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Sustentabilidade

Mercado brasileiro de trigo lento com pressão da entrada gradual da nova safra e agentes cautelosos – MAIS SOJA

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O mercado brasileiro de trigo manteve-se lento ao longo da semana, com poucos negócios efetivados e preços pressionados pela entrada gradual da nova safra e pela postura cautelosa dos moinhos. Segundo o analista da Safras & Mercado, Elcio Bento, a valorização do dólar no fim da semana anterior havia estimulado exportações pontuais no Rio Grande do Sul, mas o enfraquecimento da moeda norte-americana nos dias seguintes reduziu o ritmo das negociações.

“Os vendedores preferiram aguardar, mantendo as pedidas em torno de 1.200 reais por tonelada, enquanto as indicações no porto de Rio Grande recuaram para cerca de 1.180 reais”, explicou Bento. Ele observou ainda que, com a fraqueza dos preços internacionais, os produtores tendem a aproveitar momentos de desvalorização do real para fechar negócios.

No Paraná, o quadro foi semelhante. Os moinhos, em geral abastecidos, mantiveram postura defensiva, e os preços pedidos pelos produtores, próximos de R$ 1.300 por tonelada, ficaram distantes das ofertas de compra.

“Os moinhos só atuam em oportunidades pontuais, já que, com o avanço da colheita e o aumento da oferta, ainda há espaço para novas correções negativas nos preços de referência”, avaliou Bento.

Ele acrescentou que, do lado dos produtores, há resistência em negociar aos valores atuais, já que grande parte das lavouras permanece no campo e ainda está exposta a riscos climáticos, como o excesso de chuvas, que pode comprometer a qualidade dos grãos. “Eventuais perdas poderiam restringir a oferta e levar os preços a se aproximarem dos níveis de paridade de importação”, completou.

Importações seguem em ritmo mais lento

Os line-ups de importação, registros de desembarques realizados e/ou programados nos portos brasileiros, apontaram um total de 1,328 milhão de toneladas de trigo entre agosto e outubro da temporada 2025/26, de acordo com levantamento da Safras & Mercado. O volume representa queda de 6,9% em relação ao mesmo período da temporada anterior, quando o total somava 1,426 milhão de toneladas.

O maior volume desembarcado ocorreu pelo litoral de São Paulo, com 272,6 mil toneladas, seguido por Ceará, 248,8 mil toneladas, Bahia, 203,3 mil toneladas, Pernambuco, 162,9 mil toneladas, Paraná, 91 mil toneladas, e Rio de Janeiro, 82,9 mil toneladas. Também se destacaram Rio Grande do Sul, Paraíba, Pará, Espírito Santo, Sergipe, Maranhão, Amazonas e Santa Catarina.

Emater/RS

A cultura do trigo avançou significativamente no Rio Grande do Sul e caminha para o encerramento do ciclo, com predomínio das fases de enchimento de grãos (50%) e maturação (30%). A colheita já iniciou e alcançou 2% da área total, de acordo com o relatório semanal da Emater-RS, divulgado nesta quinta-feira (16).

A Emater destaca que as condições recentes (redução das precipitações, boa luminosidade e temperaturas amenas) favoreceram o desenvolvimento das lavouras e a manutenção da sanidade foliar. As lavouras apresentam boa uniformidade e estandes regulares, reflexo do plantio dentro das janelas recomendadas pelo zoneamento agrícola.

No entanto, as chuvas ocorridas durante a floração e o início do enchimento provocaram alguns danos pontuais nas regiões Norte e Noroeste. Ainda assim, o estado fitossanitário é considerado satisfatório. Os produtores mantêm atenção à giberela, doença que preocupa nas lavouras em floração, especialmente em áreas de maior altitude.

A nova estimativa da Emater/RS-Ascar aponta área cultivada de 1.141.224 hectares, redução de 14,26% sobre 2024. A produtividade projetada foi revisada para 3.261 kg/ha 8,81% superior à estimativa inicial e 17,26% maior que a da safra anterior. A produção deve alcançar 3,72 milhões de toneladas, ligeiramente acima da colhida em 2024. O preço médio da saca de 60 quilos recuou 1,9%, de R$ 64,14 para R$ 62,92.

Deral

A colheita da safra 2024/25 de trigo no Paraná alcançou 64% da área até o dia 13 de outubro, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. O plantio ocupou 824,9 mil hectares, volume 25% menor que os 1,106 milhão de hectares cultivados em 2024.

As lavouras apresentam as seguintes condições: 85% estão classificadas como boas, 14% médias e 1% ruins. As fases de desenvolvimento estão divididas entre floração (3%), frutificação (31%) e maturação (66%).

Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News



 

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Sustentabilidade

Algodão/Cepea: Exportações brasileiras da pluma seguem intensas – MAIS SOJA

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As exportações brasileiras de algodão estão intensas. Em outubro, o volume embarcado foi o maior para o mês e o segundo maior de 2025 (abaixo apenas do de janeiro). Segundo pesquisadores do Cepea, as vendas externas têm sido favorecidas pelos avanços do beneficiamento e do escoamento do amplo excedente interno e pelo preço mais atrativo que o praticado no spot nacional.

Na parcial de 2025 (até a primeira semana de novembro), a quantidade exportada pelo Brasil (de 2,326 milhões de toneladas) já está acima do volume escoado nos 12 meses de anos anteriores, com exceção de 2024, quando chegou em 2,77 milhões de toneladas foram embarcadas – dados da Secex. No entanto, pesquisadores do Cepea indicam que, considerando-se o intenso ritmo diário das exportações nacionais neste mês de novembro, é muito provável que o volume total a ser escoado em 2025 supere o do ano passado, se configurando como um novo recorde anual.

Fonte: Cepea



 

FONTE

Autor:Cepea

Site: CEPEA

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Sustentabilidade

Produtores rurais têm direito à suspensão de dívidas em caso de perda de safra, reafirma decisão judicial do TJRS – MAIS SOJA

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Produtores rurais que enfrentam frustração de safra ou prejuízos climáticos comprovados têm respaldo legal para suspender as cobranças, a apreensão de maquinário agrícola e manter o nome limpo do produtor até a análise definitiva do processo judicial. A interpretação foi reafirmada pela Justiça em uma decisão concedida recentemente (04/11), que determinou a suspensão imediata da cobrança de um financiamento agrícola e a exclusão do produtor dos cadastros de inadimplentes, evitando apreensões ou penhoras durante o processo.

Para o advogado Rafael Caferati, especialista em Direito Agrário e do Agronegócio, Direito Bancário e Direito Securitário, o caso é emblemático e traz um retorno da segurança jurídica para todo o setor: “A decisão reconhece que o produtor não pode ser penalizado quando há perdas comprovadas na produção. A lei garante o direito de prorrogar a dívida rural nesses casos e os bancos têm a obrigação de respeitar esse direito, mas é importante que alguns requisitos sejam preenchidos”, explica Caferati.

No processo em questão, o produtor apresentou laudos agronômicos que comprovaram as perdas e havia feito pedido administrativo de prorrogação, negado pelo banco antes do ajuizamento da ação. A Justiça acolheu os argumentos do produtor rural e garantiu a tranquilidade para continuar a produção enquanto o mérito é analisado.

Segundo Caferati, decisões como essa representam um importante recado para o sistema financeiro e um alento para quem vive do agro: “O produtor precisa de estabilidade para produzir e honrar seus compromissos. Quando as instituições financeiras e cooperativas deixam de considerar as condições climáticas e produtivas, a Justiça se torna o único caminho para restabelecer o equilíbrio contratual”, afirma.

O advogado reforça que cada caso deve ser analisado individualmente, com base em documentos técnicos e na legislação rural vigente.“Nosso escritório segue à disposição para avaliar situações semelhantes e garantir que os direitos dos produtores estejam bem informados e sejam respeitados, especialmente diante das instabilidades climáticas que afetam o agronegócio brasileiro”, conclui Caferati.

Nota: Rafael Caferati é advogado especialista em  Direito Agrário, Bancário, Securitário e Consumidor, com atuação no escritório Jobim Advogados.

Fonte: Assessoria de Imprensa



 

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Sustentabilidade

Até 2030, soluções de uso da terra podem responder por 20% a 30% da mitigação climática no Brasil, aponta estudo – MAIS SOJA

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A transição climática é um imperativo ambiental que representa, principalmente, um desafio econômico e institucional de grande escala. Devido a seu perfil climático singular, o Brasil tem o potencial de se tornar o principal fornecedor de soluções baseadas na natureza, contribuindo de forma desproporcional para o combate às mudanças climáticas até 2030, ressalta um estudo da consultoria estratégica global Bain & Company em parceria com o BNDES.

Apesar de sua matriz energética predominantemente renovável e um capital natural estratégico para soluções climáticas de relevância global, o país demanda investimentos massivos estimados entre R$ 1 trilhão e R$ 1,2 trilhão até 2030 para atingir seus compromissos relacionados à transição para uma economia de baixo carbono, indica a pesquisa.

