores privado (produtivo e financeiro) e público, será possível equacionar desafios regulatórios, estruturar planos setoriais com perspectiva de cadeia produtiva e implementar instrumentos de fomento de mercado eficientes será fundamental. Neste novo paradigma, o setor privado é mais que um agente executor, agindo ativamente na construção da agenda de transição. Seu envolvimento garante que as soluções propostas sejam economicamente viáveis, tecnicamente escaláveis e institucionalmente sustentáveis – o que gera retorno e cria oportunidades de crescimento.
A presidência brasileira na COP30 constitui um momento estratégico para posicionar o país como protagonista global, apresentar suas soluções climáticas ao mundo e atrair capital adicional para impulsionar a agenda. Por meio dos três pilares propostos pela Bain, será possível criar previsibilidade, reduzir riscos e acelerar a implementação de soluções climáticas no Brasil, consolidando o país como hub de inovação e liderança na transição para uma economia de baixo carbono, com impactos significativos no desenvolvimento socioeconômico brasileiro.
Fonte: Assessoria de Imprensa Bain & Company
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