Sustentabilidade
Tarifaço de Trump pode afetar indústria têxtil no Brasil, diz Abrapa – MAIS SOJA

Large Farm Week 1 – Teve início em 07/07, em Brasília, o Large Farm Week 2025, organizado pela Better Cotton, reunindo grandes produtores de algodão para debater sustentabilidade e desafios do setor. É a primeira edição realizada no Brasil.
Large Farm Week 2 – Participantes da Austrália, Grécia, Israel, Paquistão, Turquia, Estados Unidos e Uzbequistão reuniram-se com a Abrapa para entender a cadeia produtiva do algodão no Brasil, do cultivo à exportação, e participaram de um workshop.
Large Farm Week 3 – As discussões destacaram a necessidade de promover o uso da fibra natural do algodão frente ao poliéster, valorizar a certificação e incentivar pesquisas para encontrar alternativas aos pesticidas químicos.
Large Farm Week 4 – Na quarta (09/07), os cotonicultores visitaram a Agopa e uma fazenda da GMS Group em Goiás, seguindo depois para Cuiabá para conhecer unidades produtoras em Mato Grosso com a Ampa.
EUA 1 – Em 4/jul, o presidente dos EUA sancionou a lei de reconciliação orçamentária (One Big Beautiful Bill Act), que atualiza programas agrícolas, incluindo mudanças importantes na política agrícola para o algodão.
EUA 2 – A American Cotton Shippers Association confirmou que a nova legislação inclui:
- Aumento do preço de referência do algodão em caroço, usado para calcular os pagamentos do seguro agrícola, de U$c/lp 37 para 42 a partir de 1º de agosto de 2025.
- Para a safra 2026/27, o valor do Marketing Assistance Loan para o algodão Upland sobe de U$c/lp 52 para 55.
China1 – As importações chinesas de algodão somaram apenas 34,5 mil tons em mai/25, o menor volume mensal em mais de 20 anos, segundo a CCF Group. O recuo reflete o fraco consumo interno, estoques elevados e a crescente preferência da indústria local por fibras sintéticas mais baratas.
China 2 – No acumulado da safra 2024/25, a China importou cerca de 1,2 milhão de tons, o menor patamar em 8 anos, conforme dados do USDA. A menor dependência externa decorre da maior produção doméstica e desaceleração do setor têxtil.
Índia – Até 04/07, a área plantada com algodão na Índia atingiu 7,954 milhões ha, um aumento de 96 mil ha em relação ao mesmo período de 2024, segundo o Departamento de Agricultura. A área total a ser plantada nesta safra deve ultrapassar 12 milhões ha, conforme a média registrada nas últimas cinco temporadas.
Paquistão – Fábricas paquistanesas demonstraram recentemente interesse no algodão importado, mas a disponibilidade de estoques locais tem mantido o foco em compras domésticas. A possível taxação de 18% sobre algodão e fios importados também desencoraja compras externas.
Tailândia 1 – As importações tailandesas de algodão mantiveram-se em 10.049 tons em maio (+33% ante mai/2023). Os EUA lideraram as entregas (68%), seguidos por Brasil (11%) e Austrália (10%).
Tailândia 2 – Já nos primeiros 10 meses da temporada 2024/25, a Tailândia importou 86.952 tons de algodão, (+20% ante 2023/24), mas ainda abaixo de anos anteriores. EUA lideraram (41%), seguidos por Austrália (27%) e Brasil (22%).
Vietnã 1 – O Vietnã importou 158.787 tons de algodão em junho, queda de 3% ante maio, mas alta expressiva de 82% frente a jun/2024. EUA lideraram (65%), seguidos por Brasil (20%) e Austrália (4%).
Vietnã 2 – No acumulado de 11 meses da temporada 2024/25, o Vietnã importou 1,59 milhão tons de algodão, 20% acima do mesmo período em 2023/24 (1,32 milhão tons). EUA lideram (35%), seguidos de perto pelo Brasil (33%) e Austrália (15%).
Austrália – A colheita do algodão australiano está 95% concluída, com o beneficiamento em 55% e a classificação das fibras na metade do processo, segundo a Associação de Exportadores.
