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Sustentabilidade

Levantamentos apontam baixa densidade de cigarrinha-do-milho e pequeno risco de infecção no RS e SC – MAIS SOJA

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Embora não cause danos diretos expressivos, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis e Leptodelphax maculigera) é considerada uma das principais pragas da atualidade no sistema de produção agrícola pelos seus danos indiretos. A cigarrinha é o principal vetor da transmissão dos enfezamentos do milho, doenças causada por microrganismos, em especial, fitoplasmas e espiroplasmas. Essas doenças apresentam elevada capacidade de reduzir a produtividade do milho, podendo em alguns casos, até mesmo inviabilizar a lavoura, com perdas de até 100% da produtividade em casos mais severos (Cota et al., 2021).

Figura 1. Redução do tamanho de espigas e problemas de polinização/granação em plantas afetadas por enfezamentos.
Foto: Felipe Souto

Considerando que a cigarrinha é o principal vetor de transmissão dos enfezamentos, o controle desse vetor constitui uma das principais estratégias para o manejo dos enfezamentos. Contudo, vale destacar que ainda não há nível de ação pré-estabelecido para o controle da cigarrinha-do-milho, uma vez que a capacidade  do inseto em transmitir os enfezamentos está condicionada a indivíduos infectados com os molicutes, e não a densidade populacional da praga.

No entanto, manter o monitoramento das áreas de cultivo, tanto no período entressafra quando durante o período crítico de interferência da cigarrinha (de VE a V5) é determinante para o bom posicionamento de práticas de controle, reduzindo o impacto indesejado dos enfezamentos sobre o milho. Nesse sentido, levantamentos vêm sendo realizados pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) em diferentes regiões de cultivo no Rio Grande do Sul.

Conforme resultados obtidos a partir da coleta de cigarrinhas em plantas voluntárias de milho nos meses de Julho e Agosto, há uma baixa presença das cigarrinha no campo, com baixa densidade de insetos contaminados, indicando um baixo potencial de danos para o presente período (figura 2). No entanto, vale destacar que mesmo com uma baixa população de cigarrinha nas áreas agrícolas, é determinante adotar práticas de manejo integradas que possibilitam a redução do dano ocasionado pelos enfezamentos no milho.

Figura 2. Infectividade da cigarrinha do milho. Levantamento de Julho e Agosto – RTC.
Fonte: RTC

No estado de Santa Catarina, o monitoramento da cigarrinha-do-milho vem sendo realizado pela EPAGRI. Conforme resultados observados no primeiro levantamento da safra 2025/2026, até então, há uma média de 5,41 cigarrinhas por armadilha. O levantamento contempla 50 lavouras distribuídas em todo o estado de Santa Catarina.

Embora com mais de 5 cigarrinhas por armadilha, o monitoramento da EPAGRI não identificou a presença de indivíduos infectados com os molicutes associados aos enfezamentos, contudo, foi identificada a presença do vírus do raiado-fino em amostras coletadas nas cidades de Mafra, Bom Jesus do Oeste e Tunápolis. A recomendação é que os produtores realizem o manejo inicial da lavoura com inseticidas químicos, complementando com produtos biológicos sempre que possível (Moraes, 2025).

Figura 3. Populações de cigarrinha-do-milho e infecção da cigarrinha-do-milho com os patógenos dos enfezamentos e viroses em Santa Catarina.
Fonte: Moraes (2025)

Acompanhar o monitoramento da cigarrinha-do-milho e das populações infectadas pode auxiliar no posicionamento de práticas de manejo para mitigar os efeitos dessas doenças sobre o milho. No entanto, vale destacar que independentemente da densidade populacional da praga durante os períodos de safra e entressafra, as boas práticas de manejo, integradas ao controle químico devem ser inseridas no sistema de produção a fim de reduzir o impacto negativo causado pelas cigarrinhas na produtividade do milho.


Veja mais: Suscetibilidade da cigarrinha do milho a inseticidas



Referências:

COTA, L. V. et al. MANEJO DA CIGARRINHA E ENFEZAMENTOS NA CULTURA DO MILHO. Embrapa Milho e Sorgo, 2021. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1130346/manejo-da-cigarrinha-e-enfezamentos-na-cultura-do-milho >, acesso em: 22/08/2025.

MORAES, K. H. A. PRIMEIRO MONITORAMENTO PARA A SAFRA 2025/26 INDICA INFESTAÇÃO DE CIGARRINHAS-DO-MILHO DENTRO DO ESPERADO E AUSÊNCIA DE BACTÉRIAS. EPAGRI, 2025. Disponível em: < https://www.epagri.sc.gov.br/monitoramento-da-cigarrinha-do-milho/ >, acesso em: 22/08/2025.

 

 

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Sustentabilidade

ClimaCast – RTC traz atualizações climáticas – MAIS SOJA

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Acompanhar as projeções climáticas é essencial para posicionar práticas e estratégias de manejo em culturas agrícolas. De acordo com a atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC, os próximos dias devem ser marcados por volumes expressivos de chuvas no Rio Grande do Sul, especialmente a região Noroeste do estado.

Com relação aos fenômenos climatológicos ENSO (El Niño e La Niña), até então, os prognósticos climáticos indicam um resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, demonstrando uma tendência da ocorrência de La Niña, caso continue a queda da temperatura do Pacífico Equatorial.

