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Agro Mato Grosso

Mato Grosso é o destino mais buscado para pesca esportiva no país

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Mato Grosso tem sido o destino mais buscado para pesca esportiva no país nos últimos anos. Um levantamento feito pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MAPA) mostra que o estado emitiu cerca de 220.075 mil licenças de pescas e lidera o ranking entre os anos de 2021 e 2023, último dado divulgado. São Paulo e Mato Grosso do Sul aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente (veja lista abaixo).

Segundo a Secretaria Estadual de Turismo, a quantidade de licenças de pesca emitidas é a prova de que o estado reúne o maior número de pescadores. Além disso, o estado acredita que a aprovação da lei do Transporte Zero foi um fator que contribuiu para alavancar a pesca esportiva.

“Não aumentou a quantidade de peixe, o que aconteceu foi a diminuição do esforço de pesca, já que o armador da pesca levava mais do que a quantidade de peixe colocado pela lei, que era 5kg. E isso aumentou a preservação de peixe com a proibição do abate, atraindo mais turistas para experiência da pesca”, explicou.

🎣O que leva as pessoas a escolher Mato Grosso para pesca?

Com rios abundantes, biodiversidade aquática e paisagens de tirar o fôlego, Mato Grosso se consolida como um dos principais destinos de pesca esportiva no Brasil. Vários rios que reúnem diversas espécies de peixe de água doce cortam o estado, como o Araguaia, Teles PiresJuruenaSão LourençoCulueneXinguCristalino e Paraguai.

As bacias Amazônica, do Tocantins-Araguaia e do Paraguai são as principais responsáveis pela diversidade hídrica do estado.

Um estudo elaborado pelo Departamento de Ordenamento, Inteligência e Desenvolvimento do Turismo (Deotur) e publicado durante a Fishing Show Brazil, em São Paulo, mapeou os principais destinos e espécies associadas à pesca esportiva em todo o país, e revela potencial de um setor que movimenta 9 milhões de pescadores e gera mais de 200 mil empregos no Brasil.

Segundo um levantamento do Ministério do Turismo, 10 cidades mato-grossense são referências nessa atividadesão elas:

  • Cuiabá
  • Alta Floresta
  • Nova Canaã do Norte
  • Sinop
  • São Félix do Araguaia
  • Pontes e Lacerda
  • Canarana
  • Cáceres
  • Poconé
  • Barão de Melgaço

 

Cidades que são destaques na pesca esportiva de Mato Grosso — Foto: Arquivo  Seadtur Mato Grosso

Cidades que são destaques na pesca esportiva de Mato Grosso — Foto: Arquivo Seadtur Mato Grosso

🎣 Espécies mais procuradas

Entre os peixes mais cobiçados pelos pescadores estão o tucunaré, dourado, pirarucu e a traíra. Também ganham destaque espécies como pintado, pacu, jaú, pirarara, matrinchã e cachara.

Em Mato Grosso, a prática também é fortalecida por uma rede de hospedagens especializadas, campeonatos anuais e comunidades ribeirinhas que recebem turistas com hospitalidade e conhecimento local.

📅 Melhor época para pescar:

Conforme o Deotur, a temporada ideal vai de fevereiro a outubroperíodo em que as condições dos rios favorecem a prática esportiva e a observação da fauna.

✈️🚗O acesso às cidades pode ser feito por rodovias, rios e aeroportos regionais. Os principais são:

  • Aeroporto Internacional de Cuiabá ( Marechal Rondon)
  • Aeroporto Municipal de Sinop ( Presidente João Batista Figueiredo)
  • Aeroporto de Alta Floresta ( Piloto Osvaldo Marques Dias)

 

Desafios

O consultor e auditor de Turismo de Aventura e Ecoturismo credenciado pelo Sebrae-MT, Brasilio Ataide Neto, contou que a pesca esportiva vem ganhando força no estado e começa a passar por um processo de formatação para se consolidar como produto turístico.

Apesar de já existirem guias atuando, Brasilio disse que a atividade não está totalmente estruturada para ser comercializada de forma oficial.

“Mesmo sem estar em conformidade para ser colocada oficialmente no mercado, por ser um nicho muito interessante, já existe uma demanda muito boa no estado. Essas experiências acontecem, mas sem um padrão único de operação”, contou.

