Agro Mato Grosso
EUA estão entre os menores importadores de produtos do agronegócio de MT, apenas 1% I MT

No primeiro semestre deste ano, 1,1% da produção do estado foi enviada aos EUA. A China segue como o principal destino dos produtos mato-grossenses.
As exportações de Mato Grosso para os Estados Unidos representaram 1,1% do total registrado no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Comex Stat, do Governo Federal. A China segue como o principal destino dos produtos mato-grossenses, respondendo por 46% das exportações no mesmo período.
O agronegócio lidera a pauta de exportações de Mato Grosso. Os principais produtos enviados ao exterior, neste ano, foram:
- 🌱 Soja: 58%
- 🧶Algodão bruto: 12%
- 🐄 Carne bovina: 10%
- 🌽 Milho não moído: 3,5%
Em 2024, o estado foi o segundo que menos exportou produtos ao mercado norte-americano, enviando 1,5% da produção total (veja ranking abaixo). Já os estados que mais forneceram insumos para os EUA foram São Paulo (19%), Maranhão (13%), Minas Gerais (11%) e Rio Grande do Sul (8,5%).
Os maiores importadores de produtos mato-grossenses em 2024
| PAÍS | QUANTIDADE IMPORTADA DE MT |
| China | 33% |
| Vietnã | 5,8% |
| Tailândia | 4,6% |
| Turquia | 4% |
| Indonésia | 4% |
Nesta quarta-feira (16), o governador Mauro Mendes (União) se manifestou sobre o anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da taxação de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto. A medida, segundo Mendes, deve ter impacto limitado sobre Mato Grosso, já que os EUA não estão entre os maiores compradores dos insumos do estado.
“O ‘tarifaço’ é um problema grave que vai afetar a todos, mas nosso agronegócio é competitivo e, com o nosso apoio, sem dúvidas, vai encontrar outros mercados para compensar as perdas”, escreveu Mendes.
Em contrapartida, os EUA são o quarto país que mais fornecem produtos para MT, em 2024 11% das importações feitas pelo estado vieram dos Estados Unidos, ficando atrás apenas de China, Rússia e Canadá.

Trump diz que prazo de 1º de agosto para novas tarifas não muda mais
Frigoríficos em alerta
Os frigoríficos representaram 10% das exportações totais do estado em 2024. Segundo o presidente do Sindifrigo, Paulo Belincanta, as empresas começaram a reduzir a produção, diante da incerteza sobre a abrangência da nova tarifa.
Ele explicou que ainda não está claro se a taxação incidirá apenas sobre novos embarques a partir de agosto ou também sobre mercadorias já enviadas, mas ainda em trânsito.
“É antes ou depois do BL [o documento de embarque] Até que saibam, é difícil carregarem porque está sujeito à oscilação de preço absurda. O impasse é grande e, para se prevenirem, estão preferindo ou cancelar a produção ou deixar a produção em estoque”, explicou Belincanta.
Em 2024, Mato Grosso exportou o equivalente a US$ 148,5 milhões em carne para os Estados Unidos. Já no primeiro semestre de 2025, o estado embarcou cerca de 37 mil toneladas, com faturamento de aproximadamente US$ 119 milhões. A maior parte corresponde a carnes desossadas de bovinos, frescas, refrigeradas ou congeladas.
Potencial de MT
Mato Grosso representa uma potência agrícola mundial. O estado é líder na produção de soja, milho, algodão e rebanho bovino do país e um dos principais exportadores dos insumos no mundo.
Em pouco mais de duas décadas, o PIB estadual passou de R$ 14,8 milhões (2000) para R$ 233,390 milhões (2021), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um crescimento motivado, principalmente, pela agricultura, a principal atividade econômica do estado, que é responsável por mais de 50% do PIB mato-grossense.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/z/v/BtcbY2RBimvw2BmjVuCg/colheita-soja.jpg)
Produção de soja deve 0,2% menor na safra de 2018, segundo o IBGE — Foto: Sedec-MT/Divulgação
Agro Mato Grosso
Madeireiros são alvos de operação da PF por receptação de madeira e ameaças a indígenas em MT

