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Fórum internacional em Foz do Iguaçu discute futuro da soja e defesa comercial

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Foz do Iguaçu (PR) sedia nesta semana a 27ª edição do Diálogo Internacional dos Produtores de Oleaginosas (IOPD), um dos principais fóruns globais sobre soja, milho e outras oleaginosas. O evento, que começou na terça-feira (22) e segue até sexta (25), reúne representantes de Brasil, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Paraguai e Austrália para debater sustentabilidade, defesa comercial e os rumos do agronegócio mundial.

Organizado pela Aprosoja Mato Grosso e Aprosoja Brasil, o encontro tem como foco a segurança alimentar, a inovação tecnológica e as novas exigências ambientais impostas ao setor. Estão em pauta temas como mudanças climáticasrastreabilidadebarreiras comerciais e os impactos da geopolítica global nas exportações.

Logo no primeiro dia, lideranças internacionais defenderam a articulação entre países exportadores frente às legislações que afetam o comércio global, como as normas antidesmatamento da União Europeia. Também foram destacados os avanços tecnológicos da produção tropical, com exemplos do Brasil e Paraguai, e oportunidades de mercado por meio de novas parcerias internacionais.

Além das questões regulatórias, o IOPD tem aprofundado discussões sobre inovação no campo, como o uso de tecnologias digitais, manejo inteligenteboas práticas agrícolas e tendências de consumo nos diferentes mercados.

Outro tema central do fórum é o impacto do tarifaço anunciado pelos Estados Unidos, que aumentou em 50% as tarifas sobre produtos brasileiros. O setor da soja e da proteína animal é o mais afetado, e especialistas alertam para a necessidade de diversificação de mercados e fortalecimento da imagem do agronegócio brasileiro como um fornecedor confiável e sustentável.

Com encerramento previsto para esta sexta-feira, o evento reforça a importância do diálogo internacional entre produtores para enfrentar os desafios do comércio global e fortalecer a posição do setor no cenário internacional.

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Mato Grosso inaugura gasoduto de 39 km para abastecer o Distrito Industrial em Cuiabá | MT

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Um trecho de 39 quilômetros de gasoduto foi inaugurado nesta sexta-feira (25) para abastecer diretamente as indústrias localizadas no Distrito Industrial de Cuiabá. Segundo o governo de Mato Grosso, o investimento de R$ 40 milhões foi viabilizado por meio de uma parceria com a Bolívia, que será responsável pelo fornecimento do gás natural.

Com a nova estrutura, o gás chega canalizado às empresas, o que elimina os custos com compressão e descompressão exigidos no transporte rodoviário, atualmente feito por caminhões. A mudança representa uma redução significativa nos custos operacionais para o setor produtivo.

Três empresas já estão conectadas à nova rede, a Sanear, a Greca Asfaltos e a Milan Móveis. De acordo com o presidente da MT Gás, Aécio Rodrigues, sete contratos já foram assinados e outros 30 estão em fase de adesão. A capacidade do gasoduto permite atender até 260 indústrias, com distribuição diária de até 186 mil metros cúbicos de gás natural.

Além da vantagem econômica, o governo avalia que o uso do gás natural contribui para a redução de impactos ambientais ao substituir combustíveis mais poluentes, como o óleo diesel. Isso também facilita o acesso das empresas a linhas de crédito sustentáveis e certificações ESG (ambiental, social e de governança).

O contrato firmado com a Bolívia prevê uma cláusula de compensação, garantindo o equilíbrio econômico-financeiro do projeto em caso de consumo abaixo do volume contratado. A expectativa é que, em uma segunda etapa, o fornecimento de gás canalizado seja expandido para postos de combustíveis, o que deve reduzir o preço do Gás Natural Veicular (GNV) e beneficiar diretamente os consumidores.

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Agro forte; Diversificação de mercados faz de MT o 2º Estado menos impactado por tarifa dos EUA

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O fortalecimento das relações comerciais com outros mercados internacionais colocam Mato Grosso como o segundo Estado do país menos impactado pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelos Estados Unidos. Em 2024, apenas 1,5% das exportações mato-grossenses tiveram como destino os Estados Unidos, conforme levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ficando atrás apenas de Roraima, que tem 0,3%.

O resultado é reflexo direto da política de diversificação de mercados e valorização da pauta exportadora promovida pelo Governo de Mato Grosso. O Estado ampliou significativamente suas vendas ao mercado chinês, que é destino de 45,9% das exportações, e, com isso, reduziu sua dependência de parceiros tradicionais.

“Mato Grosso é um exemplo para o mundo e esses dados refletem a solidez da estratégia comercial do Estado. Nossa posição de destaque no comércio exterior se deve à nossa capacidade de diversificar mercados e ampliar a competitividade dos nossos produtos, além de produzir com qualidade, sustentabilidade e preços justos. Em momentos de crise, o produtor mato-grossense sempre encontra um caminho. É essa força que sustenta nosso protagonismo no comércio exterior e garante a resiliência da nossa economia frente a qualquer desafio global”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

Mato Grosso exportou US$ 14,69 bilhões no primeiro semestre de 2025 e vendeu produtos para 147 países diferentes. Além da China, os países que tiveram destaque foram: Turquia (5,10%), Espanha (4,20%), Vietnã (3,72%) e Tailândia (3,66%). Os Estados Unidos ficaram na 15ª colocação.

