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Sustentabilidade

Análise climática de agosto e prognóstico climático para os próximos meses – MAIS SOJA

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ANÁLISE CLIMÁTICA DE AGOSTO

Em agosto de 2025, os maiores acumulados de chuva ocorreram no extremonorte da  Região Norte, leste da Região Nordeste e na Região Sul, com volumes que ultrapassaram 120 mm, contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas. Já no interior da Região Nordeste e parte central do país, menores acumulados de chuvas foram observados, reduzindo os níveis de umidade do solo.

Na Região Norte, os maiores volumes de chuva foram superiores a 100 mm sobre o norte do Pará, nordeste do Amazonas e Roraima. Já na porção sul do Amazonas, sudeste do Pará, leste do Acre, Rondônia e Tocantins, apresentaram volumes abaixo de 50 mm, e em algumas localidades não houve registro de chuva, reduzindo a umidade do solo nestas áreas.

Na Região Nordeste, diversas áreas do interior tiveram acumulados de chuva abaixo de 50 mm, reduzindo os níveis de umidade do solo, principalmente na parte centro-oeste da Bahia, centro-sul do Piauí, oeste de Pernambuco e Paraíba, além do sul do Ceará e do Maranhão. Volumes mais significativos ocorreram na costa leste, desde o litoral do Rio Grande do Norte até o nordeste da Bahia, com volumes acima dos 150 mm. Já no noroeste do Maranhão, os volumes variaram entre 50 mm e 70 mm.

De forma geral, as condições seguem favoráveis para o desenvolvimento do feijão e do milho terceira safra no Sealba, enquanto, no Matopiba, a falta de chuvas favoreceu a maturação e colheita do algodão e do milho segunda safra.

Em grande parte da Região Centro-Oeste, os volumes de chuva ficaram abaixo de 10 mm, com exceção do noroeste de Mato Grosso e sul de Mato Grosso do Sul, onde os totais ultrapassaram 50 mm. A ausência de chuvas em grande parte da região favorece a redução dos níveis de umidade no solo, porém, beneficia a maturação e a colheita do algodão e do milho segunda safra.

Na Região Sudeste, os acumulados de chuva ficaram abaixo de 40 mm, com exceção do sul do Espírito Santo, sudeste de São Paulo, leste de Minas Gerais e áreas pontuais do Rio de Janeiro, onde algumas localidades apresentaram volumes acima dos 40 mm. O cenário da região vem favorecendo a maturação e a colheita dos cultivos de segunda e terceira safra de inverno.

No entanto, o trigo em fase reprodutiva na porção central de São Paulo seguiu sob restrição hídrica. Na Região Sul, os volumes de chuva foram acima de 100 mm no Rio Grande do Sul, parte de Santa Catarina e sudoeste do Paraná. No norte do Paraná, as chuvas foram mais escassas, com volumes abaixo de 40 mm. No geral, os volumes de chuva garantiram níveis de armazenamento de água no solo satisfatórios, favorecendo o início da semeadura do milho primeira safra em algumas localidades.

Em gosto, as temperaturas máximas foram acima de 30 °C nas Regiões Norte e Centro-Oeste, bem como, no oeste e norte da Região Nordeste. Em áreas da costa das Regiões Nordeste e Sudeste, além da Região Sul, os valores permaneceram abaixo de 28 °C. Quanto às temperaturas mínimas, os valores superaram os 22 °C no centro-norte das Regiões Norte e Nordeste.

Já em grande parte das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, assim como, em porções da Bahia, as temperaturas foram inferiores a 18 °C. Ressalta-se que em gosto foram registradas temperaturas próximas de zero em algumas localidades das Regiões Sul e Sudeste, episódios de geadas de intensidade fraca à moderada nos municípios de Bagé (RS), Caxias do Sul (RS), Irati (PR), entre os dias 11 e 13 de agosto.

CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIAS

Na figura abaixo é mostrada a anomalia de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) entre os dias 16 e 31 de agosto de 2025. Neste período, foram observados valores variando entre -1 °C e -2 °C ao longo da faixa longitudinal entre 110°W e 150°W, indicando a área de maior resfriamento das águas, enquanto que nas proximidades da costa oeste da América do Sul observouse temperaturas próximas a zero.

No entanto, ao analisar as anomalias médias diárias da TSM exclusivamente na região do Niño 3.4 (delimitada entre 170°W e 120°W), observou-se em agosto uma diminuição dos valores, passando de -0,5 °C para -0,8 °C. Esse comportamento demonstra um resfriamento da região e uma condição inicial para formação de La Niña no Pacífico Equatorial, caracterizada por desvios de TSM inferiores a -0,5 °C.

