Agro Mato Grosso
Fávaro entrega máquinas e equipamentos para agricultura familiar em Tangará da Serra e região

Ministro da Agricultura e Pecuária reforça compromisso com o fortalecimento estrutural dos assentamentos rurais em Mato Grosso
Nesta sexta-feira (18), em Tangará da Serra (MT), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, realizou uma nova etapa de entrega de máquinas e equipamentos do Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais e Sustentabilidade da Agricultura Familiar em Mato Grosso, para comunidades da região Médio-Norte do estado mato-grossense.
O evento foi realizado no Assentamento Antônio Conselheiro, Agrovila II. A entrega contemplou quatro assentamentos rurais dos municípios de Tangará da Serra, Nova Olímpia e Nortelândia. O objetivo é impulsionar a agricultura familiar e alavancar a produtividade em comunidades rurais da região.
O ministro Carlos Fávaro destacou que o momento vivido pelo país é de reconstrução, diálogo e valorização dos produtores do campo. “Tenho muito orgulho de estar aqui como ministro da Agricultura, representando um governo que acredita no Brasil e investe na agricultura familiar. Só neste ano, estamos destinando mais de R$ 600 bilhões para o campo, com R$ 89 bilhões voltados exclusivamente à agricultura familiar. Isso representa mais alimentos na mesa dos brasileiros, mais renda no campo e mais oportunidades para quem vive da terra”, afirmou.
Fávaro também destacou o conjunto de programas estruturantes em curso no Ministério, como o Solo Vivo, o fortalecimento do Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi), o incentivo à regularização fundiária e o novo microcrédito rural. “Estamos levando patrulhas mecanizadas para todas as regiões do estado, garantindo assistência técnica gratuita, promovendo a inspeção de produtos da agricultura familiar e dando condições para que pequenos produtores acessem crédito, tecnologia e mercado. É assim que se gera inclusão, sustentabilidade e desenvolvimento”, concluiu.
O prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson, destacou a relevância das entregas realizadas no município. “É uma data importante para Tangará da Serra. O senhor, como ministro da Agricultura, representando a União e também o nosso estado de Mato Grosso, nos honra com sua presença. Essas máquinas e equipamentos que estão sendo entregues hoje fazem muita diferença para as associações do nosso município e também para os assentamentos da região. Tangará da Serra tem em torno de 1.500 pequenas propriedades, e sabemos da importância dessas famílias para a produção de alimentos. O apoio com maquinário e estrutura reforça o papel da agricultura familiar e valoriza quem está lá na ponta, trabalhando todos os dias”, afirmou.
Foram beneficiadas famílias assentadas no local, a Cooperativa Regional de Produção Agropecuária da Agricultura Familiar (COOPRAF) e a Cooperativa Mista de Produção, Serviço e Comércio Alto da Serra (COOPROSC), ambas do município; a Associação Produzindo Melhor, dos assentamentos Nova Conquista e Oziel Alves Pereira, em Nova Olímpia (MT); e a COOPRAF, no Assentamento Maria Bem Vinda, em Nortelândia (MT).
O presidente da Cooperativa Regional de Produção Agropecuária da Agricultura Familiar (COOPRAF), Valdir Alves da Silva, destacou que o programa de fortalecimento das cadeias produtivas e a entrega de máquinas representam um avanço fundamental para a agricultura familiar. Segundo ele, as cooperativas e associações dos assentamentos sempre enfrentaram limitações estruturais, e a chegada dos equipamentos contribuirá para ampliar a produção de alimentos saudáveis, gerar renda e melhorar a nutrição das famílias do campo.
Representando a coordenação do assentamento Antônio Conselheiro, Valdir ressaltou que a iniciativa atende uma demanda antiga dos movimentos sociais e de diversas organizações do estado de Mato Grosso. Ele lembrou que a proposta foi apresentada ao ministro Carlos Fávaro durante uma articulação feita com o apoio dos deputados Barranco e Rosa Neide, e que o atendimento à pauta representa um passo importante no compromisso com os trabalhadores do campo.
