Sustentabilidade
Chicago/CBOT: A soja em estável com relatório de moagem sustentando a cotação – MAIS SOJA

Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 15/10/2025
FECHAMENTOS DO DIA 15/10
O contrato de soja para novembro fechou em estável, a $ 1.006,50. A cotação de janeiro encerrou estável, a $ 1.024,25. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 0,58% ou $ 1,6/ton curta, a $ 275,9. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 0,45% ou $ 0,23/libra-peso, a $ 50,80.
ANÁLISE DA ESTABILIDADE
A soja negociada em Chicago fechou o dia de forma estável. As cotações da oleaginosa captaram pequenos ganhos em alguns meses, ou zeram a variação. A NOPA divulgou um relatório positivo para a moagem de soja nos EUA, mostrando volume recorde para setembro, sendo um volume 11,6% superior ao de 2024. Os estoques de óleo de soja são os menores registrados em nove meses. Isso em um contexto em que o presidente Trump publicou que poderiam “facilmente produzir óleo de cozinha por conta própria, sem precisar comprá-lo da China”. A tensão entre EUA e China está aquecida nos últimos dias, o que pressiona diretamente o produtor de soja americano.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
VAI E VEM DE TRUMP (baixista)
Enquanto a colheita avança sem problemas, os preços da soja estão passando por um dia volátil em Chicago, impulsionados pelas idas e vindas do governo Trump sobre a relação comercial EUA-China. A situação variou desde o cancelamento quase certo da cúpula Trump-Xi na sexta-feira, quando o presidente disse não havia motivos para a reunião após acusar a China de se tornar hostil a “todos os países do mundo” em relação aos controles sobre as exportações de terras raras, até as declarações do secretário do Tesouro, Scott Bessent, hoje de que Trump “está pronto” para se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul ainda este mês. Nesse sentido, não houve informações do lado chinês sobre se a reunião realmente ocorrerá.
MAIS AMEAÇAS DE TRUMP-CORTAR IMPORTAÇÃO DE ÓLEO DE COZINHA (baixista)
Para aumentar a confusão — e tornar um acordo que colocaria o gigante asiático de volta na lista de destinos da soja americana ainda mais imprevisível — ontem, Trump ameaçou a China com a interrupção da compra de óleo de cozinha usado (OAU) chinês devido à decisão de Pequim de não importar soja americana.
“Acredito que o fato de a China propositalmente não comprar nossa soja e causar dificuldades aos nossos produtores de soja constitui um ato economicamente hostil. Estamos considerando encerrar negócios com a China em óleo de cozinha e outros itens comerciais em retaliação. Por exemplo, podemos facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos; não precisamos comprá-lo da China”, escreveu Trump ontem no Truth Social. Além do fato de serem negócios incomparáveis devido à sua escala econômica, as compras americanas de OAU chinês são mínimas até o momento em 2025, após o Congresso decidir remover os incentivos fiscais para o uso desse produto importado na produção de biodiesel, a fim de beneficiar o maior uso do óleo de soja local.
OS NÚMEROS DAS COMPRAS CHINESAS DE SOJA NOS EUA (baixista)
Mas para entender melhor a desleixo da comparação feita por Trump entre as vendas de soja dos EUA para a China e as compras de soja chinesa pelos EUA, os dados são os melhores: com as vendas de soja para a China, os Estados Unidos arrecadaram quase US$ 18 bilhões em 2022, valor que caiu para pouco mais de US$ 15 bilhões em 2023 e US$ 12,6 bilhões em 2024, quando compraram pouco mais de 22 milhões de toneladas de soja. Até agora, em 2025, o comércio da oleaginosa rendeu aos cofres americanos apenas US$ 2,463 bilhões, com as vendas de grãos de 2024/2025 encerradas antes da entrada em vigor das tarifas. Em contraste, nesses mesmos anos, a China embolsou US$ 117 milhões em 2022, US$ 762 milhões em 2023 e US$ 12,6 bilhões em 2024. 1,175 bilhão em 2024 e 389 milhões até agora neste ano.
SEM VENCEDORES (baixista)
“Guerras comerciais e tarifárias não têm vencedores, nem beneficiam ninguém. Ambos os lados devem resolver suas diferenças por meio do diálogo e da consulta, com base na igualdade, no respeito e no benefício mútuo”, disse hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma declaração que tem sido repetida como um mantra desde o início das hostilidades comerciais. “A posição da China tem sido consistente e cristalina”, acrescentou a autoridade.
EUA-RELUTÂNCIA DOS AGRICULTORES (altista)
Além de tudo isso, um dos fatores que sustentam os preços da soja — o mesmo se aplica ao milho — é a relutância dos produtores americanos em aceitar os níveis de preços atuais,
que consideram muito deprimidos.
Fonte: T&F Agroeconômica
Sustentabilidade
Milho/RS: Condições climáticas favoreceram a semeadura em todo o Estado – MAIS SOJA