A análise do modelo de previsão do ENOS (El Niño – Oscilação Sul), realizada pelo Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI), aponta para permanência das condições de Neutralidade durante o trimestre setembro, outubro e novembro, com probabilidade de 57%. Apesar do modelo apontar para uma probabilidade mais elevada de permanência da Neutralidade, o rápido resfriamento que vem ocorrendo no último mês acende um alerta para a formação da condição de La Niña nos próximos meses.

Prognóstico climático para o Brasil – Período Setembro, outubro e novembro de 2025

As previsões climáticas para os próximos três meses, de acordo com o modelo do Inmet, são apresentadas na figura abaixo. O modelo indica a ocorrência de chuvas próximas ou acima da média no centro e oeste da Região Nordeste, centro-norte da Região Sudeste, leste da Região Sul, além de áreas específicas das Regiões Norte e Centro-Oeste. Nas demais localidades, são previstas chuvas abaixo da média, especialmente na divisa entre o sul do Pará e nordeste de Mato Grosso. Ressalta-se que, as chuvas devem apresentar maior irregularidade, com retorno gradual, sobretudo em novembro, no sul e oeste do Amazonas, Rondônia, porção central de Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais, favorecendo a recomposição da disponibilidade hídrica nesses locais.

Analisando separadamente cada região do país, a previsão indica chuvas acima da média no Amapá, norte do Pará, centro-norte do Amazonas e Tocantins. Nas demais áreas, são previstas chuvas próximas ou abaixo da média, com destaque para o centro-sul do Pará. Embora o armazenamento de água no solo ainda se mantenha elevado na porção norte da região, em virtude das chuvas dos últimos meses, a parte sul já apresenta redução nos níveis de umidade do solo em áreas do sudeste do Pará e Tocantins, e a previsão é que haja uma ampliação da área em setembro.

Na Região Nordeste, a previsão é de chuvas acima da média no centro-oeste da região e redução das chuvas na costa leste, a partir de outubro. Ressaltase que ainda persiste a possibilidade de baixos níveis de umidade no interior da região nós próximos dois meses.

Para as Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o modelo do Inmet indica o retorno das chuvas para a parte central do país, em meados de outubro, com chuvas próximas e acima da média no oeste de Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, bem como em grande parte da Região Sudeste. Nas demais áreas, podem ocorrer chuvas abaixo da média. Desta forma, com o aumento gradual das chuvas ao longo do trimestre, os níveis de umidade do solo devem ter recuperação somente a partir de novembro.

Em grande parte da Região Sul, são previstas chuvas próximas e acima da média no centro-leste da região, enquanto na que porção mais a oeste, são previstas chuvas ligeiramente abaixo da média. No geral, os níveis de umidade do solo não deverão sofrer redução nos próximos meses.

Quanto às temperaturas, elas devem permanecer próximas e acima da média histórica no centro-norte do país, com valores acima de 25 °C. Nas Regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem superar os 28 °C. Em parte da Região Sudeste e Região Sul, as temperaturas podem ser mais amenas, com valores menores que 22 °C. Nas áreas serranas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, as temperaturas podem variar entre 15 °C e 17 °C, e ainda podem ocorrer passagem de massas de ar frio.

Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do site do Inmet, clicando aqui.

Fonte: 12° Levantamento Safra de Grãos 2024/25 – Conab



 

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Autor:12° Levantamento Safra de Grãos 2024/25 – Conab

Site: Conab

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Robô usa luz para diagnóstico precoce de doença em algodão e soja – MAIS SOJA

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O robô é um protótipo, mas já registra resultados promissores no diagnóstico de infecção por nematoides em experimentos realizados em casa de vegetação

Um sistema robótico autônomo, que opera à noite, batizado de LumiBot, é capaz de gerar dados que permitem a construção de modelos para fazer o diagnóstico precoce de nematoides em plantas de algodão e soja antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Desenvolvido pela Embrapa Instrumentação (SP) em parceria com a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), de Mato Grosso, o LumiBot emite luz ultravioleta-visível sobre as plantas e analisa a fluorescência capturada nas imagens das folhas, com câmeras científicas.