Egito – O tempo seco acelerou a colheita de algodão no Egito, que atingiu 65% da área, mas ainda está atrás do ritmo habitual (80% em 2024). O beneficiamento está próximo de 50%.
Brasil – Exportações – As exportações brasileiras de algodão somaram 14,5 mil tons na primeira semana de julho. A média diária de embarque é 50,3% menor que no mesmo mês em 2024.
Brasil – Colheita 2024/25 – Até ontem (10/07), foram colhidos no estado da BA (28%), GO (29,38%), MA, (20%), MG (39%), MS (9,5%), MT(2%), PI (37,15%), PR (95%) e SP (87%). Total Brasil: 9,48%.
Brasil – Beneficiamento 2024/25 – Até ontem (10/07), foram beneficiados nos estados de GO (6,6%), MG (10%),MS (9,5%), PI (15,29%) PR (80%) e SP (65%). Total Brasil: 1,20%.
Fonte: Abrapa
Sustentabilidade
Mercosoja 2025 começa hoje em Campinas (SP)

Terá início nesta segunda-feira (21), às 19h, a solenidade de abertura do X Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025, no Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro, em Campinas (SP). Considerado o maior evento técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, a expectativa da comissão organizadora é reunir cerca de 2 mil participantes de diferentes segmentos
A cerimônia terá presença de autoridades como Alexandre Nepomuceno (Embrapa Soja), Silvia Massruhá (Embrapa), Fernando Henning (CBSoja) e Carlos Ernesto Augustin, representando o Ministério da Agricultura.
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Na sequência, será realizada a conferência “A soja no Mercosul, um século depois”, que discutirá a trajetória da cultura nos países sul-americanos. O debate reunirá nomes de destaque da pesquisa e do setor produtivo, como Romeu Kiihl, Tuneo Sediyama, Rodolfo Luis Rossi e Gerardo Bartolomé, com mediação do jornalista Giovani Ferreira.
Programação técnica
A programação técnica do evento começa na terça-feira, 22 de julho, às 8h30, com a conferência “A geopolítica da cultura da soja”, ministrada por Guilherme Bastos, da Fundação Getúlio Vargas. Em seguida, três painéis simultâneos vão discutir temas estratégicos, como os impactos das mudanças climáticas, produção de soja irrigada e qualidade de sementes.
Entre os destaques da manhã, o painel sobre a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) vai tratar de temas como agricultura regenerativa, descarbonização da cadeia da oleaginosa e produção certificada de baixo carbono, com moderação de Carina Gomes Rufino, da Embrapa Soja.
Já o painel sobre produção irrigada contará com apresentações sobre sustentabilidade hídrica e automação, sob moderação de Fernando Campos Mendonça, da Esalq/USP. Em paralelo, o painel “Qualidade da semente e o sucesso da cultura da soja”, coordenado por Francisco Krzyzanowsky (Embrapa Soja), terá quatro palestras técnicas sobre o controle e o melhoramento da qualidade das sementes.
Painéis
A programação da tarde começa às 14h com mais três painéis simultâneos. Um deles discute o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) e seus níveis de manejo, com moderação do pesquisador José Renato Bouças Farias. Outro painel, conduzido por Fernando Adegas (Embrapa Soja), aborda os avanços na tecnologia de aplicação aérea, com destaque para o uso de drones e aspectos legais.
O terceiro painel será dedicado ao grão como matéria-prima para biocombustíveis, com apresentações sobre biodiesel, SAF (combustível sustentável de aviação), uso da terra e implicações econômicas, sob coordenação de Priscila Sabaini (Embrapa Meio Ambiente).
Das 16h às 17h, na Arena de Inovação, o público poderá acompanhar duas palestras: “Inovação e Mercado – Onde tudo se conecta” e “Inteligência Artificial e Imagens Espectrais para Avaliação de Sementes e Grãos”.
Encerrando a terça-feira, um painel sobre logística da exportação de soja no Mercosul vai debater os desafios enfrentados por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Serão discutidas as hidrovias como estrutura estratégica e o estado atual do armazenamento de grãos no Brasil. A moderação será de Marcelo Alvares de Oliveira (Embrapa Soja).
