Agro Mato Grosso
Mercado internacional pressiona e ureia encarece a safra 2025/26

O Brasil responde hoje por cerca de 7% do consumo global de fertilizantes nitrogenados, especialmente a ureia, sendo o maior importador mundial. Parte significativa desse volume — estimado entre 80% e 87% das necessidades internas de ureia — ainda depende das compras externas, especialmente da Rússia, China e outros países.
Nosso país importou cerca de 7,6 milhões de toneladas de ureia entre janeiro e novembro de 2025, um crescimento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do avanço das aquisições, a disponibilidade interna segue pressionada e os preços continuam em patamares superiores aos de 2024, com a tonelada do insumo negociada a valores médios acima de US$ 350 no primeiro trimestre.
Diante dessa conjuntura, o produtor rural brasileiro enfrenta uma conjuntura delicada. O aumento dos custos com insumos afeta diretamente o planejamento financeiro das propriedades, especialmente em culturas de alto consumo de nitrogênio, como milho, cana e trigo. A dependência externa, somada à instabilidade internacional, reforça a necessidade de estratégias mais robustas para mitigar riscos, garantir o abastecimento e preservar a competitividade do agro nacional.
A oferta global limitada do fertilizante nitrogenado, somada à demanda aquecida de grandes compradores internacionais e a entraves geopolíticos, tem mantido os preços elevados e traz preocupações ao setor produtivo brasileiro. Em 2025, os preços da ureia nos portos brasileiros acumularam alta próxima de 29% entre janeiro e julho, segundo dados do mercado. O impacto é direto sobre os custos da safra 2025/26, que exigirá dos produtores ainda mais planejamento e eficiência para manter a rentabilidade.
Entre os fatores que sustentam esse cenário estão o aumento das compras por países asiáticos, com leilões internacionais movimentando volumes superiores a 2 milhões de toneladas, e as restrições impostas a certos fornecedores estratégicos, que dificultam o acesso a alternativas comerciais. Além disso, medidas comerciais adotadas por grandes economias reduziram o apelo de importações e agravaram o desequilíbrio entre oferta e demanda global.
O momento exige cautela e atenção redobrada dos agentes da cadeia produtiva, sobretudo na formação de estoques e nas decisões de compra ao longo dos próximos meses. A volatilidade nos preços e a incerteza quanto ao fornecimento tornam o mercado de fertilizantes um dos principais pontos de atenção para a agricultura brasileira em 2025.
Agro Mato Grosso
Polícia Militar detém seis pessoas suspeitas por invasão de propriedade rural

Militares apreenderam armas de fogo, munições e cavadeiras manuais utilizadas para invasão da área
Cinco homens e uma mulher foram detidos, nesta sexta-feira (21.8), suspeitos por tentativa de invasão de uma propriedade particular localizada na zona rural do município de Luciara (1.082 km de Cuiabá). Com os suspeitos foram apreendidas duas armas de fogo, munições e duas cavadeiras manuais.
Policiais militares do Núcleo de São Felix do Araguaia foram acionados por um homem, que relatou ter registro da propriedade rural localizada em uma região conhecida como Mata do Coco e que nesta quinta-feira, havia um grupo, acompanhado por dois seguranças, que invadiram o local.
Diante dos fatos, os policiais militares foram até a região e encontraram parte da área já desmatada. Alguns dos suspeitos relataram ter sido contratados por um indivíduo para que fizessem uma cerca na propriedade privada.
As equipes logo identificaram dois seguranças portando um revólver cada e alguns ferramentas no local. Diante da situação, os suspeitos foram conduzidos à delegacia do município de São Félix do Araguaia para registro do boletim de ocorrência.
A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190 ou 0800.065.3939.
Agro Mato Grosso
Fungicidas afetam fungos benéficos no milho, aponta estudo