A cotonicultura e a sojicultura têm enorme relevância econômica para o País, com previsão de recorde de safra no período 2025/26, com 4,09 milhões de toneladas de pluma e 177,67 milhões de toneladas de grãos de soja, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, as duas culturas enfrentam a ameaça do parasita microscópico de 0,3 a 3 milímetros de comprimento.

Taxas de acerto acima de 80%

O robô é um protótipo, mas já registra resultados promissores no diagnóstico de infecção por nematoides em experimentos realizados em casa de vegetação, com cerca de sete mil imagens coletadas em três anos de pesquisa.

“Conseguimos gerar dados e modelos com taxas de acerto acima de 80%, além de diferenciar as doenças do estresse hídrico”, conta a pesquisadora Débora Milori, coordenadora do estudo e do Laboratório Nacional de Agrofotônica (Lanaf).

A próxima etapa do estudo será o desenvolvimento de um equipamento para operação em campo, como, por exemplo, adaptar o aparato óptico em um veículo agrícola do tipo pulverizador gafanhoto ou veículo rover.

Apresentação do robô durante o Siagro

O LumiBot será apresentado no Simpósio Nacional de Instrumentação Agropecuária (Siagro), que será realizado de 14 a 16 de outubro, no Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão (Lanapre), localizado no Campo Experimental em Automação Agropecuária, da Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP).

Menos químicos na lavoura

De acordo com a pesquisadora, o método convencional de controle de nematoides baseia-se na aplicação de nenematicidas aplicados no solo ou nas sementes, antes do plantio. Esses produtos agem reduzindo a população de nematoides próximos às raízes. Entretanto, essa aplicação tem custo elevado, pode causar impacto ambiental e a eficácia é variável dependendo das condições do solo. Outras estratégias de controle são através do controle biológico, rotação de culturas e o desenvolvimento de cultivares resistentes.

“Uma alternativa mais eficiente e econômica seria o monitoramento da área plantada, com a aplicação de estratégias de controle apenas nas regiões efetivamente infestadas. No entanto, ainda não existem equipamentos comerciais capazes de detectar precocemente a presença da doença nas plantas. Nesse contexto, o uso de técnicas fotônicas surge como uma solução promissora”, declara a coordenadora do estudo.

Para o consultor Comdeagro, Sérgio Dutra, o diagnóstico precoce de doenças é fundamental para que os agricultores possam agir rapidamente e de forma localizada. “Com isso, evita-se o uso excessivo de defensivos químicos e a redução do impacto ambiental, um avanço importante para a agricultura de precisão no Brasil. É possível ainda melhorar a qualidade da fibra e garantir maior rentabilidade para o produtor”, garante o especialista.

Como funciona a tecnologia para detecção de doenças

O LumiBot leva embarcado a técnica fotônica de Imagem de Fluorescência Induzida por LED (diodo emissor de luz). A LIFI, na sigla em inglês, é uma técnica não destrutiva que permite uma aquisição rápida de dados de processos fisiológicos da planta por meio de uma imagem. “A imagem obtida resulta da excitação das folhas com luz ultravioleta-visível, que induz compostos moleculares, como a clorofila e alguns metabólitos secundários, a emitirem luz por meio do processo de fluorescência”, explica Milori.

robô coleta os dados, que são processados por algoritmos treinados para reconhecer padrões em imagens, a partir dos quais são construídos modelos associados a doenças específicas.

A captura das imagens, realizada em apenas sete segundos e de forma simultânea à iluminação, ocorre em ambiente escuro para evitar a atividade fotossintética da planta e eliminar interferências de outras fontes de luz no sinal de fluorescência registrado pelas câmeras.

O robô se desloca por meio de trilhos presos no piso entre as fileiras dos pés de algodão, avaliando as folhas com um feixe de luz de alta intensidade. De acordo com Débora Milori, a técnica indica diferentes tipos de estresse bióticos (fungos, bactérias e vírus) ou abióticos, como deficiências nutricionais e falta de água, por exemplo.

“As imagens captadas pela câmera em cada posição da amostra são gravadas em um dispositivo externo (SSD) portátil, onde ficam armazenadas e disponíveis para análise. Cada amostra recebe uma identificação única, explica o pós-doutorando Tiago Santiago.

Ele é responsável pela análise de dados, das imagens e pelo treinamento de modelos de aprendizado de máquina. A equipe é composta por estudantes de diferentes áreas do conhecimento e por atuações distintas dentro do projeto.

