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Sustentabilidade

Análise Ceema: Bushel de trigo registrou reação positiva nesta semana em Chicago – MAIS SOJA

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Por Argemiro Luís Brum

O bushel de trigo igualmente registrou reação positiva nesta semana, em Chicago. O mesmo fechou a quinta-feira (03) em US$ 5,47, contra US$ 5,21 uma semana antes. Já a média de junho fechou em US$ 5,40, sendo ela 3% superior à média registrada em maio.

Nos EUA, o relatório de plantio indicou uma redução de 1% em toda a área de trigo semeada naquele país, em comparação ao ano de 2024. A mesma deverá ficar em 18,4 milhões de hectares. Enquanto isso, os estoques do cereal, na posição de 1º de junho, somaram 23,2 milhões de toneladas, com aumento de 22% sobre o mesmo período do ano anterior

E no Brasil, os preços, para o produto de qualidade superior, se mantiveram em R$ 70,00/saco no Rio Grande do Sul e R$ 78,00 no Paraná.

As intensas chuvas, seguidas de frio rigoroso, com fortes geadas, causaram estragos nas lavouras. No primeiro caso, especialmente no Rio Grande do Sul, e no segundo caso no Paraná e outras regiões produtoras, com plantio mais avançado. Além disso, as chuvas atrasaram novamente o plantio.

Segundo o Deral, no dia 30/06, a semeadura da atual safra de trigo atingia a 96% da área esperada, sendo que 84% das lavouras estavam em boas condições, 9% regulares e 7% ruins. E no Rio Grande do Sul, o plantio chegava a 45%, interrompido que foi, mais uma vez, pelas chuvas intensas e contínuasno final da semana anterior e início da presente semana. Em termos de Brasil, o plantio gira ao redor de 65% da área esperada, neste início de semana.

Em tal contexto, uma oferta menor do que a já reduzida expectativa inicial, no Brasil, pode gerar pressão altista nos preços na virada do ano. No entanto, muito irá depender do comportamento cambial e da oferta externa, particularmente da Argentina, que espera uma colheita mais elevada nesta próxima safra. Dito isso, e contrariando esta possibilidade, há consultorias indicando que “os preços internos devem permanecer pressionados, entre agosto de 2025 e janeiro de 2026, girando em torno de R$ 1.400,00/tonelada no Paraná e R$ 1.300,00/tonelada no Rio Grande do Sul.

A partir de fevereiro de 2026, os mercados interno e externo podem se alinhar em patamares mais altos, entre R$ 1.500,00/tonelada no Paraná e R$ 1.400,00/tonelada no Rio Grande do Sul. Em tal quadro, o alerta é que a qualidade do grão será determinante: uma safra com bom padrão poderá reduzir as importações e sustentar preços mais elevados. Caso contrário, os moinhos menos capitalizados podem impulsionar uma nova onda de preços baixos, repetindo o cenário de margens apertadas para os grandes players do setor” (cf. TF Agronômica).

Por enquanto, no que diz respeito à safra velha gaúcha, a mesma continua travada, com interesse apenas para embarques em agosto e preços entre R$ 1.330,00 e R$ 1.430,00/tonelada, sem referência clara para julho. O cenário de preços baixos em plena entressafra surpreende o mercado e pressiona as margens dos moinhos, que enfrentam dificuldades para fechar novos contratos. Já a safra nova não tem movimentação significativa, com forte redução nas vendas de sementes e estimativa de queda de 6,3% na produção do Rio Grande do Sul, conforme a Conab. Já em Santa Catarina, repetindo o Rio Grande do Sul, as geadas não causaram danos, já que os plantios são mais tardios ou ainda recentes.

No Paraná, ao contrário, a geada foi considerada a mais forte dos últimos 15 anos, atingindo áreas com trigo em frutificação e formação de grãos. Técnicos alertam para possíveis prejuízos, mas os danos ainda serão avaliados nos próximos dias. O mercado paranaense também é atingido pelo trigo importado, principalmente argentino e paraguaio, com valores CIF entre R$ 1.400,00 e R$ 1.500,00/tonelada. Essa concorrência tem forçado recuos nos preços pagos ao produtor paranaense, porém, o lucro médio do mesmo ainda gira em torno de 7% acima do custo de produção, estimado em R$ 73,53/saco (cf. TF Agronômica in: Agrolink).

