Sustentabilidade
Trigo/RS: Semeadura foi encerrada e implantação manteve-se dentro da janela recomendada pelo ZARC – MAIS SOJA

A semeadura foi encerrada e a implantação manteve-se dentro da janela recomendada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).
As lavouras encontram-se predominantemente em estádio vegetativo, em processo de perfilhamento, com excelente sanidade foliar. A ocorrência de precipitações pela terceira semana seguida, intercalada por dias ensolarados, contribuiu para o crescimento vigoroso e para a emissão contínua de folhas bem expandidas como resultado da adequada atividade fotossintética e de suprimento nutricional, proporcionados pela umidade ideal do solo para a adsorção das adubações em cobertura.
As lavouras semeadas mais precocemente estão finalizando o período vegetativo, entre os estádios fenológicos de final do alongamento do colmo e início do emborrachamento; a emissão das espigas deve ocorrer nos próximos dias. Nessas lavouras, a segunda aplicação de adubação nitrogenada em cobertura foi concluída. Algumas áreas, na Região Noroeste do Estado, iniciaram o florescimento, mas a proporção em relação à área de cultivo estadual representa menos de meio ponto percentual.
Entre as atividades de manejo destacam-se as aplicações de fungicidas preventivos, objetivando o controle de oídio (Blumeria graminis f. sp. tritici), principal patógeno observado neste momento
A área cultivada no Estado está projetada pela Emater/RS-Ascar em 1.198.276 hectares, e a estimativa de produtividade em 2.997 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a semeadura foi concluída; as últimas operações foram realizadas na Região dos Campos de Cima da Serra. De modo geral, as lavouras apresentam excelente estabelecimento inicial. As áreas implantadas no início de junho apresentaram germinação desuniforme e baixa densidade de plantas em função do excesso de chuvas no período, mas representam uma parcela pouco significativa do total cultivado. Nas lavouras semeadas mais precocemente, foram realizadas aplicações de herbicidas para o controle de plantas daninhas, bem como a adubação nitrogenada em cobertura.
Na de Frederico Westphalen, os cultivos apresentam elevada taxa de afilhamento e demonstram avanço no desenvolvimento vegetativo em relação à semana anterior, impulsionadas pelas condições climáticas e pela adubação nitrogenada. Em relação ao manejo, é efetuada intensa aplicação de herbicidas para o controle de azevém nas lavouras semeadas mais tardiamente. Nas áreas com maior desenvolvimento, são efetuadas aplicações preventivas de fungicidas.
Na de Ijuí, o desenvolvimento dos cultivos está muito satisfatório, com vigor vegetativo e aspecto fitossanitário adequados. As lavouras semeadas no final de maio (cerca de 20% do total na região) encontram-se, predominantemente, entre os estádios de alongamento do colmo e início do emborrachamento, devendo emitir espigas nos próximos dias. Esse desenvolvimento é reflexo tanto da boa implantação inicial quanto da eficácia das práticas de manejo nutricional e fitossanitário, que têm sido adotadas.
Na de Santa Maria, a alternância entre precipitações e períodos de predomínio de radiação solar beneficiou a retomada do crescimento vegetativo. Esse cenário possibilitou realizar as aplicações de adubação nitrogenada em cobertura, estratégicas para o incremento do perfilhamento e para a consolidação do potencial produtivo.
Na de Santa Rosa, 98% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, e 2% em fase reprodutiva inicial, com emissão de espigas. As condições climáticas amenas e a boa disponibilidade hídrica contribuíram para a evolução satisfatória do crescimento vegetativo das plantas, cujo porte varia entre 15 e 20 cm de altura. No entanto, observa-se que uma parcela significativa das lavouras foi implantada com baixo nível tecnológico, onde não houve aplicação de adubação de base, ou as doses utilizadas foram inferiores às recomendadas. Essa situação se deve à restrição de crédito rural e à onerosidade de acesso ao Proagro, que foi considerado inviável para parte dos produtores.
Na de Soledade, o predomínio de tempo firme, de propícia radiação solar e de temperaturas amenas — com picos acima de 20 °C no período da tarde — favoreceram o desenvolvimento vegetativo. Observou-se, de forma geral, a intensificação da coloração verde nas lavouras. Contudo, em áreas conduzidas com baixa tecnologia, são evidentes os sintomas de deficiência nutricional, que foram agravados por processos erosivos (laminar e em sulcos), resultantes das chuvas intensas em períodos anteriores. Porém, tais áreas ainda apresentam potencial de recuperação mediante a aplicação complementar de adubos nitrogenados, considerando-se o estádio fenológico das lavouras.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, cresceu apenas 0,01% quando comparado à semana anterior, de R$ 69,92 para R$ 69,93.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1879 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1879
Site: Emater RS
Sustentabilidade
Arroz/RS: Semeadura avançou de forma gradual, acompanhando variações climáticas – MAIS SOJA

