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Mancha-alvo e ramulária tiram o sono de produtores e ameaçam produtividade do algodão

A qualidade do nosso algodão e o desempenho expressivo das nossas lavouras levaram o Brasil ao topo da exportação mundial do produto. Mas para permanecer como referência, é preciso estar preparado para enfrentar ameaças que causam impactos gigantescos ao setor, como as doenças foliares. Destaque para a ramulária e a mancha-alvo que, juntas, chegam a causar prejuízos em torno de R$ 4 bilhões a cada safra.
Na Fazenda Santo Expedito, em Jaciara, sudeste de Mato Grosso, a soja é a principal cultura na primeira safra. Ocupa 4.800 hectares. Na segunda, o algodão ganha espaço. São 2.300 hectares este ano, prestes a serem colhidos e com desempenho animador.
“Temos querendo fechar acima de 300 arroba de média esse ano na fazenda. Vamos ver se tiramos 10% a mais que o ano passado”, Luis Antônio Huber, gerente de produção.
Mas, por trás deste otimismo, também há motivos de atenção. As doenças foliares avançam silenciosamente nas lavouras, e a ramulária é uma das principais preocupações.
“Quando ela entrou mais forte, que a gente não conhecia, a gente já teve estimava perca até de 20%. O aprendizado que a gente já vem adotando é você fazer o monitoramento, para eles poder identificar a doença na fase inicial da cultura para poder fazer aplicações mais assertiva”, Luis Antônio Huber, gerente de produção.
E a ramulária não é a única preocupação na lavoura de algodão. A mancha-alvo, também causada por um fungo, vem se espalhando em alguns talhões e exige um manejo rigoroso. Na fazenda, a doença considerada de difícil controle, tem elevado os custos e pode prejudicar a produtividade da pluma.
“Ela se tornou um problema nos últimos quatro anos. Tira o sono, dá preocupação e ela vai tendo em vários lugares na planta, nas brácteas e ela acaba derrubando a folha”, Luis Antônio Huber, gerente de produção.
A pesquisadora Mônica Müller, da Fundação MT, tem acompanhado de perto os desafios no controle das doenças foliares.

“Elas são responsáveis aí, principalmente, por desfolha na cultura do algodoeiro e para a mancha-alvo, a gente ainda tem uma agravante, porque ela também ocorre na cultura da soja, né? Enquanto que a ramulária é uma doença específica aí da cultura do algodão hoje, que a gente tem no campo, não ocorrendo na cultura da soja, mas igualmente danosa aí na cultura do algodão. Ramulária, inclusive, ela tem maior, causa maior dano do que a mancha-alvo hoje na cultura do algodão, apesar da gente estar vendo aí uma maior ocorrência da mancha-alvo nesses últimos anos, ela tem essa predominância em anos mais chuvosos, anos em que a cultura está mais fechada, que a gente não conseguiu fazer tão bem o regulador na cultura do algodão, a gente vê a mancha-alvo aí como protagonista, ainda assim a ramulária tem ocorrido, mesmo que em menor intensidade, mas com uma capacidade de dano aí é muito grande também na cultura do algodão”, Mônica Müller, pesquisadora fitopatologista da Fundação MT.
Cenário que coloca todo o setor produtivo em estado de alerta.

“Crescimento da ramulária e mancha-alvo, como doenças têm levado o produtor a aumentar de 34% até 40% o a participação desse problema no custo de produção. E isso representa uma perda de em torno de 4 bilhões de reais em cada safra. A grande mensagem é que eles não estão sozinhos, tanto o produtor de soja quanto de algodão, tem gente pensando em solução para eles. A ciência está a serviço da busca dessa solução. Nós temos um sistema regulatório que envolve Ibama, Anvisa e Mapa, ultrapassado. Apesar de ter uma lei que foi aprovada o ano passado, ela ainda tá em discussão, não está totalmente implementada, porque não foi regulamentada e isso dificulta. Leva 10 anos até para entrar uma molécula nova no Brasil, a molécula que tá em uso aqui na Argentina, no Paraguai, no resto do mundo e não chegou aqui porque não foi registrado. E com isso a gente é obrigado a usar continuamente, praticamente, um os mesmos produtos. E isso possibilita que o fungo, tanto da mancha-alvo, quanto da ramulária, adquira a resistência e fortaleça. Nós temos pregado que tem que haver uma rotação de ingrediente ativo, né, e procurar não aplicar mais de duas vezes o mesmo produto na mesma safra. Só que isso é praticamente impossível. Então, nós estamos numa linha de risco muito grande, devido a ao atraso e a dificuldade com a legislação brasileira e em atrair para o Brasil e trazer investimentos ou moléculas novas que possam ser melhores para o meio ambiente, para saúde em geral e mais eficientes, talvez até com menor custo, né, propiciando menos perda na lavoura que já representa ganho”, Márcio Portocarrero, diretor executivo Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
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preços atingem os menores patamares do ano

Os preços do milho operam, neste começo de julho, nos menores patamares deste ano na maior parte das regiões acompanhadas. Isso de acordo com os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o centro de pesquisas, a pressão vem sobretudo da maior oferta do cereal no spot nacional. Vendedores estão mais flexíveis nos valores de negociação.
Ainda que o ritmo de colheita da segunda safra esteja abaixo do verificado em 2024, o Cepea já observa restrições na capacidade de armazenagem. A baixa paridade de exportação também reforça o movimento de queda nos preços.
Do lado da demanda, pesquisadores explicam que muitos compradores adquirem apenas lotes pontuais para consumo imediato, apostando na continuidade dos recuos.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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preços seguem em queda, mesmo com avanço da colheita

Com o avanço da colheita do feijão carioca em Minas Gerais e Goiás, os preços do grão recuaram de forma mais expressiva ao longo da semana passada. É isso o que indicam os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo pesquisadores do centro de pesquisas, verifica-se a entrada de lotes com boa qualidade no mercado, mas parte dos empacotadores segue restringido as compras. Estes demandantes adquirem novos lotes apenas para renovação de estoques.
Nesse cenário, o Cepea observa pressão sobre os preços dos grãos comerciais e também sobre os lotes de melhor padrão.
No Paraná, principal produtor de feijão preto, o Deral/Seab aponta que 98% da área da segunda safra havia sido colhida até 30 de junho.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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mesmo com avanços na comercialização preços recuam

As melhores condições climáticas favoreceram a retomada dos trabalhos de campo na última semana. A melhora foi registrada em todas as regiões produtoras de mandioca acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o centro de pesquisas, ainda que boa parte continue priorizando o plantio da safra 2025/26, outros seguem com interesse pela comercialização, visando sobretudo se capitalizar.
Com ligeiro aumento na demanda industrial, os preços cederam menos que nas semanas anteriores.
Assim, os levantamentos do Cepea mostram que o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 498,53 (R$ 0,8670/grama de amido). O valor representa recuo de 1,9% em relação à semana anterior e de 11% desde o final de abril.
Ainda, assim, comparando-se a período equivalente do ano passado, a média atual está 2% acima, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI).
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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