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Colheita do milho alcança 96,38%, enquanto algodão segue atrasado devido ao clima

A colheita das culturas de milho e algodão em Mato Grosso continua atrasada em Mato Grosso, contudo a do cereal caminha para a sua reta final com as máquinas tendo passado já por 96,38% da área destinada ao grão nesta safra 2024/25. A demora nos trabalhos na temporada é creditada às condições climáticas, que desde a soja vem causando transtornos aos produtores.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o milho avançou 6,01 pontos percentuais na variação semanal. A evolução possibilitou que a colheita se aproximasse da média das últimas cinco safras de 97,53%, porém o ritmo segue atrás dos 99,91% registrados no mesmo período do ano passado para a temporada 2023/24.
Em termos de regiões, a médio-norte segue na liderança com 99,43% da área colhida, enquanto a sudeste é a mais atrasada em relação às demais com 85,95%.
Algodão ainda engatinha
Enquanto a colheita do milho entra na reta final em Mato Grosso, a do algodão ainda engatinha. O Estado colheu apenas 18,27% da área em seis semanas. Nesta mesma época o ano passado estava com 34,70% da fibra colhida, ou seja, uma diferença de 16,34 pontos percentuais. Ao se comparar com a média das últimas cinco safras, a diferença aumenta um pouco mais, uma vez que ela é de 35,49% para o período.
“Este cenário de atraso está atrelado às condições climáticas no estado, que levaram ao alongamento do ciclo, além de certa resistência na abertura dos capulhos em algumas lavouras, devido às temperaturas mais baixas registradas em algumas regiões, o que tem comprometido o avanço da colheita, de acordo com informantes do Imea”, explicou o Instituto em seu boletim semanal do algodão divulgado no último dia 28 de julho.
Ao se analisar a variação semanal, o avanço, conforme o Imea, foi de 8,52 pontos percentuais.
A região nordeste é a mais adiantada com o algodão com 40,65% da sua área colhida, seguida do sudeste com 23,71%. A mais atrasada é a oeste, uma das principais produtoras da fibra, com 10,13%.
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STF retomará julgamento sobre lei de MT

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará no plenário virtual, entre 24 de outubro e 3 de novembro, o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.774, que questiona a constitucionalidade da Lei 12.709/2024 de Mato Grosso.
A norma veda a concessão de benefícios fiscais e doação de terrenos públicos a empresas signatárias de acordos comerciais como a moratória da soja. O ministro Luís Roberto Barroso cancelou o pedido de destaque que havia feito em 9 de outubro, devolvendo o caso ao formato virtual.
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O placar está em 4 a 1 pela inconstitucionalidade parcial da lei. O relator Flávio Dino votou para restabelecer o artigo que proíbe benefícios fiscais apenas a partir de 1º de janeiro de 2026, acompanhado por Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Edson Fachin (com ressalvas). Dias Toffoli divergiu.
A data coincide com a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de 30 de setembro, que determinou a suspensão da moratória também a partir de janeiro de 2026. O período até dezembro de 2025 foi estabelecido para negociações entre empresas e governo.
O acordo da moratória da soja
A moratória da soja, firmada em 2006, é um acordo entre tradings, indústrias, ONGs e governo que veda compra de soja de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008, mesmo dentro do limite legal de 20% permitido pelo Código Florestal. Cerca de 30 empresas são signatárias.
Além de Mato Grosso, estados como Pará, Rondônia e Tocantins aprovaram leis similares contra o pacto, todas questionadas no STF. Os estados alegam que o acordo extrapola o Código Florestal. As empresas defendem que é um compromisso voluntário de mercado.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou confiar que a moratória será encerrada em janeiro de 2026. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) sustenta que o acordo é reconhecido internacionalmente como instrumento de combate ao desmatamento.
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu, em 23 de setembro, um processo para investigar uso de estrutura pública pelo Ministério do Meio Ambiente em apoio ao acordo, atendendo pedido da Comissão de Agricultura da Câmara.
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Chuvas limitadas em MG impedem início do plantio da safra de soja

