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Certificado que atesta qualidade de citros para a UE é emitido pela 1ª vez

Pela primeira vez, o Brasil exportou uma carga de lima ácida (limão thaiti) destinada à União Europeia com certificação de conformidade oficial que atesta a qualidade do produto.
O documento foi apresentado na terça-feira (9), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mantém uma unidade do sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).
De acordo com o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa, Hugo Caruso, a comprovação da fitossanidade já era uma exigência cumprida pelo setor produtivo brasileiro há muito tempo, mas a certificação da qualidade é uma novidade.
“Agora precisamos atuar para que a União Europeia reconheça o Brasil como exportador de produtos com a qualidade certificada”, afirmou. O pedido já foi solicitado e a emissão do certificado é a comprovação de que o país está seguindo os requisitos.
Emissão eletrônica
O certificado que atende os requisitos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) é emitido de forma eletrônica, de forma rápida e segura. Segundo Caruso, as primeiras ações para chegar à emissão começaram em 2018, com um treinamento no entreposto da Ceagesp, em São Paulo.
Já em 2022, o primeiro treinamento para fiscais do Mapa ocorreu na sede da Superintendência de Agricultura e Pecuária em São Paulo (SFA-SP). Assim, servidores do Vigiagro foram capacitados para poder fiscalizar, por meio de amostragem, se os citros exportados pelo Brasil seguem os padrões exigidos pelo órgão europeu.
No caso desta carga da carga de lima ácida, a certificação envolveu a primeira empresa registrada como Serviço de Controle Autorizado para atendimento dos padrões OCDE de frutas, a Andrade Sun Farms Agroindustrial, que cultiva o fruto nas regiões de Mogi Mirim (SP), Mogi Guaçu (SP) e Paraguaçu (MG).
Redução do tempo de inspeção
A inspetora e certificadora de qualidade da Andrade Sun, Renata Imperato, informa que a carga viaja de navio por 24 a 25 dias e tem enfrentado atraso no desembarque, que pode chegar a 13 dias, sendo que a inspeção que comprova a sanidade e a qualidade no destino pode levar mais quatro ou cinco dias.
“Mesmo com o transporte feito em contêineres refrigerados, com ventilação, umidade e temperatura controladas, cada hora conta para esse tipo de carga”, disse ela.
Segundo o diretor do Dipov, o certificado oficial deve reduzir o tempo de inspeção, permitindo que as frutas cheguem mais cedo aos pontos de venda. Ele conta que a ideia é reduzir as amostras que são inspecionadas no destino de 60% da carga para 5%, o que deve acelerar o processo de desembaraço na União Europeia.
Caruso disse ainda que esse foi o primeiro de muitos certificados em conformidade com os requisitos da OCDE. “Queremos que essa conquista inspire outras cadeias. Além da certificação, queremos continuar como voz ativa na elaboração das chamadas brochuras da OCDE”, falou. Essas brochuras funcionam como um manual da qualidade da fruta, com fotos e informações sobre os padrões e a classificação dos produtos.
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Congresso de Agronomia: produtividade com sustentabilidade

A engenharia agrônoma e toda a cadeira produtiva do agro brasileiro volta o foco para Maceió, Alagoas, a partir deste dia 14 de outubro, para difundir conhecimento, inovação e experiências que pretendem moldar o futuro da agronomia no Brasil. Em sua trigésima quarta edição, o Congresso Brasileiro de Agronomia – CBA 2025 – tem como tema Produtividade com Sustentabilidade.
Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), através da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra) realiza o evento com 6 salas temáticas simultâneas, mais de 65 palestras e painéis, mais de 300 trabalhos científicos apresentados, 130 palestrantes especialistas entre eles, Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e embaixador da FAO para o cooperativismo, falando sobre o tema: O Engenheiro Agrônomo do Futuro, e Aldo Rebelo, ex-ministro, que falará sobre “A Importância do Engenheiro Agrônomo para a Segurança Alimentar”.
Entre os temas também figuram os debates, trabalhos e exposições do evento a nanotecnologia e robótica para agricultura sustentável, startups e inovação no campo, agronomia como protagonista da transição energética, políticas públicas, e muito mais.
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Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.
A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Critérios territoriais e impacto no campo
Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.
Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.
“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.
Endividamento e burocracia
Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.
Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.
Pedido de revisão
A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.
Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.
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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.
Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.
O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.
Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.
O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.
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