Vinícius Rufino é graduando em engenharia física e atua na instrumentação e análise de dados, Julieth Onofre, doutora em Física, cuida da área da instrumentação óptica, Gabriel Lupetti, graduando em biotecnologia e responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento dos nematoides, a inoculação e processamento das espécies vegetais, Kaique Pereira, biólogo responsável pela manutenção das plantas, a inoculação e contagem de nematoides.

Prova de conceito

O LumiBot tem o suporte da Embrapii Itech-Agro (Integração de Tecnologias Habilitadoras no Agronegócio) da Embrapa Instrumentação, que busca desenvolver o protótipo do equipamento para minimizar custos e alavancar a cadeia produtiva da soja e do algodão. A Embrapii é uma organização social que conecta empresas e instituições de pesquisa para desenvolver inovações, como o LumiBot.

O projeto envolveu o desenvolvimento de uma prova de conceito para diagnóstico precoce de doenças com técnicas fotônicas em sistemas produtivos de algodão, em parceria com a Comdeagro.

O projeto físico e de automação foi desenhado em parceria entre a Embrapa Instrumentação e a empresa Equitron Automação, de São Carlos (SP), sob medida para o funcionamento na casa de vegetação.

A fotônica é um ramo da física que estuda aplicações da luz, sua geração, manipulação e detecção. As técnicas são largamente aplicadas em várias áreas por sua sensibilidade, precisão e alto potencial de portabilidade.

Os nematoides

Nematoides são vermes microscópicos abundantes no solo, água doce e salgada e muitas vezes são parasitas de animais, insetos e também de plantas, segundo a Embrapa. Eles atacam as raízes, diminuindo a absorção de água e nutrientes, o que resulta em redução do crescimento da planta e perdas de produtividade.

O experimento para diagnóstico da praga está sendo conduzido com 400 plantas em vasos em casa de vegetação, separadas em quatro grupos de 100 – controle, estresse hídrico, inoculadas com o nematoide Aphelenchoides besseyi, e inoculadas com o nematóide Rotylenchulus reniformis, espécies mais comuns encontradas nas lavouras.

Segundo Kaique Pereira, o nematoide Rotylenchulus reniformis causa o comprometimento das plantas, reduzindo os rendimentos da plantação, sendo frequente em regiões tropicais e subtropicais do país, enquanto a Aphelenchoides besseyi é responsável pelos sintomas de haste verde, retenção foliar e deforma tecidos da planta, comum em ambientes quentes e úmidos, fatores essenciais para seu desenvolvimento.

“Os nematóides são um problema muito sério dentro do cultivo do algodão e resulta em muitas perdas para os agricultores, principalmente para o Estado do Mato Grosso”, diz Sérgio Dutra, consultor da Comdeagro.

O pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Rafael Galbieri, diz que não se sabe ao certo quanto da produtividade está sendo perdida em função dos nematoides em Mato Grosso.

“O fato é que existem localidades onde há perdas expressivas e outras onde o problema é menor. Há relatos de perdas de 50% a 60% em casos extremos, com média de até 10% a 12% em determinadas regiões. Estima-se uma perda anual superior a 4 bilhões de reais na cultura do algodoeiro em função de problemas relacionados a nematoides. Existem vários exemplos de áreas de produção que se tornaram inviáveis pela infestação desses parasitas”, relata o doutor em agricultura tropical.

Com a soja não é diferente. O prejuízo é de R$ 27,7 bilhões, de acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), Syngenta e consultoria Agroconsult.

“Geralmente, as perdas mais expressivas associadas aos nematoides são observadas em culturas como soja e algodão. No entanto, já é possível constatar que esses patógenos afetam a produtividade de praticamente todas as culturas agrícolas do País, muitas vezes de forma ainda mais acentuada do que nas grandes culturas”, afirma a presidente da SBN, Andressa Cristina Zamboni Machado.

Segundo ela, o Brasil abriga diversas espécies de nematoides altamente agressivas, disseminadas amplamente por todas as regiões agrícolas e responsáveis por extensas perdas econômicas no agronegócio. “Entretanto, esses organismos nem sempre são corretamente diagnosticados ou manejados, o que agrava ainda mais seus efeitos sobre a produção”, conta.

Fotos: Wilson Aiello

Fonte: Joana Silva – Embrapa Instrumentação 



 

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Autor:Joana Silva – Embrapa Instrumentação

Site: Embrapa

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Soja está entre os principais produtos exportados do agro paulista em setembro

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O agronegócio paulista registrou superávit de US$ 16,81 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, resultado de exportações que somaram US$ 21,15 bilhões e importações de US$ 4,34 bilhões.