Investigados são suspeitos de ameaçar mulheres indígenas que se opuseram à atividade ilegal na Terra Indígena Menkü.
Madeireiros foram alvos da segunda fase da Operação Mykyara, cumprida pela Polícia Federal nesta quarta-feira (12), em Brasnorte e Juína, a 580 km e 737 km de Cuiabá, respectivamente. Segundo as investigações, os envolvidos são suspeitos de receptação de madeira extraída ilegalmente da Terra Indígena Menkü.
Em nota, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) informou que a região corresponde à Terra Indígena Menkü, localizada em Brasnorte e habitada pelo povo Myky, que é alvo de processos de demarcação e homologação e teve seus limites ampliados por decisão judicial em 2018.
A PF instaurou um inquérito para investigar os crimes atribuídos aos envolvidos. Segundo o documento, os madeireiros são suspeitos de ameaçar a integridade física e a vida de mulheres indígenas que resistiram à exploração ilegal de madeira na região.
As investigações apontaram, com base em análises de imagens de satélite, que apenas em 2024 a exploração ilegal provocou o desmatamento de mais de 1 milhão de hectares por corte seletivo.
A nova etapa é um desdobramento da operação deflagrada em agosto deste ano, que mobilizou cerca de 55 policiais federais para o cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo das Garantias da Subseção Judiciária de Juína.
Na fase anterior, foram identificados os responsáveis pela extração e receptação da madeira ilegal, além de constatadas práticas de crimes contra a fauna silvestre, como a caça reiterada de onça-pintada, anta e queixada.
Primeira fase

Mais de 20 policiais cumprem mandados de busca e apreensão em casas e madeireiras de MT
Há dois meses, a Polícia Federal cumpriu dez mandados de busca e apreensão em casas e madeireiras apontadas como responsáveis pela receptação de madeira retirada ilegalmente da Terra Indígena Menkü, em Brasnorte.
As investigações, iniciadas a partir de denúncia anônima, revelaram que os crimes incluíam corte ilegal de floresta nativa e ameaças a mulheres indígenas. Os suspeitos são investigados pelos crimes de desmatamento em terras públicas, receptação de madeira sem origem e associação criminosa.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/C/d/ukqfBZS8Wqx3UB89Wvug/whatsapp-image-2025-08-13-at-08.18.33-1-.jpeg)
Em 2024, a exploração ilegal resultou no corte de 1.142,88 hectares de floresta nativa. — Foto: Reprodução
Agro Mato Grosso
Homens são presos por operar balsas ligadas à facção em garimpo ilegal de ouro em MT

Operador e gerente de balsas foram presos durante ação contra garimpo ilegal. Uma das embarcações era usada por facção ligada à extração de ouro na região, segundo os policiais.
Dois homens foram presos suspeitos de operarem balsas em um garimpo ilegal no Rio Teles Pires, em Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, nessa terça-feira (11). De acordo com o Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), uma das balsas estava ligada à facção criminosa Comando Vermelho, envolvida, segundo os agentes, em atividades de extração ilegal de ouro e extorsão de garimpeiros na região.
Conforme o boletim de ocorrência, os suspeitos são o responsável pela operação das balsas no garimpo e o gerente operacional do veículo. Eles foram abordados pelo Batalhão após os agentes identificarem que a embarcação apresentava vestígios de atividade garimpeira.
Na abordagem, o gerente operacional não apresentou a documentação que permite o exercício das atividades na região, o que, segundo a PM, caracteriza garimpo ilegal e infração ambiental.
Com os homens foram apreendidas duas embarcações de alumínio, uma balsa garimpeira e dois motores externos. Além disso, a ação resultou no cumprimento de auto de infração, inspeção, termo de apreensão, embargo, destruição e depósito.
Os suspeitos foram presos e encaminhados à Delegacia da Polícia Civil do município, onde o caso seguirá sendo investigado.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/u/K/8NO3t7QkmVdgzJQ99f1g/whatsapp-image-2025-11-12-at-05.27.32.jpeg)
Com os homens foram apreendidas duas embarcações de alumínio — Foto: BPMPA
Agro Mato Grosso
MT habilita 8 unidades para exportação de coproduto do etanol de milho e sorgo à China

