Agro Mato Grosso
Mutirão do Código Florestal busca acelerar regularização ambiental e atualização do CAR em todo o país

O governo federal lançou na sexta-feira (31), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o Mutirão do Código Florestal, uma mobilização nacional voltada à aceleração da regularização ambiental e à atualização do Cadastro Ambiental Rural (CAR). A iniciativa reúne órgãos públicos, federações da agricultura, sindicatos rurais e entidades do setor produtivo com o objetivo de ampliar o engajamento dos produtores e garantir maior eficiência na análise e validação dos cadastros.
Durante o evento, representantes do setor produtivo destacaram que o Brasil vive uma fase decisiva na implementação do Código Florestal, com a consolidação de dados e o início efetivo dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs) nos estados. O desafio, segundo técnicos e especialistas, é transformar o banco de informações do CAR em um instrumento confiável de gestão ambiental e produtiva.
Um dos projetos apresentados no encontro foi o RetifiCAR, que promove mutirões regionais para orientar produtores rurais sobre a necessidade de revisar e corrigir informações declaradas no sistema. A iniciativa envolve parcerias com federações estaduais, sindicatos e órgãos ambientais, e tem como meta agilizar o processo de validação dos cadastros e melhorar a qualidade dos dados que compõem a base ambiental do país.
A mobilização também servirá de base para uma ação simultânea marcada para o dia 4 de novembro, quando todos os estados do Nordeste, além de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro, realizarão atividades ajustadas à realidade local. Estão previstas palestras técnicas, atendimentos para inscrição e retificação de cadastros, entrega de CARs validados e orientações sobre a execução dos PRAs.
Atualmente, quase 100% dos imóveis rurais brasileiros estão declarados no Cadastro Ambiental Rural, e 58% dos produtores já manifestaram interesse em aderir ao Programa de Regularização Ambiental, segundo dados apresentados durante o lançamento do mutirão. O avanço, porém, ainda enfrenta entraves técnicos e burocráticos em alguns estados, o que reforça a importância de ações integradas entre governos e entidades representativas do setor.
Também foi mencionado o Projeto Biomas, desenvolvido em parceria com a Embrapa, que pesquisa métodos produtivos para a recuperação de passivos ambientais em diferentes regiões do país. A proposta é aliar sustentabilidade à viabilidade econômica, estimulando práticas que conciliem produção e conservação.
O Mutirão do Código Florestal é visto por especialistas como uma etapa estratégica para consolidar a política ambiental brasileira. Ao mesmo tempo em que busca corrigir falhas no sistema, o movimento pretende fortalecer o diálogo entre campo e meio ambiente, demonstrando que a regularização ambiental pode ser um instrumento de desenvolvimento sustentável, e não apenas uma exigência legal.
Agro Mato Grosso
Madeireiros são alvos de operação da PF por receptação de madeira e ameaças a indígenas em MT

Investigados são suspeitos de ameaçar mulheres indígenas que se opuseram à atividade ilegal na Terra Indígena Menkü.
Madeireiros foram alvos da segunda fase da Operação Mykyara, cumprida pela Polícia Federal nesta quarta-feira (12), em Brasnorte e Juína, a 580 km e 737 km de Cuiabá, respectivamente. Segundo as investigações, os envolvidos são suspeitos de receptação de madeira extraída ilegalmente da Terra Indígena Menkü.
Em nota, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) informou que a região corresponde à Terra Indígena Menkü, localizada em Brasnorte e habitada pelo povo Myky, que é alvo de processos de demarcação e homologação e teve seus limites ampliados por decisão judicial em 2018.
A PF instaurou um inquérito para investigar os crimes atribuídos aos envolvidos. Segundo o documento, os madeireiros são suspeitos de ameaçar a integridade física e a vida de mulheres indígenas que resistiram à exploração ilegal de madeira na região.
As investigações apontaram, com base em análises de imagens de satélite, que apenas em 2024 a exploração ilegal provocou o desmatamento de mais de 1 milhão de hectares por corte seletivo.
A nova etapa é um desdobramento da operação deflagrada em agosto deste ano, que mobilizou cerca de 55 policiais federais para o cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo das Garantias da Subseção Judiciária de Juína.
Na fase anterior, foram identificados os responsáveis pela extração e receptação da madeira ilegal, além de constatadas práticas de crimes contra a fauna silvestre, como a caça reiterada de onça-pintada, anta e queixada.
Primeira fase