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

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Sustentabilidade

USDA reduz números de soja nos EUA e Brasil em ‘modo turbo’ na comercialização

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O ritmo dos negócios da soja no Brasil em junho apresentou boa evolução, com preços oscilando em uma margem estreita, próxima da estabilidade. Os dados divulgados pela consultoria Safras & Mercado apontam que, apesar da queda dos preços em Chicago e do dólar mais baixo, os prêmios positivos no mercado interno superaram esses efeitos, favorecendo a continuidade das negociações.

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Com a ampla oferta da commodity, o produtor brasileiro tem aproveitado o momento para avançar nas vendas, garantindo maior rentabilidade. No cenário internacional, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou uma redução na área plantada naquele país, dentro das expectativas do mercado e com impacto limitado nas cotações globais.

Conforme o relatório da consultoria, com dados até 4 de julho, a comercialização da safra brasileira 2024/25 já alcança 69,8% da produção projetada, avanço em relação aos 64% registrados em 6 de junho. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 77,5%, enquanto a média dos últimos cinco anos para o período é de 82,1%. Considerando uma safra estimada em 172,45 milhões de toneladas, isso equivale a 120,43 milhões de toneladas comercializadas até agora.

Além disso, a comercialização antecipada, que inclui soja que ainda será colhida na safra 2025/26, representa 16,4% da produção projetada, ou 25,28 milhões de toneladas, um avanço em relação aos 10,8% registrados em 6 de junho. No ano passado, o percentual era de 18,2%, com média histórica de 23,2%.

No cenário dos Estados Unidos, o USDA estimou que a área plantada com soja em 2025 totalizará 83,4 milhões de acres, 4% menor que os 87,05 milhões de acres cultivados em 2024. O número ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que apontava para 83,65 milhões de acres, e também inferior à estimativa do relatório de intenções de plantio divulgado em março, que indicava 83,495 milhões de acres.

A redução ou estabilidade da área ocorreu em 25 dos 29 estados produtores, refletindo ajustes regionais e tendências de mercado. Em relação aos estoques trimestrais de soja em grão dos EUA, dados de 1º de junho indicam um total de 1,008 bilhão de bushels, volume 4% superior ao do mesmo período de 2024 e acima da expectativa do mercado, que era de 971 milhões de bushels.

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Análise Ceema: Cotações do milho subiram nesta semana, fechando a quinta-feira em US$4,31 em Chicago – MAIS SOJA

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Por Argemiro Luís Brum

A cotação do milho, para o primeiro mês em Chicago, igualmente subiu nesta semana, com o bushel do cereal fechando a quinta-feira (03) em US$ 4,31, contra US$ 4,09 uma semana antes. A média de junho ficou em US$ 4,30/bushel, registrando um recuo de 4,2% sobre a média de maio.

O relatório de plantio, divulgado no dia 30/06, confirmou um aumento de área semeada nos EUA em 5% sobre o ano anterior, enquanto os estoques, na posição de 1º de junho, somaram 117,9 milhões de toneladas, significando um recuo de 7% sobre a mesma época de 2024.

Enquanto isso, no Brasil os preços do milho cederam mais um pouco. A média gaúcha fechou em R$ 62,45/saco, enquanto nas principais praças o produto ficou em R$ 60,00. Nas demais regiões do país os valores oscilaram entre R$ 45,00 e R$ 63,00/saco.

Dito isso, a Stone X avança que a safra de verão brasileira teria ficado em 25,6 milhões de toneladas, enquanto a segunda safra seria de 108,2 milhões (em números revisados). Assim, a produção total de milho, em 2024/25, chegaria a 136,1 milhões de toneladas (incluindo pouco mais de 2 milhões de toneladas da terceira safra nacional). Diante disso, o consumo interno seria de 89,5 milhões de toneladas, sustentado pela produção de etanol. Já as exportações somariam 42 milhões de toneladas.

