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Algodão fecha em baixa mesmo com notícia de acordo comercial dos EUA com o Vietnã

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Os Estados Unidos anunciaram um novo acordo de tarifas de 20% sobre importações do Vietnã. Apesar disso, as cotações de algodão para dezembro, que haviam caído após relatório de área plantada no país norte-americano, não se recuperaram em sua totalidade, encerrando a semana com queda de 0,5%.

As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (4).

Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:

Algodão em NY – O contrato Dez/25 fechou nesta quinta 03/jul cotado a 68,46 U$c/lp (-0,5% vs. 26/jun). O contrato Jul/26 fechou em 71,59 U$c/lp (-0,5% vs. 26/jun).

Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 833 pts para embarque Jul/Ago-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 03/jul/25).

Baixistas 1 – O relatório de Área Plantada do USDA para a safra 2025/26 indicou 10,12 milhões de acres (4,1 milhões de hectares), uma queda de 9,5% ou -1,06 milhão de acres em relação à safra anterior, porém um aumento de 2,6% em relação às intenções de plantio de março.

Baixistas 2 – Chuvas favoráveis nas High Plains do oeste do Texas (Llano Estacado) elevaram as expectativas de melhora nas condições das lavouras, aumentando a pressão sobre os preços.

Baixistas 3 – A condição da safra dos EUA melhorou, com a classificação de “boa a excelente” subindo para 51% (+4%), acima da última safra (50%). No Texas, essa classificação subiu para 40%, um aumento de 5% na semana.

Altistas 1 – Cotações de algodão na bolsa ZCE da China estão em trajetória de alta, com ganho de aproximadamente 8% desde o início de abril. Isso ampliou a diferença entre os preços do algodão local e do importado, tornando a importação de algodão mais atrativa.

Altistas 2 – Modesta redução nos estoques de algodão na zona franca de Qingdao (principal porto de importação de algodão da China). No final de Junho, o volume em estoque fechou em 336 mil tons, dos quais 150 mil do Brasil (final de Maio o estoque estava em 375 mil toneladas total, sendo 175 mil Brasil).

Altistas 3 – O anúncio de um acordo comercial com o Vietnã, apesar de já esperado, trouxe otimismo de que mais acordos sejam anunciados em breve.

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XXII ANEA Cotton Dinner 1 – Durante o evento anual da Anea nesta semana em São Paulo (SP), Joe Nicosia, VP da Louis Dreyfus, defendeu que o Brasil e EUA se unam na promoção global do algodão como fibra sustentável.

XXII ANEA Cotton Dinner 2 – Nicosia alertou que além de promoção, é fundamental que cada país tenha políticas públicas de fomento ao uso de fibras naturais e combate à poluição de microplásticos .

XXII ANEA Cotton Dinner 3 – Como exemplo de política pública, ele citou a proposta de lei dos EUA de 2025 (“Buying American Cotton Act”), que destina créditos fiscais transferíveis para incentivar o uso de algodão americano em produtos importados pelo país.

XXII ANEA Cotton Dinner 4 – Para obter o crédito tributário previsto na lei americana, será necessário comprovar a origem do algodão por meio de um sistema confiável de rastreabilidade, e o valor do crédito dependerá também de onde o produto foi processado, com maior incentivo para importação de países com acordo comercial com os EUA.

XXII ANEA Cotton Dinner 5 – Nicosia alertou que o consumo global de algodão precisa crescer, ou parte da produção mundial terá que ser cortada. Para ele, a chave está em melhorar qualidade, logística e defesa do setor, com foco em comunicação, dados científicos e legislações para apoiar o uso da fibra natural.

Tarifas 1 – Em 02/jul, os EUA anunciaram um novo acordo de tarifas de 20% sobre importações vietnamitas. Os detalhes ainda serão divulgados.

Tarifas 2 – O governo Chinês criticou a parte do acordo com o Vietnã que prevê tarifa de 40% sobre produtos exportados pelo Vietnã, mas originários da China, alertando que acordos como esse podem romper a atual trégua EUA-China.

EUA – Para a semana encerrada em 29/jun, o relatório de progresso da safra do USDA mostrou que 95% do algodão estava plantado nos EUA, 40% estava em fase de quadratura e 9% em fase de formação de cápsulas.

China 1 – A China Cotton Association reduziu as estimativas de importações de algodão pela China para 24/25 em 100 mil tons, para 1,2 milhão tons.

China 2 – Um levantamento do Cncotton.com estimou a área plantada com algodão na China em 2025 em 3,05 milhões ha, um aumento de 180 mil hectares (+6,3%) em relação a 2024. De acordo com o Cncotton.com, a importação em 2025/26 será de 1,35 milhão tons.