Figura 1. Probabilidade da ocorrência dos fenômenos ENSO.
Fonte: IRI (2025)

De acordo com modelos climatológicos, a maior probabilidade do resfriamento do Pacífico Equatorial tem indicando uma tendência de ocorrência do La Nina, mesmo que, de baixa intensidade e curta duração (figura 2).

Figura 2. Probabilidade de ocorrência dos fenômenos ENSO por diferentes modelos climatológicos.
Fonte: IRI (2025)

Caso as projeções se concretizem, o esperado é uma La Niña de baixa intensidade, mas que ainda assim possa impactar o volume de chuvas no Rio Grande do Sul, fato que demanda maior cuidado no posicionamento das culturas de verão. Contudo, conforme destacado por Sentelhas, a presença do La Niña não significa a ausência de chuvas, apenas a redução do volume acumulado para o período no Rio Grande do Sul (anomalia negativa).

Confira abaixo as atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC.


Confira as atualizações do canal Rede Técnica Cooperativa – RTC, clique aqui e inscreva-se agora no canal


Referências:

IRI. PREVISÃO ENSO. Columbia Climate School: International Research Institute For Climate And Society, 2025. Disponível em: < https://iri.columbia.edu/our-expertise/climate/forecasts/enso/current/ >, acesso em: 16/10/2025.

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Sustentabilidade

Plantio de arroz no Rio Grande do Sul chega a 38,05% – Irga – MAIS SOJA

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A semeadura do arroz no Rio Grande do Sul já alcança 38,05% da área prevista para a Safra 2025/2026, segundo dados atualizados dela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do IRGA. Até o momento, foram semeados 350.126,4 ha dos 920.081 hectares de intenção total no Estado.

A Região que mais se aproxima do encerramento da semeadura, é a Zona Sul, que já registra 83,25% da área semeada, ou seja, 130.323,4 hectares. O avanço expressivo é resultado da eficiência dos produtores e das condições climáticas favoráveis registradas nas últimas semanas.

Outro destaque, é o avanço no desempenho da Região da Fronteira Oeste, maior área cultivada com arroz do estado, que vinha com menores índices e na última semana, evoluiu de 3,68% para 34,39%, registrando 93.477 hectares semeados. Um aumento significativo, e de grande importância para os produtores da região que vinham enfrentando longos períodos com chuvas intensas, prejudicando diretamente a qualidade do solo.

Na região da Campanha, os dados indicam 39.639 hectares semeadas, o que representa, 29,22% da intenção. Já na Região Central, são 13,99%, ou seja, 16.886 hectares. O relatório atualizado informa ainda, que na Região da Planície Costeira Interna, os hectares semeados representam 34,85% da intenção, ou seja, 48.950 ha, enquanto na Região da Planície Costeira Externa, são 20.851 hectares, representando 21,97% da intenção de semeadura de arroz.

O Gerente da Dater, Luiz Fernando Siqueira comenta a importância dos dados atualizados, “era uma expectativa muito grande a evolução da semeadura na Fronteira Oeste, considerando a importância da região para o setor, e ficamos satisfeitos em ver que a janela permitiu o trabalho no campo. Ainda temos números a serem alcançados e que irão guiar como será o cenário da safra. Seguimos acompanhando os produtores e em seguida, veremos a conclusão de semeadura na primeira região, na Zona Sul”, pontua Luiz.

As informações são do Irga.

Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News



 

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Produção brasileira de trigo 25/26 é revisada para cima e deve alcançar 7,5 milhões de toneladas – MAIS SOJA

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A estimativa para a produção de trigo na safra 2025/26 no Brasil foi revisada para cima e agora é projetada em 7,5 milhões de toneladas, um avanço de 2% em relação ao levantamento anterior, segundo a StoneX, empresa global de serviços financeiros.

De acordo com o consultor em Gerenciamento de Riscos da companhia, Jonathan Pinheiro, o novo número reflete uma melhora na produtividade dos estados do Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde a produção foi elevada para 3,3 milhões de toneladas. “As condições climáticas têm sido favoráveis, com boa umidade nas lavouras gaúchas, o que tem impulsionado o desempenho da safra na região”, afirma o consultor.

Na região Sudeste, embora tenha havido um pequeno corte nas projeções para o estado de São Paulo, em função de um clima mais seco, as perspectivas gerais seguem positivas para a produção no estado.

Com o avanço da colheita nas próximas semanas, a expectativa é que a safra se consolide com um volume semelhante ao registrado no ciclo 2024/25, mesmo diante de uma redução significativa da área plantada em relação ao ano anterior.

No balanço de oferta e demanda, a única alteração relevante foi o reajuste na produção, que impactou diretamente os estoques finais, agora estimados em 528,8 mil toneladas. Ainda assim, o mercado segue atento aos efeitos da taxa de câmbio sobre as operações comerciais.

“A tendência dos últimos meses foi de valorização do real, o que prejudica as exportações brasileiras de trigo. Contudo, mais recentemente, a moeda voltou a se desvalorizar frente ao dólar, o que tende a favorecer a competitividade nacional. Além disso, dependendo do ritmo das exportações, as importações também podem ser influenciadas, diante da necessidade de garantir o abastecimento interno do cereal”, conclui Pinheiro.

Sobre a StoneX 

A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado. Também atua em banco de câmbio, inteligência de mercado, corretagem, mercado de capitais de dívida, fusões e aquisições, investimentos, trading e ESG – consultoria de soluções sustentáveis.

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Fonte: Assessoria de Imprensa StoneX



 



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