Sustentabilidade
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa – 11/07/2025 – MAIS SOJA

Destaque da Semana 1 – O Brasil foi incluído nesta semana no centro da crise do “Tarifaço”. Inicialmente poupado pelos EUA, agora o Brasil virou um dos maiores afetados pela política de tarifas adicionais do Presidente Trump. O impacto para o algodão por enquanto é indireto, pois afeta a indústria têxtil nacional.
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Algodão em NY – O contrato Dez/25 fechou nesta quinta 10/jul cotado a 67,73 U$c/lp (-1,1% vs. 03/jul). O contrato Dez/26 fechou em 69,50 U$c/lp (-0,1% vs. 03/jul).
Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 914 pts para embarque Jul/Ago-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 10/jul/25).
Altistas 1 – Com o aumento dos preços mínimos nos EUA, de U$c/lp 52 para 55, a tendência é que os produtores estejam menos propensos a vender com ICE abaixo de U$c/lp 68-69. Mas mudança só vale a partir de 2026/27.
Altistas 2 – Na China, apesar de desafios, a demanda doméstica por algodão está resiliente e segue firme, apoiada por estímulos do governo. Isso sustentou os preços futuros em Zhengzhou próximos aos maiores níveis do ano.
Baixistas 1 – Mesmo com a queda nos preços do algodão em pluma, a demanda global ainda está fraca e as fiações não aumentaram significativamente as compras, especialmente no Paquistão e no Vietnã.
Baixistas 2 – A incerteza permanece nas relações comerciais dos EUA. As negociações comerciais com vários países avançaram pouco, e novas tarifas (de até 50% para o Brasil, por exemplo) entram em vigor em 01/08, imprimindo mais insegurança no mercado.
Tarifas 1 – Em 07/07, os EUA anunciaram alíquota adicional de 50% para produtos brasileiros a partir de 01/08. A medida ainda pode ser negociada, mas já preocupa alguns setores.
Tarifas 2 – Em 2024, os EUA foram o 4º maior mercado para os têxteis brasileiros, com US$ 68,1 milhões em exportações. As tarifas ameaçam esse mercado estratégico para o setor.
Tarifas 3 – Em nota, a Abrapa alertou que as novas tarifas podem prejudicar a indústria têxtil brasileira, mesmo sem afetar diretamente as exportações de algodão. A entidade pede ação diplomática para proteger o setor. Leia na íntegra: https://bit.ly/abrapa250711.
Tarifas 4 – Além do Brasil, os EUA também definiram tarifas elevadas para outros países, mantendo taxas entre 25% e 36% para nações como Bangladesh, Tailândia e Coreia do Sul, patamar igual ou superior ao de 04/25.
Large Farm Week 1 – Teve início em 07/07, em Brasília, o Large Farm Week 2025, organizado pela Better Cotton, reunindo grandes produtores de algodão para debater sustentabilidade e desafios do setor. É a primeira edição realizada no Brasil.
Large Farm Week 2 – Participantes da Austrália, Grécia, Israel, Paquistão, Turquia, Estados Unidos e Uzbequistão reuniram-se com a Abrapa para entender a cadeia produtiva do algodão no Brasil, do cultivo à exportação, e participaram de um workshop.
Large Farm Week 3 – As discussões destacaram a necessidade de promover o uso da fibra natural do algodão frente ao poliéster, valorizar a certificação e incentivar pesquisas para encontrar alternativas aos pesticidas químicos.
Large Farm Week 4 – Na quarta (09/07), os cotonicultores visitaram a Agopa e uma fazenda da GMS Group em Goiás, seguindo depois para Cuiabá para conhecer unidades produtoras em Mato Grosso com a Ampa.
EUA 1 – Em 4/jul, o presidente dos EUA sancionou a lei de reconciliação orçamentária (One Big Beautiful Bill Act), que atualiza programas agrícolas, incluindo mudanças importantes na política agrícola para o algodão.
EUA 2 – A American Cotton Shippers Association confirmou que a nova legislação inclui:
* Aumento do preço de referência do algodão em caroço, usado para calcular os pagamentos do seguro agrícola, de U$c/lp 37 para 42 a partir de 1º de agosto de 2025.
* Para a safra 2026/27, o valor do Marketing Assistance Loan para o algodão Upland sobe de U$c/lp 52 para 55.
China1 – As importações chinesas de algodão somaram apenas 34,5 mil tons em mai/25, o menor volume mensal em mais de 20 anos, segundo a CCF Group. O recuo reflete o fraco consumo interno, estoques elevados e a crescente preferência da indústria local por fibras sintéticas mais baratas.
China 2 – No acumulado da safra 2024/25, a China importou cerca de 1,2 milhão de tons, o menor patamar em 8 anos, conforme dados do USDA. A menor dependência externa decorre da maior produção doméstica e desaceleração do setor têxtil.
Índia – Até 04/07, a área plantada com algodão na Índia atingiu 7,954 milhões ha, um aumento de 96 mil ha em relação ao mesmo período de 2024, segundo o Departamento de Agricultura. A área total a ser plantada nesta safra deve ultrapassar 12 milhões ha, conforme a média registrada nas últimas cinco temporadas.