Índia – Até 27/jun, a área plantada de algodão na Índia atingiu 5,46 milhões ha, ficando 531 mil ha (9%) abaixo do registrado no mesmo período de 2024, segundo o Ministério da Agricultura local. A área total prevista pelo USDA é de 11,4 milhões ha.

Turquia 1 – Em maio, as importações de algodão pela Turquia atingiram 142.836 tons, maior volume em meses, sendo os EUA o principal fornecedor (64.532 tons), seguido por Brasil (46.218 tons) e países da antiga União Soviética (17.381 tons).

Turquia 2 – O volume de importações turcas de ago/24 a mai/25 totalizou 759,8 mil tons, superando as 593,5 mil tons do mesmo período em 2023/24. O Brasil respondeu por 34% do total, seguido por EUA (29%) e países da CEI (15%).

Egito – A área plantada no Egito atingiu 78,6 mil ha, correspondendo a 68% da intenção inicial. O número final da safra atual deve ser divulgado em breve, com a conclusão do plantio.

Brasil – Exportações – O fechamento das exportações de jun/25 será divulgado hoje à tarde (15h).

Brasil – Colheita 2024/25 – Até ontem (03/07), foram colhidos no estado da BA (24%), GO (17,30%), MA (8%), MG (32%), MS (3,6%), MT (0,2%), PI (21%), PR (95%) e SP (82,27%). Total Brasil: 6,54%.

Brasil – Beneficiamento 2024/25 – Até ontem (03/07), foram beneficiados nos estados de MG (7%), PI (9,5%), PR (75%) e SP (60%). Total Brasil: 0,78%.

Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

Fonte: Abrapa

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Governo federal entrega máquinas agrícolas a municípios de SC

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Superintendência Federal da Agricultura em Santa Catarina (SFA-SC), realizou, na última semana, a entrega de máquinas agrícolas a três municípios do estado: Araranguá, Major Vieira e Santa Terezinha. A cerimônia ocorreu na sede da Superintendência, em São José, e marcou mais uma ação do Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola (Promaq).

Estiveram presentes no evento os prefeitos Cesar Antônio (Araranguá), Aline da Silva (Major Vieira) e Valquiria Schwarz (Santa Terezinha), além de representantes técnicos e chefes de divisão da SFA-SC. As máquinas entregues vão ampliar a capacidade de atendimento às demandas locais da agricultura familiar, especialmente em regiões que dependem de infraestrutura adequada para escoar a produção e garantir o sustento das comunidades rurais.

A ação foi viabilizada com a colaboração das áreas técnicas da Superintendência, como a Divisão de Desenvolvimento Rural (DDR-SC), a Coordenação de Administração (CAD-SC) e o Serviço Técnico Operacional (STO-SC). O PROMAQ tem como metas modernizar o setor agropecuário, promover a inclusão produtiva e reduzir desigualdades regionais, sempre com responsabilidade ambiental e social.

Para o chefe da DDR-SC, Antônio Castro, os investimentos representam um passo importante para dinamizar a economia agrícola local. “A entrega dessas máquinas é estratégica para melhorar as estradas vicinais, facilitar o escoamento da produção e garantir mais eficiência aos pequenos produtores. Isso fortalece a permanência das famílias no campo e contribui para a geração de renda”, afirmou.

O superintendente da SFA-SC, Ivanor Boing, destacou a importância da articulação entre os entes federativos. “Essas entregas simbolizam o esforço conjunto entre o governo federal, parlamentares e administrações municipais em prol de um agro mais moderno e sustentável. A Superintendência tem se empenhado em apoiar os municípios e executar políticas públicas que respondam às realidades locais”, declarou.

Durante o encontro, os chefes das divisões da SFA-SC também apresentaram aos prefeitos um panorama das principais ações institucionais desenvolvidas pela Superintendência. O chefe da área de Defesa Agropecuária (DDA-SC), André Vallim, explicou o papel do Mapa na garantia da sanidade animal e vegetal, rastreabilidade e conformidade dos produtos agropecuários.

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seca ameaça reprodução de plantas, diz estudo

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Estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) aponta que as secas podem levar a uma redução de 95% do valor calórico potencial do néctar das flores, o que prejudica tanto polinizadores, como as abelhas, quanto as plantas que dependem de polinização para se reproduzir e frutificar, caso da abobrinha.

Num cenário menos drástico, de redução de chuvas em 30%, a queda observada foi de 34%. A gravidade da ameaça de escassez severa de água foi divulgada por relatório divulgado pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), onde tanto regiões vulneráveis quanto desenvolvidas de todo o mundo foram atingidas por secas recordes nos dois últimos anos.

