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Senai e John Deere oferecem curso de qualificação com bolsa de estudos em 157 cidades

O Senai e a John Deere lançaram o Inspirar Agro, um programa nacional de formação profissional voltado à agroindústria. O projeto será implementado em 157 cidades de 25 estados brasileiros, com previsão de 6 mil vagas e 300 turmas ao longo de três anos. As inscrições já estão abertas para o primeiro ciclo de turmas nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Maranhão, Minas Gerais e Paraná, e em breve em outras localidades.
Há 23 anos o Senai e a John Deere, destaca o diretor-geral do Senai Nacional, Gustavo Leal, desenvolvem atividades em conjunto. “É uma parceria sólida, que agora ganha ainda mais força com o Inspirar Agro”.
O diretor regional do Senai Mato Grosso, Carlos Braguini, pontua que a “formação profissional ainda não acompanhou a velocidade da inovação agroindustrial”, que a cada dia cresce diante da demanda por alimentos e energia. “O Inspirar Agro nasce para reduzir esse descompasso entre a tecnologia e a qualificação técnica”, explica.
A qualificação gratuita forma técnicos em manutenção de máquinas pesadas, uma das áreas com maior demanda no país. Segundo o Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027, elaborado pelo Senai, serão necessários pelo menos 37 mil novos profissionais nesta especialidade nos próximos dois anos. A remuneração nacional média para esse cargo gira em torno de R$ 4.800 por mês.
A expansão da formação acompanha a alta no setor de máquinas agrícolas, que atingiu 422 mil empregos em abril de 2025, marcando o nono mês consecutivo de crescimento. Em comparação com o ano anterior, foram mais de 33 mil novos postos de trabalho, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
“Precisamos de profissionais altamente qualificados para garantir a experiência que a John Deere oferece aos clientes. O Inspirar Agro se encaixa na nossa estratégia de crescimento sustentável, apoiando a excelência da nossa rede de concessionários com profissionais preparados e alinhados com nossos valores”, ressalta Marcelo Lopes, diretor de Desenvolvimento de Concessionários da John Deere para a América Latina.
Ainda de acordo com a entidade, fabricantes de máquinas agrícolas, de construção e para bens de consumo somaram quase R$ 25 bilhões em receita em abril, um avanço de 9% sobre o mesmo mês de 2024. Já a produção agropecuária nacional cresceu 12,2% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE.
“O Senai Mato Grosso lidera esta iniciativa justamente por ser um dos estados com maior vocação para a agroindústria. Somos os maiores produtores de grãos do Brasil, e as máquinas utilizadas no campo são verdadeiras indústrias sobre rodas, com muita tecnologia embarcada. Mais do que ensinar uma profissão, estamos abrindo portas para um novo projeto de vida”, destaca Carlos Braguini, diretor regional do Senai MT.
Curso em Mato Grosso terá carga de 420 horas
Coordenado pelo Senai Mato Grosso, o curso terá carga horária total de 420 horas, sendo 124 horas na modalidade EAD e 296 horas presenciais, duração de aproximadamente quatro meses e bolsa-auxílio de até R$ 3.330,00, conforme a carga horária. A formação é conectada diretamente à Rede de Concessionários da John Deere, o que amplia as chances de contratação imediata.
A capacitação será dividida em três módulos:
● Manutenção de sistemas mecânicos, hidráulicos e eletroeletrônicos de máquinas agrícolas;
● Normas e Procedimentos técnicos, ambientais e de saúde e segurança do trabalho;
● Desenvolvimento Comportamental, com foco em trabalho em equipe, ética, comunicação e resolução de problemas.
Além dos conteúdos técnicos, como manutenção de sistemas e normas de segurança, o programa incluirá formação comportamental, com foco em habilidades como comunicação, trabalho em equipe e resolução de problemas. Para garantir a aderência entre aluno e empresa, o Senai realizará um mapeamento da cultura organizacional de cada concessionária John Deere, indicando os candidatos mais alinhados a cada realidade.
Os participantes também receberão kits personalizados, tanto para alunos quanto para instrutores, reforçando desde o início a identidade e o vínculo com a John Deere. As inscrições podem ser realizadas no site: https://senaimt.ind.br/para-industria/inspiraragro .
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Congresso de Agronomia: produtividade com sustentabilidade

A engenharia agrônoma e toda a cadeira produtiva do agro brasileiro volta o foco para Maceió, Alagoas, a partir deste dia 14 de outubro, para difundir conhecimento, inovação e experiências que pretendem moldar o futuro da agronomia no Brasil. Em sua trigésima quarta edição, o Congresso Brasileiro de Agronomia – CBA 2025 – tem como tema Produtividade com Sustentabilidade.
Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), através da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra) realiza o evento com 6 salas temáticas simultâneas, mais de 65 palestras e painéis, mais de 300 trabalhos científicos apresentados, 130 palestrantes especialistas entre eles, Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e embaixador da FAO para o cooperativismo, falando sobre o tema: O Engenheiro Agrônomo do Futuro, e Aldo Rebelo, ex-ministro, que falará sobre “A Importância do Engenheiro Agrônomo para a Segurança Alimentar”.
Entre os temas também figuram os debates, trabalhos e exposições do evento a nanotecnologia e robótica para agricultura sustentável, startups e inovação no campo, agronomia como protagonista da transição energética, políticas públicas, e muito mais.
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Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.
A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Critérios territoriais e impacto no campo
Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.
Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.
“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.
Endividamento e burocracia
Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.
Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.
Pedido de revisão
A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.
Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.
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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.
Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.
O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.
Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.
O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.
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