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Trump impõe tarifas ao México e à União Europeia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (12) novas tarifas de 30% sobre produtos importados do México e da União Europeia. A medida deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto e amplia o escopo da nova ofensiva comercial americana, que já inclui Brasil, Japão, Coreia do Sul e Canadá.
O anúncio de Trump ocorre em um momento de crescente tensão comercial entre os Estados Unidos e seus principais parceiros. Desde que reassumiu a presidência, o republicano tem adotado uma postura agressiva nas negociações internacionais, buscando rever acordos e impor tarifas como forma de pressionar por mudanças nas regras comerciais. A justificativa central tem sido a proteção da indústria americana e a correção de déficits considerados excessivos. A nova rodada de tarifas, agora voltada ao México e à União Europeia, reflete essa estratégia e aprofunda o clima de instabilidade nos mercados globais.
O anúncio foi feito diretamente nas redes sociais do presidente, acompanhado da divulgação de cartas enviadas à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e à presidente do México, Claudia Sheinbaum. Nos documentos, datados da sexta-feira (11), Trump justifica as tarifas como “necessárias” para proteger os interesses norte-americanos e afirma que novas retaliações contra os EUA poderão resultar em impostos ainda mais altos.
Em carta endereçada à presidente da Comissão Europeia, Donald Trump afirmou que os Estados Unidos não podem mais tolerar os déficits comerciais persistentes com a União Europeia, que classificou como resultado de políticas tarifárias e não tarifárias injustas adotadas pelo bloco. Segundo o presidente, a relação comercial entre as duas potências tem sido desequilibrada há anos. “Nosso relacionamento tem sido, infelizmente, longe de ser recíproco”, escreveu Trump, ao defender a tarifa de 30% como uma forma de corrigir esse desequilíbrio. Em 2024, o déficit comercial dos EUA com a UE chegou a US$ 235,6 bilhões, segundo dados oficiais do governo americano.
A resposta europeia veio poucas horas depois. Ursula von der Leyen alertou que a imposição da tarifa comprometeria cadeias de suprimentos transatlânticas vitais, afetando negativamente empresas, consumidores e até pacientes nos dois continentes. A líder da Comissão Europeia afirmou que o bloco segue aberto ao diálogo, mas sinalizou que não aceitará passivamente as medidas unilaterais de Washington. “Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger os interesses da UE, incluindo a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário”, declarou. Apesar da tensão, os 27 países-membros da União Europeia ainda esperam um desfecho diplomático antes do prazo de 1º de agosto.
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Congresso de Agronomia: produtividade com sustentabilidade

A engenharia agrônoma e toda a cadeira produtiva do agro brasileiro volta o foco para Maceió, Alagoas, a partir deste dia 14 de outubro, para difundir conhecimento, inovação e experiências que pretendem moldar o futuro da agronomia no Brasil. Em sua trigésima quarta edição, o Congresso Brasileiro de Agronomia – CBA 2025 – tem como tema Produtividade com Sustentabilidade.
Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), através da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra) realiza o evento com 6 salas temáticas simultâneas, mais de 65 palestras e painéis, mais de 300 trabalhos científicos apresentados, 130 palestrantes especialistas entre eles, Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e embaixador da FAO para o cooperativismo, falando sobre o tema: O Engenheiro Agrônomo do Futuro, e Aldo Rebelo, ex-ministro, que falará sobre “A Importância do Engenheiro Agrônomo para a Segurança Alimentar”.
Entre os temas também figuram os debates, trabalhos e exposições do evento a nanotecnologia e robótica para agricultura sustentável, startups e inovação no campo, agronomia como protagonista da transição energética, políticas públicas, e muito mais.
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Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.
A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Critérios territoriais e impacto no campo
Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.
Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.
“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.
Endividamento e burocracia
Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.
Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.
Pedido de revisão
A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.
Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.
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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.
Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.
O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.
Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.
O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.
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