Para os assentamentos e associações contemplados, o investimento do Mapa foi de mais de R$ 2 milhões. Além do maquinário, equipamentos e insumos, os produtores poderão contar com assistência técnica e capacitação.
A primeira etapa de entregas ocorreu no fim de fevereiro nos municípios de Pedra Preta, São José do Povo e Rondonópolis. Já no mês de maio, durante a cerimônia de lançamento do programa Solo Vivo pelo presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, em Campo Verde, foram entregues mais 80 máquinas para assentamentos da região Sul de Mato Grosso. Em junho, foram contemplados os assentamentos de Várzea Grande. Neste mês, o programa já contemplou assentamentos de Sorriso, Sinop, Cláudia e Itaúba.
PROGRAMA
O Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais e Sustentabilidade da Agricultura Familiar em Mato Grosso foi desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com a Universidade Federal de MT (UFMT). A proposta é mecanizar o processo de produção agrícola aumentando a produtividade, melhorando a qualidade dos produtos e impulsionando a atividade para a agricultura familiar, tornando-a mais competitiva no estado.
A iniciativa é desenvolvida em quatro metas: o fortalecimento das cadeias produtivas; capacitação; assistência técnica; e gestão e monitoramento.
Já foram realizadas entregas para assentamentos dos municípios de Pedra Preta, São José do Povo, Rondonópolis, Juscimeira, Campo Verde, Poconé, São José do Povo, Várzea Grande, Acorizal, Sorriso, Sinop, Cláudia e Itaúba. Agora, para Tangará da Serra, Nova Olímpia e Nortelândia.
>> Confira o detalhamento da entrega desta sexta-feira (18):
Tangará da Serra
Assentamento Antônio Conselheiro: Trator, roçadeira de trator, distribuidor de sementes, microtrator/monocultivador, duas roçadeiras profissionais, grade aradora, perfurador de solo, colhedora de forragem, carreta reboque, sucador, quatro motobombas, uma motobomba profissional, dois kits de irrigação específicos, tela de mangueirão, kit de placa solar para choque, pia inox com cuba, mesa inox de manipulação com bancada, caixa-d’água grande, dois freezers horizontais, veículo Strada Freedom, veículo Strada Vulcano e cem caixas plásticas.
COOPROSC
Trator, roçadeira de trator, distribuidor de sementes, perfurador de solo, grade aradora, carreta reboque e duas caixas-d’água.
Nova Olímpia
Assentamento Nova Conquista: Trator, roçadeira de trator, distribuidor de sementes, perfurador de solo, grade aradora e carreta/reboque.
Assentamento Oziel Alves Pereira: Trator, roçadeira de trator, distribuidor de sementes, perfurador de solo, grade aradora e carreta/reboque.
Nortelândia
Assentamento Maria Bem Vinda: Trator, roçadeira de trator, distribuidor de sementes, perfurador de solo, grade aradora e carreta/reboque.
Agro Mato Grosso
Como os pulgões vencem as defesas naturais das plantas I MT

Pesquisa revela estratégias moleculares e comportamentais para neutralizar compostos tóxicos produzidos por culturas agrícolas
Estudo detalhou como os pulgões superam os compostos tóxicos defensivos produzidos por plantas. Esses compostos, chamados metabólitos secundários (PSMs), deveriam funcionar como uma barreira natural contra pragas. Mas os pulgões desenvolvem mecanismos de resistência que reduzem a eficácia das substâncias.
Pesquisadores da Universidade de Yangzhou, na China, apresentaram revisão sobre os mecanismos fisiológicos, bioquímicos e comportamentais que permitem aos pulgões sobreviver, se multiplicar e continuar a transmitir vírus mesmo sob pressão de defesas vegetais complexas.