Conforme o consultor, os campeonatos e festivais de pesca esportiva também têm papel importante na divulgação da modalidade. Eles seguem um calendário anual em municípios com potencial para a atividade, como Cáceres e Sinop, e somam pontos para a tradicional FIP.

“Esses eventos já são de massa e movimentam bastante o turismo local, com uma organização municipal e estadual para que tudo aconteça dentro do calendário. A contratação geralmente é feita pelas redes sociais”, disse.

 

Como funciona a pesca esportiva

O empresário Allisson Trindade, diretor da Associação Mato-Grossense de Ecoturismo e Pesca Esportiva e dono de duas pousadas no Rio do manso e no Lago do Manso, disse que as leis ambientais como a proibição do abate do dourado e o Transporte Zero contribuíram para o aumento da população de peixes e atraiu um novo perfil de turista, mais consciente e engajado com a preservação ambiental.

“Hoje você vai ao rio e vê muito mais peixe. Isso não só melhora a experiência da pesca esportiva, mas também garante alimento para quem mais precisa, que é o ribeirinho”, disse.

Allisson destacou ainda que esse novo público consome nos hotéis, restaurantes e lojas locais, gerando um ciclo positivo de desenvolvimento. Segundo ele, o número de lojas de pesca em Cuiabá dobrou nos últimos anos, ampliando a geração de empregos.

“O turista vem para contemplar a beleza dos rios, da natureza, e só quer levar boas imagens e boas lembranças. E o melhor é que 90% dos funcionários das pousadas são de comunidades afastadas, que agora têm acesso a uma renda de qualidade”, contou.

Para Allisson, apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios como a escassez de mão de obra qualificada e a necessidade de capacitação para o manejo adequado dos peixes.

Em entrevista a imprensa, o guia Marcos Glueck que atua há 25 anos na pesca esportiva em Mato Grosso, contou que iniciou sua trajetória profissional após uma pescaria marcante em Alta Floresta, em 1999. Na época, o conceito de “pesque e solte” ainda era pouco conhecido no Brasil, e ele decidiu apostar na preservação como princípio de trabalho.

Segundo Marcos, o crescimento da pesca esportiva está diretamente ligado à profissionalização do setor e à criação de experiências mais confortáveis e emocionantes para os turistas.

“Antes a pescaria não tinha conforto. Hoje você recebe uma família, instala ela muito bem. Todo esse manejo de sensações é o que faz o cliente sair com vontade de voltar. Os guias chamados carinhosamente de pilotos, são quem conhece o rio, sabe onde estão os peixes e proporciona tudo com conforto”, disse.

Marcos disse que durante esses anos trabalhando na pesca esportiva, observou uma mudança no perfil dos turistas, com aumento da presença feminina e de famílias inteiras que buscam lazer em contato com a natureza.

“Cada vez mais as famílias procuram essa atividade como lazer. As mulheres entram pela sensação de liberdade, e as crianças estão se apaixonando pela pesca cada vez mais cedo”, ressaltou.

Imagens mostram pescadores e guias praticando a pesca esportiva no estado

Pescador registra momento com peixe grande que pescou, durante pesca esportiva — Foto: Reprodução/Instagram
Pousada Manso Fishing Resort disponibiliza estrutura e equipamentos para receber os turistas do Lago do manso. — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Marcos Glueck mostra a pesca de um peixe da espécie Tucunaré durante a pesca esportiva. — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Peixe da espéscie piraíba encontrado nos Rios da Amazônia e do Pantanal — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Pescador registra momento com peixe grande que pescou, durante pesca esportiva — Foto: Reprodução/Instagram

 

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Agro Mato Grosso

Como os pulgões vencem as defesas naturais das plantas I MT

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Pesquisa revela estratégias moleculares e comportamentais para neutralizar compostos tóxicos produzidos por culturas agrícolas

Estudo detalhou como os pulgões superam os compostos tóxicos defensivos produzidos por plantas. Esses compostos, chamados metabólitos secundários (PSMs), deveriam funcionar como uma barreira natural contra pragas. Mas os pulgões desenvolvem mecanismos de resistência que reduzem a eficácia das substâncias.