Paquistão – Fábricas paquistanesas demonstraram recentemente interesse no algodão importado, mas a disponibilidade de estoques locais tem mantido o foco em compras domésticas. A possível taxação de 18% sobre algodão e fios importados também desencoraja compras externas.
Tailândia 1 – As importações tailandesas de algodão mantiveram-se em 10.049 tons em maio (+33% ante mai/2023). Os EUA lideraram as entregas (68%), seguidos por Brasil (11%) e Austrália (10%).
Tailândia 2 – Já nos primeiros 10 meses da temporada 2024/25, a Tailândia importou 86.952 tons de algodão, (+20% ante 2023/24), mas ainda abaixo de anos anteriores. EUA lideraram (41%), seguidos por Austrália (27%) e Brasil (22%).
Vietnã 1 – O Vietnã importou 158.787 tons de algodão em junho, queda de 3% ante maio, mas alta expressiva de 82% frente a jun/2024. EUA lideraram (65%), seguidos por Brasil (20%) e Austrália (4%).
Vietnã 2 – No acumulado de 11 meses da temporada 2024/25, o Vietnã importou 1,59 milhão tons de algodão, 20% acima do mesmo período em 2023/24 (1,32 milhão tons). EUA lideram (35%), seguidos de perto pelo Brasil (33%) e Austrália (15%).
Austrália – A colheita do algodão australiano está 95% concluída, com o beneficiamento em 55% e a classificação das fibras na metade do processo, segundo a Associação de Exportadores.
Egito – O tempo seco acelerou a colheita de algodão no Egito, que atingiu 65% da área, mas ainda está atrás do ritmo habitual (80% em 2024). O beneficiamento está próximo de 50%.
Exportações – As exportações brasileiras de algodão somaram 14,5 mil tons na primeira semana de julho. A média diária de embarque é 50,3% menor que no mesmo mês em 2024.
Colheita 2024/25 – Até ontem (10/07), foram colhidos no estado da BA (28%), GO (29,38%), MA, (20%), MG (39%), MS (9,5%), MT(2%), PI (37,15%), PR (95%) e SP (87%). Total Brasil: 9,48%.
Beneficiamento 2024/25 – Até ontem (10/07), foram beneficiados nos estados de GO (6,6%), MG (10%),MS (9,5%), PI (15,29%) PR (80%) e SP (65%). Total Brasil: 1,20%.
Preços – Consulte tabela abaixo ⬇
Quadro de cotações para 10-07
Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil – cottonbrazil@cottonbrazil.com
Fonte: Abrapa
Sustentabilidade
Commodities enfrentam momento decisivo no último trimestre de 2025, aponta StoneX – MAIS SOJA

A StoneX, empresa global de serviços financeiros, lançou a 33ª edição do Relatório Trimestral de Perspectivas para Commodities, durante o 8º Seminário StoneX, com análises dos mercados de grãos, energia, fertilizantes e soft commodities. O material, elaborado pela equipe de Inteligência de Mercado com apoio de especialistas internacionais, projeta um final de 2025 desafiador, marcado por tensões comerciais, mudanças monetárias globais e fundamentos específicos em cada segmento.
Segundo o gerente de Inteligência de Mercado da StoneX Brasil, Vitor Andrioli, o crescimento da economia mundial acima do esperado em 2025 foi influenciado pela antecipação a tarifas comerciais, que impulsionou a atividade industrial e o comércio internacional. No entanto, a consolidação dessas barreiras deve reduzir o ritmo da economia global em 2026, com destaque para os impactos nos Estados Unidos. Já países como China e Índia devem adotar medidas de estímulo moderadas.
Entre os mercados analisados, soja, milho e trigo sofrem pressão por safras abundantes, enquanto o setor de energia convive com preços mais baixos mesmo diante de riscos geopolíticos. Soft commodities, como cacau e café, enfrentam desequilíbrios entre oferta e demanda, e o mercado de metais aponta sinais de escassez, principalmente na prata, impulsionada pela demanda tecnológica. O real segue vulnerável ao cenário fiscal, embora sustentado por juros elevados.
Na abertura do evento, o CEO da StoneX Brasil e Paraguai, Fábio Solferini, destacou o papel estratégico do agronegócio brasileiro, que já representa cerca de 30% do PIB. Para ele, o relatório simboliza o compromisso da empresa com o fortalecimento do setor nacional. “O Brasil é peça-chave no abastecimento global de alimentos e energia. Estamos crescendo de forma consistente no agro, e a boa notícia é que temos condições de dobrar nossa produção sem necessidade de desmatamento”, destacou.
Na oportunidade, Solferini também chamou atenção para os desafios logísticos — como armazenamento e transporte — que ainda representam gargalos para o produtor, mas acredita na capacidade do setor em superá-los. “A StoneX está atenta a esses pontos e comprometida em apoiar o desenvolvimento do agronegócio com inteligência de mercado, soluções financeiras e uma visão global integrada”, pontuou.
