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Sustentabilidade

Tarifaço de Trump ‘mexeu’ com o mercado de soja?

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A semana foi marcada por uma combinação de fatores que pressionaram o mercado de soja. Segundo a plataforma Grão Direto, tensões comerciais entre potências, disparada do dólar, queda nas bolsas internacionais e crescente incerteza nas relações geopolíticas criaram um cenário desafiador para o produtor rural brasileiro. O resultado é uma cadeia produtiva impactada diretamente na comercialização, nos custos de produção e na rentabilidade.

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Oferta e demanda

O novo relatório global de oferta e demanda apontou crescimento na produção e nos estoques finais de soja. No Brasil e na Argentina, os dados de produção da nova safra permaneceram inalterados. No entanto, os estoques brasileiros aumentaram, enquanto os argentinos caíram. A China continua como o principal destino da oleaginosa, com importações projetadas em 112 milhões de toneladas.

EUA x China: impasse trava o mercado

A falta de um acordo comercial concreto entre Estados Unidos e China, aliada às novas tarifas impostas pelos norte-americanos ao bloco BRICS, com destaque para a taxação de 50% sobre produtos brasileiros deixou o mercado em estado de alerta. A incerteza aumentou a aversão ao risco, o que afastou os compradores e provocou cautela nos negócios.

Dólar

O impacto cambial foi imediato. O dólar subiu 2,40% na semana, cotado a R$ 5,55. Enquanto isso, os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago registraram fortes quedas. O contrato com vencimento em julho de 2025 recuou 4,92%, com o encerramento a US$ 10,04 por bushel. O contrato de março de 2026 também caiu, com o fechamento a US$ 10,38 por bushel, uma baixa de 3,53%. O mercado físico reagiu de forma mista, com algumas praças em alta e outras, queda.

Exportações brasileiras resistem

Apesar do cenário adverso, as exportações brasileiras de soja seguem firmes. Em julho, somaram 11,93 milhões de toneladas, um crescimento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A China respondeu por cerca de 76% das compras no primeiro semestre de 2025. A forte demanda chinesa, associada a dificuldades logísticas em países concorrentes e ao aumento das taxas de exportação na Argentina, favoreceu o Brasil. No entanto, em relação a junho, houve leve queda, em linha com o padrão sazonal após a colheita.

Brasil x EUA

As tarifas impostas pelos Estados Unidos inicialmente pressionaram os preços internacionais, com receio de retração nas exportações brasileiras e possibilidade de retaliações. Ao mesmo tempo, o dólar valorizado impulsionou a competitividade da soja brasileira no mercado externo, favorecendo exportadores. Porém, a alta cambial também encarece insumos importados e pressiona os custos de produção, além de potencialmente gerar efeitos inflacionários.

Mercado de soja

O cenário atual exige cautela. Há poucos fundamentos que sustentem uma alta expressiva nos preços da soja neste momento. A tendência técnica segue de baixa, com possibilidade de os contratos se aproximarem da faixa de US$ 10,00 por bushel. Ainda assim, a valorização do dólar e o prêmio nos portos brasileiros podem abrir janelas pontuais de oportunidade para negócios estratégicos.

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Sustentabilidade

Capim-amargoso desafia sojicultores e exige manejo estratégico com tecnologias pré e pós-emergentes para manter a produtividade – MAIS SOJA

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A crescente resistência do capim-amargoso (Digitaria insularis) aos herbicidas tradicionais tem colocado os sojicultores em alerta. De difícil controle e alto potencial competitivo, a planta daninha tem causado transtornos em diversas culturas, especialmente na soja onde ocasiona perdas significativas de produtividade, aumento nos custos de produção e riscos operacionais durante o ciclo da cultura. Esta planta daninha possui tolerância a moléculas como glifosato, cletodim e haloxifope além de se reproduzir rapidamente, dificultando ainda mais o manejo nas lavouras.

“Estamos diante de um problema agronômico de grande impacto econômico. O capim-amargoso tem se mostrado cada vez mais resistente e adaptável. Por isso, a adoção de boas práticas agrícolas, aliada a herbicidas eficientes, seletivos e com residual prolongado, é essencial para manter a lavoura limpa. Isto é importante pois,  em casos de infestações severas a perda de produtividade pode ultrapassar 80%”, explica o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Gustavo Corsini.

Estratégia de manejo integrado para controle eficaz

Como parte de sua estratégia para apoiar os agricultores no controle ao capim-amargoso, a IHARA oferece duas soluções complementares. O herbicida YAMATO SC, desenvolvido com tecnologia exclusiva de alta seletividade e longo residual, atua no controle pré-emergente de gramíneas e folhas largas, incluindo o capim-amargoso, além de outras daninhas de difícil controle como capim-pé-de galinha, caruru entre outros. O produto mantém as lavouras limpas de plantas daninhas por mais tempo e não compromete a cultura subsequente.

