Agro Mato Grosso
Governo do Estado apresenta resultados na Conferência Brasileira Clima e Carbono

Entre os estados da Amazônia Legal, Mato Grosso lidera com o maior percentual de ações de fiscalização e ou autorização sob a área de desmatamento, com uma média de 87% nos últimos 4 anos.
O Governo do Estado de Mato Grosso emitiu 20.483 autos de infração por desmatamento ilegal, exploração e incêndios florestais entre os anos de 2019 a 2024. O total de áreas embargadas nesse período foi de 1.932.943 milhão de hectares. Os resultados foram apresentados pela secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, na III Conferência Brasileira Clima e Carbono (CBCC), que começou nesta terça-feira (22.7), em São Paulo.
“Pelo relatório do MapBiomas, Mato Grosso tem umas das melhores performances nacionais no combate ao desmatamento ilegal. Entre os estados da Amazônia Legal, Mato Grosso lidera com o maior percentual de ações de fiscalização e ou autorização sob a área de desmatamento, com uma média de 87% nos últimos 4 anos, bem acima da média nacional que foi de 54%”, enfatizou a secretária.
Durante a participação no painel “Redução do desmatamento e ação climática: compromissos e resultados”, a secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso enfatizou que a mudança do uso do solo é um dos fatores que mais contribuem para as emissões em Mato Grosso, razão pela qual o combate do desmate ilegal está nas estratégias prioritárias de descarbonização do estado.
A secretária apresentou um ranking de produtividade do órgão ambiental na parte de fiscalização, monitoramento e responsabilização das infrações ambientais. Entre os anos de 2018 a 2021, o aumento do índice de produtividade da Sema foi de mais de 660%. Nos anos seguintes, a produtividade saltou de 3.804 em 2022 para 4.792 em 2024.
“Com a modernização da fiscalização ambiental ampliamos consideravelmente a atuação no combate aos crimes ambientais. Os resultados obtidos com a utilização das imagens e alertas do satélite Planet possibilitaram ao Estado de Mato Grosso o reconhecimento nacional com a conquista do primeiro lugar no Prêmio Brasil Mais”, acrescentou Lazzaretti.
Conferência
Com mais de 20 painéis distribuídos em dois dias, a III Conferência Brasileira Clima e Carbono (CBCC) foi dividida em dois grandes blocos temáticos: “Multisetorialidade e Ambição Climática”, nesta terça-feira (22), e “Oportunidades e Caminhos para Implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE)”, no dia 23 de junho.
“Programamos uma agenda fundamental para quem lidera a transição climática brasileira, unindo as visões de diferentes setores para construir um diálogo plural em direção à regulamentação eficiente do mercado. Entendendo o protagonismo brasileiro atual, com a realização da COP30, queremos proporcionar um ambiente único de enriquecimento e atualização sobre soluções climáticas”, avaliou Julie Messias, diretora-executiva da Aliança Brasil NBS, associação sem fins lucrativos dedicada a fortalecer as soluções baseadas na natureza (Nature-Based Solutions – NBS) no país.
Agro Mato Grosso
Madeireiros são alvos de operação da PF por receptação de madeira e ameaças a indígenas em MT

Investigados são suspeitos de ameaçar mulheres indígenas que se opuseram à atividade ilegal na Terra Indígena Menkü.
Madeireiros foram alvos da segunda fase da Operação Mykyara, cumprida pela Polícia Federal nesta quarta-feira (12), em Brasnorte e Juína, a 580 km e 737 km de Cuiabá, respectivamente. Segundo as investigações, os envolvidos são suspeitos de receptação de madeira extraída ilegalmente da Terra Indígena Menkü.
Em nota, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) informou que a região corresponde à Terra Indígena Menkü, localizada em Brasnorte e habitada pelo povo Myky, que é alvo de processos de demarcação e homologação e teve seus limites ampliados por decisão judicial em 2018.
A PF instaurou um inquérito para investigar os crimes atribuídos aos envolvidos. Segundo o documento, os madeireiros são suspeitos de ameaçar a integridade física e a vida de mulheres indígenas que resistiram à exploração ilegal de madeira na região.
As investigações apontaram, com base em análises de imagens de satélite, que apenas em 2024 a exploração ilegal provocou o desmatamento de mais de 1 milhão de hectares por corte seletivo.
A nova etapa é um desdobramento da operação deflagrada em agosto deste ano, que mobilizou cerca de 55 policiais federais para o cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo das Garantias da Subseção Judiciária de Juína.
Na fase anterior, foram identificados os responsáveis pela extração e receptação da madeira ilegal, além de constatadas práticas de crimes contra a fauna silvestre, como a caça reiterada de onça-pintada, anta e queixada.
Primeira fase

