Sustentabilidade
Consumidor de milho avança pouco nas compras em julho, esperando queda maior de preços no Brasil – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de milho registrou um cenário de aquisições lento por parte dos consumidores ao longo de julho, na espera de preços mais baixos com o avanço da colheita da safrinha.
De acordo com a Safras Consultoria, em grande parte do mês os produtores foram ampliando as ofertas para venda, muito embora tenham tirado o pé nos últimos dias de julho, em meio às especulações com o avanço do dólar e das cotações nos portos por conta das questões envolvendo as tarifas aos produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos. Ainda assim, as cotações recuaram no Brasil frente ao fechamento de junho.
No cenário fundamental, a Safras Consultoria sinaliza que o viés para o milho segue baixista. No Brasil pesa o avanço da colheita de uma safrinha bastante expressiva, enquanto nos Estados Unidos o clima segue favorável ao desenvolvimento das lavouras de milho, o que acaba pressionando as cotações na Bolsa de Chicago, o que mexe também na paridade de exportação do cereal.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 61,30 no dia 31 de julho, queda de 0,21% frente aos R$ 61,77 registrados no fechamento de junho. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 58,50, baixa de 2,5% frente aos R$ 60,00 do encerramento do mês retrasado.
Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 67,00, queda de 2,9% frente aos R$ 69,00 do final de junho. Na região da Mogiana paulista, o cereal caiu 7,69%, de R$ 65,00 para R$ 60,00 ao longo do mês.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a saca foi cotada a R$ 57,00, avanço de 9,62% frente aos R$ 52,00 praticados no final de junho. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço ficou em R$ 70,00, estável frente ao fechamento do mês anterior.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda para a saca caiu 4,76% ao longo de julho, de R$ 63,00 para R$ 60,00. Já em Rio Verde, Goiás, a saca avançou 10,00%, de R$ 50,00 para R$ 55,00.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 321,190 milhões em julho (19 dias úteis), com média diária de US$ 16,904 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 1,522 milhão de toneladas, com média de 80,142 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 210,90.
Em relação a julho de 2024, houve baixa de 44,5% no valor médio diário da exportação, perda de 48,1% na quantidade média diária exportada e valorização de 7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Arno Baasch/ Safras News
Sustentabilidade
Volatilidade cambial e cautela dos agentes mantêm mercado doméstico de algodão estável em julho – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de algodão registrou pouca variação ao longo de julho, refletindo a influência do câmbio instável e da volatilidade nas commodities internacionais. Esses fatores limitaram movimentos mais consistentes nas cotações domésticas. Do lado da demanda, a indústria manteve foco nas negociações de curto prazo, enquanto os produtores seguiram cautelosos, controlando a oferta diante das incertezas no cenário global, informou a Safras Consultoria.
No mercado disponível, o preço do algodão posto no CIF de São Paulo fechou a quinta-feira (31) a R$ 4,08 por libra-peso, mesmo valor da semana anterior. Em comparação com o mesmo período de junho (R$ 4,11/libra-peso), houve queda de 0,73%.
Em Rondonópolis, no Mato Grosso, a pluma seguiu cotada a R$ 3,95/libra-peso, o equivalente a R$ 130,58 por arroba. O valor representa leve baixa de 0,27% em relação à quinta passada, dia 24 (R$ 130,93/arroba) e recuo de R$ 0,26/arroba frente ao registrado há um mês R$ 130,84/arroba).
Colheita da safra 2024/25 – Abrapa
A Abrapa informou o progresso da colheita da safra 2024/25 de algodão no Brasil até quinta-feira (24). Paraná tinha 95% da área colhida; São Paulo, 93% Mato Grosso do Sul, 57%; Minas Gerais, 55%; Bahia, 42%; Piauí, 63%; Goiás, 55,8%, Mato Grosso, 10% e Maranhão, 50%. A média do Brasil era de 20,23% da área colhida. As informações são da Abrapa.
Exportações brasileiras – Secex
As exportações brasileiras de algodão somaram 111,707 mil toneladas em julho (19 dias úteis), com média diária de 5.879 toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 181,318 milhões, com média de US$ 9,543 milhões. As informações são do Ministério da Economia.
Em relação à igual período do ano anterior, houve um recuo de 19,1% no volume diário exportado (7,270 mil toneladas diárias em julho de 2024). Já a receita diária teve queda de 29,3% (US$ 13,493 milhões diários em julho de 2024).