“O YAMATO SC atua de forma estratégica no início do ciclo da soja. Seu diferencial está na seletividade no longo residual,  além do controle das principais plantas daninhas, permitindo que o sojicultor tenha uma lavoura mais protegida no momento crítico do estabelecimento da cultura”, destaca o engenheiro agrônomo e gerente de Produto Herbicidas da IHARA, Iuri Cosin.

Já o TARGA MAX HT é um herbicida pós-emergente incorporado à geração HT (High Technology), que dispensa adjuvantes. Além de garantir maior eficiência agronômica no controle de gramíneas como o capim-amargoso já instalado, também representa ganhos logísticos e ambientais.

“Com o uso coordenado de tecnologias pré e pós-emergentes, os sojicultores têm em mãos uma estratégia robusta para o manejo do capim-amargoso, diminuindo a pressão de seleção por resistência e aumentando a longevidade dos herbicidas no campo”, explica Corsini

A IHARA investe continuamente em pesquisa para desenvolver soluções que combinem eficiência agronômica e sustentabilidade, sem abrir mão da performance no controle das plantas daninhas.

SOBRE A IHARA

A IHARA é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento que há 60 anos leva soluções para a agricultura brasileira, setor no qual é reconhecida como fonte de inovação e tecnologia japonesa como uma marca que tem a credibilidade e a confiança dos seus clientes. A empresa conta com um portfólio completo de fungicidas, herbicidas, inseticidas, biológicos, acaricidas e produtos especiais somando mais de 80 soluções que contribuem para a proteção de mais de 100 diferentes tipos de cultivos, colaborando para que os agricultores possam produzir cada vez mais alimentos, com mais qualidade e de forma sustentável. Em 2022, a IHARA ingressou no segmento de pastagem, oferecendo soluções inovadoras para o pecuarista brasileiro. Para mais informações, acesse o site da IHARA.

 Fonte: Assessoria de Imprensa IHARA



 

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Sustentabilidade

A nova métrica da Agricultura – MAIS SOJA

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Por Silvia Masshurá, Pedro Abel Vieira, Antônio Marcio Buainain, José Garcia Gasques*

A produtividade agrícola brasileira é, historicamente, um dos pilares do desenvolvimento do setor agropecuário nacional. Nas últimas décadas, o crescimento da produção no campo não se deu por expansão desenfreada da área cultivada, mas por ganhos expressivos de eficiência. E a medição deste indicado possui uma metodologia específica, aceita mundialmente: a Produtividade Total dos Fatores (PTF) — que relaciona o volume total produzido ao conjunto de insumos utilizados. Entre 1975 e 2023, enquanto os insumos cresceram 1,35 vezes, o produto agrícola brasileiro aumentou 5,7 vezes. A diferença é explicada por inovação, conhecimento, políticas públicas e tecnologia. É um feito notável da pesquisa agrícola e do esforço dos agricultores.

Mas esse modelo de aferição, eficaz para avaliar desempenho técnico e econômico, precisa ser atualizado – segundo um consenso entre os especialistas. Afinal, em tempos de emergência climática, compromissos globais e cobrança por justiça social, a produtividade não pode mais ser medida apenas pela lógica da maximização da produção com uso eficiente de insumos. É necessário incorporar outras dimensões fundamentais — entre elas, os impactos ambientais e sociais do processo produtivo.

A PTF tradicional, ao mesmo tempo que faz uma boa aferição da qualidade de nossa produção agrícola, ignora variáveis como desmatamento, perda de biodiversidade, contaminação de solos e águas, ou emissões de gases de efeito estufa. Isso implica que um sistema agrícola pode registrar elevados ganhos de produtividade, gerando mais alimentos, mas causando degradação ambiental. Esse paradoxo não é mais aceitável.

Em resposta a esse desafio, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) criou em 2022 um grupo de trabalho dedicado a revisar o conceito de produtividade à luz da sustentabilidade. A proposta é clara: reconhecer que ganhos de eficiência devem vir acompanhados de responsabilidade ambiental. Reduções no uso de recursos naturais e queda nas emissões e conservação ambiental, por exemplo, devem ser incorporada como indicadores de produtividade — e não vistas como custos externos ou desvios de rota.