Enzimas contra venenos
As plantas produzem compostos químicos como terpenoides, fenóis e alcaloides que atuam como inseticidas naturais. Em resposta, os pulgões ativam enzimas de desintoxicação, como as citocromo P450, transferases de glutationa (GSTs) e UDP-glicosiltransferases (UGTs), capazes de neutralizar os efeitos tóxicos desses compostos.
O processo ocorre em três fases.
Primeiro, as toxinas sofrem transformações químicas para se tornarem mais solúveis.
Em seguida, essas substâncias são ligadas a outras moléculas que facilitam sua eliminação.
Por fim, o organismo excreta os resíduos por transportadores de membrana celular, como os ABC transporters.

A pesquisa destaca que as enzimas antioxidantes também ajudam os pulgões a suportar o estresse oxidativo causado pelos metabólitos das plantas. Essa combinação bioquímica contribui para a sobrevivência e reprodução dos insetos, mesmo em ambientes hostis.
Bactérias aliadas
Os pulgões também contam com bactérias simbióticas que potencializam suas defesas. Algumas dessas bactérias, como Hamiltonella defensa e Regiella insecticola, interferem nas defesas hormonais das plantas, reduzindo a produção de compostos tóxicos ou neutralizando a resposta do sistema vegetal.
Em experimentos, pulgões com determinadas bactérias simbióticas demonstraram maior sobrevivência em cultivares naturalmente tóxicos. Em casos mais extremos, essas bactérias são capazes de metabolizar inseticidas sintéticos e compostos naturais presentes em folhas e caules.
Efeito viral
Além das enzimas e das bactérias, os pulgões também se beneficiam da ação de vírus que transmitem às plantas.
Muitos desses vírus enfraquecem as defesas vegetais ao suprimir vias hormonais importantes, como as de ácido jasmônico e ácido salicílico.
O resultado é duplo: plantas menos resistentes e maior atratividade para novos pulgões. Em testes com plantas infectadas por vírus como o Turnip mosaic virus ou o Potato leafroll virus, os insetos apresentaram aumento na fecundidade e maior tempo de permanência sobre a planta.
Comportamento estratégico
O comportamento dos pulgões também contribui para o sucesso da infestação. Eles evitam tecidos vegetais ricos em compostos tóxicos e preferem variedades com menor teor de PSMs. Essa seleção ocorre durante a alimentação, quando os insetos sondam os tecidos com seus estiletes e recuam diante de sinais químicos indesejáveis.

Certas linhagens ou haplótipos de pulgões mostram preferência por cultivares específicas. Essa seleção reflete não apenas adaptação fisiológica, mas também uma capacidade comportamental refinada para escapar de defesas vegetais mais eficazes.
Sequestro químico
Em algumas espécies, os pulgões acumulam compostos tóxicos das plantas sem sofrer efeitos adversos. O sequestro de metabólitos secundários, como glucosinolatos e alcaloides, pode inclusive servir como mecanismo de defesa contra predadores.
O pulgão Brevicoryne brassicae, por exemplo, armazena compostos de mostarda em seu corpo e libera substâncias tóxicas quando atacado.
Esse comportamento transforma o inseto em uma espécie de “bomba química ambulante”.
Em outras espécies, como Acyrthosiphon pisum, o sequestro de compostos como L-DOPA mostrou efeitos antioxidantes e até reparação tecidual.
Outras informações em doi.org/10.1093/hr/uhaf267
Agro Mato Grosso
Sistema CNA/Senar lança cartilha para tirar dúvidas sobre segurança e saúde no trabalho rural

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) lançaram uma cartilha com respostas às perguntas frequentes (FAQ) dos produtores e trabalhadores rurais sobre os principais pontos da Norma Regulamentadora (NR) nº 31.
A norma traz as regras sobre segurança e saúde no trabalho da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura.