“Os padrões climáticos globais em 2023 e 2024 consolidaram um cenário de impactos rigorosos de secas em todo o mundo, que persiste em 2025”, alerta o texto de apresentação do documento.   

Segundo Elza Guimarães, professora do Instituto de Biociências de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (IBB-Unesp), a redução de açúcares no néctar como efeito de secas, no pior cenário avaliado, foi de 1,3 mil quilos para 71 quilos por hectare, ou seja, mais de uma tonelada. “Sem néctar para consumir, as abelhas vão embora, as plantas não se reproduzem e os agricultores perdem a produção”, afirma.

O trabalho de Guimarães mostrou que o aumento de chuva teve um efeito positivo no aumento de calorias do néctar em 74%. Os pesquisadores, porém, também ressalvam os problemas decorrentes de mais eventos de precipitação intensa num contexto ecológico mais amplo.

“Uma alta frequência e intensidade de chuvas pode ter consequências devastadoras para as plantas, visitantes das flores como aves e insetos e para a própria manutenção das interações entre plantas e polinizadores”, afirma Maria Luisa Frigero, primeira autora do trabalho.

Como exemplo, os autores citam a queda da atividade de polinizadores durante períodos chuvosos, uma vez que chuvas pesadas dificultam o voo e mesmo a regulação da temperatura corporal, exigindo mais energia para buscarem alimento. Além disso, há os efeitos nas plantações causados pelo aumento da erosão e pela perda de nutrientes.

Os experimentos foram feitos com plantas de abobrinha cultivadas em estufa, irrigadas para simular as chuvas dos últimos 40 anos no mês de setembro, quando é normalmente cultivada na região de Botucatu. Os cenários de aumento e redução de chuvas são os previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para o fim do século.

Flor de abobrinha. Foto: Pixabay

Foram produzidas 120 plantas em condições iguais de temperatura e disponibilidade de nutrientes e água até as primeiras folhas brotarem. Após esse período, foram divididas em quatro grupos de 30 indivíduos. Cada grupo recebeu um tratamento, de forma a simular diferentes condições de chuva.

Enquanto um grupo se manteve no regime normal de pluviosidade para o período do ano na região, os outros receberam uma quantidade de água proporcional a um cenário de diminuição de chuvas (redução de 30%), excesso (57% de aumento) e seca, onde havia uma diminuição equivalente a 80% da pluviosidade normal, seguida por irrigação proporcional a chuvas extremas, simulando o efeito da seca prolongada seguida por chuva pesada.

As plantas foram acompanhadas por 60 dias em estufa fechada para garantir que nenhum inseto consumisse o néctar. Durante esse período foram medidas a quantidade de néctar e a de açúcares totais contidos por flor e por planta. Os dados permitiram ainda estimar a produção de néctar e açúcares por área plantada.

Embora os resultados sejam fruto de um trabalho experimental em estufa, com uma espécie cultivada, os autores acreditam que sejam um forte indicativo do que pode ocorrer em ambientes naturais e com outras culturas agrícolas.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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Três aves silvestres testam positivo para gripe aviária; espécie estava no Parque Ibirapuera

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A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo confirmou, nesta sexta-feira (4), um novo foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Parque Ibirapuera, na Zona Sul da capital. Três Irerês (Dendrocygna viduata), espécie de ave aquática que não é residente do local, testaram positivo para a gripe aviária após análise feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA).

Segundo a Defesa Agropecuária, os casos não alteram o status sanitário do estado nem do país, já que envolve aves silvestres. Também não há impacto nas exportações de carne de frango e ovos, conforme as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Ainda assim, ações de prevenção e monitoramento serão intensificadas no parque, com foco na educação sanitária dos frequentadores.

A Influenza Aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral causada pelo vírus da Influenza Tipo A. Ela pode acometer diversas espécies de aves, tanto silvestres quanto domésticas, com maior incidência entre as aquáticas. Além de representar riscos para a saúde das aves, a enfermidade é uma zoonose de importância para a saúde pública e pode causar impactos econômicos, especialmente em regiões com produção avícola.

Como forma de prevenção, a Defesa Agropecuária orienta que a população evite qualquer tipo de contato com aves que apresentem sinais de doença ou que estejam mortas. Em caso de suspeita, é fundamental comunicar imediatamente os órgãos responsáveis. A transmissão ocorre por meio de secreções respiratórias e fecais de aves infectadas, além do contato com água, alimentos, equipamentos, roupas e superfícies contaminadas.

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