Business
Com tecnologia e ensino, o campo se torna destino de oportunidades

Entre as lavouras de Campo Novo do Parecis e a movimentada BR-364, histórias de superação e novos começos ganham forma no Centro de Treinamento do Senar Mato Grosso. No local, a previsão é de que 1,4 mil pessoas sejam qualificadas ao longo de 2025, consolidando a estrutura como uma das mais completas do estado em formação técnica e prática no agro.
A estrutura impressiona: são 12 máquinas com alta tecnologia, sete salas de aula, simuladores modernos e treinamentos o ano inteiro. Tudo pensado para atender à crescente demanda por profissionais qualificados no campo, especialmente operadores capazes de extrair o máximo de desempenho de máquinas agrícolas cada vez mais sofisticadas.
“É uma oportunidade muito boa. O Senar tem esse alcance de chamar quem tem vontade. Às vezes, a pessoa olha o porte da máquina e pensa que não vai conseguir, mas a gente dá todo o suporte”, afirma o instrutor credenciado José Fernandes Junior, que ministra treinamentos de alta performance, ao programa Senar Transforma.
Capacitação no agro impulsiona novos começos
Um exemplo inspirador é o de Elton Adriano de Melo, pernambucano que trocou a oficina mecânica em Cuiabá por uma nova vida no campo. Após ouvir de um cliente sobre os cursos gratuitos do Senar, Elton decidiu entrar em contato com o Senar Mato Grosso para saber mais sobre os cursos. O primeiro foi colheitadeira de soja.
“Quando terminou o curso, fui embora para Cuiabá e com 15 dias teve o de Trator e Implementos. Estava terminando o curso numa sexta-feira e já tinha vaga para tratorista. Mandei o currículo na sexta-feira mesmo e no sábado fui chamado para a entrevista. Só deu tempo de ir para Cuiabá buscar a roupa, porque já me chamaram. É ter determinação, dedicação e vontade. Estou amando essa mudança radical. Agora quero me especializar mais e entender tudo”, relata com entusiasmo.
Casos como o de Elton se multiplicam. Jovens como Janderson Ribeiro, de 22 anos, e Laila Gabrieli Philippi Schein, de 18, enxergam no Senar um ponto de partida para novos voos. Filha de produtor rural, Laila já planeja fazer todos os cursos possíveis. “Vale a pena. Quando você corre atrás, ao final tem o prêmio, que no caso é aprender”, diz a jovem à reportagem do Canal Rural Mato Grosso.
Por trás de tantos resultados está a organização e visão estratégica do Senar Mato Grosso. Segundo Pablo Vicente, supervisor do Centro de Treinamentos, o aumento na demanda se deve não só à carência de mão de obra qualificada, mas também às parcerias que viabilizam o uso de maquinário de última geração, como as firmadas.
“A gente consegue ofertar curso de colheitadeira o ano todo, pulverizador o ano todo, justamente por ter essas máquinas disponíveis. Então, a gente consegue estar executando essas capacitações o ano todo”, explica.
Para garantir o acesso às capacitações, o Senar Mato Grosso realiza parcerias com sindicatos rurais e até organiza transporte gratuito para participantes de outras cidades. “Atendemos Sapezal, Campos de Júlio, Tangará da Serra e outros municípios”, destaca Jéferson Crestani, supervisor regional do Senar-MT.