O documento elaborado pela CNA está disponível no portal Senar Play, com informações que explicam o que são as NR’s, para que servem, e responde dúvidas mais complexas sobre obrigações do empregador e do trabalhador rural.
A cartilha traz ainda detalhes sobre o Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural, o Serviço Especializado em Segurança no Trabalho Rural e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio do Trabalho Rural (Cipatr), além de esmiuçar o uso correto do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e as condições sanitárias e de conforto no trabalho rural.
É necessário fazer o cadastro no portal Senar Play para acessar a cartilha. Além do FAQ, o portal traz cursos de curta e média duração e outros materiais sobre a temática. Saiba mais em senarplay.org.br .
Agro Mato Grosso
Com apoio da Aprosoja MT, 6º Encontro Mulheres do Agro reúne mais de 400 participantes em Lucas do Rio Verde

Evento organizado pelo Comitê Mulher Agro Detalhes celebrou o protagonismo feminino no campo e contou com palestra da jornalista Kellen Severo
Nesta sexta-feira (10.10), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) participou do 6º Encontro de Mulheres do Agro, realizado em Lucas do Rio Verde. O evento, promovido pelo Comitê Mulher Agro Detalhes, do Sindicato Rural, reuniu mais de 400 mulheres ligadas ao agronegócio.
Durante o evento, a delegada coordenadora do núcleo da Aprosoja MT de Lucas do Rio Verde, Taisa Botton, destacou o papel estratégico que a mulher ocupa dentro e fora da porteira. Além disso, enfatizou o incentivo que a entidade faz por essa participação, não apenas na formação de lideranças entre produtoras rurais, mas também dentro do seu próprio quadro de colaboradores, que hoje é composto majoritariamente por mulheres. “A Aprosoja MT é uma importante patrocinadora, não apenas desse evento, sobretudo dentro do agronegócio em que a mulher está atuando não apenas nas decisões, mas em todo o setor e estratégias, dentro da gestão e efetivamente no campo. Para nós é extremamente importante estar em eventos como esse, que valorizam e expõem a nossa força dentro do campo e fora dele”, afirma Taisa.
O destaque da programação foi a palestra da jornalista e especialista em agronegócio Kellen Severo, com o tema “Mulheres no Agro: Ousadia para Crescer”, que exaltou a relevância da participação feminina e o crescimento do setor. “Vir para Mato Grosso é sempre um grande privilégio, porque a cada nova visita eu vejo as transformações acontecendo. Já na chegada, um aeroporto completamente renovado, duplicações de rodovias, investimentos enormes em etanol de milho. É o agro futuro, o agro pujante acontecendo que a gente vê na prática. Não há nada melhor do que o exemplo e a realidade para mostrar essa revolução que o setor traz e por onde ele passa, e Mato Grosso é um exemplo disso. A medida que esse setor cresce, crescem também os desafios, por isso a importância de associações como a Aprosoja MT e de eventos como esse, com 400 mulheres juntas para aprender, evoluir e trocar. Estou muito honrada por estar aqui”, ressalta Kellen.
A produtora rural e presidente do Comitê Mulher Agro Detalhes, Denise Hasse, também destacou a importância do apoio da entidade para o fortalecimento da rede de mulheres do agro. “É um prazer receber aqui a Aprosoja MT, ter mais um ano a entidade sendo a nossa patrocinadora, acreditando na nossa missão, no nosso propósito de trazer o protagonismo, a força da mulher dentro do seu negócio. E esse evento faz parte de toda essa nossa missão, fortalecer a mulher, fazer ela se conectar, aprender, se divertir, e também levar para o seu negócio informações sobre economia, agronegócio e o futuro que vem por aí”, aponta.
O apoio e participação da Aprosoja Mato Grosso no 6º Encontro Mulheres do Agro reforça o compromisso da associação com a valorização da mulher no campo, promovendo debates, formações e conexões que contribuem para um agro mais forte, inovador e representativo.
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