Estabelecimentos receberam aval chinês para comercializar produtos. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o país conquistou a habilitação das primeiras unidades para exportar grãos secos de destilaria e 10 unidades de sorgo aos chineses.
Mato Grosso habilitou oito unidades para exportar grãos secos de destilaria (coproduto do etanol de milho) e de sorgo à China, de acordo com comunicado divulgado na segunda-feira (10) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A medida ocorre após análise dos chineses sobre os estabelecimentos brasileiros. Segundo o Mapa, o país conquistou a habilitação das primeiras unidades para exportar grãos secos de destilaria e 10 unidades de sorgo à China.
Para a venda de sorgo foram aprovados:
- 4 unidades em Mato Grosso;
- 4 unidades em Minas Gerais;
- 1 em Rondônia;
- 1 na Bahia.
Já para a venda de grãos de destilaria foram aprovados:
- 4 unidades em Mato Grosso;
- 1 em Mato Grosso do Sul.
Segundo o Ministério, a autorização fortalece a relação comercial com o principal parceiro do agronegócio brasileiro e abre novas oportunidades para o setor de sorgo e para a indústria de etanol de milho.
A medida veio após a assinatura do Protocolo Fitossanitário do sorgo, realizado em novembro de 2024, e do Protocolo de Proteínas e Grãos Derivados da Indústria do Etanol de Milho, de maio deste ano. E, também, a conclusão dos modelos de certificado fitossanitário acordados entre as autoridades dos dois países.
No caso do sorgo, a região Centro-Oeste responde por mais de 60% da produção nacional, segundo o Mapa. Para se ter uma ideia, o país produziu, em 2024, mais de quatro milhões de toneladas, das quais 178,4 mil toneladas (4%) foram exportadas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A China é responsável por mais de 80% das importações globais de sorgo, que somaram mais de US$ 2,6 bilhões no último ano, conforme o Ministério.
Já em relação aos grãos de milho, o país é o terceiro maior produtor de milho do mundo e exportou cerca de 791 mil toneladas do insumo em 2024, de acordo com o Mapa. No mesmo período, a China importou mais de US$ 66 milhões desse produto.
Com as habilitações, o país passa a contar com um canal regular de embarques para o maior importador global de grãos e insumos para ração animal, ampliando a previsibilidade dos contratos e criando espaço para o aumento do volume exportado nas próximas safras, segundo o Mapa.
A China segue como principal destino das exportações agropecuárias brasileiras: em 2024, o país importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agro nacional.
Sustentabilidade6 horas agoDéficit hídrico na soja: fases críticas e estratégias de mitigação – MAIS SOJA
Featured15 horas agoPrograma Nota MT sorteia prêmios entre R$ 500 e R$ 100 mil nesta quinta-feira
Sustentabilidade16 horas agoSoja Baixo Carbono: Embrapa lidera revolução sustentável rumo à agricultura de emissão zero
Sustentabilidade14 horas agoAgriZone é aberta oficialmente com destaque para inovação e sustentabilidade no campo – MAIS SOJA
Featured16 horas agoPlantio de soja no Brasil alcança 58,4% da área prevista, segundo Conab
Sustentabilidade18 horas agoChicago/CBOT: A soja fechou de forma mista poucas notícias sobre compras da Chin – MAIS SOJA
Sustentabilidade10 horas agoCNA vai ao Supremo contra decisão que suspende ações sobre a moratória da soja – MAIS SOJA
Agro Mato Grosso11 horas agoMadeireiros são alvos de operação da PF por receptação de madeira e ameaças a indígenas em MT















