Agro Mato Grosso
Vendas de soja safra 2024/25 avançam em Mato Grosso

Comercialização da safra 24/25 supera 81% e melhora reflete necessidade de liberar armazéns e alta no preço
A comercialização da soja 2024/25 em Mato Grosso alcançou 81,93% da produção estimada em junho, segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O avanço de 5,92 pontos percentuais em relação ao mês anterior foi impulsionado principalmente pela necessidade dos produtores de liberar espaço nos armazéns devido à intensificação da colheita do milho no estado.
A alta no preço médio mensal da soja também incentivou os produtores a acelerar as negociações. Em junho, a média fechou em R$ 112,22 por saca, representando crescimento de 1,43% ante maio. No mercado disponível, o valor médio semanal da soja em Mato Grosso subiu 1,92%, atingindo R$ 109,35/sc.
A paridade de exportação para março de 2026 também apresentou incremento, com alta de 0,21%, impulsionada pela valorização do contrato em Chicago, cotado a US$ 10,67/bu. Apesar disso, o dólar registrou retração de 1,30%, cotado a R$ 5,44, influenciado por incertezas em torno da lei orçamentária dos Estados Unidos.
As vendas da safra 2025/26 atingiram 17,50% da produção estimada, alta de 3,35 pontos percentuais em relação a maio. A estratégia dos produtores de travar os custos para a próxima temporada motivou esse avanço, mesmo com recuo de 4,64% no preço médio mensal, que ficou em R$ 106,73/sc.
A oferta de soja para 2025/26 foi projetada em 48,55 milhões de toneladas, aumento de 0,41% frente ao mês anterior. Esse crescimento decorre do salto de 17,24% no estoque inicial, que chegou a 1,36 milhão de toneladas. A demanda pela oleaginosa também subiu, com projeção de 47,61 milhões de toneladas – alta de 0,36% – puxada pela expectativa de maior consumo interno.
O uso interno da soja em Mato Grosso foi estimado em 13,24 milhões de toneladas, alta de 1,30% ante junho. A ampliação da mistura obrigatória de biodiesel no diesel contribuiu para elevar a demanda das indústrias esmagadoras. As exportações permanecem projetadas em 29,83 milhões de toneladas. O estoque final foi revisto para 0,94 milhão de toneladas, crescimento de 3,28%.
O diferencial de base entre Mato Grosso e a Bolsa de Chicago foi de R$ -15,60/sc. Já o prêmio em Santos subiu 7,20%, chegando a ¢US$ 143,00/bu. A combinação desses fatores continua moldando o ritmo e a estratégia dos produtores no mercado da soja.
Agro Mato Grosso
Setor de soja tem como desafio aumentar a produção com maior proteção ambiental

Especialistas acreditam que produtores conseguirão superar produtividade de 300 sacas por hectare
A produção global de soja precisará crescer nas próximas décadas para abastecer a cadeia de proteínas animais e garantir a segurança alimentar da população. Para isso, os produtores têm dois caminhos, aumentar a área plantada ou a produtividade por hectare. Mas isso precisa ser feito aumentando também a proteção ambiental, na avaliação de Tuneo Sediyama, professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e melhorista de plantas da Soygene.
“Não tenho dúvidas de que nós vamos conseguir superar a produtividade de 300 sacas por hectare, com mudanças que vão acontecer nos próximos anos”, afirmou Sediyama, considerado um dos principais nomes da pesquisa de melhoramento de soja.
A produtividade média atualmente é de 60,5 sacas por hectare. Ele citou como mudanças que vão acontecer no mercado de soja a adoção de manejo mais adequado com práticas de agricultura regenerativa, adoção de fertilizantes alternativos e de menor custo, uso de produtos biorreguladores mais eficientes, desenvolvimento de variedades mais tolerantes a adversidades climáticas, resistentes a pragas e doenças, com melhores níveis de fotossíntese e menos uso de fertilizantes, entre outras mudanças.
O engenheiro-agrônomo Romeu Afonso de Souza Kiihl, considerado o “pai da soja tropical”, responsável por desenvolver mais de 150 variedades de soja em 60 anos dedicados à área, disse ver um futuro muito interessante para o melhoramento genético da soja.
“Tem muita coisa para se fazer em soja. A quantidade de genes disponíveis nos bancos de germoplasma é gigantesca. Se tiver gente trabalhando, vamos fazer grandes progressos, porque as ferramentas disponíveis hoje são poderosas. Onde uns veem desafios eu vejo oportunidades”, afirmou Kiihl.
Kiihl citou como um dos desafios que podem ser resolvidos em breve é a questão da queda do teor de proteína da soja à medida que a planta cresce em produtividade.
Rodolfo Rossi, presidente da Associação da Cadeia da Soja Argentina (ACSoja), disse que na Argentina não há tantos questionamentos sobre desmatamento como no Brasil e, por isso, o país vê oportunidades para expandir a área plantada com soja e também de melhorar a produtividade com o desenvolvimento de novas variedades.
Em relação aos desafios do setor, Rossi cita a carga tributária alta e o desrespeito à propriedade intelectual, com grande volume de uso de sementes pirateadas.