Agro, um solo fértil para mudar de vida
Assim como não há limites para quem quer aprender, quem reconhece o agro como o solo fértil para mudar de vida, não vê a distância como obstáculo. No coração do Centro de Treinamentos do Senar, histórias ganham tração.
Entre as máquinas de última geração e os simuladores de alta tecnologia, estão sonhos em construção, como o da Jéssica Souza de Carvalho da Silva, que trocou o Rio de Janeiro pelo campo mato-grossense em busca de propósito e encontrou muito mais do que isso.
Ela conta ao Canal Rural Mato Grosso que conheceu o estado quando tinha cerca de 15 anos em uma visita à uma irmã. “Vinha sempre passar férias com ela e me apaixonei pelo campo. Comecei a ver as fazendas, a ver as máquinas trabalhando e coloquei na minha cabeça que um dia iria vir morar aqui em Mato Grosso e trabalhar no campo em uma dessas máquinas”.
Em apenas quatro meses morando em Mato Grosso, a vida dela já segue novos trilhos. Na busca por formação e inserção no agro, ela mergulhou de cabeça no aprendizado.
“Me deparei com o Senar que nos oferece a oportunidade de fazer cursos gratuitos. E eu falei: Bom, é o meu momento. Hoje eu estou fazendo os cursos e me especializando. Eu fiz trator, já me inscrevi no pulverizador e vou me inscrever nos outros também. Eu acho lindo o trabalho no campo, cuidar do solo, depois você vem plantando e vê a plantação, vê o fruto daquilo que você planta sendo colhido, transportado”, frisa ela que é formada em logística.
Para Jéssica, estar no campo “é vida, é saúde. Eu sinto o ar mais leve, as pessoas são mais calmas, são mais tranquilas. Aqui tem muita oportunidade. Muita oportunidade. Só não aproveita quem não quer”.
+Confira programas Senar Transforma em nossa playlist no YouTube
+Confira outras matérias do Senar Transforma
+Confira as pílulas do Senar Transforma
Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.
Business
Presidente da Abag considera tarifaço de Trump um ‘desastre’ para o agro brasileiro

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag),Luiz Carlos Corrêa Carvalho, disse em entrevista para o programa WW da CNN que a situação é “extremamente preocupante”, referindo-se à proximidade do início da taxa de 50% imposta por Donald Trump ao Brasil entrar em vigor. “Nós estamos há alguns dias do que vai ser um desastre para o agro”, alertou Carvalho.
Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
O líder da Abag citou o café como exemplo da complexidade da situação. De acordo com Carvalho, o produto não apenas representa um terço das exportações brasileiras para os EUA, mas também é responsável por significativa geração de empregos em território americano, demonstrando a interdependência entre os dois países no setor.
A situação do etanol também ilustra os desafios nas relações comerciais entre os dois países. Os EUA enfrentam anualmente o desafio de encontrar mercado para cerca de 7 bilhões de litros de etanol. Carvalho ressalta que existem diversas oportunidades de cooperação entre Brasil e EUA, especialmente na abertura de mercados asiáticos para produtos comuns.
Business
Banco do Brasil anuncia novo vice-presidente de agronegócios e agricultura familiar

O Banco do Brasil anunciou nesta terça-feira (22), a indicação de Gilson Alceu Bittencourt como novo vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar, em substituição a Luiz Gustavo Braz Lage (Liguta), que continuará exercendo suas funções até a investidura do indicado.
De acordo com nota da instituição, a mudança mantém a estratégia de busca por eficiência, inovação e geração de valor.
Maior parceiro do agronegócio e da agricultura familiar, o Banco do Brasil é líder nos financiamentos para a agricultura familiar e empresarial e destinará R$ 230 bilhões para o financiamento da safra 2025/26.
“A indicação segue nosso foco em alinhar perfis de liderança às exigências de cada negócio em que atuamos, ressaltando em especial o atual cenário e os desafios que temos para manter e ampliar o protagonismo do BB no agro. Gilson Bittencourt tem larga experiencia e ampla contribuição para o desenvolvimento do agronegócio e a agricultura familiar do país, atributos fundamentais para a geração de resultados para o Banco do Brasil”, destaca Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil.
“Trata-se de uma nova fase do trabalho de evolução no segmento, iniciado e liderado pelo Liguta há pouco mais de dois anos”, complementa.
Perfil do profissional
Gilson Bittencourt é agrônomo formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Análise de Políticas Públicas pela Universidade do Texas/EUA, e Mestre em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Atualmente é Subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, e membro do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e do Conselho de Administração da Livelo.
Ele foi secretário de Agricultura Familiar no Ministério do Desenvolvimento Agrário, secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, secretário de Planejamento e Investimentos Estratégico do Ministério do Planejamento e secretário adjunto da Secretaria-Executiva da Casa Civil da Presidência da República.
Além disso, trabalhou no Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais (Deser) com política agrícola e foi professor e consultor em crédito rural para instituições financeiras. Foi membro do Comitê de Auditoria da BrasilPrev, da BB Seguridade e da Embrapa, além de membro do Conselho Fiscal da BrasilCap e da Caixa Econômica Federal.
“O processo de elegibilidade encontra-se em trâmite nas instâncias competentes de governança para posterior eleição pelo Conselho de Administração”, finaliza a nota do BB.
Business
Coca-Cola com açúcar de cana nos EUA não deve impactar exportações brasileiras

