Connect with us

Business

Chicago opera no vermelho com clima favorável nos EUA e à espera do USDA

Published

on

Os contratos do milho operam com preços mais baixos nas negociações da sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) desta segunda-feira (30).

Após um breve movimento de recuperação no último pregão, o mercado volta a operar em baixa. O cereal é pressionado pelo clima quente e pelas chuvas bem distribuídas no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que favorecem o desenvolvimento das lavouras.

Os contratos com entrega em dezembro estão cotados a US$ 4,07 1/2 por bushel, baixa de 4 centavos de dólar, ou 0,97%, em relação ao fechamento anterior.

No Brasil, a expectativa também é de uma segunda safra robusta. Com esse cenário, os investidores mantêm cautela enquanto aguardam a divulgação dos relatórios do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), marcada para as 13h desta segunda-feira.

Para a área plantada de milho, a expectativa do mercado é de que ela possa ocupar 95,242 milhões de acres na safra 2025/26, volume que fica abaixo dos 95,326 milhões de acres estimados em março. A área, entretanto, deve ficar acima dos 90,954 milhões de acres cultivados na temporada 2024/25. Nos estoques trimestrais na posição 1° de junho, o mercado espera que eles sejam indicados em 4,648 bilhões de bushels de milho, volume que fica abaixo dos 4,997 bilhões de bushels indicados na posição 1 de junho de 2024.

Na posição 1° de março de 2025, os estoques haviam sido indicados em 8,151 bilhões de bushels. Na sexta-feira (27), o milho fechou com alta nos preços. O mercado consolidou uma recuperação técnica, sustentada por um movimento de cobertura de posições vendidas, em compasso de espera dos relatórios de área plantada e de estoques trimestrais dos Estados Unidos na posição 1 de junho, que serão divulgados na segunda-feira (30). Na semana, a posição setembro/25 acumulou perdas de 3,29%. Na sessão, os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam com alta de 7,50 centavos, ou 1,85%, cotados a US$ 4,11 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com avanço de 6,00 centavos, ou 1,42%, cotados a US$ 4,27 por bushel.

Continue Reading

Business

Mercado externo recua e interno ganha força na soja de MT

Published

on

A safra de soja 2024/25 em Mato Grosso apresenta um cenário misto. Mesmo com uma produção robusta de 50,893 milhões de toneladas, a demanda internacional pela commodity está abaixo do esperado.

De janeiro a maio deste ano, o estado registrou o menor volume de exportações dos últimos dois anos para esse período, o que obrigou o mercado a rever suas projeções. Conforme análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a expectativa de embarques foi ajustada para baixo em 0,83%, ficando agora estimada em 30,80 milhões de toneladas

Por outro lado, o consumo interno tem ganhado fôlego. A elevação da mistura obrigatória de biodiesel no diesel para B15, anunciada no mês passado e prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto, deve aquecer a demanda por parte das indústrias processadoras, mesmo com uma das fábricas do estado fora de operação.

Mesmo assim, o volume destinado ao mercado interno mato-grossense foi revisado para cima, com crescimento de 0,45% em relação ao relatório anterior, alcançando 12,99 milhões de toneladas.

Como reflexo desse novo equilíbrio entre produção, exportações e consumo doméstico, os estoques finais também foram ajustados. A nova projeção aponta para um aumento de 17,19% frente à estimativa anterior, totalizando 1,36 milhão de toneladas ao final da temporada.


Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Continue Reading

Business

Exportação de soja em junho cai 3,9% em volume e 12,5% em receita

Published

on

O Brasil exportou 13,42 milhões de toneladas de soja em grão em junho, queda de 3,9% em relação ao volume do mesmo mês de 2024, quando os embarques somaram 13,96 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) com base em 20 dias úteis de movimentação em ambos os anos.

A receita com os embarques de junho foi de US$ 5,37 bilhões, recuo de 12,5% frente aos US$ 6,14 bilhões registrados em igual mês do ano passado. Em maio, a receita havia sido de US$ 6,13 bilhões. O preço médio pago pela tonelada de soja no mês passado foi de US$ 400,10, abaixo dos US$ 439,70 praticados em junho de 2024, o que representa retração de 9% no comparativo anual.

No acumulado de janeiro a junho de 2025, o país exportou 64,95 milhões de toneladas de soja em grão, com receita de US$ 25,45 bilhões. O volume representa queda de 13,4% ante os 74,99 milhões de toneladas embarcadas no primeiro semestre de 2024.

Em valor, a retração foi ainda mais acentuada, de 21,8% em relação aos US$ 32,54 bilhões obtidos no mesmo período do ano passado, segundo dados consolidados do Agrostat e da Secex.