100 anos da soja no Brasil
Os eventos também marcam os 100 anos da oleaginosa no Brasil e os 50 anos da Embrapa Soja. Com o tema central “100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã”, o evento reunirá cerca de 2 mil participantes entre pesquisadores, técnicos, estudantes, produtores e representantes da indústria e do comércio.
A programação conta com quatro conferências e 15 painéis temáticos, com mais de 50 palestras de especialistas nacionais e internacionais. Uma das novidades é o espaço Mãos à Obra, que abordará desafios práticos em temas como fertilidade do solo, manejo de nematoides, uso de bioinsumos e desenvolvimento radicular.
Também será realizado o workshop internacional Soybean2035: A decadal vision for soybean biotechnology, reunindo especialistas do Brasil, China, Estados Unidos e Canadá para discutir os próximos dez anos das ferramentas biotecnológicas aplicadas à cultura.
Sustentabilidade
Chuvas de junho impactaram implantação das lavouras de trigo no RS – MAIS SOJA

O grande volume de chuva em junho de 2025 teve como principal impacto o atraso na semeadura e implantação das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul. A análise faz parte do Comunicado Agrometeorológico 88 – Junho 2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
Produzida pelo grupo de Agrometeorologia do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA/Seapi), o Comunicado Agrometeorológico é uma publicação mensal que traz as informações detalhadas das condições meteorológicas ocorridas no mês anterior. Com dados captados das estações meteorológicas do Simagro e do Inmet, o comunicado apresenta tabelas e mapas, além de uma análise dos impactos das condições meteorológicas sobre as principais culturas agrícolas e a produção pecuária no período.
“Embora em menor magnitude na comparação com as enchentes de maio de 2024, as chuvas de junho deste ano também causaram transtornos à sociedade, com maior impacto nas Bacias Hidrográficas do Uruguai (rio Uruguai), Guaíba (rios Jacuí, Taquari, Caí, Sinos, Gravataí e Guaíba) e na Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas (rio Jaguarão)”, conta a pesquisadora Loana Cardoso, uma das autoras do comunicado.
No detalhamento dos dados de 23 estações analisadas, verificou-se que os totais mensais de chuva registrados foram elevados, com 13 dos 23 locais apresentando precipitação pluvial acima de 300 mm. O maior total mensal foi registrado em Sobradinho, na Encosta Inferior da Serra, com 629,2 mm.
“Principalmente na porção Norte do estado, as chuvas foram acima da média climatológica, ou seja, os desvios foram positivos. Esses desvios variaram de 17,6 mm em Camaquã, na região dos Grandes Lagos, a até 471,8 mm em Sobradinho”, complementa Loana.
Com o excesso de chuvas e a consequente umidade dos solos, a semeadura do trigo atrasou no estado. “A estimativa inicial de safra da Emater/RS-Ascar apontou para uma redução de 10% na área cultivada, um reflexo do risco climático, dos preços e da baixa demanda por crédito para custeio”, conclui a pesquisadora.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação
Sustentabilidade
FAESC diz que o novo Plano Safra não atende às expectativas dos agricultores – MAIS SOJA

O governo federal anunciou, no último dia de junho, o novo Plano Safra para a agricultura familiar e empresarial, referente ao ciclo de julho de 2025 a junho de 2026. Havia grande expectativa em torno do anúncio, especialmente diante da atual crise financeira que o país enfrenta — reflexo dos gastos descontrolados do governo e da intenção de criar novos impostos para suprir o déficit fiscal.
Durante o lançamento, o governo alegou que houve avanços em relação ao plano anterior. No entanto, o setor agropecuário discorda dessa avaliação. Embora tenha havido ampliação nominal dos recursos, os valores não superam nem mesmo o índice da inflação do período. Além disso, o plano trouxe aumento nas taxas de juros para a agricultura empresarial, segmento responsável por movimentar a economia e as exportações brasileiras. Outro ponto criticado foi a redução dos recursos destinados à equalização de juros nos financiamentos oficiais.
O presidente da Faesc (Federação da Agricultura do Estado de SC), José Zeferino Pedrozo, afirmou que o anúncio gerou insegurança no setor agropecuário.
Ele também criticou a ausência de informações sobre o seguro agrícola, uma das maiores preocupações dos produtores diante dos riscos climáticos.
Fonte: Fecoagro
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