Ao acompanhar de perto todo dinamismo da atividade, o objetivo da 33ª edição do Relatório Trimestral de Perspectivas para Commodities é oferecer análises técnicas e orientadas para a tomada de decisão em um ambiente de mercado cada vez mais complexo. “Com uma abordagem integrada, buscamos apoiar nossos clientes na navegação dos riscos e na identificação de oportunidades com maior clareza”, concluiu Andrioli.
Para baixar o relatório completo, acesse: https://www.stonex.com/pt-br/insights/perspectivas-commodities/?utm_source=release&utm_medium=attuale&utm_campaign=perspectivas_q4_25
Sobre a StoneX
A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado. Também atua em banco de câmbio, inteligência de mercado, corretagem, mercado de capitais de dívida, fusões e aquisições, investimentos, trading e ESG – consultoria de soluções sustentáveis.
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Fonte: Assessoria de Imprensa StoneX
Sustentabilidade
Preços da soja no Brasil e em Chicago hoje: confira as cotações

O mercado brasileiro de soja manteve-se praticamente parado. De acordo com o analista de Safras & Mercado Rafael Silveira, houve relato de alguns negócios no Paraná, mas, no geral, o dia foi de pouco movimento.
Segundo ele, o produtor segue mais focado nos trabalhos de campo, aproveitando o retorno recente das chuvas no Centro-Oeste.
“Na Bolsa, poucas novidades, leve oscilação entre pequenas altas e quedas, tanto em Chicago quanto no dólar”, acrescentou. Os prêmios mudaram muito pouco, o que fez com que os preços no físico permanecessem praticamente estáveis.
“Foi um dia sem grandes novidades, com foco total no plantio e poucas fixações da safra nova”, resumiu o analista.
Preços médios da saca de soja
- Passo Fundo (RS): manteve-se em R$ 133
- Santa Rosa (RS): seguiu em R$ 134
- Cascavel (PR): continuou em R$ 134
- Rondonópolis (MT), Dourados (MS) e Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 126
- Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 138 para R$ 138,50
- Porto de Rio Grande (RS): alta de R$ 139 para R$ 139,50
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja fecharam entre estáveis e levemente mais altos nesta quarta-feira (15) na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).
Silveira lembra que, após uma manhã de perdas, o mercado esboçou uma reação na parte da tarde. A fraqueza do dólar frente a outras moedas e os bons esmagamentos nos Estados Unidos ajudam na recuperação. As preocupações em torno da relação comercial entre China e Estados Unidos limitaram a recuperação.
A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) informou que o esmagamento de soja atingiu 197,863 milhões de bushels em setembro, ante 189,810 milhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de 186,340 milhões. Em setembro de 2024, foram 177,320 milhões de bushels.
Na terça-feira (14), o presidente dos EUA, Donald Trump, classificou o boicote da China às importações do grão como ato economicamente hostil, afirmando que pode encerrar parte das relações comerciais com o país.
Ele também citou as importações chinesas de óleo de cozinha, embora analistas avaliem que o impacto seja limitado, já que os embarques deste produto despencaram no último ano.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam estáveis a US$ 10,07 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,24 1/4 por bushel, também sem alteração.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 1,60 ou 0,58%, a US$ 275,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 50,80 centavos de dólar, com ganho de 0,23 centavo ou 0,45%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,14%, sendo negociado a R$ 5,4624 para venda e a R$ 5,4604 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4333 e a máxima de R$ 5,4713.
Sustentabilidade
Evento na CNA vai debater desafios globais e os impactos nos insumos e custos de produção – MAIS SOJA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reúne, no dia 29 de outubro, especialistas nacionais e internacionais para discutir como os desafios do atual cenário global impactam os insumos e os custos de produção do setor agropecuário.
O evento “Benchmark Agro – Custos Agropecuários”acontece em Brasília, das 9h às 17h30, no auditório da CNA. Para participar presencialmente, os interessados devem se inscrever no link: https://cnabrasil.org.br/benchmark2025.
A programação inclui palestras sobre custos de grãos, tecnologia e tendências globais da pecuária de corte e leite e um podcast ao vivo sobre a produção de biocombustíveis e como o etanol de milho tem alterado a dinâmica regional da agricultura e pecuária.
Além disso, será lançado um estudo inédito sobre a viabilidade econômica de aquisição ou terceirização de máquinas para a safra de grãos.
A assessora técnica da CNA Larissa Mouro explicou que 17% do Custo Operacional Total da soja no Brasil é referente às operações mecânicas e depreciação de máquinas e implementos.
“Com o aumento expressivo das taxas de juros e, especialmente, dos preços de colheitadeiras, é crucial oferecer ao produtor uma análise econômica da viabilidade de aquisição ou terceirização de máquinas agrícolas para safra de grãos”, disse.
O Benchmark Agro marca o encerramento do Circuito de Resultados do Projeto Campo Futuro 2025, com a apresentação de dados de custos levantados no Brasil e comparativos com os principais competidores do país nomundo.
Confira a programação completa no link: https://cnabrasil.org.br/benchmark2025
Fonte: CNA
Autor:Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
Site: CNA
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