Fonte: Sara Lane – Safras News
Sustentabilidade
Mercado brasileiro de trigo tem julho de fraca movimentação e desinteresse dos agentes – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de trigo fechou o mês de julho com pouca variação nos preços em relação ao mês anterior, refletindo a baixa liquidez nas negociações e o desinteresse dos agentes. Conforme o analista da Safras & Mercado, Elcio Bento, no Paraná, a média das cotações no mercado FOB interior ficou em R$ 1.413 por tonelada, com queda mensal de 0,7%. No Rio Grande do Sul, a média foi de R$ 1.295 por tonelada, sem alterações.
Conforme Bento, a estagnação nos preços é resultado de um cenário de cautela tanto por parte dos compradores quanto dos vendedores. A indústria tem evitado grandes volumes de aquisição, diante da ampla oferta internacional a preços competitivos e da fraqueza no mercado de farinha. “Os moinhos estão comprando apenas o essencial, apostando em quedas futuras com a entrada da safra nova”, avalia.
Segundo o analista, do lado da oferta, os produtores resistem em negociar aos preços atuais. A expectativa é de que a menor área plantada nesta temporada, combinada à maior dependência de importações, possa gerar oportunidades mais vantajosas de comercialização nos próximos meses. Além disso, as atenções estão concentradas, neste momento, nas atividades de manejo das lavouras.
“Para agosto, a tendência é de continuidade no ritmo lento de comercialização. Os agentes devem seguir atentos ao desenvolvimento das lavouras, ao comportamento do mercado internacional e à volatilidade cambial”, estima Bento.
Emater
De acordo com o relatório semanal da Emater-RS, divulgado nesta quinta-feira (31), a semeadura do trigo está tecnicamente encerrada no Rio Grande do Sul. Restam apenas áreas pontuais a serem complementadas, sem impacto significativo no andamento da safra. O cronograma de implantação da cultura permaneceu dentro da janela recomendada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), assegurando conformidade técnica e boa condução da lavoura.
As chuvas volumosas e bem distribuídas nos dias 26 e 27 de julho beneficiaram o trigo em todo o Estado. Até então, o mês registrava condições predominantemente secas, com precipitações anteriores (em 16 e 17 de julho) consideradas insuficientes para repor a umidade do solo em profundidade.
Deral
O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório mensal de julho, que a safra 2025 de trigo do Paraná deve registrar uma produção de 2,608 milhões de toneladas, 13% acima das 2,305 milhões de toneladas colhidas na temporada 2024.
A área cultivada deve ficar em 832,8 mil hectares, contra 1,134 milhão de hectares em 2024, baixa de 27%. A produtividade média é estimada em 3.137 quilos por hectare, acima dos 2.068 quilos por hectare registrados na temporada 2024.
Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News
Sustentabilidade
Chuvas voltam ao Paraná e São Paulo, mas tempo seco persiste em outras áreas

O tempo seco segue predominante em áreas centrais do país nos próximos dias. Essa condição favorece a colheita da segunda safra em regiões do Matopiba, especialmente para culturas como milho, algodão, sorgo e feijão. Produtores que já estão colhendo devem ser beneficiados pela ausência de chuvas, que evita perdas por excesso de umidade.
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No entanto, a falta de precipitações ainda preocupa aqueles que dependem de umidade para o enchimento de grãos, principalmente nas lavouras em final de ciclo. O déficit hídrico pode impactar a produtividade em algumas áreas.
Em Roraima, onde a safra de soja ainda está em andamento, a previsão indica uma diminuição no volume de chuvas. A expectativa é de que chova menos do que o normal para o período, o que pode acelerar o término do ciclo, mas também limitar o desenvolvimento das lavouras ainda em crescimento.
Chuvas previstas
No Sul do país, uma mudança importante está prevista. A entrada de umidade deve provocar um aumento nas chuvas no Paraná e em parte de São Paulo. Em algumas cidades paranaenses, por exemplo, onde o normal para agosto é de 30 mm, os volumes podem superar 35 mm. Esse reabastecimento hídrico é bem-vindo, especialmente após semanas de solo mais seco.
Além disso, a passagem de uma nova frente fria ao longo da próxima semana deve levar chuva ao Sul e, posteriormente, ao Sudeste. Embora os volumes ainda não sejam suficientes para repor totalmente a umidade do solo, ajudam a melhorar a qualidade do ar.
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