O predomínio de tempo seco e de temperaturas amenas, especialmente à noite, favoreceu a cultura de milho durante o período, permitindo o trânsito de máquinas e o avanço na semeadura em todo o Rio Grande do Sul. Contudo, nas regiões Sul e Nordeste, a semeadura está atrasada em relação ao restante do Estado.
Foram semeados 74% do total estimado. De modo geral, as lavouras apresentam desenvolvimento adequado. Estão 98% em estádio vegetativo e 2% em floração.
O estado fitossanitário segue satisfatório. Foi dada continuidade ao manejo das plantas daninhas e à aplicação da adubação nitrogenada de cobertura, especialmente em lavouras em estádio V2 a V4. Em relação a pragas, há incidência expressiva de cigarrinha-do-milho no Alto Uruguai. Já nas demais regiões do Estado, o monitoramento, realizado pela Emater/RS-Ascar em conjunto com os agricultores, indica baixa incidência, sem prejuízos significativos.
Na Safra 2025/2026, a área total alcançará 785.030 hectares, segundo dados iniciais da Emater/RS-Ascar. A produtividade projetada é de 7.376 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ba na Fronteira Oeste, a predominância de tempo mais seco favoreceu a semeadura, diferentemente do período anterior, quando a operação foi prejudicada pelo excesso de chuvas. O manejo fitossanitário para controle de doenças e de insetos também foi beneficiado pelas condições meteorológicas.
Na de Caxias do Sul os índices de umidade no solo foram favoráveis para a evolução da semeadura. Estão semeados 50% do projetado. Nos Campos de Cima da Serra, a semeadura ainda não começou devido às baixas temperaturas do solo, comuns nesta época do ano.
Na de Erechim a semeadura está próxima do fim, e as demais áreas estão em crescimento vegetativo. A sanidade e o aspecto fitossanitário seguem adequados no período.
Na de Frederico Wes phale 100% das lavouras estão em estádio vegetativo. O estado fitossanitário é considerado satisfatório. Ainda há significativa incidência de cigarrinha-domilho e de percevejo, conforme observado nas armadilhas monitoradas pela Emater/RSAscar
Na de Ijuí está baixa a incidência de cigarrinha-do-milho. As condições climáticas do período favoreceram o crescimento das plantas.
Na de Passo Fundo, 10% dos cultivos estão na fase de germinação e 90% em crescimento vegetativo.
Na de Pelotas, em comparação ao período anterior, a semeadura evoluiu pouco, totalizando 6%. A germinação e a emergência dos cultivos estão adequadas.
Na de Santa Rosa as lavouras estão em crescimento vegetativo. Foi efetuado manejo de plantas daninhas em pós-emergência. A presença de cigarrinha-do-milho é considerada baixa, mas há relatos de incidência significativa de percevejo em algumas áreas.
Na de Soledade a semeadura do cedo está finalizada, e as lavouras estão em estágio vegetativo. Prossegue a operação nas áreas intermediárias, ainda incipientes. Há baixa presença de cigarrinha-do-milho, e os produtores fazem aplicação preventiva de inseticidas.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,63%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 62,06 para R$ 62,45.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1889 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1889
Site: Emater RS
Sustentabilidade
ClimaCast – RTC traz atualizações climáticas – MAIS SOJA