O início do plantio da safra 25/26 de soja, em Patos de Minas, no centro-oeste de Minas Gerais, ainda depende da regularização das chuvas, segundo a Emater local. As precipitações são fundamentais para o andamento adequado dos trabalhos em campo e, por isso, os sojicultores seguem atentos à situação climática.
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Segundo o engenheiro agrônomo, Fernando José da Silva, na região, os produtores estão prontos para iniciar o cultivo nos 33 mil hectares previstos, mas a umidade no solo é insuficiente. Em outubro, foram apenas dois dias de precipitação, totalizando 7 milímetros acumulados. A expectativa é de volumes melhores a partir da próxima semana.
Caso as condições climáticas se confirmem, a produtividade média esperada é de 3.900 quilos por hectare, nível semelhante ao registrado na safra anterior.
Números de soja em MG
No estado de Minas Gerais, conforme levantamento da Safras & Mercado, o plantio de soja deve alcançar 2,41 milhões de hectares em 2025/26, crescimento de 1,3% sobre a safra passada (2,38 milhões de hectares).
A produção estadual é estimada em 9,544 milhões de toneladas, alta de 1,8% em relação às 9,378 milhões obtidas em 2024/25. O rendimento médio projetado é de 3.980 quilos por hectare, ligeiramente acima dos 3.960 quilos/ha da temporada anterior.
Agro Mato Grosso
Produtores de MT estocam grãos após superlotação em principal porto usado para transporte da soja

Produção cresceu mais que capacidade de estocagem e pressiona o sistema logístico nacional. Especialistas apontam necessidade de triplicar o ritmo de expansão dos armazéns para equilibrar fluxo até o porto.
Em Mato Grosso, maior produtor de soja do país, a capacidade de armazenagem não tem acompanhado o ritmo acelerado da produção. A cada safra, o campo colhe mais do que consegue guardar. O resultado é um efeito dominó que chega até o Porto de Santos, principal saída da oleaginosa para o mercado internacional.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a produção de grãos no estado cresce cerca de 10% ao ano, enquanto a capacidade de armazenagem avança apenas 3,3%. Para equilibrar essa conta até 2034, seria necessário triplicar o ritmo atual de expansão dos silos.
Em entrevista à TV Centro América, o coordenador de inteligência de mercado do IMEA, Rodrigo Silva, informou que o estado precisaria crescer 11% ao ano para compensar o déficit atual e acompanhar o aumento da produção nos próximos anos.
Segundo o diretor de operações da Ferrovia Interna do Porto de Santos, Edson Citelli, com a falta de espaço para estocar, muitos produtores são obrigados a escoar a soja durante a colheita. Isso gera um pico de demanda por transporte e embarque, sobrecarregando a estrutura logística
.O impacto é sentido especialmente entre março e maio, quando o volume de grãos descarregados e embarcados atinge o auge.
“Quando a safra chega, vem como uma avalanche. Todo mundo precisa entregar ao mesmo tempo. Isso desestabiliza o sistema. A falta de regularidade dificulta o planejamento e aumenta o risco de gargalos”, afirmou.
Armazenagem em fazenda gera economia e maior estratégia
Para quem consegue investir em estrutura própria, os benefícios vão além da logística. O agricultor Marino Franz informou que estocar o grão na propriedade permite negociar melhores preços e reduzir custos com frete.
“Se você tiver caixa para segurar a soja até o segundo semestre, normalmente consegue um preço melhor. O mesmo vale para o milho”, disse.
De acordo com o coordenador operacional de armazém, César de Oliveira, a estocagem ajuda também no reaproveitamento de resíduos da pré-limpeza — como pedaços de vagem e películas — e ajuda a reduzir custos com energia e alimentação dos animais.
O coordenador de armazém, Jorge Luis Kleen, disse que para manter a boa qualidade da safra no armazém, os produtores contam com ajuda de tecnologias como monitoramento de temperatura e umidade, ventilação e repouso, que se tornam essenciais para estocar o grão, antes do carregamento.
“Se detectamos aquecimento, fazemos aeração para esfriar. Se não resolver, removemos o produto”, contou.
🛥️Santos busca soluções integradas
Em entrevista, o diretor da RUMO —- uma empresa brasileira de infraestrutura ferroviária, João Marcelo Alves, disse que o Porto de Santos está se adaptando com empresas de trading que estão investindo em novos armazéns para atender à demanda crescente.
“A modernização acompanha a demanda. A ideia é oferecer uma solução logística integrada, com armazenagem, transporte e posicionamento estratégico. O Porto de Santos vai ser sempre a melhor alternativa. Então cabe a nós discutirmos a solução interna que vai viabilizar isso”, afirmou.
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A logistica procura novas formas de lidar com a sobrecarga das safras de MT nas estruturas Ferroviarias — Foto: TVCA/Reprodução
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