A semeadura do arroz avançou de forma gradual, acompanhando as variações climáticas regionais. O período seco, predominante nas duas últimas semanas, favoreceu a preparação do solo e o avanço do plantio nas principais regiões orizícolas, especialmente onde os produtores possuem maior capacidade operacional e áreas previamente niveladas. Entretanto, excessos de umidade pontuais ainda limitam o acesso do maquinário em algumas áreas de várzeas, próximas a cursos d’agua, o que resulta em atraso no início da semeadura.
De forma geral, a implantação das lavouras encontra-se entre o início e o meio do período recomendado pelo ZARC, e a área já semeada varia entre 15% e 60%, conforme a região. A maioria dos cultivos implantados apresenta emergência uniforme, bom vigor inicial e desenvolvimento vegetativo dentro da normalidade.
Mantém-se a expectativa de redução da área cultivada em função de fatores econômicos e de logística da colheita, sobretudo onde há competição com a semeadura da soja. O uso de sistemas pré-germinados e de semeadura em solo seco se dá conforme as condições de umidade de cada região. As condições meteorológicas previstas, como chuvas irregulares e intervalos de tempo firme, devem permitir avanço expressivo da operação nos próximos dias.
A área a ser cultivada está estimada em 920.081 hectares (IRGA). A produtividade está estimada pela Emater/RS-Ascar em 8.752 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a semeadura iniciou-se de forma efetiva nos principais municípios produtores, favorecida pela ausência de chuvas entre os dias 6 e 12/10. Na Fronteira Oeste, os orizicultores com áreas preparadas e maior capacidade operacional intensificam o plantio, adotando turnos prolongados de trabalho. Em Uruguaiana, projeta-se redução expressiva da área cultivada, estimada em cerca de 71 mil hectares. Em São Borja, o avanço do plantio ainda está limitado, em menos de 1.000 hectares, devido à excessiva umidade do solo. Na região da Campanha, em Dom Pedrito, a semeadura está mais adiantada, e projeta-se o cultivo de 36 mil hectares.
Na de Pelotas, a semeadura chega a 61% da área estimada. O clima seco e ensolarado favoreceu o ritmo intenso de plantio, o preparo do solo, o nivelamento e a construção de taipas. As chuvas no início e no final do período acumularam baixos volumes, mas suficientes para manter boas condições de trabalho. As plantas estão em fase vegetativa, com desenvolvimento normal.
Na de Santa Maria, a semeadura atinge 7% da área prevista, e as primeiras lavouras apresentam bom estabelecimento. O andamento das atividades tende a se intensificar em razão da redução das chuvas.
Na de Santa Rosa os produtores enfrentam dificuldades para o preparo do solo, o que tem provocado atrasos significativos na implantação das lavouras e redução de produtividade em cultivares precoces. Há tendência de diminuição da área plantada, principalmente para evitar concorrência com a colheita da soja. O estabelecimento dos cultivos deve ganhar ritmo, à medida que as condições de solo melhorarem.
Na de Soledade a semeadura atinge cerca de 15% da área prevista, ocorrendo tanto em sistema pré-germinado quanto em solo seco, o qual ainda está limitado pela excessiva umidade do solo. Segundo o ZARC, o período de semeadura na região se estende de setembro até 20/12, conforme o grupo de cultivares.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 0,59%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 59,07 para R$ 58,72.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1889 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Sustentabilidade
Milho/RS: Condições climáticas favoreceram a semeadura em todo o Estado – MAIS SOJA