Acompanhar as projeções climáticas é essencial para posicionar práticas e estratégias de manejo em culturas agrícolas. De acordo com a atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC, os próximos dias devem ser marcados por volumes expressivos de chuvas no Rio Grande do Sul, especialmente a região Noroeste do estado.
Com relação aos fenômenos climatológicos ENSO (El Niño e La Niña), até então, os prognósticos climáticos indicam um resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, demonstrando uma tendência da ocorrência de La Niña, caso continue a queda da temperatura do Pacífico Equatorial.
Figura 1. Probabilidade da ocorrência dos fenômenos ENSO.
De acordo com modelos climatológicos, a maior probabilidade do resfriamento do Pacífico Equatorial tem indicando uma tendência de ocorrência do La Nina, mesmo que, de baixa intensidade e curta duração (figura 2).
Figura 2. Probabilidade de ocorrência dos fenômenos ENSO por diferentes modelos climatológicos.

Caso as projeções se concretizem, o esperado é uma La Niña de baixa intensidade, mas que ainda assim possa impactar o volume de chuvas no Rio Grande do Sul, fato que demanda maior cuidado no posicionamento das culturas de verão. Contudo, conforme destacado por Sentelhas, a presença do La Niña não significa a ausência de chuvas, apenas a redução do volume acumulado para o período no Rio Grande do Sul (anomalia negativa).
Confira abaixo as atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC.
Confira as atualizações do canal Rede Técnica Cooperativa – RTC, clique aqui e inscreva-se agora no canal
Referências:
IRI. PREVISÃO ENSO. Columbia Climate School: International Research Institute For Climate And Society, 2025. Disponível em: < https://iri.columbia.edu/our-expertise/climate/forecasts/enso/current/ >, acesso em: 16/10/2025.
Sustentabilidade
Plantio de arroz no Rio Grande do Sul chega a 38,05% – Irga – MAIS SOJA

A semeadura do arroz no Rio Grande do Sul já alcança 38,05% da área prevista para a Safra 2025/2026, segundo dados atualizados dela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do IRGA. Até o momento, foram semeados 350.126,4 ha dos 920.081 hectares de intenção total no Estado.
A Região que mais se aproxima do encerramento da semeadura, é a Zona Sul, que já registra 83,25% da área semeada, ou seja, 130.323,4 hectares. O avanço expressivo é resultado da eficiência dos produtores e das condições climáticas favoráveis registradas nas últimas semanas.
Outro destaque, é o avanço no desempenho da Região da Fronteira Oeste, maior área cultivada com arroz do estado, que vinha com menores índices e na última semana, evoluiu de 3,68% para 34,39%, registrando 93.477 hectares semeados. Um aumento significativo, e de grande importância para os produtores da região que vinham enfrentando longos períodos com chuvas intensas, prejudicando diretamente a qualidade do solo.
Na região da Campanha, os dados indicam 39.639 hectares semeadas, o que representa, 29,22% da intenção. Já na Região Central, são 13,99%, ou seja, 16.886 hectares. O relatório atualizado informa ainda, que na Região da Planície Costeira Interna, os hectares semeados representam 34,85% da intenção, ou seja, 48.950 ha, enquanto na Região da Planície Costeira Externa, são 20.851 hectares, representando 21,97% da intenção de semeadura de arroz.
O Gerente da Dater, Luiz Fernando Siqueira comenta a importância dos dados atualizados, “era uma expectativa muito grande a evolução da semeadura na Fronteira Oeste, considerando a importância da região para o setor, e ficamos satisfeitos em ver que a janela permitiu o trabalho no campo. Ainda temos números a serem alcançados e que irão guiar como será o cenário da safra. Seguimos acompanhando os produtores e em seguida, veremos a conclusão de semeadura na primeira região, na Zona Sul”, pontua Luiz.
As informações são do Irga.
Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News
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