Os produtos mais vendidos por Mato Grosso são soja (57,56%), algodão (11,5%), tortas e resíduos da extração do óleo de soja (9,61%), carne bovina congelada (8,69%) e milho (3,48%).

Novos produtos em alta

A diversificação da pauta exportadora inclui produtos com alta demanda no mercado asiático, como pulses e DDG (grãos secos de destilaria com solúveis). Mato Grosso se destaca como maior produtor nacional de etanol de milho, do qual o DDG é subproduto, utilizado como ração animal.

Já entre os pulses, o destaque é o gergelim, grão do qual Mato Grosso responde por 70% da produção nacional. A China, maior importadora mundial do produto, vem se consolidando como parceira estratégica do estado também nesse segmento, com potencial crescente de demanda por fibras e óleos vegetais.

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Empresas chinesas desenvolvem novos transgênicos adaptados ao clima do Brasil

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O Brasil é o maior fornecedor de soja para a China, respondendo por cerca de 70% das compras externas chinesas, mas 97% da oleaginosa embarcada tem tecnologia de transgenia da Bayer. Esse cenário deve mudar nos próximos anos. Empresas chinesas e centros de pesquisa trabalham no desenvolvimento de novos transgênicos adaptados ao clima tropical para serem lançados no Brasil.

A investida chinesa pode acirrar a disputa no mercado de tecnologia de sementes, que hoje tem como principais concorrentes Bayer, Basf, Corteva e Syngenta. A China tem em fase comercial cinco variedades de soja, duas de milho e uma de algodão desenvolvidas por instituições do país.

As empresas Da Bei Nong Group (DBN), LongPing High-Tech, e KingAgroot já pediram autorização à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para testar suas sementes de soja no Brasil.

A DBN, que está no Brasil há quatro anos, conseguiu liberação da CTNBio para testar em campo três variedades de soja transgênica com resistência a insetos e herbicidas. “A gente trouxe eventos de soja que já têm aprovação na China, o que gera possibilidade de plantio quase que imediato no Brasil, porque o país compra essas variedades”, afirmou Othon Abrahão, gerente geral da DBN Brasil.

Segundo ele, a expectativa é ter sementes para venda aos produtores do Brasil em 2028. Abrahão disse ainda que a empresa desenvolve pesquisas no Brasil e na Argentina com algodão e milho, em parceria com o Grupo Don Mario (GDM).

O plano da DBN, afirmou o vice-presidente de negócios para América do Sul, Suping Geng, é submeter no Brasil pedido de liberação para testes com uma nova tecnologia de soja com resistência a insetos e a dois tipos de herbicidas. “Nossa meta é chegar em dez anos a 30% de participação de mercado no Brasil com nossos genes em variedades da GDM”, disse.

O Laboratório Nacional da Baía de Yazhou, em Sanya, na província chinesa de Hain, firmou uma parceria recente com a Embrapa Soja para a troca de conhecimentos sobre agricultura tropical. “Acho bom o aumento da competição no setor, isso nos leva a produzir mais ciência e melhorar a qualidade da soja. Um país não pode depender da tecnologia de uma ou poucas empresas”, disse o pesquisador Weicai Yang, do Laboratório Nacional da Baía de Yazhou.

Ele e o pesquisador Zhixi Tian, do mesmo laboratório, participaram nesta semana do X Congresso Brasileiro da Soja, promovido pela Embrapa Soja, onde falaram sobre as pesquisas em desenvolvimento para agricultura tropical, que devem chegar ao Brasil nos próximos anos.

Um dos trabalhos consiste na seleção de genes que permitem à planta produzir mais nódulos nas raízes, favorecendo o fornecimento de açúcares para as bactérias responsáveis pela fixação de nitrogênio. “Isso pode aumentar a produtividade da planta em mais de 10%”, disse Zhixi Tian.

Segundo Weican Yang, a maioria das pesquisas tem como foco o aumento da produtividade da soja, com resistência a insetos, herbicidas e doenças, mas há tecnologias em desenvolvimento com outros fins, como uma soja com alto teor de GABA (ácido gama-aminobutírico), um neurotransmissor que tem efeitos na redução da pressão arterial e no relaxamento, e soja enriquecidas com vitaminas. Outra linha em estudo é de soja com alto teor oleico. “Nosso primeiro foco é a soja, o segundo será o algodão e o terceiro talvez seja a cana-de-açúcar”, disse Yang.

A LongPing High-Tech, do Grupo Citic, um dos maiores conglomerados econômicos da China, instalou-se no Brasil em 2017 e trabalha atualmente no país com híbridos de milho e sorgo, mas desenvolve pesquisas em biotecnologia, para trazer soja transgênica ao país. Procurada, a empresa não quis dar detalhes sobre o assunto.

A KingAgroot, que também tem autorização da CTNBio para testar soja transgênica no Brasil, desenvolve sementes com resistência a insetos, herbicidas e doenças. No mundo, o grupo já solicitou mais de 1,9 mil patentes de inovação, e 482 foram concedidas. A empresa não respondeu ao pedido de entrevista.

Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja, já esteve na China 12 vezes em missões técnicas e relata otimismo acerca da parceria da instituição com o laboratório chinês. “Eles têm muita gente e muito recurso. Estão usando a tecnologia para obter ganhos genéticos mais rapidamente. Nós exportamos 80 milhões de toneladas de soja para a China no ano passado e 97% tinham genética da Bayer. É muito importante ter mais competidores neste mercado”, disse.

A Embrapa Soja forneceu a hospedagem à jornalista

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