Por outro lado, a colheita de milho da safrinha teria chegado a 19,5% da área semeada, contra 47,1% no ano passado nesta época e 27,3% na média histórica (cf. PátriaAgroNegócios).

Já a colheita no Centro-Sul brasileiro teria alcançado a 18% da área até o dia 26/06, contra 49% no mesmo período do ano anterior (cf. AgRural). Para esta consultoria, a safrinha chegaria a 103 milhões de toneladas e a produção total nacional alcançaria a 130,6 milhões de toneladas.

E a Conab informa que, até o dia 28/06, apenas 17% das lavouras da segunda safra haviam sido colhidas no país todo, contra 47,9% no mesmo período do ano passado e 28,2% na média das últimas cinco safras. A destacar que as recentes geadas provocaram prejuízos nas lavouras do Paraná.

Neste sentido, o Deral indicou que 68% das áreas a colher estavam em boas condições, 18% regulares e 14% como ruins.

Por sua vez, o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) indicou que o preço médio do saco de milho no Mato Grosso fechou a semana anterior em R$ 39,84, deixando o produto abaixo dos R$ 39,91/saco estipulado como mínimo pela Conab. Lembrando que, quando o preço médio fica abaixo do Preço Mínimo, o governo pode intervir com políticas públicas como leilões para formação de estoque regulador, a fim de assegurar uma remuneração mínima ao produtor.

Enfim, estudos recentes indicam que, em relação a safra 2025/26, a combinação de custos elevados, oscilações cambiais e incertezas no mercado internacional tem preocupado especialistas e agricultores, especialmente nas regiões do Cerrado, Sul e Sudeste do país. Como o Brasil importa entre 70% a 75% dos feritilizantes que consome, um aumento de 10 centavos na taxa de câmbio pode significar quase R$ 5,00 a menos no preço do saco de milho (cf. Céleres). Em tal contexto, os produtores precisam de um rigoroso planejamento financeiro para fazer frente aos desafios do mercado do milho, o que vale igualmente para a soja e o trigo.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

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Preços domésticos de algodão encerram junho em queda, acompanhando perdas em Nova York – MAIS SOJA

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O mercado de algodão encerrou junho com preços fracos no físico brasileiro, em linha com as perdas na Bolsa de Nova York. A demanda doméstica esteve mais presente no início do mês, trabalhando com preços firmes, mas foi diminuindo o ritmo ao longo dos últimos dias e, com isso, derrubou suas bases. Do lado da oferta, os vendedores mantiveram uma postura cautelosa, o que limitou o volume comercializado, informou a Safras Consultoria.

Em Rondonópolis, no Mato Grosso, os preços da pluma em junho ficaram em torno de R$ 4,23/libra-peso, caindo para R$ 3,94/libra-peso nesta quinta-feira, 3 de julho. Já na comparação com a semana passada, o recuo foi de 0,58%.

Para o algodão entregue à indústria em São Paulo, o valor alcançou R$ 4,09/libra-peso na quinta-feira (3), com desvalorização semanal de 0,49% e mensal de 6,62%, quando trocava de mãos, respectivamente, a R$ 4,11/libra-peso e a R$ 4,38/libra-peso.

USDA

A área total plantada com algodão nos Estados Unidos em 2025 deverá ocupar 10,120 milhões de acres. A previsão é do relatório de área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta segunda-feira (30). O número representa um recuo na área frente a 2024, quando foram cultivados 11,183 milhões de acres.

Analistas consultados por agências internacionais apontavam de 8,8 a 9,985 milhões de acres em junho, com média de 9,735 milhões de acres.

Contando apenas o algodão upland, a área deve chegar a 9,949 milhões de acres, recuo frente a 2024, quando somou 10,976 milhões. A área do algodão pima também deve registrar queda, atingindo 171 mil acres – em 2024 foram 207 mil acres.

Fonte: Sara Lane – Safras News



 

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