Cerca de um terço desse capital, por volta de R$ 400 bilhões, seriam necessários para destravar soluções baseadas na natureza. De acordo com o IPCC, as soluções baseadas no uso da terra e manejo do solo podem contribuir com 20% a 30% das ações de mitigação e adaptação até o final desta década.

“Devido ao volume de investimentos necessários, é impraticável pensar que o setor público dará conta de tudo. Por outro lado, a disposição do mercado em financiar soluções de transição climática ainda é limitada, especialmente em setores emergentes ou com maior complexidade técnica. Esse desinteresse reflete uma equação risco-retorno ainda desbalanceada para grande parte das soluções climáticas. Para resolver isso, será preciso fortalecer no Brasil quatro pilares fundamentais: padronização de normas, tecnologia, cadeia de valor e fomento institucional”, detalha Daniela Carbinato, sócia e líder da prática de sustentabilidade da Bain na América do Sul.

A análise da Bain identificou 15 soluções-chave para a descarbonização, categorizadas em quatro arquétipos de maturidade: rotas tecnológicas concorrentes, soluções emergentes, cadeias nascentes e mercados em desenvolvimento. Cada arquétipo apresenta desafios específicos para mobilização de capital, alinhamento regulatório e consolidação de cadeias produtivas. A complexidade para transpor esses entraves vai além da dimensão financeira e exige uma combinação de ações técnicas, institucionais e de mercado, adaptadas à realidade de cada solução – não há uma resposta única que sirva para todos os contextos.

O estudo aponta que, para superar esses desafios, existem três elementos-chave:

  1. Desenvolvimento de instrumentos financeiros calibrados por arquétipo: no caso de rotas tecnológicas concorrentes, é fundamental priorizar subsídios e grants para pesquisa e desenvolvimento, além de mecanismos como seguros e garantias que mitiguem os riscos dos primeiros projetos. Nesse cenário, contratos de compra e o envolvimento de empresas já estabelecidas também exercem um papel importante ao sinalizar demanda futura e reduzir incertezas. Já para soluções emergentes, que exigem grande volume de capital, destacam-se o uso de equity catalítico e dívida concessional para absorver riscos mais intensos, junto a mandatos de demanda que ofereçam maior previsibilidade de receita. Quando se trata de cadeias produtivas nascentes, a combinação de dívida concessional, equity estratégico e contratos de offtake de longo prazo pode viabilizar a integração da cadeia, promovendo redução de custos e aumento de escala. Por fim, nos mercados em desenvolvimento, instrumentos como garantias, dívida concessional e contratos de offtake são essenciais para mitigar riscos de demanda e viabilizar a restauração ecológica, especialmente em um contexto no qual o mercado de carbono ainda é predominantemente voluntário.
  2. Aprofundamento do modelo de Hub Climático: é essencial consolidar plataformas nacionais que facilitem a conexão entre projetos climáticos e capital comercial, promovendo padronização, validação técnica e replicabilidade de projetos-piloto. Além de mobilizar recursos financeiros, essas plataformas têm um papel essencialmente catalisador, ao gerar repertórios de financiamento robustos, reduzir o risco percebido pelos investidores e criar referências comparativas para avaliação de desempenho ambiental e econômico, em consonância com práticas internacionais de blended finance e mecanismos de descarbonização setorial.
  3. Coordenação público-privada para acelerar a agenda climática do Brasil: combater as mudanças climáticas e posicionar o Brasil como protagonista nessa agenda significa promover um novo paradigma tecnológico-produtivo que reconstrua as bases do crescimento e do desenvolvimento socioeconômico do país. Com a atuação conjunta entre setores privado (produtivo e financeiro) e público, será possível equacionar desafios regulatórios, estruturar planos setoriais com perspectiva de cadeia produtiva e implementar instrumentos de fomento de mercado eficientes será fundamental. Neste novo paradigma, o setor privado é mais que um agente executor, agindo ativamente na construção da agenda de transição. Seu envolvimento garante que as soluções propostas sejam economicamente viáveis, tecnicamente escaláveis e institucionalmente sustentáveis – o que gera retorno e cria oportunidades de crescimento.

A presidência brasileira na COP30 constitui um momento estratégico para posicionar o país como protagonista global, apresentar suas soluções climáticas ao mundo e atrair capital adicional para impulsionar a agenda. Por meio dos três pilares propostos pela Bain, será possível criar previsibilidade, reduzir riscos e acelerar a implementação de soluções climáticas no Brasil, consolidando o país como hub de inovação e liderança na transição para uma economia de baixo carbono, com impactos significativos no desenvolvimento socioeconômico brasileiro.

Fonte: Assessoria de Imprensa Bain & Company



 

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