Pesquisadores da Universidade de Yangzhou, na China, apresentaram revisão sobre os mecanismos fisiológicos, bioquímicos e comportamentais que permitem aos pulgões sobreviver, se multiplicar e continuar a transmitir vírus mesmo sob pressão de defesas vegetais complexas.

Enzimas contra venenos

As plantas produzem compostos químicos como terpenoides, fenóis e alcaloides que atuam como inseticidas naturais. Em resposta, os pulgões ativam enzimas de desintoxicação, como as citocromo P450, transferases de glutationa (GSTs) e UDP-glicosiltransferases (UGTs), capazes de neutralizar os efeitos tóxicos desses compostos.

O processo ocorre em três fases.

Primeiro, as toxinas sofrem transformações químicas para se tornarem mais solúveis.

Em seguida, essas substâncias são ligadas a outras moléculas que facilitam sua eliminação.

Por fim, o organismo excreta os resíduos por transportadores de membrana celular, como os ABC transporters.

<i>Brevicoryne brassicae</i> - Foto: Jesse Rorabaugh
Brevicoryne brassicae – Foto: Jesse Rorabaugh

A pesquisa destaca que as enzimas antioxidantes também ajudam os pulgões a suportar o estresse oxidativo causado pelos metabólitos das plantas. Essa combinação bioquímica contribui para a sobrevivência e reprodução dos insetos, mesmo em ambientes hostis.

Bactérias aliadas

Os pulgões também contam com bactérias simbióticas que potencializam suas defesas. Algumas dessas bactérias, como Hamiltonella defensa e Regiella insecticola, interferem nas defesas hormonais das plantas, reduzindo a produção de compostos tóxicos ou neutralizando a resposta do sistema vegetal.

Em experimentos, pulgões com determinadas bactérias simbióticas demonstraram maior sobrevivência em cultivares naturalmente tóxicos. Em casos mais extremos, essas bactérias são capazes de metabolizar inseticidas sintéticos e compostos naturais presentes em folhas e caules.

Efeito viral

Além das enzimas e das bactérias, os pulgões também se beneficiam da ação de vírus que transmitem às plantas.

Muitos desses vírus enfraquecem as defesas vegetais ao suprimir vias hormonais importantes, como as de ácido jasmônico e ácido salicílico.

O resultado é duplo: plantas menos resistentes e maior atratividade para novos pulgões. Em testes com plantas infectadas por vírus como o Turnip mosaic virus ou o Potato leafroll virus, os insetos apresentaram aumento na fecundidade e maior tempo de permanência sobre a planta.

Comportamento estratégico

O comportamento dos pulgões também contribui para o sucesso da infestação. Eles evitam tecidos vegetais ricos em compostos tóxicos e preferem variedades com menor teor de PSMs. Essa seleção ocorre durante a alimentação, quando os insetos sondam os tecidos com seus estiletes e recuam diante de sinais químicos indesejáveis.

<i>Acyrthosiphon pisum</i> - Mihajlo Tomić
Acyrthosiphon pisum – Mihajlo Tomić

Certas linhagens ou haplótipos de pulgões mostram preferência por cultivares específicas. Essa seleção reflete não apenas adaptação fisiológica, mas também uma capacidade comportamental refinada para escapar de defesas vegetais mais eficazes.

Sequestro químico

Em algumas espécies, os pulgões acumulam compostos tóxicos das plantas sem sofrer efeitos adversos. O sequestro de metabólitos secundários, como glucosinolatos e alcaloides, pode inclusive servir como mecanismo de defesa contra predadores.

O pulgão Brevicoryne brassicae, por exemplo, armazena compostos de mostarda em seu corpo e libera substâncias tóxicas quando atacado.

Esse comportamento transforma o inseto em uma espécie de “bomba química ambulante”.

Em outras espécies, como Acyrthosiphon pisum, o sequestro de compostos como L-DOPA mostrou efeitos antioxidantes e até reparação tecidual.

Outras informações em doi.org/10.1093/hr/uhaf267

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Agro Mato Grosso

Sistema CNA/Senar lança cartilha para tirar dúvidas sobre segurança e saúde no trabalho rural

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) lançaram uma cartilha com respostas às perguntas frequentes (FAQ) dos produtores e trabalhadores rurais sobre os principais pontos da Norma Regulamentadora (NR) nº 31.