O setor respondeu por 40,3% do total exportado pelo estado e por 6,6% das importações no período, segundo levantamento da Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

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Soja como destaque

Entre os principais grupos exportadores, o complexo soja teve participação de 9,9% nas vendas externas do agro paulista, movimentando US$ 2,10 bilhões, sendo 80,8% referentes à soja em grão e 14% ao farelo.

Apesar da relevância, o grupo apresentou leve queda de 0,8% em relação ao mesmo período de 2024, reflexo das oscilações de preços e volumes no mercado internacional.

Liderança do setor sucroalcooleiro

O complexo sucroalcooleiro segue como líder da pauta, responsável por 29,9% das exportações do agro paulista, com destaque para o açúcar, que representou 92,1% do total do grupo, e o etanol, com 7,9%.

Carnes

Na sequência aparecem as carnes, que responderam por 14,9% das vendas externas, totalizando US$ 3,15 bilhões, com a carne bovina representando 84,9% desse montante.

Produtos florestais

Os produtos florestais somaram 10,5% das exportações, alcançando US$ 2,21 bilhões, dos quais 54,5% foram de celulose e 36,4% de papel. Já o setor de sucos respondeu por 10,2%, totalizando US$ 2,15 bilhões, sendo 97,7% referentes ao suco de laranja.

Esses cinco grupos juntos representaram 75,4% do total exportado pelo agronegócio paulista. O café aparece em seguida, com 6,4% de participação, equivalente a US$ 1,35 bilhão.

Oscilações nas exportações

As variações em relação ao mesmo período do ano passado mostram crescimento das exportações de café (+43,4%), carnes (+26,3%) e sucos (+4,6%), enquanto o complexo sucroalcooleiro (-33,6%), produtos florestais (-5,6%) e o complexo soja (-0,8%) apresentaram retração.

China, UE e EUA como principais destinos

A China segue como principal destino das exportações paulistas, absorvendo 24,2% do total, com destaque para a compra de soja, carnes, açúcar e produtos florestais. Em seguida aparece a União Europeia, com 14,4% de participação, e os Estados Unidos, com 12,7%.

No caso americano, as exportações totalizaram US$ 2,69 bilhões no acumulado até setembro, um crescimento de 13% frente ao mesmo período de 2024.

Impacto do tarifaço nos EUA

O avanço nas vendas ocorreu até julho, mas o tarifaço de 50% imposto em agosto pelos EUA derrubou as exportações em agosto e setembro, com quedas de 14,2% e 32,7%.

O setor de sucos, fora da taxação, manteve a liderança, enquanto carnes, café e produtos florestais sentiram mais os impactos. Parte dos embarques foi redirecionada para China, México e Argentina, segundo a Apta.

São Paulo no cenário nacional

No cenário nacional, São Paulo segue como destaque do agronegócio, responsável por 16,7% das exportações brasileiras do setor, ocupando a segunda posição no ranking, atrás apenas de Mato Grosso, com 17,4%, e à frente de Minas Gerais, que respondeu por 11,5% das vendas externas.

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Chicago fecha em alta no trigo, com dólar fraco e consolidando recuperação técnica – MAIS SOJA

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A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou a sessão desta terça-feira com preços mais altos. Após atingir os menores patamares de preço desde 2020 no pregão anterior, o mercado consolidou um movimento de recuperação técnica. A correção recebeu suporte da desvalorização do dólar frente a outras moedas correntes, fator que aumenta a competitividade do cereal norte-americano.

As cotações haviam recuado para o nível mais baixo em cinco anos diante da ampla oferta global. A Rússia, principal exportadora mundial de trigo, acelerou seus embarques nos últimos meses após um início de temporada mais lento, enquanto a pressão das colheitas em outras regiões produtoras segue crescente.

Além disso, os investidores também reagiram as inspeções de exportação norte-americana de trigo, que chegaram a 444.138 toneladas na semana encerrada no dia 9 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, as inspeções de exportação de trigo haviam atingido 548.223 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 380.134 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de junho, as inspeções somam 10.664.546 toneladas, contra 9.029.415 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Os contratos com entrega em dezembro fecharam cotados a US$ 5,00 1/4 por bushels, alta de 3,50 centavo de dólar, ou 0,70%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em março de 2026 encerraram a US$ 5,16 3/4 por bushel, avanço de 3,50 centavos por dólar, ou 0,68%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News



 

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