O predomínio de tempo seco e de temperaturas amenas, especialmente à noite, favoreceu a cultura de milho durante o período, permitindo o trânsito de máquinas e o avanço na semeadura em todo o Rio Grande do Sul. Contudo, nas regiões Sul e Nordeste, a semeadura está atrasada em relação ao restante do Estado.
Foram semeados 74% do total estimado. De modo geral, as lavouras apresentam desenvolvimento adequado. Estão 98% em estádio vegetativo e 2% em floração.
O estado fitossanitário segue satisfatório. Foi dada continuidade ao manejo das plantas daninhas e à aplicação da adubação nitrogenada de cobertura, especialmente em lavouras em estádio V2 a V4. Em relação a pragas, há incidência expressiva de cigarrinha-do-milho no Alto Uruguai. Já nas demais regiões do Estado, o monitoramento, realizado pela Emater/RS-Ascar em conjunto com os agricultores, indica baixa incidência, sem prejuízos significativos.
Na Safra 2025/2026, a área total alcançará 785.030 hectares, segundo dados iniciais da Emater/RS-Ascar. A produtividade projetada é de 7.376 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ba na Fronteira Oeste, a predominância de tempo mais seco favoreceu a semeadura, diferentemente do período anterior, quando a operação foi prejudicada pelo excesso de chuvas. O manejo fitossanitário para controle de doenças e de insetos também foi beneficiado pelas condições meteorológicas.
Na de Caxias do Sul os índices de umidade no solo foram favoráveis para a evolução da semeadura. Estão semeados 50% do projetado. Nos Campos de Cima da Serra, a semeadura ainda não começou devido às baixas temperaturas do solo, comuns nesta época do ano.
Na de Erechim a semeadura está próxima do fim, e as demais áreas estão em crescimento vegetativo. A sanidade e o aspecto fitossanitário seguem adequados no período.
Na de Frederico Wes phale 100% das lavouras estão em estádio vegetativo. O estado fitossanitário é considerado satisfatório. Ainda há significativa incidência de cigarrinha-domilho e de percevejo, conforme observado nas armadilhas monitoradas pela Emater/RSAscar
Na de Ijuí está baixa a incidência de cigarrinha-do-milho. As condições climáticas do período favoreceram o crescimento das plantas.
Na de Passo Fundo, 10% dos cultivos estão na fase de germinação e 90% em crescimento vegetativo.
Na de Pelotas, em comparação ao período anterior, a semeadura evoluiu pouco, totalizando 6%. A germinação e a emergência dos cultivos estão adequadas.
Na de Santa Rosa as lavouras estão em crescimento vegetativo. Foi efetuado manejo de plantas daninhas em pós-emergência. A presença de cigarrinha-do-milho é considerada baixa, mas há relatos de incidência significativa de percevejo em algumas áreas.
Na de Soledade a semeadura do cedo está finalizada, e as lavouras estão em estágio vegetativo. Prossegue a operação nas áreas intermediárias, ainda incipientes. Há baixa presença de cigarrinha-do-milho, e os produtores fazem aplicação preventiva de inseticidas.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,63%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 62,06 para R$ 62,45.
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Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1889
Site: Emater RS
Sustentabilidade
ClimaCast – RTC traz atualizações climáticas – MAIS SOJA

Acompanhar as projeções climáticas é essencial para posicionar práticas e estratégias de manejo em culturas agrícolas. De acordo com a atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC, os próximos dias devem ser marcados por volumes expressivos de chuvas no Rio Grande do Sul, especialmente a região Noroeste do estado.
Com relação aos fenômenos climatológicos ENSO (El Niño e La Niña), até então, os prognósticos climáticos indicam um resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, demonstrando uma tendência da ocorrência de La Niña, caso continue a queda da temperatura do Pacífico Equatorial.
Figura 1. Probabilidade da ocorrência dos fenômenos ENSO.
De acordo com modelos climatológicos, a maior probabilidade do resfriamento do Pacífico Equatorial tem indicando uma tendência de ocorrência do La Nina, mesmo que, de baixa intensidade e curta duração (figura 2).
Figura 2. Probabilidade de ocorrência dos fenômenos ENSO por diferentes modelos climatológicos.

Caso as projeções se concretizem, o esperado é uma La Niña de baixa intensidade, mas que ainda assim possa impactar o volume de chuvas no Rio Grande do Sul, fato que demanda maior cuidado no posicionamento das culturas de verão. Contudo, conforme destacado por Sentelhas, a presença do La Niña não significa a ausência de chuvas, apenas a redução do volume acumulado para o período no Rio Grande do Sul (anomalia negativa).
Confira abaixo as atualizações climáticas trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC.
Confira as atualizações do canal Rede Técnica Cooperativa – RTC, clique aqui e inscreva-se agora no canal
Referências:
IRI. PREVISÃO ENSO. Columbia Climate School: International Research Institute For Climate And Society, 2025. Disponível em: < https://iri.columbia.edu/our-expertise/climate/forecasts/enso/current/ >, acesso em: 16/10/2025.
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