“Por causa dos problemas com a propriedade intelectual, temos visto uma queda dos investimentos em melhoramento genético pelas empresas. O número de lançamentos também diminuiu. Falta uma política pública que promova a produção de forma mais sustentável”, disse Rossi.
Gerardo Bartolomé, presidente do Grupo Don Mario (GDM), considerou que o futuro do melhoramento da soja passa pela adoção de novas tecnologias, como uso de inteligência artificial, edição gênica, ciência de dados.
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, defendeu avanços na agricultura de baixo carbono. “Em 50 anos, o Brasil cresceu a área plantada em 140% e a produção de grãos em 580%. Nossa agricultura já é sustentável, temos agora que avançar na agricultura de baixo carbono”, disse.
Os executivos participaram da cerimônia de abertura do X Congresso Brasileiro da Soja 2025, realizado pela Embrapa Soja, em Campinas (SP) entre os dias 21 e 24 de julho.
*A Embrapa forneceu a hospedagem
Agro Mato Grosso
Governo do Estado apresenta resultados na Conferência Brasileira Clima e Carbono

Entre os estados da Amazônia Legal, Mato Grosso lidera com o maior percentual de ações de fiscalização e ou autorização sob a área de desmatamento, com uma média de 87% nos últimos 4 anos.
O Governo do Estado de Mato Grosso emitiu 20.483 autos de infração por desmatamento ilegal, exploração e incêndios florestais entre os anos de 2019 a 2024. O total de áreas embargadas nesse período foi de 1.932.943 milhão de hectares. Os resultados foram apresentados pela secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, na III Conferência Brasileira Clima e Carbono (CBCC), que começou nesta terça-feira (22.7), em São Paulo.
“Pelo relatório do MapBiomas, Mato Grosso tem umas das melhores performances nacionais no combate ao desmatamento ilegal. Entre os estados da Amazônia Legal, Mato Grosso lidera com o maior percentual de ações de fiscalização e ou autorização sob a área de desmatamento, com uma média de 87% nos últimos 4 anos, bem acima da média nacional que foi de 54%”, enfatizou a secretária.
Durante a participação no painel “Redução do desmatamento e ação climática: compromissos e resultados”, a secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso enfatizou que a mudança do uso do solo é um dos fatores que mais contribuem para as emissões em Mato Grosso, razão pela qual o combate do desmate ilegal está nas estratégias prioritárias de descarbonização do estado.
A secretária apresentou um ranking de produtividade do órgão ambiental na parte de fiscalização, monitoramento e responsabilização das infrações ambientais. Entre os anos de 2018 a 2021, o aumento do índice de produtividade da Sema foi de mais de 660%. Nos anos seguintes, a produtividade saltou de 3.804 em 2022 para 4.792 em 2024.
“Com a modernização da fiscalização ambiental ampliamos consideravelmente a atuação no combate aos crimes ambientais. Os resultados obtidos com a utilização das imagens e alertas do satélite Planet possibilitaram ao Estado de Mato Grosso o reconhecimento nacional com a conquista do primeiro lugar no Prêmio Brasil Mais”, acrescentou Lazzaretti.
Conferência
Com mais de 20 painéis distribuídos em dois dias, a III Conferência Brasileira Clima e Carbono (CBCC) foi dividida em dois grandes blocos temáticos: “Multisetorialidade e Ambição Climática”, nesta terça-feira (22), e “Oportunidades e Caminhos para Implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE)”, no dia 23 de junho.
“Programamos uma agenda fundamental para quem lidera a transição climática brasileira, unindo as visões de diferentes setores para construir um diálogo plural em direção à regulamentação eficiente do mercado. Entendendo o protagonismo brasileiro atual, com a realização da COP30, queremos proporcionar um ambiente único de enriquecimento e atualização sobre soluções climáticas”, avaliou Julie Messias, diretora-executiva da Aliança Brasil NBS, associação sem fins lucrativos dedicada a fortalecer as soluções baseadas na natureza (Nature-Based Solutions – NBS) no país.
Agro Mato Grosso
Dow apresenta portfólio de tecnologias para formulações agrícolas, com foco em bio-compatibilidade e performance para adjuvantes

Entre os destaques estão a linha de coformulantes POWERBLOX™ BC, voltado ao segmento de biológicos e soluções da linha XIAMETER™, com aplicações em defensivos, fertilizantes e adjuvantes tank-mix
São Paulo, julho de 2025 – A Dow, líder em ciência dos materiais, anuncia a expansão de seu portfólio de soluções para o agronegócio, com foco em tecnologias que elevam a compatibilidade e a performance das formulações agrícolas. Entre os destaques estão a linha de coformulantes POWERBLOX™ BC, desenvolvido especialmente para aplicações com biodefensivos, e os produtos da linha XIAMETER™, voltados ao uso em defensivos (formulações In-can e setor de biológicos), fertilizantes e adjuvantes tank-mix.