Mais de 20 policiais cumprem mandados de busca e apreensão em casas e madeireiras de MT
Há dois meses, a Polícia Federal cumpriu dez mandados de busca e apreensão em casas e madeireiras apontadas como responsáveis pela receptação de madeira retirada ilegalmente da Terra Indígena Menkü, em Brasnorte.
As investigações, iniciadas a partir de denúncia anônima, revelaram que os crimes incluíam corte ilegal de floresta nativa e ameaças a mulheres indígenas. Os suspeitos são investigados pelos crimes de desmatamento em terras públicas, receptação de madeira sem origem e associação criminosa.
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Em 2024, a exploração ilegal resultou no corte de 1.142,88 hectares de floresta nativa. — Foto: Reprodução
Agro Mato Grosso
Homens são presos por operar balsas ligadas à facção em garimpo ilegal de ouro em MT

Operador e gerente de balsas foram presos durante ação contra garimpo ilegal. Uma das embarcações era usada por facção ligada à extração de ouro na região, segundo os policiais.
Dois homens foram presos suspeitos de operarem balsas em um garimpo ilegal no Rio Teles Pires, em Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, nessa terça-feira (11). De acordo com o Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), uma das balsas estava ligada à facção criminosa Comando Vermelho, envolvida, segundo os agentes, em atividades de extração ilegal de ouro e extorsão de garimpeiros na região.
Conforme o boletim de ocorrência, os suspeitos são o responsável pela operação das balsas no garimpo e o gerente operacional do veículo. Eles foram abordados pelo Batalhão após os agentes identificarem que a embarcação apresentava vestígios de atividade garimpeira.
Na abordagem, o gerente operacional não apresentou a documentação que permite o exercício das atividades na região, o que, segundo a PM, caracteriza garimpo ilegal e infração ambiental.
Com os homens foram apreendidas duas embarcações de alumínio, uma balsa garimpeira e dois motores externos. Além disso, a ação resultou no cumprimento de auto de infração, inspeção, termo de apreensão, embargo, destruição e depósito.
Os suspeitos foram presos e encaminhados à Delegacia da Polícia Civil do município, onde o caso seguirá sendo investigado.
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Com os homens foram apreendidas duas embarcações de alumínio — Foto: BPMPA
Agro Mato Grosso
MT habilita 8 unidades para exportação de coproduto do etanol de milho e sorgo à China

Estabelecimentos receberam aval chinês para comercializar produtos. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o país conquistou a habilitação das primeiras unidades para exportar grãos secos de destilaria e 10 unidades de sorgo aos chineses.
Mato Grosso habilitou oito unidades para exportar grãos secos de destilaria (coproduto do etanol de milho) e de sorgo à China, de acordo com comunicado divulgado na segunda-feira (10) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A medida ocorre após análise dos chineses sobre os estabelecimentos brasileiros. Segundo o Mapa, o país conquistou a habilitação das primeiras unidades para exportar grãos secos de destilaria e 10 unidades de sorgo à China.
Para a venda de sorgo foram aprovados:
- 4 unidades em Mato Grosso;
- 4 unidades em Minas Gerais;
- 1 em Rondônia;
- 1 na Bahia.
Já para a venda de grãos de destilaria foram aprovados:
- 4 unidades em Mato Grosso;
- 1 em Mato Grosso do Sul.
Segundo o Ministério, a autorização fortalece a relação comercial com o principal parceiro do agronegócio brasileiro e abre novas oportunidades para o setor de sorgo e para a indústria de etanol de milho.
A medida veio após a assinatura do Protocolo Fitossanitário do sorgo, realizado em novembro de 2024, e do Protocolo de Proteínas e Grãos Derivados da Indústria do Etanol de Milho, de maio deste ano. E, também, a conclusão dos modelos de certificado fitossanitário acordados entre as autoridades dos dois países.
No caso do sorgo, a região Centro-Oeste responde por mais de 60% da produção nacional, segundo o Mapa. Para se ter uma ideia, o país produziu, em 2024, mais de quatro milhões de toneladas, das quais 178,4 mil toneladas (4%) foram exportadas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A China é responsável por mais de 80% das importações globais de sorgo, que somaram mais de US$ 2,6 bilhões no último ano, conforme o Ministério.
Já em relação aos grãos de milho, o país é o terceiro maior produtor de milho do mundo e exportou cerca de 791 mil toneladas do insumo em 2024, de acordo com o Mapa. No mesmo período, a China importou mais de US$ 66 milhões desse produto.
Com as habilitações, o país passa a contar com um canal regular de embarques para o maior importador global de grãos e insumos para ração animal, ampliando a previsibilidade dos contratos e criando espaço para o aumento do volume exportado nas próximas safras, segundo o Mapa.
A China segue como principal destino das exportações agropecuárias brasileiras: em 2024, o país importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agro nacional.
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