A norma traz as regras sobre segurança e saúde no trabalho da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura.

O documento elaborado pela CNA está disponível no portal Senar Play, com informações que explicam o que são as NR’s, para que servem, e responde dúvidas mais complexas sobre obrigações do empregador e do trabalhador rural.

A cartilha traz ainda detalhes sobre o Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural, o Serviço Especializado em Segurança no Trabalho Rural e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio do Trabalho Rural (Cipatr), além de esmiuçar o uso correto do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e as condições sanitárias e de conforto no trabalho rural.

É necessário fazer o cadastro no portal Senar Play para acessar a cartilha. Além do FAQ, o portal traz cursos de curta e média duração e outros materiais sobre a temática. Saiba mais em senarplay.org.br .

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Agro Mato Grosso

Com apoio da Aprosoja MT, 6º Encontro Mulheres do Agro reúne mais de 400 participantes em Lucas do Rio Verde

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Evento organizado pelo Comitê Mulher Agro Detalhes celebrou o protagonismo feminino no campo e contou com palestra da jornalista Kellen Severo

Nesta sexta-feira (10.10), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) participou do 6º Encontro de Mulheres do Agro, realizado em Lucas do Rio Verde. O evento, promovido pelo Comitê Mulher Agro Detalhes, do Sindicato Rural, reuniu mais de 400 mulheres ligadas ao agronegócio.

Durante o evento, a delegada coordenadora do núcleo da Aprosoja MT de Lucas do Rio Verde, Taisa Botton, destacou o papel estratégico que a mulher ocupa dentro e fora da porteira. Além disso, enfatizou o incentivo que a entidade faz por essa participação, não apenas na formação de lideranças entre produtoras rurais, mas também dentro do seu próprio quadro de colaboradores, que hoje é composto majoritariamente por mulheres. “A Aprosoja MT é uma importante patrocinadora, não apenas desse evento, sobretudo dentro do agronegócio em que a mulher está atuando não apenas nas decisões, mas em todo o setor e estratégias, dentro da gestão e efetivamente no campo. Para nós é extremamente importante estar em eventos como esse, que valorizam e expõem a nossa força dentro do campo e fora dele”, afirma Taisa.

O destaque da programação foi a palestra da jornalista e especialista em agronegócio Kellen Severo, com o tema “Mulheres no Agro: Ousadia para Crescer”, que exaltou a relevância da participação feminina e o crescimento do setor. “Vir para Mato Grosso é sempre um grande privilégio, porque a cada nova visita eu vejo as transformações acontecendo. Já na chegada, um aeroporto completamente renovado, duplicações de rodovias, investimentos enormes em etanol de milho. É o agro futuro, o agro pujante acontecendo que a gente vê na prática. Não há nada melhor do que o exemplo e a realidade para mostrar essa revolução que o setor traz e por onde ele passa, e Mato Grosso é um exemplo disso. A medida que esse setor cresce, crescem também os desafios, por isso a importância de associações como a Aprosoja MT e de eventos como esse, com 400 mulheres juntas para aprender, evoluir e trocar. Estou muito honrada por estar aqui”, ressalta Kellen.

A produtora rural e presidente do Comitê Mulher Agro Detalhes, Denise Hasse, também destacou a importância do apoio da entidade para o fortalecimento da rede de mulheres do agro. “É um prazer receber aqui a Aprosoja MT, ter mais um ano a entidade sendo a nossa patrocinadora, acreditando na nossa missão, no nosso propósito de trazer o protagonismo, a força da mulher dentro do seu negócio. E esse evento faz parte de toda essa nossa missão, fortalecer a mulher, fazer ela se conectar, aprender, se divertir, e também levar para o seu negócio informações sobre economia, agronegócio e o futuro que vem por aí”, aponta.

O apoio e participação da Aprosoja Mato Grosso no 6º Encontro Mulheres do Agro reforça o compromisso da associação com a valorização da mulher no campo, promovendo debates, formações e conexões que contribuem para um agro mais forte, inovador e representativo.

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