Mais de 20 policiais cumprem mandados de busca e apreensão em casas e madeireiras de MT
Há dois meses, a Polícia Federal cumpriu dez mandados de busca e apreensão em casas e madeireiras apontadas como responsáveis pela receptação de madeira retirada ilegalmente da Terra Indígena Menkü, em Brasnorte.
As investigações, iniciadas a partir de denúncia anônima, revelaram que os crimes incluíam corte ilegal de floresta nativa e ameaças a mulheres indígenas. Os suspeitos são investigados pelos crimes de desmatamento em terras públicas, receptação de madeira sem origem e associação criminosa.
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Em 2024, a exploração ilegal resultou no corte de 1.142,88 hectares de floresta nativa. — Foto: Reprodução
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Homens são presos por operar balsas ligadas à facção em garimpo ilegal de ouro em MT

Operador e gerente de balsas foram presos durante ação contra garimpo ilegal. Uma das embarcações era usada por facção ligada à extração de ouro na região, segundo os policiais.
Dois homens foram presos suspeitos de operarem balsas em um garimpo ilegal no Rio Teles Pires, em Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, nessa terça-feira (11). De acordo com o Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), uma das balsas estava ligada à facção criminosa Comando Vermelho, envolvida, segundo os agentes, em atividades de extração ilegal de ouro e extorsão de garimpeiros na região.
Conforme o boletim de ocorrência, os suspeitos são o responsável pela operação das balsas no garimpo e o gerente operacional do veículo. Eles foram abordados pelo Batalhão após os agentes identificarem que a embarcação apresentava vestígios de atividade garimpeira.
Na abordagem, o gerente operacional não apresentou a documentação que permite o exercício das atividades na região, o que, segundo a PM, caracteriza garimpo ilegal e infração ambiental.
Com os homens foram apreendidas duas embarcações de alumínio, uma balsa garimpeira e dois motores externos. Além disso, a ação resultou no cumprimento de auto de infração, inspeção, termo de apreensão, embargo, destruição e depósito.
Os suspeitos foram presos e encaminhados à Delegacia da Polícia Civil do município, onde o caso seguirá sendo investigado.
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Com os homens foram apreendidas duas embarcações de alumínio — Foto: BPMPA
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MT habilita 8 unidades para exportação de coproduto do etanol de milho e sorgo à China

Estabelecimentos receberam aval chinês para comercializar produtos. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o país conquistou a habilitação das primeiras unidades para exportar grãos secos de destilaria e 10 unidades de sorgo aos chineses.
Mato Grosso habilitou oito unidades para exportar grãos secos de destilaria (coproduto do etanol de milho) e de sorgo à China, de acordo com comunicado divulgado na segunda-feira (10) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A medida ocorre após análise dos chineses sobre os estabelecimentos brasileiros. Segundo o Mapa, o país conquistou a habilitação das primeiras unidades para exportar grãos secos de destilaria e 10 unidades de sorgo à China.
Para a venda de sorgo foram aprovados:
- 4 unidades em Mato Grosso;
- 4 unidades em Minas Gerais;
- 1 em Rondônia;
- 1 na Bahia.
Já para a venda de grãos de destilaria foram aprovados:
- 4 unidades em Mato Grosso;
- 1 em Mato Grosso do Sul.
Segundo o Ministério, a autorização fortalece a relação comercial com o principal parceiro do agronegócio brasileiro e abre novas oportunidades para o setor de sorgo e para a indústria de etanol de milho.
A medida veio após a assinatura do Protocolo Fitossanitário do sorgo, realizado em novembro de 2024, e do Protocolo de Proteínas e Grãos Derivados da Indústria do Etanol de Milho, de maio deste ano. E, também, a conclusão dos modelos de certificado fitossanitário acordados entre as autoridades dos dois países.
No caso do sorgo, a região Centro-Oeste responde por mais de 60% da produção nacional, segundo o Mapa. Para se ter uma ideia, o país produziu, em 2024, mais de quatro milhões de toneladas, das quais 178,4 mil toneladas (4%) foram exportadas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A China é responsável por mais de 80% das importações globais de sorgo, que somaram mais de US$ 2,6 bilhões no último ano, conforme o Ministério.
Já em relação aos grãos de milho, o país é o terceiro maior produtor de milho do mundo e exportou cerca de 791 mil toneladas do insumo em 2024, de acordo com o Mapa. No mesmo período, a China importou mais de US$ 66 milhões desse produto.
Com as habilitações, o país passa a contar com um canal regular de embarques para o maior importador global de grãos e insumos para ração animal, ampliando a previsibilidade dos contratos e criando espaço para o aumento do volume exportado nas próximas safras, segundo o Mapa.
A China segue como principal destino das exportações agropecuárias brasileiras: em 2024, o país importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agro nacional.
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