Para Maurício Murúci, analista de açúcar e etanol da Safras e Mercado, a decisão da Coca-Cola de lançar uma versão da bebida feita com açúcar de cana nos EUA não deve impactar as exportações de cana-de-açúcar do Brasil. O lançamento do refrigerante com o novo ingrediente acontece dias depois do presidente Donald Trump manifestar pelas redes sociais o desejo da substituição de xarope de milho por açúcar de cana na receita da bebida.
Apesar da alta na cotação de açúcar na Bolsa de Nova York registrada na semana passada, quando a iniciativa ainda era apenas uma especulação, os preços do açúcar de cana no mercado internacional está em baixa essa semana, explica o analista. “A gente segue aquele ditado clássico do mercado: que o mercado compra no boato e vende no fato”, diz Maurício sobre a queda dos preços do açúcar.
O analista diz que o pedido de Trump para Coca-Cola tem como objetivo aumentar a demanda interna por açúcar de cana e consequentemente incentivar crescimento da indústria de cana-de-açúcar dos EUA. Atualmente, o país consome 11,2 milhões de toneladas por ano de açúcar e com a nova versão da bebida esse consumo deve passar para 11,5 milhões de toneladas.
Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
No entanto, Maurício avalia que é necessário tempo para que o setor de cana-de-açúcar cresça no país, já que 90% do açúcar consumido por lá é de beterraba. “Não se incentiva um setor produtivo do dia para noite”, comenta o analista.
Impacto do tarifaço
Sobre o impacto do tarifaço no setor de cana-de-açúcar brasileiro, Maurício diz que prejuízo pode ser de cerca de R$ 100 milhões. Um valor considerado baixo para um setor que movimenta R$ 120 bilhões, argumenta o analista.
Contudo, as usinas de açúcar do Nordeste do país devem ser as mais prejudicadas, pois dedicam uma grande parte da sua produção para a exportação para os EUA.
- Politica13 horas ago
Policiais com melhores índices de redução de crime poderão receber ‘remuneração extra’ em MT
- Agro Mato Grosso19 horas ago
Dow apresenta portfólio de tecnologias para formulações agrícolas, com foco em bio-compatibilidade e performance para adjuvantes
- Agro Mato Grosso24 horas ago
Intercâmbio entre empresas do Brasil e Colômbia fortalece mercado de forrageiras
- Business23 horas ago
Senai e John Deere oferecem curso de qualificação com bolsa de estudos em 157 cidades
- Business24 horas ago
EUA adquiriu apenas 7,20% da carne bovina exportada por Mato Grosso no primeiro semestre
- Politica14 horas ago
Justiça condena ex-deputado por ceder cartão de combustível da Assembleia Legislativa para o genro
- Sustentabilidade19 horas ago
O futuro da agricultura passa pela integração entre químicos e biológicos – MAIS SOJA
- Sustentabilidade21 horas ago
Em jun/25 o custeio da safra 25/26 do algodão ficou estimado em R$ 10.647,25/ha, segundo o projeto CPA-MT – MAIS SOJA