No caso brasileiro, esse debate ganha ainda mais relevância. A agricultura nacional multiplicou sua produção sem ampliar na mesma proporção as emissões de gases de efeito estufa. Entre 1990 e 2023, a produção agropecuária aumentou 3,5 vezes, enquanto as emissões cresceram menos de duas vezes — de 100 para 188. A inovação fez a diferença: se a intensidade de emissões tivesse permanecido nos níveis de 1990, o setor teria hoje quase o dobro de emissões. Isso mostra que eficiência ambiental e econômica podem andar juntas — desde que haja esforço, objetivo e ciência por trás das decisões.

Esse descolamento entre produção e emissões é resultado direto da elevação da produtividade, captada pela PTF, e do avanço tecnológico no campo. Se a intensidade das emissões tivesse se mantido nos níveis de 1990, as emissões da agropecuária em 2023 seriam da ordem de 356 — quase o dobro do valor real. A inovação, portanto, não apenas ampliou a produção, como também contribuiu para mitigar os impactos ambientais do setor.

Mas há outro ponto crítico: a PTF tampouco distingue entre realidades produtivas distintas. Grandes produtores com acesso a tecnologia e crédito não podem ser comparados, sob o mesmo indicador, a agricultores familiares em condições de vulnerabilidade. O risco é mascarar desigualdades e induzir políticas que aprofundam as assimetrias. Uma agricultura verdadeiramente eficiente é aquela que também promove inclusão, qualidade de vida e justiça social.

Nesse novo cenário, a inovação deixa de ser apenas um vetor de produtividade e se torna a principal ferramenta para resolver a equação mais exigente do nosso tempo: como produzir mais, com menos impacto ambiental, mais inclusão social e rentabilidade econômica sustentável. Trata-se de um salto conceitual. A agricultura deve ser julgada não apenas por quanto produz, mas por como e para quem produz.

Por isso, é urgente desenvolver mecanismos complementares de avaliação que revelem o que a PTF tradicional não enxerga. Métricas que considerem geração de empregos de qualidade, respeito aos direitos sociais e preservação ambiental. Instrumentos que orientem políticas públicas, premiem boas práticas e valorizem quem concilia produtividade com responsabilidade.

O Brasil tem um enorme potencial para liderar essa transformação. Dispõe de instituições científicas consolidadas, como a Embrapa, de agricultores experientes e de uma base de conhecimento tropical única no mundo. Cabe agora construir uma nova régua de avaliação do desempenho agrícola — uma régua mais justa, ampla e coerente com os desafios contemporâneos.

Silvia Mashurrá é presidente da Embrapa; Pedro Abel Vieira é pesquisador da Embrapa; Antônio Marcio Buainain é professor da Unicamp; José Garcia Gasques é pesquisador do Ipea

Fonte: Embrapa



 

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Sustentabilidade

Previsão do tempo de 28/jul a 12/ago de 2025 para a Metade Sul do RS – MAIS SOJA

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Por Jossana Ceolin Cera, Consultora Técnica do Irga Meteorologista

Segunda (28/07): O ciclone extratropical está na costa do RS, e provoca ventos fortes, principalmente sobre a faixa Leste. A chuva também segue sobre boa parte do Estado. Com o tempo nublado e ventoso, as temperaturas não sobem muito à tarde, devendo ficar entre 12 e 15°C, com sensação térmica menor.

Terça (29/07): O sistema se afasta e o tempo seco volta a predominar em todo o Estado. A previsão é de sol entre nuvens e temperaturas mínimas entre 4 e 7°C e máximas entre 13 e 16°C.

Quarta (30/07) e quinta (31/07): O tempo seco e ensolarado predominará em todo o RS. A quarta pela manhã terá as menores mínimas, podendo fazer entre 3 e 6°C na Campanha. Já entre a tarde e noite de quinta, a nebulosidade volta a aumentar, assim como as temperaturas máximas, que poderão chegar aos 22°C no Centro do Estado.

Sexta (01/08) e sábado (02/08): O dia já amanhece nublado em todo o RS, e até o final do dia, a chuva deve avançar pelo Oeste. Ao longo do sábado, a frente fria avançará sobre as demais regiões. Na sequência, as temperaturas declinam um pouco, devendo haver mínimas entre 6 e 9°C na Campanha.

O RS deverá ter predomínio do tempo seco até o dia 12 de agosto, com um fraco sistema passando entre os dias 09 e 08 de agosto, que causarão aumento da nebulosidade e pequeno risco de chuva.

Os acumulados de 15 dias deverão variar entre 10 mm no Oeste a no máximo 50 mm no Sul do Estado.

Fonte: Irga



 

FONTE

Autor:Instituto Rio Grandense do Arroz

Site: IRGA

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