A média diária de exportações em junho foi de 671 mil toneladas, abaixo das 698 mil toneladas embarcadas por dia útil no mesmo mês de 2024. A redução acompanha a desaceleração sazonal dos embarques, que costumam atingir o pico entre abril e maio, com recuo natural a partir de junho.

Continue Reading

Business

Tecnologia da Embrapa usa satélites para medir capim no pasto e ajudar a produzir mais

Published

on


Uma nova metodologia desenvolvida pela Embrapa está transformando a forma de monitorar as pastagens brasileiras e estimar a quantidade de forragem disponível para o gado. A inovação alia modelagem agrometeorológica e sensoriamento remoto, utilizando dados climáticos e imagens de satélite para orientar o manejo e apoiar a intensificação sustentável da pecuária, indicando o capim disponível no pasto.

O método foi testado em três sistemas produtivos diferentes – extensivo, intensivo rotacionado e integração lavoura-pecuária (ILP) – na Fazenda Canchim, unidade da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). O modelo aplicado explicou mais de 67% da variação observada na massa de forragem disponível, com destaque para o sistema extensivo, onde a acurácia chegou a 86%, animando os pesquisadores.

“Os resultados são promissores e demonstram a eficácia da metodologia em diferentes contextos”, afirma Gustavo Bayma, analista da Embrapa Meio Ambiente.

O estudo utilizou o modelo Safer (Simple Algorithm for Evapotranspiration Retrieving, ou algoritmo simples para recuperação de evapotranspiração), tradicionalmente aplicado para estimar demanda hídrica, mas que teve pouca aplicação em pastagens até agora.

O modelo Safer integra dados climáticos como radiação solar, temperatura, umidade e vento com imagens do produto HLS (Harmonized Landsat Sentinel-2), que reúne registros dos satélites Landsat-8, da Nasa, e Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia (ESA). Segundo Bayma, o grupo é pioneiro em usar essa abordagem para estimar forragem, com potencial de ampliar a eficiência produtiva da pecuária.

Foto: Sandra Furlan/Embrapa

Diferencial no monitoramento

Um dos diferenciais do estudo foi aplicar a metodologia simultaneamente nos três sistemas de produção, além de diferenciar matéria seca total (MST) e matéria verde (MV) da forragem. Essa distinção aumentou a precisão das estimativas.

“Enquanto a matéria seca total inclui material de baixa qualidade, a matéria verde está diretamente relacionada à produtividade e ao consumo pelos animais”, conta a pesquisadora Sandra Nogueira, coautora do estudo.

As medições de campo foram feitas durante dois anos, com amostragens destrutivas alinhadas aos pixels das imagens de satélite (30 x 30 metros), permitindo validar os resultados com dados reais. A maior eficácia foi observada no sistema extensivo, devido à estabilidade do manejo. No ILP, a alternância entre milho e pastagem trouxe maior complexidade, mas os resultados permaneceram satisfatórios. Já no intensivo rotacionado, a precisão foi ligeiramente menor, reflexo da dinâmica acelerada do manejo.

Sensoriamento remoto avança na agropecuária

Para Marcos Adami, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a evolução de satélites, sensores hiperespectrais, drones e inteligência artificial tende a ampliar as possibilidades de monitoramento forrageiro. “Essas tecnologias poderão prever variações nas pastagens com maior antecipação e acurácia”, diz. Ele destaca que o avanço pode ser incorporado a programas estratégicos como o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD).

Patrícia Santos, pesquisadora da Embrapa, ressalta que o sensoriamento remoto representa um avanço significativo na gestão pecuária. “Permite identificar variações na quantidade de forragem ao longo do tempo, favorecendo decisões assertivas no planejamento e manejo sustentável.”

Segundo ela, os dados podem orientar políticas públicas e iniciativas privadas para recuperação de áreas produtivas, contribuindo para a meta do PNCPD de reduzir pastagens degradadas.

Intensificação sustentável como meta

O Brasil possui hoje 113,2 milhões de hectares de pastagens com manejo, segundo o IBGE. Entre 2000 e 2020, essas áreas cresceram 27,9%, um aumento de 24,7 milhões de hectares. Apesar disso, ainda existem 28 milhões de hectares de pastagens degradadas com potencial para recuperação e expansão agrícola, conforme dados da Embrapa.

Os sistemas integrados de produção ocupavam 17,4 milhões de hectares em 2020 e a meta é alcançar 30 milhões até 2030. Para Bayma, o novo método de monitoramento contínuo em larga escala pode ser estratégico para atender à crescente demanda global por alimentos, sem comprometer os recursos naturais. “É uma contribuição concreta para a intensificação sustentável da pecuária brasileira”, conclui.

Continue Reading
Advertisement

Agro MT