Pesquisa mostra que aplicações foliares alteram a comunidade fúngica
O uso de fungicidas em plantações de milho pode comprometer a diversidade de fungos benéficos presentes nas folhas, segundo estudo publicado no Phytobiomes Journal. A pesquisa foi conduzida por cientistas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da Syngenta.
A equipe analisou o impacto de fungicida com múltiplos modos de ação na comunidade de endófitos fúngicos foliares. O experimento ocorreu em duas localidades do meio-oeste americano, usando técnicas de cultura para identificar e quantificar os microrganismos presentes.
Os resultados mostraram que, embora a quantidade total de fungos cultiváveis não tenha mudado de forma significativa, a composição da comunidade fúngica foi alterada. Diversidade e abundância de espécies variaram, com efeitos diferentes em cada local. Isso sugere que fatores ambientais influenciam a resposta do microbioma à aplicação de defensivos.
Segundo a microbiologista Briana Whitaker, o estudo abre espaço para uma nova abordagem no manejo agrícola, priorizando também a promoção de microrganismos benéficos. A ideia é adotar práticas mais sustentáveis, que fortaleçam a resiliência das lavouras diante de estresses climáticos e agentes patogênicos.
Outras informações em doi.org/10.1094/PBIOMES-09-24-0089-R
Agro Mato Grosso
Cesta básica em MT volta a ficar abaixo dos R$ 800 na terceira semana de agosto I MT

O preço da cesta básica segue em queda em agosto. Dessa vez, a redução de 0,13% em comparação à semana anterior fez com que o mantimento atingisse a média de R$ 799,24, valor que não era observado desde fevereiro deste ano. Apesar das quedas consecutivas, o levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) revelou que, no comparativo anual, o custo atual segue 8% acima do registrado em 2024.
Para José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, mesmo com as reduções no preço da cesta, a variação anual ainda inspira cautela. “A cesta abaixo dos R$ 800 indica um movimento de alívio nos preços de determinados produtos e favorece o consumo das famílias. Mesmo assim, o valor do mantimento ainda se mantém mais caro que em 2024, quando custava R$ 740, o que exige cautela e uma pesquisa – por parte das famílias – por produtos mais em conta nos mercados”.
Conforme levantamento do IPF-MT, o açúcar apresentou a maior variação na semana atual, com queda de 14,83%, chegando a custar em média R$ 2,89/kg. A forte variação contribuiu para deixar o produto 21,01% mais barato que no mesmo período do ano passado.
Ainda conforme análise do instituto, essa é a terceira queda de preço do produto, o que pode estar associado à produção das usinas brasileiras, que têm priorizado a fabricação do açúcar em relação ao etanol, aumentando a quantidade ofertada no mercado.
Da mesma forma, a farinha de trigo registrou queda de 1,33%, custando R$ 5,12/kg em média. Com estoques remanescentes de safras anteriores, os moinhos disponibilizaram mais do produto, elevando a oferta e ocasionando uma redução nos preços. No entanto, comparado ao mesmo período do ano passado, quando a média registrada era de R$ 5,08/kg, o valor atual encontra-se 0,70% maior.
Sobre esse cenário, Wenceslau Júnior explicou:
“O cenário reforça a influência de choques de oferta sobre os preços da alimentação: enquanto o açúcar e a farinha reagem a estoques elevados e à priorização produtiva, o feijão demonstra sensibilidade a fatores climáticos e sazonais. Assim, questões sazonais, climáticas e de estratégias de comercialização demonstram ser importantes para as variações observadas”.
O feijão foi um dos itens que apresentou acréscimo, de 1,19%, elevando o custo médio para R$ 6,17/kg. A alta pode estar associada ao período de entressafra, além de fatores climáticos, como o calor intenso e a falta de chuvas, que atrasam o cronograma de plantio das lavouras futuras.
Apesar do aumento, o valor atual é 13,09% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando a média atingiu R$ 7,10/kg.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido pelo empresário José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.
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