Tendências no campo
De acordo com o balanço da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2024, o Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária do Brasil alcançou R$ 1,34 trilhão, ficando praticamente estável em relação a 2023. Os preços mais baixos dos produtos agrícolas mantiveram o VBP de 2024 no mesmo patamar do ano anterior. Nesse cenário, a busca por inovação se torna cada vez mais relevante, como estratégia que gera mais eficiência e produtividade das lavouras – por exemplo, uma publicação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre a cultura da soja mostra que a produção aumentou 1000% em 50 anos com apenas 400% a mais de área, graças aos avanços científicos.
Vale destacar também que os biodefensivos emergiram como motor de inovação no agro brasileiro. Em 2024, ocorreu um recorde de 106 novos registros de defensivos biológicos aprovados pelo Ministério da Agricultura – 18% a mais que 2023, que teve cerca de 90 registros.
O gerente de Marketing da Dow para o setor agrícola na América Latina, Henrique Alves, destaca que a companhia trabalha em parceria com os formuladores para criar soluções que não apenas atendam às exigências regulatórias, mas também contribuam para o aumento da eficiência agronômica em diferentes condições de aplicação. “Transformamos o campo com soluções inteligentes que melhoram a performance e tornam a indústria mais eficiente com suas formulações”
Soluções que impulsionam o crescimento
Focada no avanço dos defensivos biológicos, a linha de produtos POWERBLOX™ BC é um novo portfólio de coformulantes agrícola que confere uma alta compatibilidade com inúmeras cepas, quando usada na formulação contribui para preservar a estabilidade e a eficácia de bactérias e fungos desde a etapa de formulação até a aplicação no campo.
Com ênfase na versatilidade, o portfólio POWERBLOX™ BC foi testado com uma ampla gama de microrganismos agrícolas, demonstrando elevada compatibilidade tanto com bactérias quanto com fungos. Ensaios conduzidos pela Dow, utilizando o método de luminescência HTR, evidenciaram excelente desempenho frente a cepas como Pseudomonas fluorescens e Azospirillum brasilense, entre outras.
Essa compatibilidade é crucial para assegurar a viabilidade da formulação final e garantir sua atividade até o momento da aplicação. Além disso, por ser composto por uma combinação estratégica de coformulantes, o POWERBLOX™ BC viabiliza formulações mais eficientes, alinhadas às exigências regulatórias e aos avanços da agricultura regenerativa.
Já a linha XIAMETER™ reúne superespalhantes e antiespumantes de silicones que potencializam o desempenho das misturas agrícolas, especialmente em aplicações foliares. Os superespalhantes XIAMETER™ promovem cobertura uniforme das folhas, otimizando a absorção de nutrientes e aumentando a eficácia dos defensivos. Os antiespumantes, por sua vez, asseguram o controle da formação de espuma durante o preparo e a aplicação das caldas, contribuindo para um processo mais seguro e eficiente.
A linha é compatível com diversos tipos de formulações — herbicidas, fungicidas, inseticidas e fertilizantes — e, ao combinar tensoativos especializados, tecnologias de aplicação avançadas e agentes compatíveis com uma ampla gama de ingredientes ativos, as soluções da Dow atendem às crescentes demandas do setor agrícola, promovendo lavouras mais produtivas, bem nutridas e com maior controle operacional.
“A linha XIAMETER™ reforça nosso compromisso em oferecer soluções que apoiam a eficiência no campo. Com superespalhantes e antiespumantes de silicone, ela contribui para uma aplicação mais uniforme e um preparo de calda mais controlado, além de ser compatível com diferentes tipos de formulações.” destaca Felipe Notário, gerente de Marketing para soluções de silicones no setor agrícola.
Dow no V Workshop sobre Adjuvantes em Caldas Fitossanitárias
As soluções POWERBLOX™ BC e XIAMETER™ serão apresentadas no V Workshop sobre Adjuvantes em Caldas Fitossanitárias, que acontece entre os dias 31 de julho e 1º de agosto, em Ribeirão Preto (SP). Promovido pelo Nedta da Unesp Jaboticabal, o evento é referência no setor e deve reunir mais de 500 profissionais, entre pesquisadores, técnicos, estudantes e representantes da indústria. Com essa participação, a Dow reafirma seu papel como fornecedora de soluções estratégicas para a indústria agrícola, focando na colaboração com formuladores de agroquímicos e agricultores.
Sobre a Dow
A Dow (NYSE: DOW) é uma das principais empresas de ciência dos materiais do mundo, atendendo a clientes em mercados de alto crescimento, como embalagens, infraestrutura, mobilidade e soluções de consumo. Nossa atuação global, integração e escala de ativos, bem como nosso foco em inovação, liderança em diferentes mercados e compromisso com a sustentabilidade, nos permitem alcançar crescimento rentável e contribuir para a construção de um futuro mais sustentável. Operamos em unidades fabris em 30 países e empregamos aproximadamente 36 mil pessoas. Em 2024, a companhia entregou aproximadamente US$ 43 bilhões em vendas. Referências à “Dow” e/ou à “Companhia” se referem à Dow Inc. e às suas subsidiárias. Saiba mais sobre a Dow e nossa ambição de sermos a empresa de ciênciados materiais mais inovadora, centradano cliente, inclusiva e sustentável do mundo acessando www.dow.com.
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